Thank You For Loving Me - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 19
— LUTE —




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Alguns aurores tentaram nos prender a primeira instancia. Minha mãe implorou e ate chorou. Estava sob olhar de colegas da escola, sob olhar de Astoria. Olhar que ignorei.

Então Harry Potter me coloca numa divida eterna para ser sincero, fez com que as acusações contra nossa família fosse canceladas.

Harry disse algo como eu o ajudei e ficamos neutros na batalha, então, tínhamos abandonado Voldemort.

Chegar à mansão nunca foi tão prazeroso. Aparatamos logo no salão principal, e a primeira coisa que minha mãe fez foi enxugar os olhos, erguer o ombro e dar ordens.

— Limpe tudo, quando acordar quero tudo que lembre Voldemort e seus servos longe da minha casa!

E os servos passaram a fazer. Fui ate meu quarto, tomei um banho de banheira demorado. Não sei quanto tempo fiquei, mas quando sai, minha mãe estava aguardando para me dar um beijo.

— Se a mamãe der um beijinho, você dorme bonitinho. — ouvia isso todas as noites desde que me lembro.

Ate entrar em Hogwarts. Mas hoje Narcissa o disse. E tenho certeza que foi o único motivo para eu não ter tido pesadelos.

— Você podia ir na cada de algum amigo. — disse minha mãe durante o café da manha.

— Não mãe.

— Então vai fazer compras, sai um pouco de casa meu filho.

— Não mãe.

— Draco...

— Cissy, ele não quer. — meu pai disse com calma.

Fazia quase três meses desde a guerra. Tivemos apenas que prestar contas de certos objetos, mas conseguimos ficar com todos, já que mesmo sendo das trevas, eram relíquias de família.

Meu pai “trabalha” novamente no ministério. Na verdade, como se nada tivesse acontecido.

— Vou sair. — murmurei me levantando.

— Mas você disse que não ia.

— Vou comprar uma varinha. Pai, me deixe no Beco Diagonal?

Afinal, como poderia aparatar sem uma varinha.

OLIVARAS.

O sino fez o mesmo barulho de sete anos atrás. Mas dessa vez o senhor Olivaras não era tão grande, na verdade, ele deu um passo atrás a me ver.

— Não tem necessidade disso. — eu disse.

— Sei que não, pelo menos ate que nós arrumemos uma varinha para o senhor.

Ele disse dando um sorriso, seu tom era o mesmo que usava para as crianças que compravam sua primeira varinha.

Segurei uma varinha que ficava numa caixa de cetim negro, era mais grossa e maior que a minha antiga.

— Muito curioso, é uma mistura das varinhas de sua família, você virou um homem, Malfoy.

— Como assim?

— Sua tia Bellatrix portava uma varinha de trinta e dois centímetros, nogueira e fibra cardíaca de dragão. Sua tia Andromeda possui uma de carvalho com fio de Veela, flexível. A da sua mãe é curiosa, mogno e pena de fênix, sabia que é muito rara?

Concordei.

— Essa sem duvida é a “sua” varinha... 30 cm, rígida, nogueira, pêlo duplo de unicórnio. Os unicórnios devem gostar do senhor.

Dei um aceno. Minha antiga varinha tinha vinte e cinco centímetros, flexível, de Pilriteiro e pêlo de unicórnio. Mas essa formigava em minha mão, como se fossemos velhos amigos.

Tirei o ouro, acrescentando um pouco a mais. E sai da loja de varinhas.

Fui a uma joalheria e comprei uma pulseira de pedra d’agua e ouro de duende. Minha mãe iria adorar.

Aparatei direto em casa.

— E ai meu amor, encontrou o que procurava? — minha mãe perguntou tirando meu casaco.

— Sim, trinta centímetros, nogueira, pêlo duplo de unicórnio e rígida.

— Temos que estrear! — meu pai disse entrando no recinto.

— Não hoje. Amanha de manha temos compromisso, esqueceu Lucius?

— Ah verdade. Dia primeiro de Agosto, ainda bem que me lembrou, Cissy.

— O que te amanha? — perguntei.

— Faram um memorial no Ministério para a perda de todos. — minha mãe disse.

— Acha mesmo que é uma boa ideia aparecermos? — perguntei.

— É claro que sim.

Esforcei-me para pegar no sono, e era de madrugada quando consegui.

Minha mãe teve que me acordar no outro dia, e um terno bem cortado e negro jazia separado.

— Mão, não vou colocar uma flor! — disse quando ela tentava enfiar o ramo da planta no bolso do terno.

— Filho, eu mesma criei essa planta, é usada como condolências, olhe sua cor.

E a planta que parecia uma rosa desabrochada, era negra.

Quando saímos na lareira através do pó de flu, sabia que varias pessoas iriam comentar. E foi o que aconteceu.

Meus passos foram menos precisos, mas minha mãe deu uma leve cutucada ao passar por mim.

Ela andava com classe, e nunca perderia essa pose.

Vi vários rostos conhecidos, alunos de Hogwarts estavam em peso. Minha mãe foi se colocar ao lado de Andromeda, ato que não passou despercebido as pessoas.

Logo após a guerra, minha mãe teve uma conversa séria com meu pai. Criou coragem para pedir a Lucius liberação de visitar sua irmã, “é minha família Lucius”.

E Andromeda chegou ate a ir à mansão um dia com seu neto. Ted Lupin.

Meu pai estava ao lado do novo Ministro, para sua satisfação.

Confesso que fiquei meio desolado. Olhei para os lados e então a vi.

Sentada na fonte, sozinha. Astoria chorava. Ela mantinha a cabeça baixa, mas eu tinha certeza que chorava.

Não sabia o que fazer, minha vontade era ir ate ela. Mas meu orgulho me impedia.

— Pansy, sabe aonde esta Dafne? — perguntei sem rodeios ao ver minha colega.

— Dafne? Dafne da nossa sala?

— Que outra mais você conhece?

— Você não soube? A família delas esta de luto, o senhor Greengrass faleceu a mais ou menos um mês. Varíola de dragão, o mesmo que seu avô, Draco.

— Como assim? — perguntei ainda chocado.

— Uai, ficou doente e morreu, é fatal quando a doença atinge alguém de idade. Dizem que a mãe delas vai acabar morrendo, esta bem velha.

— Ok, obrigado pela informação Pansy.

— Ah Draco, posso ir à sua casa essa semana? As aulas acabaram para a gente...

— Acho melhor não.

Disse me virando. Sabia para onde queria ir, Astoria estava no mesmo local. E o motivo do seu choro agora era conhecido por mim.

— Pensei que você não estaria aqui.

Disse me colocando ao seu lado. Ela ergueu levemente a vista, olhos azuis e vermelhos, azuis e vermelhos. Vermelhos pelo choro.

— Ah Astoria, eu sinto muito.

Disse, e no mesmo momento ela se jogava em meus braços e chorava. Era um choro doloroso e forte, mas baixo como o vento.

— Não sei o que dizer, não imagino sua perda. — disse com sinceridade.

Ela chorou mais um pouco e então se afastou.

— Acho que já vou, prometi a todos que viria pelo menos um pouco e, no entanto só você se aproximou de mim.

— Por que não me disse antes?

— Estava ocupada demais enterrando meu pai!

— Desculpe, olhe isso é para você. — disse entregando a rosa negra do meu terno.

Ela deu um sorriso de leva.

— Aposto que não foi você quem fez.

— Infelizmente não.

— Agora eu vou Malfoy, obrigado pela flor.

— Ei. O que vai fazer semana que vem? — disse, não poderia perder essa oportunidade.

— Ir ao Beco Diagonal, tenho alguns materiais para comprar.

Que fora, eu já tinha me esquecido que ela ainda estudaria.

— Quando é seu aniversario? — perguntei.

— Primeiro de Setembro. Acredite, minha carta veio quando eu tinha dez anos. Meu pai dizia que era porque eu era especial.

Ela disse nostálgica.

— Ei, você é especial. Posso te acompanhar nas compras de material? — perguntei temendo a resposta.

— Claro. Te mando uma carta.

Disse saindo. Sem um tchau, sem mais nada.

Quatro dias depois recebo uma coruja com sua carta. E no dia combinado a encontro no Beco Diagonal.

— Adoro quando o tempo esta assim. — ela disse.

Na verdade o tempo estava como todos os dias quando não tinha neve. Mas preferi não a contrariar.

Ela entrou na primeira loja e insisti para pagar.

Na outra foi à mesma coisa, mas dessa vez Astoria reclamou.

Quando saímos da quarta loja, ela puxou meu braço.

— Se não parar agora com isso vou entrar “naquela” loja e escolher a joia mais cara. E você vai pagar Draco, eu juro.

“Naquela” loja em questão era uma joalheria caríssima.

— Quer ia agora? — perguntei.

Ela bateu o pé num chilique contido.

— Para Draco, posso muito bem comprar minhas coisas e você sabe disse.

— Tudo bem, contando que você aceite ir jantar na minha casa hoje.

— Aceito tomar um lanche na sua casa quando terminarmos, não posso chegar tão tarde em casa.

— Combinado.


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