Effy’s POV

Fui até o endereço que Harry havia me dado e vi que tinha uma pequena fila na porta de entrada. Aquilo parecia uma balada mas não tinha tantas luzes e animação para isso, então não consegui deduzir o que era. Quando chegou a minha vez apenas disse ao segurança o meu nome e ele me deixou entrar. Fui em direção à porta de onde vinham muitas luzes e quando olhei para dentro dela vi muitas garotas e um palco médio distante. Tinha cerca de umas quatro mil pessoas eu acho, fui tentando passar pela multidão e chegar perto do palco. Aquilo era um show eu tinha entendido é claro, agora só faltava saber de quem. Consegui um lugar bem a frente que dava para ter uma visão privilegiada do palco. Depois de alguns minutos as luzes coloridas ligaram e a partir daí só se ouvia gritos e mais gritos. Aquelas meninas estavam histéricas e eu apenas tinha uma expressão apavorada no rosto olhando para os lados e encarando as criaturas que pulavam ao meu lado. Os acordes da primeira música começaram a tocar e cinco meninos entraram lá, vi que conhecia todos aqueles rostos até parar e ver o último. O que Harry estava fazendo encima daquele palco? Um deles começou a cantar mas eu só conseguia prestar atenção em Harry. Ele acenou para mim sorrindo e eu sorri de canto. Quando chegou na parte que Harry cantava sozinho ele se direcionou totalmente para mim, chegando perto de onde eu estava e me olhando fixamente.

Baby you light up my world like nobody else

(Baby, você ilumina meu mundo como mais ninguém)

The way that you flip your hair gets me overwhelmed

(O jeito que você vira o cabelo me deixa arrepiado)

But when you smile at the ground it ain't hard to tell

(Mas quando você sorri para o chão, não é difícil notar)

You don't know, oh oh

(Você não sabe, oh oh)

You don't know you're beautiful
(Você não sabe que é linda)

Quando todos voltaram a cantar juntos ele voltou para seu lugar de inicio, eu estava ainda meio perplexa. Ele tinha feito a coisa mais fofa que alguém poderia ter feito por mim, eu nunca imaginaria isso. Na verdade nunca imaginaria que iria me sentir tão feliz com uma coisa dessas, parecia que qualquer problema agora não tinha importância, a única coisa que importava era Harry naquele palco, com sua linda voz e seu brilho incrível. Eles cantaram mais umas seis ou sete músicas, agradeceram o público que estava eufórico e saíram do palco. Quem diria, garotos da escola causando alvoroço com as menininhas da cidade. Eu continuei lá perdida enquanto o público gritava em coro “One Direction” várias vezes, aquilo de certa forma até me deixou arrepiada. Senti uma mão tocar meu ombro e me virei rapidamente, a mulher se aproximou de mim e falou perto do meu ouvido: Venha, vou te levar onde Harry está. Eu a segui saindo da multidão e entrei em um corredor estreito logo atrás do palco, provavelmente estaria indo ao camarim. Abri a porta e me deparei com os cinco meninos agitados, o loiro devorava uma pizza e ria de boca aberta de outro garoto, esse de olhos super azuis dançava macarena. Dois deles estavam sentados mexendo em seus celulares e conversando algo baixo, e o outro, bem, o outro estava a minha frente com sorriso mais lindo de todos.

– Gostou? – Ele perguntou ansioso.

– Você sabe mesmo fazer surpresas. Eu adorei.

– Cantei todo o show pensando em você. – Ele se aproximou mais e pegou minhas mãos acariciando-as de leve.

– Se você está querendo me impressionar,meus parabéns. – Eu ri tentando não mostrar o quanto estava feliz com aquilo.
          – Na verdade eu estava querendo fazer você se sentir única e especial, mas tenho certeza que consegui, por que você já é. – Ele piscou e eu revirei os olhos como de costume.

– Acha que é fácil me iludir sendo fofo né? – Falei debochando, eu estava brincando mas na realidade estava amando tudo isso.

– Então você está me achando fofo? – Ele arqueou uma sobrancelha e eu dei um tapa leve no seu braço.

– Quieto Styles, quieto. – Sorri de canto e ele riu.

– Vamos sair daqui, tenho outros planos para nós.

Senti sua mão entrelaçar a minha e caminhei junto a ele até uma porta que dava aos fundos. Não sei onde estaria indo, de novo, estava virando típico isso. Pegamos um táxi e quando me dei por conta estávamos em frente a sua casa. Entramos e ele correu pela escada me puxando com ele, subimos até o terraço. Olhei admirada para um telescópio que havia ali, sorri para ele e ele assentiu para mim. Fui ao encontro do telescópio e calmamente passei a observar o céu cheio de estrelas. Senti um calor perto de mim, era o calor do corpo dele a pouquíssimos centímetros do meu.

– Tá vendo essa estrela ofuscante à direita? – Balancei a cabeça positivamente sem tirar os olhos do telescópio. – Eu a chamo de Effy e olho para ela toda vez que sinto sua falta.

Por que ele fazia isso comigo? Ele estava conseguindo fazer meu coração bater tão rápido que pensei que fosse saltar de meu peito, ele tinha um efeito enorme sobre mim. Não eram só seus beijos que me faziam viajar para um outro mundo, mas também sua voz, seu cheiro, suas palavras citadas pausadamente. Virei-me para ele e o encarei, ele me olhava tranquilamente.

– Eu estou com medo.

– De que? – Ele passou sua mão direita sobre minha bochecha alisando-a.

– De me entregar a esse sentimento de vez.

– Effy, eu estou apaixonado por você. Tudo que eu faço é pensar em você, é querer estar com você. Eu acordo todos os dias e me preocupo pensando se você está bem, se não vou ter que correr até o hospital novamente. Me preocupo se você está passando bem, se não está mal com todos os seus problemas, caindo no vício de novo. Eu queria te abraçar, te beijar e não soltar jamais. Você se tornou tudo para mim e isso não é exagero. – Ele olhava nos meus olhos e cada palavra citada por ele me deixava sem reação. Eu sabia que ele gostava de mim, mas não pensei que fosse tanto.

Eu me aproximei mais dele e dei um selinho nos seus lábios, voltei a olhar nos seus olhos. Fui pega de surpresa quando ele tomou meus lábios em um beijo urgente e intenso. Eu correspondi aquele beijo de uma forma um pouco selvagem, eu necessitava dele. Ele passou a beijar meu pescoço e eu apenas fechei os olhos sentindo os lábios dele tocar minha pele me fazendo arrepiar. Ele encostou-me a uma mesa que tinha ali por perto e me ergueu para que eu sentasse encima dela. Sentia suas mãos tocarem minhas pernas apenas cobertas por uma fina meia-calça e eu só sentia mais e mais arrepios. Tirei seu blazer com rapidez o jogando em qualquer canto e fiz o mesmo com sua blusa logo em seguida. Comecei a arranhar levemente o começo do seu pescoço até o cós da sua calça, ele mordia seu lábio.

– Effy, você tem certeza que quer fazer isso? – Ele falou com a voz rouca e ofegante. Eu suspirei e respondi...