Addicts - Repostada escrita por whatsername, whatsernamebeta


Capítulo 18
Capítulo XVIII


Notas iniciais do capítulo

Hei : )
Meninas, muito obrigada pelos comentários, continuem opinando.
Breve passagem de tempo, e todo aquele draminha necessário, algumas coisas chatas irão desestabilizar nosso calsalzinho, mas logo tudo volta ao normal.
Boa leitura



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POV Bella

2 meses depois.

Correria. Era assim que minha vida estava. Renée tinha começado as sessões de quimioterapia, os efeitos eram desoladores: ela estava fraca e perdendo os cabelos. Mas, segundo os médicos, os resultados estavam sendo satisfatórios e isso fazia valer qualquer esforço.



A rotina era sempre a mesma: chegar do colégio e correr para levar minha mãe para o hospital, Emm estava se matando na oficina para conseguir casar com Rose. Isso mesmo! Emmet estaria casado dentro de alguns meses, eu estava feliz por ele, Rosalie, apesar de sua introversão era uma ótima pessoa, ela foi feita para meu irmão.



Jazz e Alice estavam namorando, eles eram lindos juntos; um completava o outro! Jasper não escondia sua felicidade de ninguém, e Alice gritava para o mundo o quanto amava meu irmão caçula.



E tinha Edward, ele estava me apoiando com tudo isso, nós estávamos mais amigos que qualquer coisa, eu mal tinha tempo de ficar com ele e quando tinha nossas conversas não saiam dos assuntos da escola.



Hoje incrivelmente eu não teria que levar minha mãe para o hospital, aproveitei para ficar a toa, sem fazer nada mesmo.



Mandei alguns e-mails para Ângela e Ben, eu estava com saudades deles, era estranho não participar de suas vidas ativamente, sempre foi nós três destes pequenos.



Minha cama nunca pareceu mais confortável, eu estava literalmente esparramada sobre os lençóis quando vi Edward atravessar a porta desesperado:



“O quê aconteceu Edward?” Eu perguntei me levantando da cama.



Ele não me respondeu, apenas me abraçou firme, por que tudo estava tão estranho?



“Anjinho...” Eu tentei. “Você precisa me dizer o que aconteceu, estou ficando preocupada.”



“Promete que nunca vai me deixar?” Edward disse sobre meus cabelos, sua voz estava marcada pelo desespero.



“Eu prometo.” Eu disse superficialmente. “Mas, por favor, me conte por que você está assim.”



De novo eu sentia o mesmo: o medo da dependência! Eu amava muito Edward de um modo que ninguém podia imaginar, mas eu sabia que estávamos num círculo vicioso, minha vida se misturava com a dele, não éramos mais autônomos, eu era vital para ele, e ele era vitalpara mim.



“Bella, eu quis fumar.” Edward falou pausadamente. Nós estávamos na minha pequena cama de solteiro.



“Por isso que chegou desesperado aqui?” Eu tentei ligar os pontos.



“Você vai ser sempre o meu refúgio!” Edward disse afagando meus cabelos, sua voz abrandava aos poucos.



Eu também tinha muito medo disso: De eu ser a única válvula de escape do meu anjinho. Edward vivia dizendo que eu era seu porto seguro, antes eu não importava eu gostava de protegê-lo, mas agora eu sabia que essa proteção demasiada estava sendo ruins para nós dois.



Puxei Edward para deitar comigo na cama, eu sentia falta de simplesmente estar com ele.



“Meu pai disse que Renée está reagindo muito bem ao tratamento.” Edward disse afagando minhas bochechas.



“Ela está surpreendendo a todos, daqui a pouco ela vai estar bem.” Eu respondi devolvendo o carinho.



“Eu estou sentindo sua falta.” Ele falou se aconchegando a mim.



Eu odiava vê-lo assim, ele parecia desamparado, meio perdido.



“Eu também anjinho, não vejo a hora disso passar para voltarmos a ser como antes.” Minha voz saiu melancólica.



Edward deixava beijos em todo meu rosto, seus lábios passaram por cada pedacinho. “Eu amo muito você.”



“Anjinho?” Eu chamei soltando nossas mãos. “Você tem medo do que sente por mim?”



O rosto de Edward misturava confusão e nervosismo. “Eu te amo, eu quero ficar pra sempre ao seu lado, não tem como eu ter medo de amar você.”



No mesmo instante fiquei com raiva de mim, Edward estava sendo tão bom comigo, ele não estava reclamando por não termos mais tempo juntos, ele estava me agüentandorealmente, e eu sendo a namorado mais chata, não reconhecendo tudo o que ele estava sacrificando por mim, a realidade bateu forte em mim: Edward era mais que vital pra mim, ele era minha estrutura, meu pilar.



“Desculpa Edward, pergunta idiota!” Eu tentei encerrar o assunto. “Eu amo muito você, obrigada por tudo.”



Meus lábios encontraram os seus, o beijo era calmo, eu nem me lembrava de como era beijá-lo loucamente. Suas mãos estavam em minha cintura fazendo movimentos igualmente calmos.



Quando ele começou com a mão debaixo de minha blusa, entrei em parafuso, eu estava com vontade sentir sua pele, de tocar... Mas ao mesmo tempo eu não sentia a vontade para tanto.



“Edward... Eu não quero isso.” Eu falei tirando sua mão de minha pele descoberta.



Sua mão paralisou na minha, seus olhos estavam aflitos. “É só carinho amor!” Sua voz pedia desculpas disfarçadamente. “Desculpe se você não quer.” Suas mãos caíram entre nós, e ele se afastou muito de mim.



Porque eu era tão estúpida?



Meu namorado não estava fazendo nada de mais comigo, aquilo não tinha nenhuma conotação sexual, mas eu consegui estragar com tudo.



“Edward, me desculpe, por favor?” Eu pedi beijando sua mão. “Eu fui tão tola e fria.” Eu comecei a ficar desesperada. “Eu gosto de seus carinhos, eu só estou um pouco confusa.”



“Tudo bem anjo, você quer conversar sobre isso?” Ele sugeriu suas mãos não tinham voltado para minha cintura.



Eu queria falar ou não isso com ele?



“Não é nada de importante.” Eu falei sem encarar seus olhos.



“Edward, volte com as mãos para onde elas estavam!” Pedi tentando deixar o clima mais sutil.



Recebi uma risada trêmula de Edward, odiava quanto ele se esforçava para sorrir.



Suas mãos voltaram a ser calmas em mim, ele massageava minhas costas delicadamente. Meu rosto estava descansando em seu peito, o sono não demorou muito para chegar.



“Se importa se eu dormir?” Perguntei olhando com vergonha para seu rosto.



“Claro que não linda, eu vou apreciar isto, eu nunca te vi dormindo.” Ele disse fazendo cafuné em meus cabelos, seus dedos massageavam meu couro cabeludo de um modo que fazia meus olhos fecharem instantaneamente.



“Eu amo você, eu quero você aqui quando eu acordar.” Falei beijando seu peito coberto pela camisa.



“Enquanto você querer eu vou sempre estar aqui! Agora descanse!” Ele puxou minha mão e colocou um beijo no anel ele tinha me dado.

.

.

.

Eu nunca vou ter medo de sentir o que sinto por você, você é a melhor coisa que me aconteceu, e mesmo você tendo medo do amor que sente por mim, eu vou estar aqui para você, e quando você se cansar de mim e perceber o que eu não sou bom o suficiente e me pedir para sair de sua vida, não se preocupe, eu vou sair, eu faço qualquer coisa para te ver feliz, mesmo isso me despedaçando por dentro.”

A voz não vinha de um sonho, ela estava próxima e real demais, eu queria saber quemfalava embargadamente e pra quem falava. O sono me tomou de novo, não sei por quantas horas dormi, mas quando acordei me senti renovada, o cheirinho de bebê de Edward entrou forte em minhas narinas, só assim percebi que estava agarrada em seu pescoço.



“Acordou linda?” Ele me chamou baixinho. “Você apagou!”



“Por quantas horas eu dormi?” Perguntei arrumando a bagunça que estava meu cabelo.



“Umas seis.” Edward disse olhando para o relógio. “Você é adorável enquanto dorme.”



Edward me puxou delicadamente para seu colo me pegando como um bebê, seus lábios capturaram os meus. Eu tinha acabado de acordar, eu não ia beijá-lo!”



“Anjinho melhor não!” Eu disse antes dele partir meus lábios com sua língua.



“Que caralho Bella, deixe eu te beijar, porra!” Ele quase gritou.



“Hálito! Isso não seria bom!” Tentei explicar.



Edward estava irredutível. “Foda-se o seu hálito!” E então ele não esperou mais, sua língua já estava entrelaçada na minha.



“Até parece que você nunca me acordou para me beijar, e fazer outras coisas.” Sua voz estava divertida, ainda bem que o clima tinha mudado entre a gente.



“Eu só precisava te beijar.” Ele terminou.



“Sem problemas anjinho, eu gosto de você assim!” Eu disse dando beijinhos em seu rosto.



“Hum... você ficou acordado esse tempo todo?” Meus dedos traçavam a parte inferior de seus olhos. “Você está cansado.” Eu afirmei ao ver as olheiras que queriam começar aparecer.



“É realmente bom te ver dormindo, quero fazer isso mais vezes. E eu estava refletindo sobre algumas coisas.” A voz de Edward vacilou na última parte, vi um traço de tristeza em seus olhos.



“Refletindo sobre o quê anjinho?” Eu perguntei me ajeitando em peito.



“Não é nada de importante.” Ele usou minhas palavras de mais cedo. Eu odiava a nossa falta de comunicação. Nós dois estávamos nos escondendo por trás das palavras.



Eu não queria brigar e nem deixá-lo chateado, empurrei o assunto para longe mesmo sabendo que essa falta de diálogo estava nos afetando.



Escondi meu rosto em seu pescoço, o seu cheirinho de bebê estava me atraindo.



“Seu cheiro é tão gostoso!” Eu disse traçando seu pescoço com a ponta de meu nariz. “É cheiro de bebê.”



“Minha mãe nunca me deixou trocar de perfume, uso a mesma colônia deste de sempre,ela fala que não quer que eu perca meu cheiro de mini Edward.” Ele disse me dando mais espaço para fungar seu pescoço.



“Você foi com certeza o bebê mais lindo que o mundo já viu.” Eu tinha vontade de vê-lo quando pequeno, deveria ser o serzinho mais perfeito.



Sua risada foi relaxada, como se eu tivesse dito a coisa mais impossível do mundo: “O bebê mais lindo que o mundo irá ver será o nosso, Deus vai ser bom, nosso bebê vai ser uma cópia perfeita sua.” As palavras do meu anjinho me fizeram flutuar. Nosso bebê.



“Você realmente quer um filho anjinho?” Perguntei curiosa, ele sempre falava admirado sobre crianças, mas nunca ao ponto de falar sobre o nosso possível futuro bebê.



“Crianças são legais! Eu iria gostar de ter uma coisinha pequena em meus braços, ela seria fruto de uma coisa boa, então não tem porque eu não querer, não quero de supetão, quero estar trabalhando, tendo condições de sustentá-lo, eu não sou muito de planejar, mas eu quero ter um filho no momento certo.”



Eu me sentia da mesma forma, o fruto de nosso amor em meus braços, esse desejo me consumia.



“Temos que praticar muito então!” Eu disse beijando devagar seu rosto.



Eu só estava provocando, eu não queria fazer nada com ele naquele momento.



“Bella, eu sei que você não quer isso, é melhor você parar de me beijar.” Eu amava o modo com que ele me conhecia.



“Eu amo você anjinho!” Eu disse saindo de seu colo. “Obrigada por hoje, queria mais dias assim.”



“Eu também linda, tudo vai dar certo.” Sua voz não demonstrava certeza.



“É melhor eu ir.” Ele disse ficando de pé. “Te pego amanha para irmos para o colégio.”



“Ok se cuide! Eu amo você” Eu disse o levando até a porta.



“Eu te amo muito, nunca se esqueça disto.” Meu anjinho me disse ao passar pela porta.



Suas palavras sempre me deixavam confusa, eu queria pedir para ele nunca me esconder nada, se abrir comigo. Mas eu não podia pedir isso, pois eu estava fazendo a mesma coisa: me escondendo


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Notas finais do capítulo

: S Gostaram?
Os capítulos vão ficar menores, pois foi difícil escrever sobre os dois tristes e confusos. Não desistam da fic, os próximos capítulos serão importantes para o amadurecimento dos dois.
Beijos : )
Até quinta; para quem acompanha Passado Distorcido, até amanhã.