O Ponto De Vista Do Marvel escrita por Bia Vieira


Capítulo 7
Aliados.


Notas iniciais do capítulo

Tá aí, desculpa a demora.



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Fui para o quarto sozinho, vi que ninguém tinha ido comigo. Apenas me joguei na cama e dormi. Preciso de energias pra amanhã, nos Jogos.


Acordo com uma ótima sensação. Me sinto forte. Tomo um café rápido e bebo a quantidade de água mais do que necessária, também vou ao banheiro mais do que o normal.

Não vejo Glimmer, apenas deço com a Wennie, ela me deixa lá em baixo e me ajuda a pôr um casaco longo.

–Boa sorte, garoto, fique bem atento. - ela me dá um abraço e eu logo depois me posiciono em um local onde tem um círculo preto no chão.

60...59...58...

Começa a contagem regressiva. Eu respiro fundo e me aqueço estendendo as pernas e os braços, logo me posiciono reto e vejo um tubo transparente descer em volta de mim, logo começo a subir no círculo preto.

30...29...28...

Vejo que fui o primeiro a subir, ao longo dos segundos os outros tributos sobem também. Fico atento aos materiais da Cornucópia e já que fiquei no centro, isso será uma vantagem. Vejo claramente espadas e lanças lá dentro. Me posicionei com o corpo pra frente e as pernas atrás, me agachei um pouco e olhei para o relógio pequeno onde indicava os segundos.

10...9...8...7...6...5...4...3...2...1.

Corro como um louco na direção das lanças, pego uma e acerto na garganta de um garoto que vinha na minha direção. Vejo que Cato matou um garotinho com cachos, o garoto do 4. Fui atrás de outros tributos pra matar, só via sangue e brigas, ou seja, estava indo ótimo o banho de sangue.

Me joguei em cima de um garoto que corria em direção as árvores, nós rolamos e o nocauteei com um soco que o deixou meio zonzo, longo cravei a lança em seu peito. Levantei e corri na direção de uma menina ruiva, ela corria rápido demais, tentei lançar a lança nela mas ela corria muito rápido, logo desapareceu entre as árvores.

Um garoto alto, moreno e forte veio na minha direção com uma faca, eu contra-ataquei com minha lança, tentei fincá-la em seu braço mas não passou de um raspão, dei um giro e começamos a duelar.

-Você é muito fraco pra um combate corpo a corpo.

-Você que é muito covarde.

-Olha o covarde. - ele vai na direção do meu pescoço e eu o dou um soco no maxilar, mas ele não soltou, ele me chuta e eu o soco no chão, uma flecha passa de raspão em sua bochecha e ele caí para o outro lado.

-Droga! - ele sai correndo pelas árvores, me viro e vejo Glimmer com um arco e flecha apontado pra mim.

-Valeu. - ela sorri e faz sinal pra eu ir em sua direção.

Um tributo - não pude reconhecer - me atacou pelas costas com uma faca, eu desviei. Quando me virei vi que era Clove, ela dava uma cambalhota e para de joelhos com os cabelos desgrenhados.

–Garota, eu sou seu aliado! - gritei pra ela.

–Não lamento nada, teve sorte de não morrer. - ela sorriu, acho que isso não foi tão ruim vindo dela. Corri n direção da árvore em que a lança que eu joguei ficou cravada. A peguei e voltei aos Carreiristas.

–Então? Agora podemos pegar todos os suprimentos. - digo.

–Vamos logo então, precisamos achar água imediatamente. - disse Clove.

Cada um pegou uma mochila com um saco de dormir, umas duas garrafas de água, algumas armas, uns curativos e mais algumas coisas.

Fomos para o oeste, nos alojamos em um meio de árvores, com um chão um pouco amplo. Eu e Cato fomos procurar por um lago, um rio, qualquer fonte de água útil.

–Então... Cato, vejo que você e a Clove parecem ser tão parecidos.

–É, ambos queremos vencer.

–Eu não estava falando disso. - ele me olhou sério.

–Não vejo Clove como mais nada, só a vejo como uma aliada.

–Sei...

–O que tá ensinuando?

–Eu tô, afirmando, que vocês dois parecem um casal. Um casal sanguinário!

–Não, nada a ver! Maluco. - ele falou frio.

–Vocês dariam certo. - ele me olhou com dureza.

–Tá, Cupido, agora tenta focar na busca de um lago pois isso vai me fazer ficar feliz, e não esse papinho meloso. Você parece as garotas do meu distrito.

–Também acho. - ele riu.

–Acha que você se parecesse como uma garota?

–Não, acho que você se parece com uma garota do meu distrito, metida. - eu ri, já ele não, ele me colocou contra uma árvore me prendendo com o antebraço no meu pescoço.

–Escuta aqui, Princesa, se continuar com a gracinha eu desfaço essa aliança enfiando uma faca em um local bem doloroso e te mato lentamente enquanto você dormir.

–Nossa, você é nervosinho. - ele me soltou.

–Para com esse papo besta.

–Viu, fala normalmente, não precisa falar com agressividade.

–Tá, tá, Princesa, só tenta achar água.

Olhei de um lado para o outro, vi um chão azul... não, não era chão, era...

Um lago!

–Cato, achei um lago! - falei animado e saí correndo, ele veio junto a mim.

Nos agachamos ao lago e enchemos as garrafas com água e voltamos ao "acampamento".

–Trouxemos água. - disse animado e entreguei uma garrafa a Glimmer enquanto Cato dava uma garrafa a Clove e a garota do 4.

–Ah, que bom, estava morrendo de sede! - Glimmer pôs a boca na garrafa e deu um grande gole.

–Glimmer não! Precisa purificar primeiro! - alertei. Ela me olhou assustada.

–Por que não me disse antes?

–Porquê você não perguntou! Eu ia dizer. - ela bufou e purificou a água.

Glimmer ficou irritada comigo durante dois dias, não caçávamos juntos, na verdade só eu e a garota do 4 que caçávamos. Eu matava os animais na terra e ela conseguia uns peixes que havia de vez em quando no lago. Nesses dias matamos uns tributos.

Clove estava com os cabelos soltos, ela ficava bonita com eles soltos, mas começou a prendê-los.

-Ah, fique com eles soltos. - sugeri.

-Não, dificulta minha visão.

-Você fica melhor de cabelos soltos. - fala Cato olhando admirado pra ela.

-Tá... - ela começa a prender os cabelos em um rabo de cavalo e depois um penteado estranho.

–Ok, precisamos de um plano pra matar aquela garota. - disse Cato enquanto comíamos, como um jantar, uma ave.

–Que garota? - a garota do 4 perguntou.

–Katniss, a Garota em Chamas. - zombou Clove. Eu ri um pouquinho pois ela imitou Caesar falando.

–Tá, e vocês tem algo em mente? - perguntou a Glimmer.

–Na verdade não, eu e o Cato conversamos sobre algumas possibilidades de matá-la mas ela é bem difícil de ser localizada. - explicou a Clove.

–Vocês poderiam ter pensado em alguma coisa. - Glimmer reclamou. Clove a fuzilou com os olhos.

–Não é tão fácil quanto parece. Adivinhar onde um alvo com uma nota 11 está nessa arena enorme.

–Aposto que eu a acharia fácil, o que vocês querem, que ela se una a nós? - Clove e Cato riram.

–Mas é claro que não, queremos matá-la logo, sua lerda!

Glimmer não gostou daquilo.

–Ei,não é minha culpa se eu não sei sobre esses planos secretos entre você e o Cato.

–Mas pelo menos ponha essa bosta, que chama de cérebro, pra funcionar.

–Você não disse isso. - Glimmer disse entre os dentes, rangendo.

Oooh, aquilo era bom, briga de garotas, o ruim é que Glimmer vai perder, principalmente se Clove estiver com uma faca na mão.

–Eu disse sim, agora me deixa jantar em paz. - Clove voltou a comer, mas Glimmer se jogou em cima dela e as duas rolaram, Clove a deu um soco e Glimmer fez o que sabia fazer de melhor. Puxou o cabelo dela. Clove tentava não gritar, ela rangia e Glimmer soltava alguns agudos.

–Já podemos separá-las? - pergunto a Cato, ele sorri.

–Espera mais um pouco.

Esperamos. Aguardamos um pouco até a Clove conseguir pegar a faca dela. Eu puxei a Clove e Cato puxou a Glimmer.

–Chega! - eu disse. Clove me cortou, não tão profundo, na perna. -Ai!

–Nunca me toque! - ela alertou.

–Vocês iam se matar alí!

–Essa era intenção!

Olhei com raiva pra Glimmer quando a vi nos braços de Cato. Ela viu que eu tinha a olhado então ela se jogou nos braços dele.

–Eu acho que torci meu pulso. - disse ela "fraca".

–Senta aqui, vamos ver isso. - Cato a repousou no chão.

–Ah você vai ficar bem. - disse a ela.

–E se eu não ficar?

–Você vai, lerdona, pela primeira vez eu concordo com o Marvel. - disse Clove.

–Obrigado. - ela dá de ombros.

Um paraquedas cai em cima do colo de Glimmer. Cato abre pra ela e manda ela engolir aqueles comprimidos verde fluorescentes. Ela engole e bebe um pouco de água, logo seu pulso se move perfeitamente bem.

–Obrigada, Cato. - ela diz meio melosa. Clove revira os olhos. Cato assenti e volta a comer. Chego perto dela e me sento ao lado dela.

–Olha você está sendo muito oferecida.

–E você se importa?

–Claro! Você é minha...

–Sua?

–Amiga.

–Arg...

–Para com isso. - eu me sento de volta na fogueira, vejo que a garota do 4 estava tão normal com a briga.

Eu faço um curativo leve no local em que Clove me cortou e logo vou dormir. Ouço barulhos estranhos, a garota do 4 está de vigia e nos acorda.

–O que foi isso? - indaga Glimmer.

–Alguém está vindo. - avisa a garota.

Rapidamente, cada um pega suas armas.

–Ei... acalmem-se, eu vim em "paz".

Um garoto surge das sombras com as mãos para cima em um movimento de rendição. Não consigo vê-lo muito bem por causa do escuro.

–Sei o que querem, e posso ajudá-los a ter.

Lanço imediatamente minha lança nele, o garoto desvia. Quando ele se aproxima mais um pouco vejo que é um garoto loiro com olhos azuis.

–Peeta. - sussurro.

–Isso não foi muito legal, mas toma sua lança. - ele pega e me joga a lança, no reflexo, eu a pego. - Sei que querem capturar a Katniss, venho observado vocês desde ontem.

–Fofoqueiro. - fala Glimmer.

–Vão querer minha ajuda ou não?

Nos entrolhamos, Cato dá de ombros.

–Tá bom, "Conquistador", você tem um dia pra nos falar como acharemos a Garota em Chamas... quero vê-la ardendo é no fogo do inferno. - nós sorrimos, mas Peeta permanece sério.

–Ótimo. Durma no chão. - recomendou a garota do 4.

–Não, durma no meu saco de dormir - sugere Glimmer. - eu durmo com o Cato.

Ela automaticamente se enfia dentro do saco de dormir do Cato sem ele sugerir nada, Clove a olha furiosa, ela aperta os dedos em sua faca mas volta a deitar. Olho decepcionado pra Glimmer e volto a dormir enquanto Peeta se aloja no saco de dormir.

Glimmerete ataca de novo.

Na madrugada, a garota do 4 me acorda e diz que está na hora da minha vigia, eu me levanto e seguro minha lança, tomo uns goles de água e vejo que Glimme dormiu agarrada nos olhos do Cato, aquilo me fez revirar os olhos.

-Melhor começar a se preocupar. - sussurra a garota do 4.

-Hã?

-Você gosta dela, dá pra ver, tente tomar iniciativa. Boa noite. - ela se virou e se encolheu no saco de dormir.

-Espera, qual é o seu nome?

-Michele. Boa noite.

Não estava, exatamente de noite, mas ignorei. Afastei um pouco a Glimmer dele e fiquei de vigia pra ver se tem alguém vindo.


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Notas finais do capítulo

Glimmer + Piriguete = Glimmerete kkkkkkkkkkkkk
Deixem reviews pra eu me matar feliz pela piadinha idiota.



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