Love Way escrita por TessaH


Capítulo 5
Capítulo 4 - Acredite no Horóscopo.


Notas iniciais do capítulo

Oi guys. Está aí mais um capítulo. Eu, como sempre, espero que vocês gostem mesmo. Eu não o postei ontem, pois foi meu aniversário e não tive muito tempo para entrar no computador.
Bom, acho que esse capítulo é o maior até agora. Então, tenham paciência em lê-lo, por favor. :) XD
Boa leitura.



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"- Lily, o que pensa que está fazendo? – em meio à tempestade que já se formava, ela ouviu a voz mandona de James dentro de seu carro, uma SUV prateada.

Acho que não estava mais sozinha."


– James? – surpresa, Lily perguntou.

– Sim! Entra no carro, por favor! – Jay ordenou. Apesar de o moreno pedir com a palavra de educação, sua voz era urgente e mandona.

– Por que eu entraria? – Lily arqueou a sobrancelha, pegando sua bolsa e a colocando em cima da cabeça.

– Lily, entra! Está chovendo e você está doente.

– Eu acho que posso ir para casa sozinha, James. Obrigado – Lily forçou um sorriso e já ia atravessar a rua em busca de táxi.

– Lílian, é sério. Eu te dou uma carona! – ele gritou. A chuva ficava mais forte e não dava para escutar as pessoas.

Lily hesitou e pensou.

Relutante, ela avançou à porta do carro.

– Pronto. Doeu vir? - James perguntou mais calmo.

– Não, é claro. Só não queria atrapalhar – Lily respondeu olhando para frente e ignorando um pouco o Potter. Estava com um pouco de vergonha por ter sido teimosa demais. Não havia motivos, não é? Ele só queria ajudar.

– Tudo bem – James percebeu o desconforto de Lily. Percebeu que ela estava com um pouco incomodada.

James ligou o carro.

§*§*

– James, sabe, me desculpa por ser teimosa e um pouco... grossa com você. É que eu sou assim mesmo, sabe? – diante do silêncio, Lily proferiu depois de 10 minutos.

James sorriu.

– Não precisa se desculpar. Você não precisava vir se não quisesse. Eu não sou ninguém para te obrigar, não é? – ele deu uma risadinha.

Lily o observou e concordou, vagamente, com a cabeça.



– James, o que aconteceu? – Lily quebrou novamente o silêncio.

James se assustou com a pergunta repentina. Seu primeiro pensamento foi: O que deu nela?

Mas ao olhar sua expressão, Lily estava muito segura.

– Como assim? – perguntou confuso.

– Você está preocupado e também parece indeciso.

James riu mais assustado ainda. Ele estava deixando transparecer?

– Como... por que você chegou a essa conclusão?

– Durante todo o caminho você se manteve calado. Eu achei que fosse por eu ter sido grossa, mas não foi. Até porque eu pedi desculpas e não te atingiu muito, foi besteira. – Lily dizia olhando para a rua à sua frente. Não dava para ver os carros, a não ser os faróis, por conta da grossa chuva que caía e impossibilitava a visão.

– Contudo ainda se manteve impaciente – batucando os dedos no volante. E a linha que está na sua testa não sai. Por isso eu afirmo. – a ruiva finalizou voltando seu olhar ao Potter.

Ele a olhou descrente.

James ia argumentar, mas decidiu não fazer. Ela já tinha notado. Afinal, eles poderiam ser amigos. E amigos dividem segredos, não é?

– Bom, eu posso te contar, mas com uma condição.

– Hm, posso saber qual é?

– Levarei você a um lugar, mas não direi qual – James disse já mudando a rota da casa da ruiva.

– Pode ser – Lily deu de ombros.

– Mas não demoraremos. Não quero que você fique fora de casa por muito tempo. Ainda está doente.

Lily bufou.

– Até você?


§-§-§

Seattle, Washington, EUA.


– Marlene? – Sirius chamava pela namorada.

– Marlene! Cadê você, mulher!

– Eu estou bem aqui – Marlene disse deitada na cama mexendo em seu celular.

– Você é tão bonitinha, não é? Eu gritando pelo apartamento e você aqui, nem me responde. – Sirius disse irônico, tirou a gravata e a jogou ao lado de Lene.

– Sou linda, por isso você está comigo e não com qualquer uma. – Lene disse sem tirar os olhos do telefone.

– Está fazendo o quê? – Six perguntou chegando perto da namorada.

– Jogando cobrinha.

– Marlene! Eu aqui, seu namorado, acabei de chegar e você nem olha para a minha cara, poxa! – Sirius fingiu estar triste.

– Sirius, quem não conhece que te compre! Eu te conheço tão bem, que sei que isso é frescura sua – Lene disse pegando a garrafa em seu criado mudo e a bebendo com gosto.

– Marlene, o que conversamos sobre o café? O médico não já disse que a cafeína no seu sangue não é ruim? – Sirius olhou feio para a morena.

– Não é café, querido. É coca cola.

– Mudou de hábitos?

– Sim, acho que agora é a coca que me domina. – Lene deu de ombros.

– Ok. Lene, como você está? – inseguro, Sirius perguntou.

Marlene franziu o cenho e parou seu joguinho. Dando, pela primeira vez, atenção ao namorado.

– Eu estou ótima. E o que você tem para me dizer, Black? – Marlene perguntou desconfiada.

– Er... eu vou dizer. Vou dizer, calma. – Sirius dizia mais para si mesmo.

– Anda logo, Black!



– O QUÊ?!

– Marlene, calma, amor!

– Calma nada, Black. Como você faz isso? Não poderia ser só você? – Marlene aproximava-se ameaçadora em direção a Sirius.

– Marlene, você é minha namorada, sabe. E eu preciso ir. É pela minha promoção! Não seja escandalosa, McKinnon.

– Sirius, eu não me acho no direito de para o casamento da baleia azul do seu chefe! Eu nem gosto dele, nem você!

– Marlene, eu preciso ir. A questão não é querer, é precisar. Entenda, amor.

– Vai você sozinho, então. Problema resolvido.

– Marlene, por que você não quer ir? Tudo bem que é o casamento dele e tal, mas você gosta de ir às festas.

– Eu olhei meu horóscopo...

– Lene, de novo? – Sirius interrompeu a namorada.

– Black, calado! Então, eu andei olhando, e ele disse que não é seria muito bom eu sair essa semana; essa semana é cercada por azar. – Lene fez careta e pegou sua garrafa.

– Marlene, não. A gente vai. Seja adulta, pelo menos uma vez na sua vida. Sirius disse pondo um ponto final da discussão e saindo.

– Olha só quem fala! A criança gigante! – Marlene gritou e bufou.

*~*~*~*~

– Argh! Estou sentindo a presença do azar me perseguindo. – Marlene cochichou inconformada, de braços dados com Sirius. Eles estavam andando no clube onde os noivos casariam.

– Marlene, pára de reclamar um pouco. Nós saímos daqui a pouco. E não tem azar nenhum.

– Claro que tem! Eu o sinto!

– Que nada! Vai, procura alguém para conversar que eu vou falar com colegas de trabalho. – Sirius empurrou Marlene a uma mesa de fotos dos noivos onde tinha uma mulher.

Marlene chegou perto da mulher e sorriu forçado, a raiva explodia por seus poros. Sirius Black seria um arquiteto morto.


Marlene se tornara amiga de Joanne, a mulher da mesa da foto, e conversavam animadamente. Era a única coisa que impedia Marlene de ir atrás de Sirius e buscá-lo para irem embora.

A música começou a tocar e todos se sentaram em suas mesas para assistirem a entrada dos noivos e padrinhos.

Marlene e Joanne ficavam comentando de todos que entravam. Sirius às vezes as olhava e mandava um olhar de censura. Afinal, se a música parasse qualquer um poderia escutar os comentários infames.

Quando os trompetes anunciaram a entrada da noiva, Marlene e Joanne riram um pouco mais alto que o normal. A noiva, na opinião delas, não estava apresentável para o próprio casamento. Algumas pessoas ao lado das duas as olharam. Elas ignoraram.

Enquanto a noiva chegava ao noivo, Joanne sussurrou para Lene:

– Esse vestido feio e com esse corpo ainda. Meu Deus do céu!

Marlene riu e falou de volta:

– Também, parece uma mendiga enrolada em uma cortina! – Marlene falou um tanto mais alto, e foi bem nessa hora que o DJ parou a música e o comentário de Marlene foi ouvido por todo o salão.

Todos os olharam voltaram para a morena que estava branca, o coração estava disparado, as mãos trêmulas e as pernas pareciam gelatina.

Olhares de censura e desgosto a apontavam. Marlene respirou fundo, forçou-se a manter-se ereta, e viva, e tentou não deixar que a coloração escarlate tomasse conta de seu rosto.

Foi inevitável. Foi a primeira vez que Sirius a vira com vergonha! Marlene McKinnon com vergonha! Se alguém dissesse, ele nunca acreditaria, nem quem a conhecesse.

Joanne pigarreou e todos voltaram os olhares para os noivos novamente.

Marlene caiu decepcionada na cadeira. Com certeza, o azar a cercava.



A cerimônia havia acabado e a festa rolava. Na mesa estava Sirius, Marlene e Joanne. Marlene tentava se esquecer do acontecido conversando com a outra, mas cada vez que abria a boca, o coração gelava.

Quando o chefe de Sirius veio cumprimentá-lo, Marlene estava com tanta vergonha que decidiu que iria ao banheiro. Mas ao levantar-se, o sapato prendeu na toalha da mesa e levou tudo ao chão; pelo menos só havia um jarro que parecia muito caro.

Ela arregalou os olhos e abriu a boca em perfeito “O”. Não era possível!

– Lene, vai ao banheiro, eu mando limpar – Joanne, outra vez tentando salvar a amiga, disse e Marlene correu ao banheiro.

Chegou à porta e respirou fundo. Abriu a porta e pronta para entrar no banheiro, não viu o degrau. Passou com o salto grande com tudo. Conclusão: o salto quebrou.

– Merda! Por quê?! –

Lene pegou o celular na bolsa e mandou uma mensagem para Sirius, avisando-o para irem embora e que estaria na porta dos fundos do salão.

Depois, saiu com o resto de dignidade, e com um pouco – pouquíssimo – de sorte que lhe grudava.


Sentada na calçada, Marlene esperava o namorado. Onde ele se metera?

Marlene observava a rua impaciente e foi quando uma menininha passou ao lado da mãe.

Ela chegou perto de Lene e cochichou algo para a mãe, apontando para Lene. A mãe da menina olhou estranho para Lene e passou correndo com a filha.

Lene bufou indignada e colocou a cabeça entre as mãos. Ouviu o barulho de carro e viu Sirius fazendo manobra para sair da festa. Mas ao passar para por Marlene, que já estava em pé – esperando-o, os pneus deslizaram por uma enorme poça de lama, sujando Marlene, que já estava furiosa.

Marlene rezou para manter a calma. Um pouco de dignidade!

Andou a passos firmes para o carro e abriu a porta com força.

– Vai entrar assim no carro, Lene? Senta no banco de trás. – Sirius disse simplesmente.

Marlene arregalou os olhos não acreditando no que tinha ouvido.

Como? Era a pergunta que rondava sua mente.

– Tudo bem. Não preciso do seu carro. – Marlene disse decidida e bateu a porta com força. Ouviu Sirius a chamar enquanto procurava por um táxi, mas não voltou, não daria essa chance.


McKinnon chegou a casa mais cedo que Sirius. Entrou desgastada e frustrada. Respirou cansada e foi tomar banho.

Quando estava limpa, foi para a sala ver se a frustração saia de si.

Ouviu a campainha tocar, Sirius havia chegado. Lene havia passado o ferrolho na porta, fazendo com que nem a chave pudesse abrir por fora.

– Marlene! Eu sei que esta aí! Amor, me desculpa, sério! Abre a porta. – Six girava a maçaneta.

Marlene não respondeu, apenas pegou o bilhete que já havia escrito e o mandou por debaixo da porta.

Desligou todas as luzes, foi para o quarto. Trancou a porta, arrumou-se e pegou seus tampões, colocando-os.

Sentiu a fraqueza dominar-lhe e seu único sussurro antes de dormir sem sonhar, foi:

– Lily, onde você está nessa hora? Era agora que você me dizia que estava aqui e me consolava, e eu acreditava que não estava sozinha.

Lene deixou dois filetes de lágrimas saírem de seus olhos castanhos e adormeceu.


Sirius ainda não acreditava, onde iria dormir?

A única coisa que tinha consigo era o bilhete com os dizeres:

Você não irá dormir hoje no meu apartamento. Espero que alguém seja solidário com você e da próxima vez, Black, acredite em mim e no meu horóscopo.

P.S.: Esteja ciente que estou muito furiosa com você. Só não abro a porta por que não tenho uma metralhadora. Passar bem!

–- # --


– Bom, é isso, Lily. Eu estou assim por isso. – James finalizou seu discurso.

Eles estavam em uma cafeteria pequena em um bairro longe da cidade, a cafeteria até que era agradável.

– Hm, você está preocupado com o estado mental da sua esposa, sabe que ela não está grávida, e indeciso se a leva ou não para um psiquiatra. Já falou com a família dela? – Lily perguntou comendo um bolinho.

– Sim. Nós casamos há oito meses. Quando casamos, ela disse estar grávida de dois meses e ainda permanece assim. Nós sabemos que é uma gravidez psicológica. Só não me separo porque sei que sou importante para ela poder se curar.

– Acredita na recuperação dela?

– Sim. E me culpo pelo fato de alimentar essa farsa. Acima de tudo, eu me considero amigo dela, ela acha que a faço feliz, mas sempre está tendo confusão e brigas em casa. Ela sempre põe a culpa em mim.

– E essa última briga foi a gota d’água?

– Sim. Foi.

– Por que mentiu para mim na primeira vez que nos falamos ? – Lily arqueou as sobrancelhas. Achou-se no direito de perguntar a James um fato pessoal, aliás, ele estava contando-lhe tudo, havia uma ligação de laços que estava se formando e se aperfeiçoando diante deles.

– Não menti. Eu realmente gosto da Kate. Acho que estou apaixonado por ela, como antes, como sempre.

Lily balançou a cabeça vagarosamente. Estranhou o “acho” de James, se ele gosta dela, tem de ter certeza.

– E você acha que ela é estéril?

– Sim. A família dela também acha. Se a Kate acha que eu a deixarei por ela ser isso, é claro que não, mas acho que ela não sabe disso. Nós podemos recorrer a tantas outras formas de tentar ter filhos! - James exclamou exaltando-se um pouco.

– Verdade. Existem muitas formas mesmo - Lily bebericou seu café.

Os dois ficaram em silêncio e o assunto parecia ter acabado.

– Lily, acho que somos amigos, não é? – James perguntou incerto.

– Sim, Jay. Acho que somos amigos – Lily sorriu-lhe amável.

– Como amigos fazem, estou aqui para qualquer problema seu. Não hesitarei em ajudar-te. Seja o que for. Eu largaria tudo para ajudá-la – James prometeu pegando as mãos de Lily.

– Eu também, James. Eu estarei aqui para te ajudar em tudo. Não hesitarei.

Lily prometeu e mal sabia que essa sua promessa lhe custaria quase uma vida.


(...)

– Pronto, está entregue – James estacionou o carro na porta da casa.

– Obrigada, James.

– De nada – ele respondeu e Lily saiu do carro.

Caminhando até a porta, Lily parou subitamente ao ouvir James a chamar.

– O que foi, Potter? – ela perguntou brincalhona.

– Como você descobriu tantas coisas sobre mim apenas olhando para detalhes? – curioso, James franziu o cenho.

Lily deu uma risadinha discreta e disse:

– Nunca vai saber. – sorriu sapeca e correu até a porta. A chuva voltava e poderia ficar doente novamente.

James sorriu ao observá-la e puxou seu carro rumo a sua própria casa.



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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Eu me senti tão triste em relação à Lene. Coitada, acho que o Sirius pegou pesado também. Será que ela vai se vingar? Ele merece.
Bem, eu mereço alguma coisa? Pode ser críticas. Tudo. Até aceito parabéns, também.
:)
XD