A Filha Do Chefe escrita por conselheira


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

I AM BACK! RÁAAAAAAAAAAAAAAAA
Primeiramente agradecendo imensamente a: Lilian Luna Tomlinson
pela recomendação MEGA ULTRA POWER FODAAAAAAAAAAAAAA!
OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA!
Agora comentando: RESPONDI A TODOS OS REVIEWS DO CAP. ANTERIOR, TÁ? PODEM DAR UMA OLHADA LÁ SE QUISEREM!
MOTIVOS DO MEU SUMIÇO: MINHA PRIMA ESTÁ PASSANDO UNS DIAS AQUI, ENTÃO FIQUEI UM TEMPINHO SEM ESCREVER E ATÉ ESCREVI C ELA UMA NOVA FANFIC (DIAMOND GIRLS)- podem dar uma olhada depois se quiserem.
BOA LEITURA!!!!!!!!!!



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CAPÍTULO 12


ALICE POV

Suspirei ao me olhar no espelho. O vestido azul marinho de alças e o decote pouco profundo me davam um ar de menina-mulher. Meus sapatos de salto, também azuis marinho, tinham um laço na parte da frente que davam um charme especial ao meu “look natalino”.

Por sua vez, meu cabelo tinha duas partes transformadas em tranças presas na parte de trás da minha cabeça. Havia colocado rímel, lápis e delineador para destacar meus olhos, deixando o resto do rosto com pouca maquiagem.

– Estou pronta – murmurei para mim mesma pela sétima vez consecutiva.

Acho que eu estava precisando me convencer disso. O “pronta”, em meu caso, não se tratava apenas de maquiagem e roupas. Era sobre encarar pessoas desconhecidas e meu maior desafeto: Simon Cowell, também conhecido como meu pai.

Respirei, tentando aliviar toda aquela pressão que se abatia sobre minha cabeça. Será que Simon tentaria falar comigo? E se ele tentasse atuar como se fôssemos uma linda família feliz?

Fechei as mãos com força. Eu não agüentaria. Era hipocrisia demais para que eu apenas engolisse.

Afastei-me do espelho e caminhei até a cama, sentando-me lá. Megan deveria estar louca, correndo atrás da prima de oito anos que era um capeta, Liam estaria entregando os presentes comprados desde novembro para todos os familiares, Niall, por sua vez, tentando comer toda a ceia natalina antes da hora, Zayn só deve ficar pronto poucos minutos antes da meia-noite e Louis deveria estar destruindo a ceia de natal com suas brincadeiras loucas.

É, eu sinto falta deles.

Ouvi batidas na porta e tratei de dar meu melhor sorriso – falso. Ninguém poderia saber que eu não estava tão animada com essa ceia natalina.

– Lilie? – Uma voz infantil soou pela porta entreaberta.

Congelei no mesmo instante, vendo a pequena criatura adentrar meu quarto. Entretanto, quando seus olhos verdes se chocaram com os meus, eu soube que não estava sonhando. Era Beckie quem estava ali.

– Oh, meu Deus! – Exclamei, caminhando em sua direção.

Beckie sorriu para mim quando a abracei e tirei do chão.

– Eu senti tanto sua falta, pequena. – Murmurei entre os cabelos castanhos escuro da mesma.

Caminhei até a cama e mais uma vez me sentei lá, dessa vez com minha meia-irmã em meu colo.

– Saudade! – Ela disse.

Aspirei mais uma vez o cheiro de xampu para bebês de seu cabelo. Ela estava tão linda com aquele vestido rosa! Parecia uma daquelas bonequinhas de porcelana.

Abracei-a mais uma vez. A falta que a pequena me fazia chegava a doer.

– Onde está sua mãe? – Perguntei, sentindo um líquido salgado escorrer por minha face.

Beckie me olhou e secou minha lágrima com sua pequena mão. Continuava macia e quente.

Como uma menina de três anos conseguia ser tão doce e inteligente?

– Mamãe me mandou vir com o Dold – respondeu, apontando para a porta.

Franzi o cenho.

– Quem?! – Retorqui sem entender.

Observei Harry adentrar o quarto de hóspedes - timidamente - com as mãos no bolso da calça jeans escura. Ele trajava uma camisa xadrez cujas mangas longas estavam dobradas em seus cotovelos e sapatos italianos. Sorri. Tão natural e formal ao mesmo tempo! Meu melhor amigo estava lindo.


– Dold! - Beckie gritou, animada.


Meus olhos vagaram de minha meia-irmã a Harold em confusão. Como ele havia conquistado minha pequena Rebecca em tão pouco tempo? Ela não costumava ser tão sociável.


– Simon leva Beckie algumas vezes para o trabalho - explicou rapidamente, tentando não chamar minha atenção para o nome do meu pai.


Cuidado inútil, devo dizer. Aquele nome chamaria minha atenção de qualquer maneira. Senti um tremor involuntário ao lembrar que o dono dele deveria estar na sala de estar, conversando com os Styles e sua família.


Observei Harold se aproximar e Beckie sair do meu colo para correr até ele. Ela esticou os braços, fazendo Harry entender que queria ser levantada pelo mesmo. Ele acatou seu pedido.


– Deve ser a genética, de um jeito ou de outro as Cowell sempre acabam em meus braços - murmurou, fitando-me divertidamente.


Revirei os olhos e me levantei da cama, caminhando lentamente até o guarda-roupa, onde estavam os presentes que havia comprado em novembro.


Sim, eu tinha que ter aproveitado, não é? Fui basicamente arrastada por Liam até shoppings e shoppings e resolvi adiantar a compra dos presentes natalinos também.


Encontrei uma grande caixa embrulhada por papel de presente rosa e sorri. Era o presente de Beckie. Peguei-o e me aproximei de Styles, que girava minha meia-irmã no ar como um saco de batatas.


– Harry! – Ralhei. – Rebecca vai ficar tonta!


Ele parou imediatamente o que fazia, deixando Beckie emburrada por eu ter estragado a diversão.


Para me desculpar, estiquei o presente e vi os olhos de minha meia-irmã se iluminar.


– É pra você, pequena. Não quer abrir? – Incentivei sorrindo.


Harry a colocou no chão e eu a entreguei seu presente. Beckie sentou-se com o mesmo em seu colo, rasgando o embrulho rosa sem dó alguma. Logo emitiu um berro alegre e segurou a boneca com força, balançando-a no ar.


Sorri diante da cena. Isso significava que ela havia gostado.


– Nada pra mim? – Escutei Harold murmurar ao meu lado.


Ainda sorrindo, o encarei.


– O seu só vou entregar mais tarde – disse, querendo fazer mistério.


Harry me encarou e revirou os olhos.


– Eu estava falando de beijos, mas já que insiste em coisas materiais... – Provocou-me.


Respirei fundo. Natal, Alice, natal! Lembre-se do espírito natalino.


– Posso pelo menos tirar uma foto com você? – Perguntou-me, parecendo ainda estar se divertindo com o fato de eu ter ficado irritada.


Fingi estar pensando por alguns segundos. Eu também sabia brincar, ué!


– Claro que sim – disse por fim, sorrindo.


Harry retribuiu meu sorriso e logo retirou seu Iphone do bolso. Nesse meio tempo, puxei Beckie para meu colo a fim de que ela também saísse na foto.


– Pronta? – Styles indagou, segurando seu celular bem à nossa frente.


– Sim – respondi, já me posicionando para a foto.


Click.


Após termos tirado a foto, coloquei minha meia-irmã novamente no chão enquanto Styles fazia algo com seu Iphone.


– O que está fazendo? – Perguntei sem me conter.


Ele deu de ombros.


– Nada – murmurou rápido, em seguida me fitando. – Vamos para a sala?


Congelei por um instante. “Ir para a sala” significava me locomover para o local onde Simon Cowell estava por vontade própria. Isso era... Estranho, ruim, burrice!


– Prefere que eu a carregue? – Harry questionou, sorrindo marotamente.


Arqueei as sobrancelhas.


– Argh, Harold – bufei, passando por ele e puxando Beckie junto. – Vamos logo! – Chamei-o, tomada por uma coragem que eu não tinha.


Era isso. Não era uma escolha, eu ia ter que ver Simon uma hora ou outra. Decidi pensar que a situação me obrigava a fazer isso, pois deixava as coisas mais fáceis para eu digerir.


(...)


Ao adentrar a sala, tudo o que vi foi o amontoado de parentes de Harry que me encaravam. De crianças a idosos. Apesar de estar morrendo de vergonha, fiz questão de prezar pela educação e cumprimentar a todos cordialmente. Alguns me fitavam como se eu fosse uma miragem, o que chegava a me incomodar, mas sabia que devia relevar pelo fato de que para aquelas pessoas eu era Alice Cowell, a atriz famosa.


Uma intrusa na ceia natalina, acrescentei mentalmente.


Depois de cumprimentar uma das tias de Harold e sorrir para Anne, a fim de que ela soubesse que estava tudo bem, o avistei.


Simon Cowell vestia um traje social e tinha Luce ao seu lado. Minha madrasta (leia-se: boadrasta) soltou-se do marido e caminhou apressadamente em minha direção, abraçando-me tão forte que senti meus braços formigarem.


– Ally, Deus do céu, que saudade! Como você está? Cada dia que passa parece ficar mais bonita! – Elogiou-me, fazendo com que eu corasse e girou-me a fim de me analisar.


Rindo, abracei Luce mais uma vez.


– Eu estou bem e ei! Você que está cada dia mais linda – retribuí, sorrindo.


Luce gargalhou comigo e enlaçou meu braço, puxando-me para andar com ela. Eu tinha consciência de que todos na sala de estar prestavam atenção em nós duas. Aquilo estava me incomodando, mas eu não podia reclamar. Era uma das conseqüências pela vida que levava.


– Tenho algo para te dar – ela murmurou, levando-me para fora da casa dos Styles.


Mordi o lábio com indignação.


– Luce, eu achei que tivéssemos um acordo sobre presentes! – Tornei.


Ela apenas sorriu amavelmente enquanto parava e se postava à minha frente.


– Ally, é só uma lembrancinha. E faz tanto tempo que não nos vemos! Eu sei que prometi a você que não compraria presentes nem receberia por causa de sua aversão a pensar em Simon comprando algo para você... Mas juro, eu mesma escolhi! Simon não sabe! – Argumentou, fitando-me com certa esperança no olhar.


Quebrei o contato visual, mas não fui capaz de negar aquilo à Luce.


– Tudo bem – murmurei contrariada.


O sorriso dela ficou mais largo e logo eu estava sendo puxada para uma BMW cinza. O carro de Simon, notei, ao paralisar na calçada.


Luce passou alguns segundos revirando coisas na mala, mas logo estava ao meu lado, sorrindo abertamente enquanto me entregava um porta-retratos.


– Como disse, é só uma lembrancinha. Olha, é do natal retrasado! Quando passamos juntos em nossa casa, você lembra? – Perguntou.


Dei um sorriso amarelo e balancei a cabeça positivamente.


Não me dei ao trabalho de verificar a foto do retrato. Eu sabia que me arrependeria, pois certamente faria uma careta ao perceber a presença de Simon lá e isso poderia deixar Luce triste. Ela era ótima, mas parecia insistir em não aceitar o fato de que eu odiava meu pai e ele, debaixo de toda a hipocrisia, também devia me odiar.


– Vamos voltar? – Indaguei, tentando me livrar da situação constrangedora.


Não bastasse o fato de estar recebendo um presente sem dar outro em troca, o mesmo era um retrato de minha “família”. E meu maior desafeto estaria lá, sorrindo. Como se fôssemos uma família feliz.


Quanta hipocrisia!


– Claro, desculpe por ter monopolizado sua atenção, querida – Luce desculpou-se com um sorriso amuado.


Droga! Ela havia notado meu estado de espírito com relação ao presente.


– Não foi nada – tentei consertar minha falha. – E... Obrigada pelo presente – acrescentei, constrangida por ter entristecido Luce.


Ela apenas assentiu e enlaçou meu braço. Começamos a caminhar de volta para a casa dos Styles, quando ela murmurou:


– Eu nunca vou perder a esperança de que um dia as coisas se ajeitem.


(...)


HARRY POV

A ceia natalina estava sendo incrível. Meus primos pequenos corriam como lebres – grande novidade! -, minha mãe e tias fofocavam, Gemma e os outros primos colocavam as novidades em dia e a parte masculina da família parecia muito interessada em ouvir Simon. Eu estava no meio da sala de estar, apenas observando as crianças correrem.


Isso me fazia pensar em Alice. Quero dizer, Simon me fazia pensar em Alice. Como ela estaria se sentindo com o pai ali e meus familiares a encarando descaradamente? Eu também era famoso mundialmente, mas todos ali me conheciam desde que eu era um bebê, portanto, não importava muito o que eu havia conquistado.


Já Alice... Bem, ela era quase uma alienígena para os outros Styles. Linda, rica e famosa. Algumas vezes, eu pegava Paul e Will (primos com quase minha idade) a encarando sem nenhum pudor. Isso me deixava com raiva.


Ciúmes, minha mente traidora corrigia. Agora que tinha alguma noção de como me sentia em relação a Cowell, eu decifrava com menos dificuldade as coisas que invadiam minha mente algumas vezes.


E aquilo era uma merda. Porque um: se apaixonar pela melhor amiga é um pé no saco. Dois: ela teria qualquer homem do mundo que quisesse aos seus pés. Três: esse homem seria Danny Jones, apesar de ele não parecer tão disposto a isso (para minha felicidade). Quatro: ela era problemática demais, principalmente quando o assunto são relacionamentos amorosos. Cinco: eu morria de medo de perdê-la.


Bem, resumindo: Harry, você está ferrado!


Mas parecia ao mesmo tempo a confusão certa para alguém como eu estar metido. Porque, convenhamos, nunca tive medo de me declarar ou conseguir mulher nenhuma, portanto, isso me ajudaria agora com Alice.


O problema é que com ela parecia ter coisa demais em jogo para eu sequer arriscar perder.


Fui tirado de meus pensamentos ao ver minha mãe e tia Elizabeth se aproximando de mim.


– Querido, Beth teve uma idéia genial!


Sorri para as duas e pedi para que me contassem qual era a tal idéia.


– Harold, eu e seu tio Johnny trouxemos o karaokê lá de casa, aquele em que você adorava soltar a voz! – Comentou divertidamente e notei uma pitada de orgulho em sua voz.


Tia Elizabeth sempre se gabaria por ter descoberto meu talento.


– Oh, sim, eu lembro... – Assenti.


– Por que você e Alice não fazem um dueto? Ah, impossível deixar essa chance passar! Ter Alice Cowell e meu sobrinho talentoso aqui e não os obrigar a cantar para a família? Oh, por favor, que desperdício! – Levou a mão à testa, em uma cena teatral. Típico de tia Beth.


Fitei-a pensativo – e reprimindo uma risada -, mas minha mãe resolveu se adiantar:


– Chame Alice e venham! Nós não faríamos essa desfeita com sua tia – disse, carregando tia Elizabeth para longe novamente.


Suspirei. Iria incomodar mais ainda minha melhor amiga, mas eu não tinha escolha, uma vez que ordens da senhora Styles sempre seriam coisas a serem obedecidas.


E, por outro lado, seria legal cantar com Alice.


Comecei a procurá-la por toda a casa – inutilmente -, mas só a encontrei quando voltei à sala de estar. Alice adentrava minha casa com Luce e tentava ao máximo dar seu melhor sorriso.


Mas para alguém como eu, que já tinha de fato visto diversas vezes seu melhor sorriso, aquele era só um falso e sem vida. Algo havia a entristecido e eu descobriria o quê.


Aproximei-me das duas e Ally olhou-me aliviada, como se me pedisse desesperadamente para salvá-la. Sorri, pensando em mim mesmo como seu herói particular.


– Luce – cumprimentei a madrasta de Alice. Eu gostava dela. – Posso roubar Ally um pouco de você? – Pedi.


A madrasta de Alice sorriu, empurrando-a para mim.


– Claro, Harry – afirmou.


Arrastei Cowell para a cozinha e só então percebi o retrato que ela tinha nas mãos.


– É isso? – Perguntei, apontando para o objeto.


Ally pareceu despertar de um longo sono.


– O quê? – Questionou desnorteada.


Respirei fundo. Precisava ter um pouco de paciência com a lerdeza natalina dela.


– O que está te fazendo mal – esclareci.


Vi Alice suspirar e fitar-me com sofreguidão.


– Sou uma péssima atriz para minha própria vida, não é? – Perguntou retoricamente.


Apenas sorri, tirando o retrato de suas mãos e a abraçando com força.


– Não, hermosa, você é a atriz mais talentosa que conheço. Só não pode me enganar, sou quase uma parte de você, sabia? – Ri ao me dar conta disso.


Eu havia passado tantos anos vidrado em Alice Cowell que uma parte do meu ser se tornara aquilo: alguém que queria estar com ela, por ela e sempre ao lado dela.


Aspirei o cheiro que emanava em seu cabelo loiro. Era bom e confortável: primavera açucarada.


– Bom, apesar de não saber o que hermosa significa – tornou, sorrindo fracamente diante do meu apelido espanhol. – Você seria a minha melhor parte.


Sorri abobalhadamente enquanto ela enterrava a face em meu pescoço – alcançando graças aos saltos que usava.


Se havia a possibilidade de ser a melhor parte dela, eu seria. Porque, quero dizer, eu já era praticamente dela desde os doze anos. Só faltava ela concordar em ser minha.


E esse era o problema. Alice não queria ser de ninguém. Estava machucada e iludida demais para se dar a esse luxo. Ela se guardava para si mesma e eu não poderia chamá-la de egoísta. Era um mecanismo de defesa. Algo que eu teria que invadir para tê-la.


Como um herói enfrentando um dragão para salvar a princesa. É, isso! Eu salvaria Alice dela mesma e seríamos felizes para sempre.


Droga, isso soou mais gay que Louis e suas brincadeiras.


– Ally, minha mãe quer que façamos um dueto para a família – murmurei com cautela. Ela estava frágil demais para grandes sustos. – Minha tia trouxe um karaokê e... Bem, desculpe por isso.


Vi a expressão de Cowell se iluminar um pouco e me surpreendi. Eu sabia que Alice amava cantar... Mas mesmo assim... Era surpreendente!


– Então nós cantaremos! Preciso mesmo de uma distração – disse, agora sorrindo um pouco mais. – Foi o que fiz na noite em que brigamos. Cantei e me distraí – contou, lembrando os acontecimentos de uma das piores noites da minha vida.


Ponderei, me tocando que era aquilo mesmo. Alice havia se sentido desconfortável na festa em que a levei e então, cantara para se soltar. Deu certo. Por que não repetir a dose? Dessa vez sem um Harry Styles idiota para acabar com a noite.


Dessa vez com um Harry Styles que havia recentemente descoberto que estava completamente – e ferradamente – apaixonado por ela.


Sorri, estendendo minha mão para Alice.


– Vamos?


(...)


Ally e eu encarávamos a roda que todos formavam em volta de nós com apreensão. O karaokê já havia começado a tocar a música escolhida: Total Eclipse Of The Heart. Cowell e eu gostávamos da mesma.


Turn around – cantei, encarando-a.


Every now and then, I get a little bit lonely and you’re never coming around – ela fez o mesmo com sua parte.


Turn around – repeti, aproximando-me de Alice.

Every now and then, I get a little bit tired of listening to the sound of my tears – fez sua parte, denunciando uma face entristecida.

Ally saberia cortar o coração de qualquer um com uma expressão apenas.

Turn around – cantei meu trecho.

Every now and then, I get a little bit nervous that the best of all the years have gone by – segurou o microfone com força.

Era a deixa para eu acabar com a distância entre nós dois.

Every now and then, I get a little bit terrified but then I see the look in your eyes – cantou, fazendo-me encarar seus olhos verdes.

Turn around, bright eyes – pedi.

Ela sorriu, finalmente dando um passo para ficar perto o suficiente de mim. Eu quase podia tocá-la.

Every now and then, I fall apart – Ally cantarolou.

Turn around, bright eyes…

Every now and then, I fall apart! – Repetiu com mais convicção. – And I need you now tonight, and I need you more than ever! – Cantou e de repente tocou meu ombro, fazendo-me estremecer. - And if you only hold me tight, we'll be holding on
forever!
– Sorriu enquanto me via bobo, só a observando. - And we'll only be making it right 'cause we'll never be wrong together; We can take it to the end of the line; Your love is like a shadow on me all of the time!

E me permiti vagar na letra da música por um instante, porque era verdade. Nunca seria errado pensar em mim e Alice juntos.

I really need you tonight! – gritou sem perder a musicalidade, fazendo meu coração bater mais forte. - Forever's gonna start tonight... Forever’s gonna start...

O “pra sempre” começa hoje. Oh, Alice, se soubesse o quanto queria que isso fosse verdade...

Once upon a time, I was falling in love; But now, I'm only falling apart – seu semblante entristeceu. Eu sabia o porquê: Danny Jones. - There's nothing I can do;
A total eclipse of the heart…

Encerrou, abraçando-me com força. Retribuí no mesmo instante, desejando por tudo o quanto era mais sagrado que Daniel Jones explodisse. Como o odiava por fazê-la amá-lo desse jeito, a ponto de não o esquecer de uma vez!

As pessoas presentes começaram a nos aplaudir e tia Elizabeth gritava algo sobre “Oh, o talento juvenil!”. Eu não ligava. Alice ainda estava ali me abraçando.

Como não havia notado antes que ela era tudo o que eu mais queria?

Eu a faria esquecer Daniel Jones. Concluí no mesmo instante em que Cowell me fitou, os olhos verdes sem a alegria rotineira. É, isso. Por mais difícil que fosse, eu não tinha escolha. Teria que tirar o “príncipe encantado Jones” da cabeça da garota que amo ou tudo estaria perdido.

Alice, você será minha.

– Harry, preciso ficar um pouco sozinha. Onde... – Iniciou.

Suspirei e a interrompi:

– Saia pela porta de entrada e dê uma caminhada pela rua. Deve estar vazia – comentei.

Ela sorriu fracamente.

– Obrigada. Eu volto logo, prometo – disse, deixando-me sozinho na sala de estar e acenando para minha mãe.

Sempre preocupada em não preocupar os outros. Tão Alice...

– Harold! Oh, meu Deus! Se algum dia a One Infection acabar, forme uma dupla com Alice Cowell! – Tia Beth gritou para mim, fazendo meus familiares rirem.

Não me dei ao trabalho de corrigir o nome da banda.

– Está bem, tia – assenti, imerso demais em meus próprios pensamentos para dar valor aos dela.

Assisti a saída discreta de Ally e suspirei em seguida.

Se pensamentos matassem, Daniel Jones estava ferrado.

Bem, mas de qualquer modo, ele estava mesmo ferrado. Roubaria sua garota. Afinal, quem mandou não se informar sobre Alice Cowell ser de Harry Styles desde os doze anos?

Ah, essas pessoas desinformadas!

Ri com meus pensamentos e tentei voltar a conversar com meus parentes.


ALICE POV

Saí – mais uma vez – da casa dos Styles. Dessa vez sozinha. Eu precisava de um tempo para respirar, tinha coisa demais acontecendo. Pessoas desconhecidas, Simon Cowell e agora a lembrança de Danny.

Com isso, as recordações do quão estúpida e orgulhosa eu era. Havia feito ele desistir de mim.

Não vou chorar, não vou chorar...

Repeti isso como um mantra e trinquei os dentes. Já havia ficado emocionada vezes demais para uma simples ceia de natal. Obrigada, papai Noel! Desejo tudo em dobro pra você!

O frio da noite me atingia com força, fazendo-me cruzar os braços e me arrastar pela rua. Estava vazia, como Harry previra.

Harold... Como se não bastasse todos os tipos de emoções que eu enfrentava, ele ainda conseguia fazer meu estômago se contorcer ao cantar comigo.

Não era culpa dele. Mas mesmo assim...

Oh, droga!

Forcei minhas pernas a marchar com força rumo a qualquer lugar longe dali. Infelizmente, escutei passos me seguindo.

Quem era o imbecil que me seguia? Por que ninguém entendia minha vontade – e necessidade – de ficar só por um momento?

– Alice... – A voz de Simon Cowell soou atrás de mim.

Tive o ímpeto de correr. Muito. Pra bem longe. Mas parecia que quanto mais fugia dele, mais o mesmo se aproximava de mim.

Ah, as armadilhas de hoje em dia...

Reunindo toda a coragem que eu não tinha e nunca iria ter, vir-me-ei em sua direção.

Caminhando com as mãos no bolso, Simon sorriu para mim.

Coisa boa não viria.





















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Notas finais do capítulo

E aí, leitoras mais lindas do mundo?????
O que acharam? Ainda não foi dessa vez que eles se beijaram, né? Harry tá começando a se ligar que sempre foi apaixonado pela Ally!
E o que o Simon quer com ela, hein??????
Desculpe pelo sumiço, prometo não fazer mais isso!
BEIJOS E COMENTEMMMMMMMMMMM!



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