Love Way escrita por TessaH
Notas iniciais do capítulo
Oi, pessoal. Estou aqui de novo e queria agradecer a todos por sempre estarem presentes aqui, obrigada. :)
Agora, esse é o primeiro capítulo da semana - ele veio tarde, mas veio -, o segundo virá mais tarde, afinal tem que ter dois essa semana e eu estava sem ideias.
Bom, aproveitem o capítulo e boa leitura. :)
XD
James chegou a sua casa e ao abrir a porta ouviu a mulher cantarolar ao longe – por conta do silêncio.
Uma música banal, em uma atividade banal. Comum?
– Kate? – Jay chamou pela esposa.
Nenhuma resposta. Chamou-a novamente.
Passou os olhos por toda a extensão da casa e não a viu. Com certeza estaria lá em cima.
James subiu silencioso até o quarto. Ao se aproximar, a voz da esposa se fazia mais presente.
Chegou à porta e a viu. Kate estava na varanda do quarto e acariciava sua barriga. Como se houvesse alguém, esse pensamento fez o coração de James de encolher. Como queria.
– Kate – sua voz saiu como um sussurro ao se aproximar da esposa.
Ela o olhou. Mas não era o olhar que ele sempre via na esposa quando chegava. O olhar caloroso que o recebia. Era de um desespero. De incerteza e dúvida.
– Oi, amor. Não ouvi você chegar. – ela disse ajeitando-se na cadeira.
– Olá. Acho que fiz pouco barulho. – James disse discreto, sentou-se na cadeira de frente à esposa.
– Então, como foi no hospital? – ela perguntou como sempre fazia.
– Hm... – James pensou no passeio que dera com Lily. Não chegou nem a trabalhar. Se falasse, a esposa iria criar problemas, e ele não queria isso. Tinha que resolver algo muito mais importante com ela. – Normal.
– Hm.
– E como foi aqui? – Jay perguntou tentando de alguma forma procurar por onde poder tocar em um assunto delicado.
– Normal também. Não tive muito com o que me preocupar. – ela lançou-lhe um sorriso tranquilizador. Pena que James não ligava muito para isso.
– Hm... Kate, quando tem consulta novamente? – Assim que Jay perguntou, Kate enrijeceu. Talvez... talvez fosse impressão de James, mas ela sempre fazia isso em relação à “bebê” deles.
– Er... Acho que... Não sei ao certo. – Kate balançou a cabeça.
– Mas faz mais um mês amanhã. – constatou James.
– Jay, amor, você nunca se preocupou com isso.
– Claro que me preocupei! Eu só estou querendo saber para eu te acompanhar. – James disse e observou a esposa. Ela engoliu seco.
– Não precisa, amor. Sempre é assim, sabe que está tudo bem. – Kate tentou desconversar. Ela parecia nervosa.
– Kate, será mesmo? – Potter perguntou. Ele não queria chegar acusando, mesmo sabendo que era o certo. Ele queria sondar e que a esposa, de prontidão e livre arbítrio, falasse por si só. Não queria forçá-la.
– James, o que está acontecendo? Não está acreditando? – Kate assumiu a posição defensiva. Tentou parecer ofendida com o que o marido dissera. Claro que não! Queria que ele visse e pedisse desculpas, como já aconteceu algumas vezes antes. Mas não seria dessa vez. Ele precisava saber e ajudar àquela pessoa. Não estava em boa sanidade mental.
– Kate, pare com isso! Não assuma algo que não existe ou é! – Kate ao ouvir aquilo, afastou-se ressentida de James.
– James, está insinuando algo, por acaso?
– Kate, vamos, por favor. Não deixe que eu seja a pessoa ruim nisso tudo! Eu quero te ajudar, querida. – ele disse e tentou chegar perto.
– Não, James! Eu não preciso de ajuda! Nem da sua nem da de ninguém! – Kate gritou e saiu, pondo fim no assunto.
James respirou cansado. Cansado daquela farsa, de tudo.
– Fazendo isso só mostra que tem culpa. – murmurou sozinho.
–- # --
A TV estava ligada e passava algo comum. A ruiva que estava sentada no sofá de frente à TV, estava perdida em pensamentos.
Lily foi tirada de seus devaneios quando a porta da frente bateu com força e um vulto passou correndo para o segundo andar.
– Dorcas? – Lily perguntou seguindo por onde a pessoa tinha passado.
– Dor, o que houve? – perguntou quando chegou ao quarto da loira e se deparou com ela arrumando, de qualquer jeito, algumas roupas.
– Lily, aconteceu. – Dorcas disse parando por um segundo e recomeçando novamente na mesma pressa.
Lily franziu a testa. Não fazia a menor ideia do que a amiga estava falando.
– Dorcas, aconteceu o quê? – a ruiva perguntou novamente, sentando-se na cama.
– Lily, lembra que te falei que qualquer chamado eu teria que me mudar e atender em outro lugar?
– Sim, eu lembro. – Lily balançou a cabeça.
– Então, recebi uma chamada urgente no hospital geral na Irlanda – Dorcas disse e não parava se arrumar sua mala.
– Na Irlanda?
– Sim, Irlanda do Norte. Um dos países do Reino Unido.
– Eu sei, Dorcas. Mas... Você vai ficar temporariamente? – Lily perguntou receosa.
– Er... Lily, essa é uma questão delicada, mana. – Dorcas finalmente parou e sentou-se em frente à ruiva.
– Lily, provavelmente eu irei ficar por muito tempo. – Lily demorou um tempo para assimilar. Se Dorcas fosse embora, ela... Teria que voltar para os EUA.
– Dor... mas, como assim? – Lily perguntou sentindo-se mal. Além de ter que voltar, ela provavelmente não veria mais a amiga.
– Lily, eu... Eu não queria ir, sério. Mas é o trabalho que eu escolhi. Eu sinto muito, mana. – Dorcas disse com ardência em seus olhos. Ela chegou perto de Lily e a abraçou.
– Dor... Ah! – Lily abraçou Dorcas fortemente, que foi retribuída.
– Lily, eu sei que você está mal por eu ir e tal. Mas eu sei que está mais ainda pela hipótese de voltar. Lily, eu não vou deixar. – Dorcas disse sentando-se novamente.
– Como... como assim, Dor? – Lily perguntou passando a palma da mão na bochecha. Limpando qualquer vestígio de lágrima que já havia percorrido por ali.
– Eu falei com o Jay ontem à noite. Ele disse que vai cuidar de você até você poder manter-se sozinha aqui. A casa ficará com você, mana. O James irá te ajudar, ele me prometeu. – Dorcas continuou a dizer e arrumar sua mala.
– Mas... Não precisa, eu fico bem.
– Não, mana. O veado já me prometeu, ele cumpre. E eu não te deixaria sozinha. – Dorcas fechou a mala.
– Eu ligarei toda noite, ok? – Dorcas prometeu deixando cair duas solitárias lágrimas.
– Ok, eu irei esperar. – Lily tentou sorrir. A ideia de que uma das melhores amigas dela iria embora, não a agradava. E ainda mais saber que o Potter iria cuidar dela feito criança. Claro que quando Dorcas falou dele, seu coração deu um salto – mas ela não confessaria nem sobre tortura.
Só o que a incomodava era ser tratada assim: feito criança.
– Tudo bem. – Dorcas balançou a cabeça e limpou as lágrimas. – Eu te amo, mana.
– Também te amo, mana. – Lily respondeu e Dorcas saiu em disparada para seu carro com as malas.
Lily olhou pela última vez a amiga e fechou a porta.
Era estranha a sensação de estar sozinha ali, e na maioria das vezes.
Andou com passos lentos até o sofá e se jogou.
Estava sozinha, como sempre. Bufou e respirou fundo, olhando para o teto.
Pelo menos, teria alguém que sempre iria vê-la. Sempre, afinal, ele prometeu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Er... Gostaram? Não? Digam, por favor! *-* Então, até o próximo.
Beeijo.
Até.
XD