Culpa Do Destino escrita por flaviasandler


Capítulo 4
"mas ela escolheu você"


Notas iniciais do capítulo

Foi muito bom de escrever esse capitulo e.e fiz ele com a ajuda da @Gabmay_ (mano, ela tem muitas idéias fodas) e eu >amei<. Tomara que gostem também :)



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– MELLANIE? – alguém gritou meu nome, e eu conheci aquela voz. A voz do meu pai, e automaticamente dei um pulo do colo do meu Drew.

– droga – sussurrei e abaixei a cabeça.

– eu não acredito que você está b... – meu pai disse meio “indignado”

– me deixa em paz, por favor – o interrompi e me levantei passando por ele, dando passos fortes.

Não sei o que aconteceu entre eles e nem se eles conversaram, só sei que peguei o primeiro taxi que vi na frente e entrei dentro, dando o endereço pro motorista.

(...)

– obrigada – disse dando o dinheiro a ele. Sai do carro pisando fundo e entrei dentro daquela casa enorme, me senti perdida la dentro, fico imaginando como uma pessoa conseguiria viver aqui sem amigos, sem alguém pra conversar ou algo do tipo.

Fui para o meu quarto, tirei aquela roupa que estava me deixando sufocada já, queria algo mais leve e solto, como um pijama bem largo ou sei lá. Algo solto. Peguei algumas coisas e joguei em cima da cama, pra me distrair. Coisas como uma caderneta e vários papéis soltos, precisava escrever, precisava soltar aquilo que eu estava sentindo nas palavras, e foi isso que aconteceu.

“Ela pode. Pode ter o homem que quiser, pode ser quem quiser. Mas ela escolheu você, quer ser quem você deseja. Você parece não notar, mas ela está ao seu lado. Ela não se segura, não disfarça o que sente e não usa armaduras. Não consegue, não sabe e nem quer ser diferente do que é. Tem várias facetas, não tem medo e morre de medo. Não tem medo de sentir, mas está com medo do que sente por você e não sabe se o medo maior é do que vai no coração ou de que dê tudo certo. Medo de dar certo? Ela não é completamente normal. Nem anormal. Ela só é ela, com todos os seus cantos, esconderijos, degraus, pontes, abismos. Nunca sentiu por ninguém o que sente por você, pois… ela não vê graça em outras pessoas. Não esquece o seu rosto e não possui o menor interesse em outros seres humanos. Ninguém é como você. E ela sempre quis alguém como você. E você apareceu agora. E levou todos os sentidos dela.”

Minutos depois escutei o barulho do carro, eles chegaram, e certeza que meu pai já iria vir me infernizar, pra dar sermão e falar que eu fui uma idiota. Agora me diga algo que eu não saiba.

Fui no banheiro, e quando voltei, me deparei com a pessoa menos improvável. Kenny. O que ele queria?

– oi mellanie

– oi Kenny, o que te trouxe aqui? – disse sorrindo e sentando na berada da cama.

– bom, eu queria te falar algumas coisas...

– tudo bem – disse dando de ombros, e parando pra ouvir o que ele tinha pra falar.

– Bom, eu e seu pai tivemos uma conversa, e eu sei porque ele tem tanto “medo” assim de você entrar em um relacionamento com alguém.

– esse alguém por acaso é o Justin?

– talvez. Mas é que ele tem medo de te perder pra ele entende? Ele tem medo, ciúmes, não sei, de que você troque ele por “alguém” e que não ligue mais pra ele, e tem mais medo ainda de que depois se as coisas não derem certo, você sofra, entende? – abaixei a cabeça e acenti. Ele estava certo, depois que meus pais se separaram, ele anda muito apegado a mim, e acho que ele realmente sente isso e tem medo de eu troca-lo ou sei lá... mas óbvio que isso nunca irá acontecer. Ele é meu pai horas, nunca irei trocar ele por algum garoto, ou deixar de passar tempo com ele pra ficar com algum garoto. Eu entendo isso, só que fui idiota de não ter percebido antes.

– eu entendo perfeitamente – disse me rendendo.

– que bom que entende, então porque não vai conversar com ele?

– sim, eu vou, mas antes... me diga uma coisa, eles brigaram?

– não, mas seu pai olhava pra ele de um jeito tipo “vou te matar” – e rimos.

– tudo bem, já estou indo la – disse me levantando. – e obrigada grandão – disse dando um abraço nele. – você sempre foi o meu segurança favorito. – e sorri.

Desci as escadas e meu pai estava na sala, sentado no sofá com um copo de whisky na mão.

– oi – disse chegando perto dele e tirando aquele copo de sua mão.

– oi. – ele disse com um tom sério. Ok, eu morro de medo de ter essas conversas com ele, mas digamos que no momento é necessário.

– Kenny falou comigo... – disse tentando puxar papo.

– legal – ele disse irônico.

– me desculpe. – disse olhando pra ele. – não era a minha intenção te deixar assim.

– não foi nada. – como se eu fosse acreditar.

– você não entende... eu quero achar maneiras de explicar mas não consigo achar as palavras certas.

– eu entendo mais do que você imagina. Você ama ele.

– sim. Demais. E você é a pessoa que mais sabe disso.

– sim, eu sei, essa é a minha preocupação.

– porque?

– porque você o ama, mas você sabe o que ele sente por você? – abaixei a cabeça e fiz que “não”. Aquilo era doloroso, ter que escutar aquilo, “mas você sabe o que ele sente por você?” até o ponto que eu saiba, ele não sente nada, eu acho.

Justin POV.

Fui o caminho inteiro olhando pro vidro, pra não ter que olhar pra cara do Mitchel (pai da mel) me olhando com uma cara monstruosa. Aquilo me deixava com um pouco de raiva, porque alias, porque ele não deixa a menina viver um pouco a vida dela? Pelas coisas que o Kenny me contou, ela me ama, e eu sei disso. E eu estou fazendo de tudo pra retribuir esse amor, mas eu não sei o que fazer, sendo que tudo o que eu faço, o Sr. Mitchel entra no meio.

Chegamos em casa e eu fui pro meu quarto, bem calmo, não queria demonstrar raiva pra não pensarem coisas ruins ao meu respeito.

Vi que Kenny foi para o quarto da Mellanie e minutos depois os dois saíram juntos de la. Eu como sou uma pessoa nem um pouco curiosa, fui atrás logo depois que eles saíram da frente da porta do meu quarto.

Kenny seguiu reto e foi pro jardim, e mellanie se sentou no sofá e ficou conversando com o Sr. Mitchel, mas a coitada só levava corte.

– oi – ela disse forçando um sorriso.

– oi – ele respondeu seco.

E eles começaram a conversar.

(...)

– eu entendo mais do que você imagina. Você ama ele.

– sim. Demais. E você é a pessoa que mais sabe disso.

– sim, eu sei, essa é a minha preocupação.

– porque?

– porque você o ama, mas você sabe o que ele sente por você?


Então é isso. Esse é o medo dele. De eu a usar e depois decepcionar. Mas eu nunca fiz isso, e não sou capaz de fazer isso com as pessoas. Porque sempre pensam o pior? Eu preciso falar com ele.

Mellanie POV

Finalmente terminamos a conversa, me desculpei e despedi do meu pai, e fui pro meu quarto. Sentia atração por aquela cama. Ela estava me chamando. Ou eu estava bêbada, logo que entrei no quarto, me joguei na cama de dormir daquele jeito.

no outro dia...

É muito raro acordar com um dia ensolarado em Stratford. Quando eu digo raro... é raro mesmo.

sol... casa nova... piscina nova...

Entrei naquele closet maravilhoso e escolhi uma roupa e coloquei por cima do biquine. Depois desci e fui tomar um bom e merecido café da manhã.

Fui até a cozinha e me deparei com uma mulher lavando a louça, acho que era a empregada.

– oi – disse sorrindo e indo a cumprimentar.

– oi, você deve ser a Mellanie, né? – ela sorriu. Era uma mulher morena, que aparentemente tinha uns 40 anos, e tinha belos olhos.

– sim, e você?

– Clarisse, prazer

– o prazer é todo meu, então, o que temos pra comer? Meu estomago está prestes a sair pela boca.

– temos bolo de chocolate, o que acha?

– awn é o meu favorito - disse dando pulinhos e me sentando na mesa. Ela colocou uma bandeja em cima da mesa, com maravilhosos pedaços de bolo de chocolate recheados com morango. É hoje que eu engordo 25455458 kilos. – obrigada.

(...)


Depois que tomei café da manhã, fui tomar um pouco de sol (que era uma coisa que eu não via e nem sentia a muito tempo) e me deparei com Justin já dentro da piscina.

– oi – ele disse tirando os óculos escuros.

– oi – disse meio sem jeito, me deitando em uma cadeira, colocando meus óculos.

– dormiu bem? – ele puxou assunto, ficando na beirada da piscina.

– sim. – respondi um pouco fria.

– te fiz algo? – ele perguntou com um tom de seriedade na voz.


– não – respondi fria.

– eu sei que eu fiz alguma coisa, se não, não estaria falando assim comigo.

– assim como? – me fiz de desentendida. O que meu pai havia me dito estava martelando em minha mente. Se ele não sente nada por mim, então ele esta me iludindo. E eu odeio isso.

–não se faça de desentendida, você está fria comigo.

– não estou não.

– ah, eu que estou, me poupe.

– ok, quer que eu fale a verdade?

– sim.

– você esta brincando comigo.


– como assim?

– reflita.

– eu não sou bom nisso ,será que pode ser mais direta?

– não vou dizer nada, apenas reflita.

– ok. – ele ficou em silencio por algum tempo. – você acha que eu estou te iludindo, acertei?

– viu como não é difícil pensar? – ri irônica.

– opa. – ele disse se levantando e saindo da água. Uma sombra se formou em cima de mim e em abri os olhos e tirei o óculos.


– você está encobrindo o sol. – disse olhando em seus olhos. Ele deu uma risadinha, olhou pros lados, e me pegou no colo correndo. – ME SOLTA, TA PERDENDO A NOÇÃO DO PERIGO?

– hahahaha que perigo? – ele disse parado na frente da piscina.

– esse – e mordi com todas as forças seu peito.

– AAAAAAAAAAAAAH MANIACA – ele se contorceu – QUEM TA PERDENDO A NOÇÃO DO PERIGO É VOCÊ - depois por vingança pulou na piscina comigo.

A água estava tão gelada, que logo depois do mergulho, comecei a bater os dentes e meus lábios ficaram roxos.

– idiota, eu te odeio – disse tremendo, tentando sair da água. Estava um dia ensolarado, sim, mas estava frio.

– aonde pensa que vai? – ele disse me puxando pela mão.

– pra puta que pariu – disse limpando a água do meu rosto.

– nossa, me fala depois se la é bom – ele disse sarcástico.

– ah claro. – quando abri os olhos ele estava quase encostado em mim. – SAI DAQUI – disse o empurrando.

– que nervosismo é essa menina – ele riu.

– você me deixa assim. – disse me virando novamente pra tentar sair da piscina, mas ele me segurou novamente. – me solta! PAAAAAAI, KENNY!

*risos* eles não estão. – e riu.

– como assim?

– eles vão passar o dia fora, e só voltam amanhã. Negócios.

– ok então... – e sorri. Me virei novamente e... – CLARISSEEEEEEEEEE

– ela vai pensar que eu estou te matando desse jeito!

– está quase

– ah claro, estou até armado – e riu sem humor.

– CLARISSEEE!

– fica quieta! – ele disse pulando em cima de mim. – daqui a pouco a imprensa chega falando que o Justin Bieber ta matando uma garota!

– CLARIS... – antes que eu termina-se de gritar, fui interrompida com um beijo. Fiquei dando “leves” socos no seu braço, mas ele não parava. Não que eu não queira sabbbb, mas...

– para – disse tentando me afastar. E ele se afastou.

– porque?

– porque você não esta fazendo isso por vontade, esta fazendo só pra mim parar de gritar.

– quem te garante?

– e-eu sei.

– não sabe.

– sei.

– não sabe.

– sei.

– não sabe.

– chega. Cala a boca.

– cala pra mim?

– não.

– chata.

– chato.

– mimada.

– mimado.

– irritante.

– bem eu mesmo.

– bem você.

– meu nome não é Justin Drew Bieber.

– mas quem sabe futuramente não pode ter o “bieber”?

– cala.a.boca.

– não. – e sorriu.

– ta bom então. – disse saindo da piscina.

– nem pense nisso – ele agarrou minha perna e eu cai na água novamente, em cima dele. que meigo. – você me pertence agora.

– o que você esta insinuando com isso?

– sobre qual parte?

– do futuramente e bla bla bla – disse fazendo uma careta.

– i just need somebody to love – ele cantarolou. - I don't need too much, just somebody to love – e continuou cantarolando.

– para com isso, você não ta falando sério - disse me virando e tentando escapar dele.

– mellanie - ele me fez virar. - PORQUE eu não estaria?

– porque eu não faço o tipo de garota que você gosta.

– quem te disse isso?

– eu sei.

– ah você não sabe.

– sei.

– você é linda. – ele disse olhando em meus olhos.

– e você é mentiroso. – disse desviando o olhar.

– e você não confia em mim.

– eu confio, mas não acredito.

– se confia-se não iria duvidar. - e continuou olhando em meus olhos.

– para de achar que eu não confio em você. Me sinto mal. - disse olhando pro lado.

– então demonstre confiança - ele disse levantando meu rosto com as pontas do dedo.

– como?

– você é linda, e eu estou começando a gostar mais ainda de você.

– na... - antes que termina-se de falar lembrei do "então demonstre confiança" e parei de falar.

Ele apenas me abraçou, e ficamos ali abraçados por alguns minutos.

(...)

Justin jogou alguns edredons no sofá e colocou um filme de terror pra gente assistir. Depois se sentou do meu lado e nos cobrimos, ficando encolhidos com o frio. Aquela água não me fez bem...

– temos que fazer pipoca! - ele disse se levantando.

– comer vendo sangue não é bom...

– nass, adoro - ele disse já na cozinha.

– chato... - e fiz estirei a lingua.

– chata - e estirou a lingua de volta. - quer de que sabor?

– a que você fizer eu como.

– ok, vou fazer a minha preferida.

– tudo bem. - estavamos conversando de longe, porque ele estava na cozinha e eu estava deitada ainda no sofá.

Justin estava vestido assim: http://24.media.tumblr.com/tumblr_m5apw5BdMP1qhft5ko1_500.jpg (ignorem a menina) e estava esbanjando fofura.

Me levantei e fui até ele.

– quer ajuda?

– não, vou te provar que eu sei cozinhar.

– pipoca? quer me provar que sabe estourar pipoca?

– sim ué - e segurou o riso.

– ta bom drew - e rimos. O abracei por trás e o apertei, ele colocou os braços pra trás tentando de alguma forma ma abraçar também *risos* Depois o soltei porque senão ele não iria conseguir "cozinhar".

O celular de Justin começou a vibrar em cima do balcão, vi "Sr. Mitchel" e perguntei se podia atender e Justin acentiu.

– alo?

– filha?

– oi pai.

– ta tudo bem ai?

– sim, e ai?

– muito bem, então, eu só quero avisar os dois pra não deixarem a casa muito bagunçada porque a team irá vir pra jantar.

– SÉRIO?

– sim!

– O RYAN GOOD VAI VIR?

– vai *risos*

– AI MEU DEUS - comecei a dar pulinhos que nem uma criança.

– recado dado... se c u i d e.

– ok, você também, beijos.

– beijos. - e ele desligou.

– AAAAAAAAAAAH - disse surtando - EU VOU CONHECER O RYAN!

"eu vou conhecer o ryan" – Justin me imitou fazendo voz de menina acompanhado com uma careta. Isso me cheira ciumes.

– ah qualé, eu amo ele.

– que bom. - ele disse sem expressão.

– ciumento.

– quem disse que eu estou com ciumes?

– ta bom então, não esta mais aqui quem falou. - disse indo pra sala.

– chata.

– chato. - voltei pra cozinha rindo.

– então...

– o que?

– você... gosta mesmo do Ryan?

– *risos* gosto, mas não do jeito que você esta imaginando. Eu só acho ele bonito, e engraçado... - disse me "explicando".

– e eu não sou bonito e engraçado?



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Notas finais do capítulo

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