Atashi To Tenshi To Akuma escrita por Mel Devas


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpa a demora, deu muito bloqueio, eu sou uma idiota que fica se encurralando em cada capítulo, lol. Enfim.
Boa leitura!!!



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– T-T-Taus??

– Sou eu, sim, por quê? – A ruiva levantou uma sobrancelha exibindo triunfante um sorrisinho cínico.

– Você é...?

– Uma garota? Sou. Você não tinha notado? – Eu percebia sua expressão zombeteira, mas estava perplexo demais para me importar.

– Não. Dan só se referiu a você como masculino.

– Ah, é que as coisas no inferno não têm distinção, você é só em demônio e pronto. Nada de sexo, idade, muito menos classe social. As únicas classes lá são de força e crueldade... – Ela assumiu um semblante distante e triste. – Povinho simpático, viu? – Deu uma risada e se levantou, batendo as mão no joelho para tirar a terra molhada que tinha ficado presa. Não deu muito certo, mas o que vale é a intenção.

– Temos que achar os outros. – Taus continuou. – Devem estar procurando minha gargantilha feito baratas tontas.

Eu só segui ela, que caminhava alegremente na minha frente. Ainda estava surpreso por Taus ser uma garota. Como vou importuná-la agora? Posso ser preso por assédio sexual!! Se bem que se fosse por isso, eu já teria ganhado prisão perpétua há muito tempo.

–-x—

De algum jeito eu já não sentia o hálito quente de Dan, na verdade não sentia nenhuma presença dele, era como se ele tivesse sido abduzido (Malditos sejam os Aliens!!!). Abri os olhos com cuidado. Quantas vezes a criatura ia me fazer abrir e fechar os olhos? Eu devo estar que nem novela mexicana de tão dramática!!

Ele estava a mais de 2 metros longe de mim, olhando para o lado com seu braço na frente do rosto. A simples visão dele fez meu coração estremecer. Fiquei alguns minutos encarando-o.

– O que foi? – Finalmente tomei coragem para perguntar, engolindo saliva nervosamente.

– Não é nada. Não sei o que me deu. Desculpe. – Ele não tirou o braço da frente do rosto pra falar e só seus olhos negros estavam visíveis, olhando para o chão.

Dei um passo pra frente. Ele recuou, tenso. Que raiva!! Por que um bando de divindade complexada cruza meu caminho? Que saco!! Gente, não existe psicólogo no céu e no inferno, não??

Andei rápido até ele e segurei seu braço - antes que a criatura complexada fugisse – abaixei-o, revelando seu rosto corado.

– De verdade. O que foi? – Perguntei de novo, direta e seriamente. Vish, acabei virando o homem da situação, mas fazer o que? Ele hesitou. Apertei seu braço um pouco e mandei um olhar de “fala sério, né?...”.

– Não vai dar certo.

– O que não vai dar certo, Dan?

– N-N-Nossa relação!!! – Ele gaguejou, ficando mais vermelho ainda, e consequentemente eu também. Porque eu estava tomando partido mesmo? Ahh!! Como sou idiota!!! (avá) Pensei em mim e Dan como um casal. Sacudi a cabeça,(Dan me olhando um tanto quanto curioso, claro) assim eu ia explodir de vermelhidão e vergonha! Se eu falei aquilo quer dizer que eu sou apaixonada por Dan? Tudo bem que amo ficar ao lado dele, e às vezes sinto algo estranho, mas somos algo mais que amigos? Agora eu que sou a complexada aqui!!! Ahhh!!! Maldito cérebro idiota, maldita situação idiota!!! Ok, ok, acalme-se Lorene da Silva Pinto, Dan está esperando sua resposta, recomponha-se!

– Bem... Eu não vejo o porquê de não dar certo.

– Como assim você não vê?? Eu sou um demônio, você, uma humana filha e irmã de anjos! Não quero que aconteça com a gente o que aconteceu com os seus pais. Eles estão bem agora, mas passaram por uns maus bocados.

– Olha, Dan. – Minha boca estúpida falou automaticamente. – Não acho que uma diferença de raças pode impedir um relacionamento se ele for verdadeiro... Se você usou o relacionamento dos meus pais como exemplo também vou usar. Eles realmente sofreram, mas não acha que os tempos felizes que eles passaram juntos compensaram? Tiveram dois filhos, dois membros da família foram abduzidos e eles continuam firmes e fortes. Não é um exemplo pra ter medo de fazer igual, eles são um exemplo de que pode ser feito.

Me dei conta do tamanho discurso sentimental que havia feito, com as batidas do meu coração ecoando freneticamente na minha cabeça, afastei-me rápido e acabei tropeçando. Senti algo roçando minha cintura, fiquei estranhamente alta, maior do que Dan. Ele riu ao ver minha confusão e me ajeitou melhor em seu colo (como aquela criatura conseguiu me levantar com um braço só?). O demônio me olhou com os olhos transbordando ternura e acabou me hipnotizando. Eu estava mesmo apaixonada por Dan?

Ele acariciou meu cabelo para trás, e, com um sorriso encostou de leve seus lábios nos meus. Esperou, sem parar de me observar com aqueles olhos hipnotizantes. As batidas do meu coração não ecoavam só em minha cabeça, mas pululavam em meu corpo inteiro, reverberando nele todo. Abracei seu pescoço com os braços e rápido, pressionei minha boca de volta, satisfeita, tinha minha resposta.

É, me apaixonei por Dan.

–-x—

Voltamos pra bifurcação onde tínhamos nos separado, Jim e Mitsra já estavam lá conversando sobre algo, animados. Não que aquele casal de malucos consiga conversar algo desanimados.

Mitsra acenou contente do ombro de seu marido. Eu acenei de volta, vai que ela me ofereça torta se eu não acenar... Eu sou maluco por torta, as da Sheila eram muito boas, é pena minha mãe não ter aprendido com a amiga.

– Taus!!! Você achou sua gargantilha!! – Exclamou a bonequinha, observando o pescoço da “demônia”, enquanto esta sorria.

– Graças a Deus! – Exclamou o diretor. – A gente procurou por toda nossa trilha e não achou nada...

– Sim, agora eu posso estudar aqui, certo? – Ela abriu outro de seus sorrisos.

– Obviamente.

– Esperem, quer dizer que eu era o único que não sabia que Taus era mulher? – Perguntei, confuso por só eu ter ficado surpreso naquela gandaia.

– Sim. – Responderam em uníssono.

–-x--


– Então, avisem Dan e Lô que estamos voltando. – Gritou Mitsra de longe mandando tchauzinho.

Sim, sobrou para nós acharmos Lorene e Dan e avisar que Taus já recuperou sua gargantilha.

– Por que será que eles demoraram tanto para voltar? – Perguntei.

– Devem estar até agora procurando minha gargantilha que nem baratas tontas. – A ruiva repetiu sua piada sem graça, fiquei quieto.

Depois de uns 100 metros achei ter ouvido algumas vozes, algo me disse para ficar quieto, coloquei o dedo na frente da boca indicando à Taus para se calar também. Nos aproximamos lentamente e nos escondemos atrás de arbustos.

Maldito seja Dan!!! Ele vai se ver comigo!! Como ousa!?

– É, parece que eles não são baratas tontas. – Concluiu a ruiva com um assobio baixo.



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Notas finais do capítulo

Bem, espero não ter apressado muito as coisas, que depois de 24 capítulos eu pensei "Tá na hora dessa bodega ter algum romance" e saiu a cena do capítulo passado, e como achei que ficaria muita enrolação eu estragar o clima dos dois acabei apressando as coisas x.x E talvez tenha ficado muito superficial, ah!!!!!
Bem, próximo capítulo vejo se vou me redimir, mas tenho uma pergunta, que desenho vocês preferem? Um da Lorene com o Sam, ou dela com Lion (nos dois desenhos eles ainda são crianças)
E desculpa por o desenho desse capítulo ter ficado sem nexo e feio, mas é que eu achei a ideia até legal...
Nossa, como ficou longo... Estou tendo uma crise maior do que a da Lô. Bem, até a próxima o/