–Ei. É hora de acordar baixinho. –Gerard acordou Tom com uma travesseirada.

–Ah Gee!–Resmungou. –Me deixa dormir.

–Acorda, nós vamos ao shopping. –Gerard sentou em cima das costas de Tom fazendo o mesmo gemer de dor.

–Sai de cima de mim. Você precisa de um regime. –Riu.

–Está me chamando de gordo?!–Pressionou um pouco mais seu corpo sobre o menor.

–Ok. Você é magro, lindo e esbelto.

–Eu sei. –Riu saindo de cima do menor. –Vamos, levanta.

–Porque vamos ao shopping?–Sentou-se na cama despreguiçando-se.

–Porque vou fazer compras oras. E quero a companhia de alguém.

–E porque eu?

–Porque você é a única pessoa que eu posso controlar dentro dessa casa. –Riu.

–O que? Não entendi!–Fuzilou o maior. –Ei!

–Você é mais lento que eu Tom. –Riu apertando as bochechas do menor.

–Sai daqui Gerard!–Jogou uma almofada no maior, fazendo o mesmo sair do quarto rindo.

Tom olhou em volta e bocejou, não estava com um pingo de vontade de sair de casa, mas Gerard não desistiria. Deu de ombros e deitou na cama novamente, assim voltando a dormir.

Gerard desceu as escadas e foi até a cozinha. Ray estava sentado tomando café e lendo um jornal, enquanto Mikey fazia panquecas.

–Bom dia. –Sentou-se em frente ao amigo.

–E então... –Mikey olhou para o irmão.

–O que?–O mesmo franziu o cenho.

–Já contou a verdade para ele?

–Eu já disse que não vou contar agora!–Falou bufando.

–Gerard... Já estão procurando ele. –Ray tirou os olhos do jornal e olhou o amigo. –A família dele está preocupada.

–Eu sei, mas... –suspirou. –Vou dar um jeito.

–Ah sim. Como se ninguém fosse reconhecê-lo. –Mikey disse irritado.

Gerard fitou o irmão por algum tempo e depois sorriu.

–Mikey. –Se levantou. –Você é um gênio. –Beijou a bochecha do irmão.

–Sai daqui Gerard. –Afastou o irmão fazendo Ray rir. –Mas, porque eu sou um gênio?

–Você me deu uma ideia muito boa. –Olhou para Ray. –Porra, porquê não pensei nisso?

–Nisso o que, homem?–Ray disse franzindo o cenho.

–Mikey, você vai me ajudar!–Gerard olhou para o irmão. –Eu vou ao shopping e compro algumas tintas para cabelo, algumas roupas e outras coisas...

–Para que?

–Você Michael James Way, vai transformar Frank Iero em um homem completamente diferente, ou seja, no Tom Way!

–O que?–Ray franziu o cenho.

–Espera... –Mikey chamou a atenção. –O nome dele é Frank?

–Sim, por quê?–Gerard perguntou interessado.

–Nada, só que é melhor que Tom!–Riu de leve.

–Enfim. –Revirou os olhos. –Você vai fazer isso?

–Hm, transformar um homem desaparecido em um Way? Bem, acho que não vai ser tão difícil. Mas acho melhor não me envolver, já tem você mentindo o suficiente para ele. -Disse alfinetando o irmão. Ainda não conseguia absorver essa ideia de ter um desmemoriado em sua casa, com uma família procurando por ele.

–Ótimo! Sei que findará me ajudando. –Sorriu. –Ray, você pode ajudar?

–Não sei não... –Pensou.

–Vamos Ray, agora ele é da família. Vocês bem que poderiam colaborar. -Disse fazendo uma cara pidona

–Ok. –Suspirou. –O que eu devo fazer?

–Quero que você o ensine a tocar guitarra e cantar. -Falou animado como uma criança.

–Por quê?

–Faz parte da minha ideia. –Sorriu mais ainda. –Vai ou não?

–Ok. –Revirou os olhos. –Mas ainda acho que é errado.

Gerard revira os olhos, como o amigo.

–Bem, falando no Tom. –Mikey foi até a porta da cozinha. –Cadê ele?

–Merda, ele não levantou como eu disse. –Gerard resmungou.

–Ok. Eu vou lá. –Mikey disse tirando o avental da cozinha e indo até o quarto de Tom.

O Way mais novo entrou no quarto sem fazer barulho, viu que o mais novo ainda dormia. Suspirou e sentou-se no canto da cama, mexeu no ombro do menor tentando fazer o mesmo acordar.

–Hm, Gee... –Resmungou. –Me deixa dormir.

–Não é o Gee, Tom!–Riu. –Sinto muito.

–Mikey?–Tom abriu os olhos assustado e olhou a figura de óculos o observando. –Cadê o Gee?

–Está tomando café. –Estranhou. –Tom, você... Você gosta mesmo do Gerard, né?!

–Érm... –Corou. –Sim, ele é meu primo, acho que temos que gostar um do outro.

–Eu sou seu primo, e nem por isso você me deu um apelido carinhoso. –Sorriu de lado.

–Bem, é que... –Corou mais ainda. –Ah, sei lá. Eu só sinto uma coisa estranha com ele, não sei exatamente o que é. Acho que é alegria.

–Vocês... –Ia falar, mas desistiu. –Esquece. Vamos, levante.

–Mas eu não quero sair de casa. –Resmungou.

–Você não precisa. –Sorriu. –Só que... Você não acha que esse seu estilo está um pouco ultrapassado?

–Ultrapassado?–Franziu o cenho.

–Sim, você usa esse mesmo corte de cabelo há muito tempo, que tal dar uma mudada?

–Hm. Acho que seria legal. –Sorriu.

–Ok. –Levantou-se. –Então levanta. Tome café aí nós dois vemos o que mudaremos no seu estilo. –Piscou.

–Tá legal. –Sorriu mais ainda e levantou. –Érm... Mikey?

–Sim?–Olhou o menor.

–Você e o Gee ainda estão brigados?

–Não. Por quê?

–Ah! Eu pensei que vocês não ia se falar mais. –Coçou a cabeça.

–Relaxa. Nós dois somos irmãos, brigamos sempre. –Riu.

–Se é assim. –Deu de ombros.

Mikey saiu do quarto pensando na grande besteira que estavam fazendo em apoiar essa ideia maluca do seu irmão. Achava aquilo tudo muito errado, e sabia que as chances de tudo acabar mal eram grandes. Mas já que era assim que Gerard queria, então o apoiaria. Foi para a cozinha em passos largos. Ao chegar a mesmo deu um tapa no irmão.

–Ai! Por que fez isso?–Gerard resmungou.

–Idiota. Você está fazendo o Tom se aproximar demais de você.

–O que?

–Gerard... –Mikey suspirou e se sentou. –Por favor, não se apegue muito a ele.

– Fique calmo, maninho. –Sorriu. –Não vou.

–Assim espero. –Disse olhando o teto. Mikey sabia que Gerard se apegava muito fácil a pessoas, e ele sabia que Tom não ficaria com eles por muito tempo. Ele tinha medo de que o irmão acabasse se magoando.