Effy’s POV

Eu apenas assenti e Harry pegou-me no colo descendo rapidamente para seu quarto. Ele fechou a porta com seu pé e me deitou na cama lentamente ficando sobre mim. Nosso beijo pelo contrário que se esperava desta vez estava calmo. Na verdade aquilo estava sendo uma experiência nova para mim, não eu não era virgem, mas nunca tinha feito sexo com paixão. Eu queria aproveitar cada segundo daquele momento, por que depois disso eu tinha a estranha certeza que me sentiria mais ligada a ele. Harry desceu seus beijos para meu pescoço, primeiro ele apenas roçou seus lábios bem devagar e depois começou a depositar vários selinhos ali descendo para meu peito. Soltei um longo suspiro e senti meu corpo começar a literalmente queimar, puxei seus cabelos levemente quando senti seu hálito quente se aproximar de meus seios ainda cobertos pelo sutiã. Ele tocou no cós de meus shorts abrindo o zíper vagarosamente e não deixou de olhar em meus olhos enquanto retirava o mesmo. Eu mordi meu lábio e lhe dei um empurrão leve, invertendo as posições e ficando agora por cima. Fui ao encontro de seus lábios para um beijo ardente mas não muito demorado, logo depois mordendo o lóbulo de sua orelha esquerda. Ele se arrepiou e eu sorri ao perceber isso. Enquanto mordia de leve sua orelha, arranhei do começo do seu pescoço até o cós de sua calça. Toquei sua ereção ainda coberta pela calça e Harry fechou os olhos soltando um longo suspiro. Retirei sua calça enquanto ainda beijava-o, nossas línguas brincavam frenéticas e isso estava me enlouquecendo ainda mais. Senti suas mãos passarem por minhas costas e meu sutiã se abrir. Ele levantou-se e me puxou para sentar em seu colo. Assim o sutiã deslizou sobre meu corpo e olhei para os olhos de Harry que me encarava também, sorri e ele fez o mesmo. Ele passou a beijar meu ombro direito e o toque de meus seios ao seu peito me provocou arrepios, sentia meu corpo em chamas que pareciam ansiar por ele. Senti os beijos descendo do ombro até meus seios me tirando desse planeta e levando ao planeta dos delírios. Soltei um gemido abafado e esse foi o sinal, eu precisava dele. Retiramos nossas ultimas peças intimas e após meu corpo foi invadido por prazer. Eu não estava fazendo sexo como sempre fiz, estava fazendo amor o que era totalmente diferente. Nunca iria esquecer-me de cada sensação que tive naquele momento, principalmente, senti que amava Harry.

Harry’s POV

Abri os olhos com a claridade da janela invadindo o quarto, olhei para o lado e Effy dormia tranquilamente. Ela tinha um leve sorriso nos lábios, eu poderia ficar horas admirando-a, parecia um anjo. Passei uma de minhas mãos em sua bochecha acariciando-a suavemente, tentando não acordá-la mas não funcionou. Ela ressonou e abriu os olhos, em seu rosto estava estampado o sorriso mais lindo que já havia visto na vida, me fez sorrir automaticamente.

– Bom dia! – Ela falou com aquele sorriso perfeito em seu rosto.

– Bom dia meu amor. – Ela riu e eu fiquei sem entender o motivo. – Por que está rindo?

– É estranho você me chamar de Meu amor... Mas eu gostei. – Ela apertou minhas bochechas e riu – Meu amor. – Ri também, afinal falei aquelas palavras involuntariamente e só agora havia percebido que era realmente estranho. Olhei em seus olhos e eles pareciam mais azuis do que nunca, fiquei encantado me perdendo neles. Ficamos um bom tempo em silêncio apenas nos fitando.

– Eu te amo. – Eu falei rápido e isso foi inesperado, eu senti uma enorme necessidade de dizer aquilo. Senti que Effy me olhava agora surpresa e confesso que fiquei com medo de sua reação. Será que eu tinha sido rápido demais?

– Eu... também te amo. – Ela falou pausadamente e logo depois abriu um sorriso pequeno, mas agora seus olhos estavam muito brilhantes.

Effy’s POV

Cheguei em casa meio atordoada, ainda não conseguia acreditar em tudo que havia acontecido entre mim e Harry. Agora eu tinha certeza, eu não estava só apaixonada como pensava que estava, era muito maior que isso, eu amava-o. Ele me fazia sentir sensações únicas, sentimentos novos e únicos, lá dentro de mim eu tinha certeza que era amor. Harry quebrou o muro que bloqueava meu coração, eu me sentia tão diferente agora. As magoas do passado ainda existiam e eu sabia que nunca iria esquecê-las, mas pareciam não ser mais tão fortes. Era como uma ferida cicatrizada, não doía mais apenas tinha a marca para me lembrar do motivo dela. Eu estava nas nuvens, me sentia outra pessoa, uma pessoa muito melhor. Será que o amor de Harry havia me mudado tanto assim? Quando passei pela sala de minha casa fiquei muito surpresa com o que vi, meu pai estava sentado no sofá tomando café. Ele levantou-se assim que me viu e caminhou rapidamente até mim me puxando para um abraço de urso. Eu senti lágrimas escorrerem meu rosto, eu havia sentido tanta falta daquele abraço. Meu pai estava ali, na minha frente, me abraçando e eu pensei que fosse explodir de felicidade.

– Minha Beth, como eu senti sua falta! – Ele falou ainda abraçado a mim.

– Eu também senti muito a sua falta, papai. – As lágrimas de alegria não paravam de rolar pelo meu rosto.

– Mas não precisaremos mais sentir isso... – Ele se afastou e mim e passou a mão pelos meus cabelos.

– O quê? Você vai voltar a morar aqui? Mas... – Eu atropelava todas as palavras e acabei sendo interrompida por ele.

– Não, você vai morar comigo. – Parece que um temporal começava a se armar diante de mim, a alegria tinha ido embora rapidamente. Não queria ir. Eu amava o meu pai, mas minha vida estava aqui agora, Harry estava aqui. Demorei tanto tempo para conseguir ser feliz, não queria abandonar essa felicidade.

– Não, eu não vou. – Falei um pouco alto, milhões de coisas estavam se passando em minha cabeça.

– Filha, eu vim logo que soube do seu coma e fiquei a par de todos os problemas que lhe levaram a isso. Vou te levar comigo e você vai ficar completamente curada. Não tenha medo, a clínica é de confiança e muito confortável. – Ele sorriu para mim me deixando boquiaberta, eu não queria nada disso. Quem ele pensava que era? Sim, era meu pai, mas ele não passou os piores momentos da minha vida junto comigo, não me ajudou quando eu realmente precisei. Agora eu não precisava mais daquilo, eu estava conseguindo por mim mesma.

– EU NÃO VOU. – Gritei e senti a raiva tomar conta de mim.

– Elizabeth, você é menor de idade então não pode comandar sua vida ainda. Sua mãe já aceitou e irá conceder sua guarda a mim, já está tudo resolvido. – Ele falou um pouco alterado mas respirou fundo tentando manter a calma. – Sua mãe tomou a liberdade de fazer suas malas, então estaremos partindo para Londres hoje à noite.