Atashi To Tenshi To Akuma escrita por Mel Devas


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Então, desculpem pela demora, estou com muito bloqueio >-<''' Espero que não tenha ficado ruim, era pra ser legal, masok...
Enfim, Boa Leitura!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/230070/chapter/25


Obviamente o Sam deu um piti digno daquelas gordonas de chihuahua na bolsa, mas o assunto foi desviado – com meu pai ajeitando os seus óculos de sol (de noite) para encará-lo melhor – porque Dan finalmente acordou.

Flashback

Senti uma coisa se mexendo atrás de mim.

– Ahn?? – Dan coçou a cabeça e percebeu tarde demais que afastou as cadeiras e tinha se desequilibrado.

Pelo que parece, bater o coco no chão ajudou, já que ele levantou-se de supetão e pulou em cima do Sam em um só movimento.

– Seu prostituto!!!!! – Se pôs de pé e ergueu meu irmão pela gola da camisa. – Que merda você estava fazendo???

– C-Calma, Danny...

– Não sou Danny, seu anjo maldito!!!!

– Mas é que...

– Ei... – Dan finalmente começou a perceber o ambiente em volta, dando de cara com Mitsra estendendo uma meleca não identificada. – Quer torta?

O loiro olhou pra mim inquisidor, enquanto eu assinalava veementemente que não com a cabeça.

– Mãe... Eu acho que é melhor ele não comer mais, está se recuperando, sabe... – Inventei desesperada.

– Isso mesmo, amor, você sabe que comer depois de desmaiado nunca dá certo... Lembra daquela vez que eu desmaiei no Congo e você me deu pratos locais logo que acordei? Então... – Meu pai acrescentou rápido, sentindo o quão tensa estava a situação, enquanto fingia ajeitar um botão da camisa havaiana que tinha “saído”. Dan, como imaginei, só arregalou os olhos e fez uma cara de perdido. Tinha até esquecido da raiva.

– É, isso tudo aqui é uma grande família!! – Sam sorriu falsamente enquanto tentava soltar a mão do maior de sua blusa. – D-Danny, me solta?

O demônio, totalmente absorto com a situação soltou-o sem reclamações. - Diretor Chrow explicou a situação suspirante ao garoto. - Até que sentiu algo batendo nas suas pernas.

– Primo, acredita que agora estou preso com essa purpurina maluca? – Taus indicou Sam – que esfregava seu pescoço aliviado - com a cabeça, numa expressão de: “Por que eu tenho que merecer essa mala?”, a propósito, coisa que eu estava de acordo.

– Pena de você, Taus... – Esfregou a mão na cabeça do pequeno demônio como sempre tivesse feito isso. – Mas pelo menos você vai estudar aqui, né? Não é melhor você usar sua forma humana?

– Eu perdi a minha gargantilha, você sabe que não sou forte o suficiente pra mudar sozinho... Deve ter soltado quando tropecei fugindo do anjo tarado...

– Você sabe onde foi?

– Na verdade, não... Deixa pra lá.

– Ei, ei, ei!! – Interviu Mitsra balançando um garfo com o veneno de jiló espetado. – Tudo bem que tem várias aberrações – Recebeu olhares irônicos de toda a sala. – aqui – Continuou, devolvendo o olhar. – Mas ainda temos alunos normais, então trate de achar essa coleira.

Taus simplesmente deu de ombros e pediu que ajudássemos ele.

–-x—

Olhei de esguelha a figura alta que andava calmamente ao meu lado. Era para estarmos vasculhando o chão a procura do gargantilha de Taus, mas Dan olhava pro céu, com os braços para cima apoiando a cabeça e eu olhando ele, que beleza de trabalho!!!. Na verdade, as chances já eram poucas porque já tinha anoitecido. Fomos separados em três grupos de procura: Mitsra e Jim (casalzinho sem noção), Sam e Taus (que foram obrigados a ficar juntos por causa da cajadada no pobre ornitorrinco) e eu e Dan sobramos.

O loiro estava estranho, sempre fora quieto, mas parecia pensativo demais. Ele se virou de repente pra mim e tratei de olhar pra frente rápido, corando.

– Lorene, eu fiz algo com você? Não consigo me lembrar, mas tem alguma coisa me incomodando... – Coçou a cabeça baixando os olhos, fingindo um súbito interesse na gargantilha de Taus.

– N-Não!! – Tentei mentir e corei mais ainda ao lembrar da cena, foi assustador, mas... – Não aconteceu na- Algo me puxou, logo estava de encontro com o peito de Dan.

– Eu fiz algo... Sua reação... Desculpa... – Se calou, seu único movimento era o peito subindo e descendo calmamente. Fechei os olhos.

Percebi que ele estava tremendo, com cuidado enlacei meus braços em volta também, me pressionando mais contra o peito dele, ouvindo seu coração, sentindo seu calor e o cheiro almiscarado de sua camisa, Dan afagou meu cabelo em resposta.

– Foi muito assustador? – Ele murmurou em meu ouvido, sacudi a cabeça. Lembrar do momento me assustava, só a ideia de não ter Dan como Dan me embaçava a vista, foi horrível, mas não poderia contar para ele. Como ele iria reagir se soubesse que tive medo? Meus olhos encheram-se de lágrimas. Merda!!!

Dan deve ter sentido algo, pois se afastou e segurou meu rosto com uma mão, afastando meu cabelo com a outra. A luz da lua refletia em sua pele e seus olhos pretos nunca pareceram mais tristes. Apertei a camisa de frio azul dele, nervosa, calculando que deveria estar mais vermelha que um pimentão.

– Desculpa... – Ele se aproximou seu rosto ao encontro do meu, cerrei os olhos novamente, mas sentia seu hálito quente em meu rosto. Cada vez mais perto.

–-x—

– Acho que eu realmente deixei cair em algum lugar por aqui. – Taus estava de joelhos na grama olhando com atenção.

– Tauzinho... – Finalmente pensei em um apelido pra irritá-lo, não era criativo, mas era o que tinha. – Quanto tempo lindo e maravilhoso a gente vai ficar aqui?

– Até achar minha gargantilha – Respondeu, direto – Talvez fosse mais rápido se alguma purpurina inútil me ajudasse, mas parece que sua massa encefálica é tão pouca que não consegue raciocinar nem isso.

Fiquei calado, como responder linda e maravilhosamente aquilo? Fiquei puxando a manga da minha blusa inquieto, olhando o pequeno ser vermelho agachado, procurando sua gargantilha persistentemente. Encabulado, me agachei ao seu lado, e passei a mão na grama, fazendo-a farfalhar.

Taus me olhou surpreso e deu um sorrisinho.

– Como é sua gargantilha? – Perguntei arrogantemente, deveria estar parecendo uma linda e maravilhosa Tsundere*.

– É preta. – Sorriu singelamente.

– Então quer dizer que estamos procurando uma coisa preta, no meio do escuro, na grama? - Perguntei erguendo as sobrancelhas.

– Resumindo, sim. – Deu mais um de seus sorrisos meigos (no máximo possível de um demônio vermelho baixinho e feioso).

– Nossa, que beleza... – Falei irônico.

– Por que você não procura lá? – Taus apontou pro canto oposto. – Vai que está lá, não é?

Me dirigi pra lá e comecei a passar em vão a mão na grama, duvidava que íamos achar algo.

– Ah!!!! – Taus exclamou. – Achei!!!

Me virei pra observar, como seria sua forma humana? Torturável?

Uma garota de cabelos vermelhos curtos de pontas loiras me olhava inquiridora com seus grandes olhos verdes. Engasguei.

– T-T-Taus??

*Mode Wikipedia on:Tsundere (ツンデレ?) é um termo japonês para uma personalidade que é inicialmente agressiva, que alterna com uma outra mais amável. Tsundere é uma combinação de duas palavras, tsuntsun (ツンツン?) e deredere (デレデレ?).Tsuntsun é a onomatopeia para "frio, brusco", e deredere significa "tornar-se amável/amoroso".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, esse é o capítulo, sei que ficou ruim T^T Essa no desenho é Taus!!! As pontas mais claras do cabelo ficaram apagadas, desculpe. Se vocês acharem que os desenhos não ficam legais e tiram a imaginação podem falar!!! E se quiserem posto uma que fiz da Lô com bonequinhos de pano do Dan e Sam (Ficaram estranhos, tava sem borracha, daora a vida)
Enfim, como sempre, estou aberta à críticas o/