"como será que está o Harry?"

O silencio predominava o lugar, quando Justin começou a puxar assunto.

– então... - ele disse se arrumando no banco. - quantos anos você tem?

– 16 - e sorri. Não iria perguntar "e você?" porque seria irônico demais.

– quando faz aniversário?

– 12 de agosto - e peguei meu ipod nas mãos.

– ah - e abaixou a cabeça. Será que fui muito grossa?

– que foi? - disse segurando em sua mão.

– nada - Ele se "levantou" e sorriu
.
– seria muito intrometida se pergunta-se o número do seu telefone? - perguntei meio timida.

– claro que não, mas promete que não passa pra ninguém? - ele disse já pegando o celular
.
– claro né - disse olhando em seus olhos.

– ok. - ele escreveu no celular e me mostrou. Adicionei em meu celular, com um nome bem bonitinho, mas não deixei ele ver.

– você não escreveu Justin - ele disse rindo, se jogando em cima do celular pra ver o que estava escrito.

– nãaaaaaao - disse protegendo o máximo possível meu celular.

– ah, eu quero ver - e fez biquinho.

– não - disse guardando o celular. - só depois. - e fiz uma cara séria, mas não aguentei e ri.

Kenny e meu pai se olharam e riram, mas eu sei que eles quiseram dizer "algo a mais" com aquilo.

Me encolhi no banco, Justin pegou o iphone dele e colocou umas músicas pra gente ouvir, me dando um lado do foninho.

Fui observando o caminho até chegarmos na nossa casa, e pensando em tudo que estava acontecendo. Ou se realmente estava acontecendo né, porque pra mim ainda era um sonho. Eu não havia acordado, eu precisava que alguém me belisca-se. Ou não.

(...)

- chegamos - Kenny disse desligando o carro e abrindo a porta. Olhei para o lado e vi a casa mais linda que eu já tive o previlégio de ver na minha vida.

– é essa a casa? - perguntei quase dando um grito.

– sim, gostou? - meu pai disse com os braços cruzados, observando a beleza da paisagem.

– está mesmo me perguntando se eu gostei? porra, eu amei! - eu disse pulando em cima dele. Kenny foi pegar as malas e meu pai foi o ajudar, me deixando sozinha com Drew.

– vem, vou te mostrar a casa. - ele disse pegando em minha mão e correndo até a porta.


Ele abriu a porta, e eu fiquei maravilhada com a decoração da casa, era tudo muito perfeito.
Passamos pela sala, e subimos as escadas. Fui observando cada detalhe, cada parte da decoração, era tudo muito lindo.
– vem, quero te mostrar os quartos - ele disse abrindo uma porta branca com alguns decorações bem fofas. - esse é o meu. - ele disse se jogando na cama.
– n-o-s-s-a - disse entrando e observando os detalhes. Era perfeito, e como já se deve imaginar, tinha muita coisa roxa.

– gostou? - ele perguntou ainda todo esparramado na cama.

– claro, isso aqui é o paraiso! - disse mexendo em algumas coisas.

– quer ver o seu?

– claro né - disse colocando alguns perfumes que eu tinha pegado pra ver no lugar. Ele tinha milhares de caixinhas do Someday, e eu não tinha nenhum, injustiça. - não é justo - eu disse olhando pras caixas.

– o que? - ele perguntou se virando pra mim.

– você tem trocentos somedays e... - vi uma caixinha diferente. Girlfriend. - AAAAAAAAAAAAAAAH - peguei a caixa delicadamente pra não amaçar, e era l-i-n-d-a.

– ah, o girlfriend, esse é o primeiro de todos, sabia? - ele disse observando a caixa junto comigo. - espera - ele pegou a caixa e abriu, tirando o perfume la de dentro. - quer sentir o cheiro? - ele disse já posicionando o perfume no meu pescoço.

– que pergunta, Drew - ele me olhou com uma cara engraçada pelo fato de eu o chamar de Drew. - claro que sim né.

Ele deu duas espirradas de cada lado do meu pescoço, e na ultima posicionou o rosto perto pra poder sentir o cheiro.

– ah, como eu amo esse perfume - ele disse ainda cheirando.

– m-m-m... - cade palavra, cade ar, cade tudo

– então, o que achou?

– de qual parte? - ele riu e corou.

– do cheiro do perfume, e da outra também

– a-a-h é m-muito bom - respondi engasgando com as próprias palavras. Ele ficou me olhando. - para. - disse rindo, mas ele continuou. - p a r a - disse tapando o rosto.

– desculpe *risos*

– ok, me mostre mais algumas partes da casa - disse saindo da frente dele pra quebrar o clima.

– quer ver seu quarto? - perguntou se virando para a porta.

– claro

– então vamos - ele abriu a porta e andamos mais um pouco nos corredores, até que vimos uma porta branca novamente.

– aqui - ele disse abrindo pra mim, e me deixando entrar primeiro. Que educado, oxi.

Entrei e vi O quarto. Era perfeito. Lindo, o sonho de consumo de qualquer garota.

– OMG, É PERFEITO - gritei e entrei dentro do quarto, explorando cada detalhe, cada coisa, tudo.

– gostou?

– que pergunta, claro que sim! eu amei - disse praticamente pulando em cima dele. Só que... "detalhe", como eu sou uma pessoa muito "cuidadosa" sabe, consegui a proeza de tropeçar no meu próprio pé e acabei caindo em cima dele, que me segurou pela cintura.

– mellan... - meu pai entrou no quarto e abriu a boca - o que...

– nada, nada e mais nada - disse saindo de cima do meu Drew e arrumando a minha roupa.

– espero que nada mesmo - ele disse rindo, com um pouco de desconfiança.

– não foi nada Sr. Somerhalder - Justin o chamou pelo sobrenome.

– tudo bem, só pra avisa-los que vamos sair pra jantar - ele disse já fechando a porta, e gritou "se comportem" la de fora.

Olhei constrangida pra ele, que começou a rir, me fazendo rir também. A risada dele é contagiante e fofa.

– me desculpe, eu tropecei e... – ele me interrompeu.

– não precisa se desculpar linda, eu entendo – e sorriu. Corei com o “linda” e abaixei a cabeça.

– preciso me arrumar pra sairmos – disse tentando quebrar aquele clima novamente.

– tudo bem, eu também, necessito de um banho pra relaxar, to muito cansado – ele disse se espreguiçando.

– ok.

– até mais – ele disse saindo da porta dando uma piscadinha, depois eu encostei a porta e quase tive um surto dentro do quarto.

Abri uma porta do quarto, que eu ainda não sabia o que era, e me deparei com um closet maravilhoso la dentro.

– esse garoto quer me matar – disse indo ver as roupas, que eram uma mais linda que a outra. Escolhi a roupa e a deixei em cima da cama, depois fui tomar um bom e merecido banho.

(...)

Sai do banheiro cantarolando “all night long” e olhei em cima da cama, mas tinha algo a mais do que minhas roupas. Nem preciso dizer que quase surtei novamente.

– não acredito – fiquei parada na frente da cama, que nem uma estátua olhando para a caixinha que havia la em cima. Era o girlfriend acompanhado com um buquê de rosas brancas e apenas uma roxa. Peguei o buquê delicadamente, e puxei a flor roxa, que era a única de plástico, e algo me chamou a atenção, tinha um bilhete dentro.

“essa aqui é pra sempre” - a famosa frase da one less lonely girl. Cheirei a flor e sorri, porque conhecia aquele cheiro. Someday.

Depois abri a caixinha do girlfriend, e havia outro bilhete dentro...

“Girlfriend, girlfriend, you could be my girlfriend... use essa noite (:”

Era impossível de controlar o sorriso em meu rosto, comecei a rir e cai deitada na cama, que nem uma boba. Uma boba apaixonada.

Me vesti (http://favim.com/image/106195/), passei o meu mais novo perfume e sai do quarto ainda rindo. Meu cabelo estava solto, e um pouco bagunçadinho, pra dar um style. Fui caminhando pelo corredor, e depois desci as escadas, e os 3 homens estavam la em baixo e se levantaram assim que me viram.

– filha – meu pai disse chocado – você esta linda!

– maravilhosa – Justin disse me olhando dos pés a cabeça. Meu pai simplismente olhou pro Justin com uma cara tipo “cuidado, é da minha filha que você ta falando” e eu olhei pro Kenny, e nós rimos juntos.

– nem to tanto assim – disse dando de ombros.

– imagina se estivesse – meu pai disse.

– obrigada – disse aos dois, meu pai e Kenny foram na frente, me deixando com Justin atrás. Ele entrelaçou o braço com o meu, e aproximou o rosto do meu pescoço, pra “verificar mais de perto”.

– gostou do presente? - esse garoto faz cada pergunta.

– amei – disse olhando pra ele, a o abraçando de lado. – obrigada. – e sorri.

– e as flores? – ele disse me olhando.

– são... perfeitas – disse olhando em seus olhos.

Como meu pai é um lindo acabador de clima, ele nos olhou pra falar alguma coisa, mas antes de tudo disse “caham” e nos interrompeu. Abaixei a cabeça corada e ri.

(...)

Ao chegarmos no restaurante, nos sentamos em uma mesa reservada do lado de fora, e todos olharam pra nós. Bieber. Claro.

Antes de eu me sentar, ele puxou a cadeira para mim, e eu sorri e disse “obrigada”, ele me retribuiu com um sorriso, e se sentou na minha frente.

Meu pai, ah, meu querido pai, se sentou do meu lado só pra me “fiscalizar”, tenho certeza disso, e Kenny se sentou do lado do Justin.

(...)

Depois de comermos, meu pai começou a conversar com Kenny sobre o trabalho, e Justin me chamou pra irmos dar uma volta, para dar mais privacidade para os dois. Isso ficou gay, mas tudo bem.

Fomos para um lugar afastado dali, perto de um lago, e nos sentamos na grama mesmo, encostados em uma árvore, pra ficar mais natural.

– porque me deu aqueles presentes? – perguntei curiosa, mas sem olhar para o seu rosto, focalizada na paisagem.

– porque, não gostou? – disse olhando pra mim.

– claro que sim, eu amei, você sabe disso, mas... porque me deu?

– porque eu gostei muito de você – e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

– c-como assim?

– ah... eu quis ser gentil, já que vamos morar uns 2 ou 3 anos juntos, temos que criar uma amizade, não acha?

– claro – disse meio envergonhada.

Justin me abraçou de lado e ficamos ali no silêncio por algum tempo, até que ele quebrou o silêncio me perguntando curioso...

– mel, você namora?

– não – disse e imediatamente Harry me veio em mente. Fiquei pensativa por algum tempo...

– no que está pensando?

– nada é que... me lembrei de algumas pessoas que eu costumava chamar de “amigos” no passado – se liam, zayn, Louis, Harry e Niall estivessem ali, eles sacariam a indireta.

– e quem seriam essas pessoas? – perguntou curioso.

– ex- vizinhos meus de stratford... mas enfim, você tem?

– tem o que? - ele perguntou curioso.

– namorada, horas - respondi olhando em seus olhos.

– hmmm, não, ninguém me quer – disse fazendo biquinho.

– eu quero – e ri, ele me olhou com uma cara engraçada e pervertida – não! Não do jeito que você pensou, ah, você entendeu.

– tem certeza? – ele disse se aproximando. Meu coração parou.

– mais ou menos – respondi ficando a centímetros de seu rosto.

– quer ter certeza? – ele sorriu, e me beijou. Um beijo calmo, mas mesmo assim bom. Alias, muito bom. Eu não acreditava naquilo, meu ídolo, meu Drew... e agora eu estava sentada em seu colo beijando ele. É bom de mais pra ser verdade...

–MELLANIE? – alguém gritou meu nome, e eu conheci aquela voz. A voz do meu pai, e automaticamente dei um pulo do colo do meu Drew.