Love Way escrita por TessaH


Capítulo 4
Capítulo 3 - Você não está sozinha.


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, está aí o terceiro e espero que gostem, sério. Desculpem-me se no começo é confuso, mas eu acho que seria melhor assim mesmo. Esse é o primeiro da semana e o segundo virá na Sexta ou Sábado. Estou trabalhando a todo vapor nele.
Então, boa leitura. XD



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– Acho que não vou poder sair com o Potter e a esposa. – Lily disse com a voz fraquinha.

– Eu sei, mana. Eu irei avisá-los. Você está doente, Lily. Nem me disse! – Dorcas passou a mão sobre a testa quente da amiga.

– Acho melhor irmos para o médico.

– Não! Sério, Dor, acho que não.

– Acha nada, você vai e agora. Ligarei para o Potter na saída. – Dorcas ordenou e Lily ficou calada; acompanhou Dorcas com os olhos e só saiu da cama para ir ao hospital.

–- # --

– James, ela vem mesmo? Não temos que buscá-la? – Kate perguntou passando a mão roboticamente pela barriga.

– Não, a Dorcas a traria aqui e iríamos. Mas acho que houve alguma coisa. – James olhou novamente seu relógio no pulso. Estava atrasada à meia hora.

– Está ficando frio, James. – Kate passou os próprios braços finos sobre o fino casaquinho rosa que lhe cobria até o busto.

– Eu sei. Vou ligar para a Dorcas. – ao dizer isso, o celular tocou.

– Oi, Dorcas. Aham, ok. Ela está bem? Não, tudo bem. Certo. Até.

– O que houve?

– Lily ficou doente. – James disse um pouco... decepcionado.

– Lily, James? Você a chama de Lily? – Kate franziu o cenho.

– Sim, Kate. O quê que tem? E ela me chama de Jay. Algum problema? – James perguntou desafiadoramente. Ele, e a esposa sabia melhor que ele, que odiava que o prendessem ou grudasse muito.

Percebendo o que tinha dito, Kate fez cara de culpada.

– Amor, desculpa, sério. É que... às vezes o ciúme é demais. – ela disse abraçando-o.

– Hm, ok.

Ficaram calados até Kate quebrar o silêncio.

– Ela é bonita?

– Sim.

– Hm. – Kate tentou ignorar a resposta. Ela sabia como James era. Ele não mudaria e nem mentiria para vê-la feliz. Ele só fazia isso quando se importava demais com a pessoa. Ele não via motivos para mentir.

Ele permaneceu calado, depois mesmo de Kate murmurar que não estava nada bem e ainda estava com ciúmes, ainda mais.

– James, não vai fazer nada?!

– Quer que eu faça o quê? – ele disse e a soltou. – Que eu te obrigue a tirar o ciúme, Kate? Não posso, desculpe.

– James, já percebeu que você sempre é assim? – ela começou. Jay sabia que quando a esposa começava assim, melancólica e vítima, ela iria discutir a relação e, por conseguinte iria brigar com ele. Porque tudo era culpa dele naquele casamento!

– Não, Kate. Chega, pára, sério. Não vem colocar a Lily como desculpa para o nosso casamento. – James a ignorou e entrou em casa.

– O quê?! Potter, quem citou o nome da sua amiguinha? Sério, não a conhece nem por um ano! Nem por quanto tempo quanto eu! Você nunca, nunca, ficou decepcionado ou preocupado comigo quando acontecia algo comigo!

– O quê, digo eu! O que virou isso aqui? – ele apontou para os dois. – A Lily não tem nada a ver com a gente! Nada! E ninguém está falando como eu fiquei em relação a ela! Pára com essa sua paranóia!

– Potter – ameaçadoramente, Kate aproximou-se de James e apontou-lhe o dedo no rosto. – Você não é ninguém para me chamar de doida.

James respirou fundo.

– Não te chamei de doida. – a olhou com raiva tirou seu dedo de sua cara.

Deu as costas e subiu.

– AHHHHHHH! Essa Lily mal chegou e já está estragando tudo! E eu nem a conheço! – Kate urrou sozinha no sofá.

–- # --

... sessenta e nove, setenta.

– Setenta gotas de soro que caíram até minha corrente sanguínea. – A voz de Lily fez Dorcas sobressaltar-se no pequeno sofazinho branco daquele lugar minúsculo.

– O que você disse?

– Disse que caíram setenta gotas de soro até a minha corrente sanguínea. – Lily disse simplesmente.

– Hm... e por que você estava contando? – Dorcas perguntou se aproximando e olhando o saquinho de soro acima de Lily na maca.

– Sem nada para fazer. Você me trouxe aqui e não vi nada interessante para fazer, ué.

– Mas não era para procurar distração no saco de... de soro.

– O quê que tem?

– Hm, nada. Como se sente? – Movendo a mão para ver sua temperatura.

– Melhor. Quando irei sair? – Lily perguntou esquivando-se da mão de Dorcas.

– Você parece uma criança. – Dorcas bufou. – Amanhã, possivelmente. O médico disse que desidratação pode ser grave.

– Hm, não me importa. Era só beber água e ficava melhor. – Lily deu um sorrisinho.

Dorcas deu um meio sorriso e bufou.

– Já disse que parece uma criança? –

– Hoje? Já.

– Que bom. – Dorcas disse folheando uma revista despreocupadamente o sofá.

Lily voltou para sua atividade de contar as gotas. Era legal, sua única distração naquele momento. Iria passar um dia todo mesmo.

Deu de ombros e voltou.

~*

– Dorcas, pega meu celular ali, por favor. – Lily murmurou sem emoção para a amiga. O celular tocava na poltrona em frente à porta. Era a quinta vez que tocava, sem parar. Da primeira vez, ela viu que era Marlene. O deixou tocar; na segunda, viu que ela era de novo e o deixou novamente; na terceira, o tacou na poltrona bem distante de si.

– Não aguento mais esse toque, garota. – Dorcas deu-lhe o pequeno aparelho.

– Alô, Marlene. – Lily resmungou.

– Lílian, porque estava me ignorando? IGNORANDO? – ela gritou e Lily distanciou o aparelho de perto do ouvido.

– Parou? Parou com a crise neurótica? – a ruiva perguntou sarcástica.

– Pára com isso, sua safada. Como você está?

– No hospital. – de novo, Lily tirou o aparelho de perto do ouvido pelo grito da morena do outro lado do oceano.

– Lílian, eu acho que terei que ir para Londres. Cuidar de você, sua louca. E nem me avisa! – Lene dava o sermão.

– Marlene, já acabou? – a voz de Lily era entediante.

– Lílian, eu passo o tempo que eu quiser, ouviu bem?! Que EU QUISER TE DANDO UMA BRONCA! – e Marlene não parava de falar.

– Aish! – Lily resmungou e colocou o aparelho do seu lado na cama.

– É a Marlene? – Dorcas perguntou rindo no sofá.

– Sim, ela está um caso sério. Seriíssimo!

Dorcas riu.

– Ela só está preocupada com você. Relaxa. – Dorcas murmurou risonha, folheando a revista.

– Às vezes, acho que ela deveria vir para Londres; assim poupar-me-ia trabalho de explicá-la tudo sempre. – Lily jogou a cabeça no travesseiro, cansada.

– Sabe, - Dorcas largou a revista e veio de encontro à Lily – ontem eu estava consultando uma garotinha que a mãe tinha um problema.

Lily levantou a cabeça e a olhou.

– Que tipo de problema?

– Ela não pode ter mais filhos.

A simplicidade em que Dorcas disse, fez Lily assustar-se.

– Por quê?

– Quando ela estava grávida da Mona, a menininha, ela sofreu um acidente. – Dorcas passou as mãos pelo lençol da maca, arrumando-a.

– Que triste. – Lily lamentou, realmente triste.

– Isso não é o pior; ela foi atropelada e a Mona teve que nascer prematura, e o marido da Liza teve que escolher entre a filha e a esposa.

– Nossa! Coitado, nunca quero me ver nessa situação.

– É. Ele escolheu a filha, pois a Liza já tinha falado para ele; ela teve uma gravidez de risco. Mas...

Dorcas saiu de perto e foi até a bolsa no sofá.

– Graças a Deus, os médicos conseguiram salvar a Liza, mas sem o útero – Dorcas procurava incansavelmente algo em sua bolsa. – Sinto-me muito ligada à Mona.

– Por quê? – Lily perguntou interessando-se pela história.

– Ela foi minha primeira paciente. Eu vivi o drama do pai dela; eu comecei a consultá-la quando a mãe ainda estava em risco. Liza só saiu da UTI quando a bebê estava com quase um ano. Quem tentava viver era o pai.

– Eu... – a voz de Lily embargou – Acho que não daria para um trabalho desses. Tenho o coração fraco.

Dorcas riu.

– Sério? – ela riu mais um pouco e se aquietou.

– Não, é sério! Eu já fui a médicos e disseram que meu coração é um pouco fraco, se eu tiver bebê, poderá ser de risco.

– Eu não sabia, Lily. Desculpe-me.

– Nada. Eu acho que não pretendo ficar grávida, mesmo. Sabe, não tenho nem namorado.

Elas riram.

– Eu também não, quer dizer, eu quero só quando tiver alguém. Até porque, minha vida é tão instável.

– Como assim? – Lily perguntou pegando o celular e desligando. Talvez Marlene se cansasse.

– Eu trabalho aqui no hospital, mas eles podem em mudar e eu tenho que ir. É um tipo de programa aí. – Dorcas deu de ombros.

– Eu acho que preciso de Doritos e um refrigerante, Dor. – Lily respirou fundo não aguentando mais aquele quarto.

– Não, mocinha.- Dorcas riu. – Um para mim, quem sabe. – ela saiu do quarto rindo.

– Não, Dorcas! Eu quero! – Lily riu e gritou sozinha.

O silêncio reinou.

O telefone começou a tocar novamente.

Lily não se deu trabalho de olhar o visor; achava que era Marlene.

Engano, era um certo Potter preocupado com uma pessoa que só conhecia a um dia.

–- # --

A porta abriu e um homem com jaleco apareceu.

– Srta. Evans, como se sente agora? – ele perguntou aproximando-se de Lily.

– Hm... acho que bem, doutor. Quando eu poderei ir para casa?

– Deixe-me terminar de examiná-la agora e poderá ter alta. – ele sorriu e continuou a examinar.

Quando estava para terminar o trabalho, ele disse:

– Cadê aquela sua amiga? Ela não está aqui no dia de sua alta?

– É. Ela teve que sair por enquanto. Ela teve um plantão de última hora em um estado vizinho, mas eu posso ir sozinha, não se preocupe.

– Tudo bem. A senhorita já pode ir. Não se esqueça de se hidratar, Lily. Pode ser pior da próxima vez. – ele disse saindo.

– Pode deixar. Por mim, não haverá próxima vez. – o médico riu e saiu.

Lily levantou-se da maca gelada e suspirou aliviada. Finalmente!

Arrumou as coisas e trocou-se rápido.

Enquanto terminava as coisas, ouvi o barulho de grossas gotas de chuva na janela. Pelo visto, teria que ir sozinha para casa e na chuva. É o jeito.

Fechou tudo e saiu andando pelo corredor.


Chegou à porta do hospital e respirou fundo. Apesar do vento está pesado e frio, era bom poder respirá-lo. O aroma úmido de Londres era bom, melhor que o quarto de hospital, com certeza!

Preparou-se para correr até a outra rua em busca de um táxi, quando uma buzina lhe atrapalhou.

– Lily, o que pensa que está fazendo? – em meio à tempestade que já se formava, ela ouviu a voz mandona de James dentro de seu carro, uma SUV prateada.

Acho que não estava mais sozinha.



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Notas finais do capítulo

Err... e aí, mereço review?
Obrigada a todos que comentaram nos capítulos anteriores, sério, isso me faz um bem danado!
Beeijo. Até.
XD