A Filha Do Chefe escrita por conselheira


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAAAAAAAAA, TIGRESAS! RAWWWWWWWWWWWWWR
Ok, passada minha entradinha tosca, preciso falar pra vocês uma coisa:
A partir do próximo capítulo, colocarei vídeos de músicas, tipo o que fiz com Girlfriend no cap 9!
Então, a maioria serão de uma garota chamada Madilyn, porque acho a voz dela perfeita ♥ MAS ENTENDAM QUE ELA NÃO É A ALICE, NEM A IMAGEM DA ALICE!
A imagem da Alice é pessoal de cada uma de vocês, eu apenas a descrevo. A Alice só terá a VOZ da Madilyn, ok, ok!
ACHO QUE ESTAMOS ENTENDIDAS! BOA LEITURA!
E MAIS UMA COISA: TO DE FÉRIAAAAAAAAAAAAAAAAAS, UHULLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL



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CAPÍTULO ONZE


POV NARRADOR

A mãe de Harry sorriu e respirou aliviada ao ver o filho e Alice voltarem para casa na hora do almoço - e de mãos dadas.    

Anne não tinha visto Allie chegar em casa na noite anterior, mas fora surpreendida por uma versão completamente acabada de seu filho. Seus instintos maternais queriam abraçá-lo e dizer que tudo terminaria bem.   

Todavia, ficou parada, olhando-o por uma brecha da porta de seu quarto. Harry raramente ficava abatido com alguma coisa. E, se estava daquele jeito, só poderia haver um motivo: Alice Cowell.   

Anne se perguntava o porquê dos dois ainda não estarem juntos do modo certo. No começo, quando Harry ainda era uma criança, ela se divertia com a idolatria do filho pela garota loira que atuava como Annabeth em Percy Jackson. Entretanto, depois de conhecer a moça pessoalmente, sabia que qualquer um se encantaria com a mesma.    

Principalmente seu Harry. Sim, era impossível não notar o jeito diferente de Harold olhar para Alice. Talvez nenhum dos dois visse coisa alguma, uma vez que a loira estava perdida em seus próprios conflitos e seu filho em coisas superficiais como noites e bebida.    

Mas ela via. Anne conseguia captar rápido, era perceptiva. Por isso, já brincava com Robin, seu marido, sobre tratar direito sua nora.    

Ele, por sua vez, ria da esposa e pedia calma, dizendo que as coisas aconteceriam no tempo certo.    

Para Anne, não existia mais "momento certo". O filho sempre fora perdidamente apaixonado por Alice. Ah, como formavam um casal bonito! Apesar de ser uma mãe zelosa, ela devia admitir que Harry ficava incrivelmente feliz quando a melhor amiga estava por perto e não havia preço melhor a ser pago.    

- Oi, mãe! - Escutou seu garoto a cumprimentar, já dentro da sala de estar e com Alice em seu encalço.   

Ambos tinham o maior sorriso do mundo na face.    

- Harry, Alice - retribuíu o cumprimento e baixou o tom de voz em seguida. - Não falem muito alto, Gemma chegou tarde e deve estar descansando. Ela deve ter boas histórias para nos contar hoje!    

Harold gargalhou.   

- Senhora Styles, cada vez mais impossível! - Exclamou, arrancando risos da própria mãe e de Allie.   

(...)   

Anne sorriu para a caixinha que carregava consigo. Queria devolvê-la a Harry, mas só o faria em grande estilo: com um embrulho estonteante.    

Robin havia concordado em ajudá-la com seu plano: ele passaria a tarde distraindo Alice, Harry e Gemma, enquanto Anne resolvia suas coisas.   

Bem, diga-se de passagem: coisas de natal. A senhora Styles compraria os presentes de todos, enfeites de natal, comida natalina e fecharia com chave de ouro ao enfeitar algo que queria devolver para seu filho.   

Ela sabia que Harry ficaria feliz com isso. Era o que esperava.    

Sorriu, lembrando-se do dia em que havia comprado o objeto dentro da caixa.


   FLASHBACK ON

- Mãe, mãe, olha isso! - Harold repetia sem parar. Estava perto do natal e Anne se perguntava se tinha mesmo feito uma boa escolha ao trazer o filho de treze anos consigo para fazer as compras natalinas.    

O natal em família dos Styles era uma tradição que, após a morte da mãe de Anne, ficara sendo comemorada em sua casa. Os parentes vinham de toda Inglaterra.    

- O que foi, Harry? - Anne perguntou ao filho, tocando em seus cachos castanhos.   

Os olhos de Harold brilhavam para um par de alianças de algum material falso, feito especialmente para crianças. Eram alianças de brinquedo dos... X-men. É, era isso.    

- Você quer, meu amor? Não sabia que gostava de X-men - disse ao filho, sorrindo.   

Harry deu um pulo, arrastando a mãe para dentro da loja enquanto falava:   

- Eu gosto muito! Mas quero dar pra a Alice - resumiu, deixando Anne atônita.  

 A senhora Styles não sabia mais o que fazer para tirar da cabeça de Harold aquela ideia maluca de que um dia estaria com Alice Cowell.    

Mesmo assim, comprou o presente para o filho, descobrindo que as "alianças" eram, na realidade, um par de anéis que representavam algum tipo de "poder" em um dos episódios de X-men.    

Riu disso e da cara animada que Harold fazia. 


   FLASHBACK OFF

Anne deixou os anéis em uma loja de sua confiança, para que dessem um jeito de deixá-los mais largos, com as medidas de Harry e Alice. Ela havia pego - com constrangimento - um dos anéis da atriz para conseguir fazer aquilo sem erros.   

Logo devolveria o anel, sem mais problemas. 

(...)

Harry ouviu um rangido proveniente da sala de estar e deixou Robin, Gemma e Allie em uma conversa agradável na cozinha enquanto verificava o que fora aquilo.   

Encontrou a mãe lotada de sacolas tentando dar um jeito de carregar tudo de uma só vez. Não pôde deixar de rir.    

- Eu te ajudo - disse, puxando algumas sacolas para si mesmo.   

Anne sorriu para ele. O plano estava dando certo. Harry agora a seguiria até seu quarto, onde poderia dar para ele seu presente de natal - sem olhares suspeitos.   

Ao arranjar lugar para todos os presentes e compras da mãe, Harry já se retirava do quarto, quando ouviu Anne falar:   

- Filho, tenho algo para você.   

Surpreso, Harold fitou a mãe, sem entender muito bem. Ainda faltavam alguns dias para o natal e Anne era o tipo de pessoa que adorava tradições: ela nunca deixaria alguém abrir os presentes antes da data certa.    

A senhora Styles se aproximou do filho com uma caixinha de veludo nas mãos. Harry a fitava, extremamente confuso.    

- Lembra do dia que me fez comprar um par de anéis? Você tinha treze anos e estava perto do natal - começou a explicar para o filho.   

Harold pensou por um instante e a lembrança do dia frio em que ele fora às compras com a mãe veio em um piscar de olhos. Riu, um pouco constrangido com a memória e passou a mão por seus cachos castanhos.    

- Sim, mãe - afirmou.   

Sorrindo para o filho, Anne abriu com delicadeza a pequena caixa e logo um par de anéis infantis e brilhosos apareceram. Espantado, Styles abriu a boca e não a fechou mais.   

- Queria fazer essa surpresa e estou odiando mostrar antes do natal... - A mãe de Harold continuou. - Mas acho que você tem que entregar isso para... Uma pessoa - sorriu com malícia.   

Anne estava adorando saber que seu garotinho havia crescido e ainda assim precisava dela.    

Harold baixou os olhos.   

- Mãe, isso é um tipo de brinquedo, não sei se a Alice vai...    

- Shiu - interrompeu o filho, fechando a caixa. - Alice Cowell tem tudo, Harry. Por isso, acredito que ela deve valorizar mais coisas sentimentais, como esses anéis de brinquedo aqui - balançou a delicada caixa de veludo - do que qualquer outra coisa que o dinheiro possa comprar.    

Harry continuou a fitar sua mãe, abismado. Anne Styles era a mulher mais sábia de todo o mundo! A ideia de Alice sorrindo com algo tão bobo quanto aquelas alianças dos X-men fez Harold sorrir. Ele pretendia colocar uma delas no dedo da atriz, quando criança. E lembrar disso fez seu estômago embrulhar.    

Tudo bem, ele era só uma criança boba quando o episódio acontecera. Mas a dúvida também corroía seu cérebro... Será mesmo que Alice Cowell gostaria de ganhar um presente tão infantil quanto aquele?    

- São alianças, mãe - Harry corrigiu, dando um meio sorriso. - E obrigada, acho que vou tentar. Mas se me encontrar morto ou em algum hospital no dia seguinte... É tudo culpa da Alice! - Gargalhou.   

Anne acompanhou o filho até a porta de saída do quarto, rindo como ele. O modo como Alice ficava com as provocações de Harold sobre relacionamento sério e casamento era hilário. O mundo todo ria disso.    

- Não se preocupe, querido. Meu sexto sentido feminino nunca erra - disse com presunção.    

Harry abraçou a mãe alegremente e em seguida se dirigiu para seu quarto com o objetivo de esconder a caixa de veludo até a ceia de natal.    

A senhora Styles, por sua vez, continuou a encarar o corredor com um sorriso no rosto. Harry não havia entendido o outro sentido da frase... Não era só sobre presentes que Anne estava certa.    

Sobre ele e Alice também. 

(...)

Dias depois... 24 de dezembro.   

Os dias de Alice na casa dos Styles estavam contados: ela e Harry iriam embora dia 26, pela manhã.    

Observando Gemma decidir a roupa que usaria à noite, durante a ceia de natal, ela sentia um aperto no coração. Sentiria saudade daquele ambiente familiar, de Gemma, Anne e Robin. Por outro lado, estava inquieta por sentir falta de Megan e dos outros garotos da One Direction.   

Não haviam se falado desde que viajara.    

Alice sabia que poderia ligar para Megan ou qualquer um dos garotos e contar tudo o que estava acontecendo, mas decidiu se dedicar aos Styles durante os dez dias. Eles mereciam.    

Além do mais, logo mais todos estariam reunidos para o ano novo. Seria incrível!   

Também havia medo no coração de Alice. Ela se tornava uma covarde quando o assunto era encarar Simon Cowell durante uma noite toda. Mas, por Luce e Beckie, que também viriam, ela sabia que o faria sem pestanejar.    

Sorriu ao lembrar de sua pequena meia-irmã. Teria que se controlar para não apertar muito Beckie de tanta saudade!    

- Allie, tudo bem? - A loira ouviu a voz de Gemma soar.   

A amiga a encarava, parecendo preocupada.   

- Ah, sim, estou ótima - sorriu, livrando-se de seus pensamentos. - O que estava dizendo? Acho que me distraí - admitiu, envergonhada com isso.    

Gemma respirou aliviada. Não gostava de ver Alice aflita, ainda mais quando sabia que em parte a culpa era de sua família. Apesar de achar Simon Cowell um homem extremamente educado e simpático, Gemma odiava pensar que convidá-lo para a ceia de natal de sua família estava deixando Alice mal.    

Perto dali, a família Cowell acomodava suas coisas na casa alugada. Passariam três dias em Cheshire e logo após partiriam.    

Luce estava preocupada com o marido. Simon não dormia bem há dias e andava muito nervoso. Ela sabia o porquê disso.    

Abraçou o marido por trás e beijou seu ombro, tentando fazer com que o mesmo relaxasse. Beckie brincava com a boneca que havia ganhado de natal - adiantado! - dos pais.    

Todos estavam reunidos na sala de estar, arrumando as coisas. Sorriu para o modo como eles eram ótimos no quesito "família". Só havia uma pessoa faltando ali...    

Suspirou.    

- Eu estava pensando nela, Luce... - Ouviu Simon murmurar no mesmo instante em que se virava para encarar a esposa.   

Luce sorriu.    

- Eu sei, querido - tocou com gentileza o rosto do marido. Ele tinha o semblante preocupado.    

- Todas as noites, Luce, você sabe! Eu espero há tanto tempo para vê-la de novo que não sei se aguentarei... Eu...  - Suspirou. - De alguma forma, queria deixar todo esse plano de me aproximar aos poucos pra lá e correr até Alice para colocar pra fora tudo o que venho guardando há tanto tempo.    

A senhora Cowell assentiu, encarando o marido com gentileza. Ela, mais do que ninguém, sabia a dor que Simon carregava.    

- Seja um pouco mais paciente, querido. As feridas de Alice são muito profundas e, mais do que isso, sua maneira de viver. Allie precisa conhecer a si própria e reconhecer que não quer isso para si mesma. Ninguém pode quebrar essas barreiras há não ser ela, meu amor - disse com cautela.   

Luce era sincera. Não podia simplesmente dizer ao marido que ele não errara e que Alice voltaria ao normal em cinco minutos. Mas, por outro lado, Luce Cowell era uma pessoa amável e se preocupava com os sentimentos de todos, principalmente os de Simon. Então, por esse motivo, nunca despejaria a verdade de modo grosseiro e estúpido.    

- Eu sei, querida - Simon assentiu, derrotado. - É frustrante saber que você e Jimmy entendem mais da minha própria filha do que eu - comentou.   

A esposa sorriu, tentando fazê-lo se sentir melhor.   

- Não se preocupe, logo Alice estará aqui conosco. Só não vire um pai coruja! Pelo amor de Deus, não vou aguentar e terei que acobertar todas as saídas da Allie - brincou.    

Simon abraçou a mulher, mais confortável. Ele a amava tanto!    

Tinha o casamento perfeito, uma filha caçula fantástica e sucesso em sua carreira. Todavia, a coisa que mais queria ainda não era possível: sua filha mais velha de volta.    

Ele não conseguia se conformar. Queria pelo menos ter um pouquinho de sua Allie, ainda mais por ser natal. O clima natalino deveria derreter um pouco a mágoa de sua filha. Só um pouco e Simon não conseguiria pensar em um presente de natal melhor.   

Em sua mente, uma ideia começava a surgir. Simon já sabia como dar um jeito de ter a atenção da filha - nem que fosse por um instante - à noite.   

Sorrindo, resolveu ligar para Jimmy, pedir sua opinião e, se possível, deixar tudo certo para seu plano. 

(...) 

Alice encarava a tela de seu notebook, esperando a resposta de Megan. Não estava mais aguentando aquela sensação ruim. Era sempre assim quando ela tinha que se preparar para mais um encontro - desagradável - com seu pai. 

Sabia que tinha Gemma e Harry dispostos a escutá-la, bem mais perto e acessíveis que Meg (com a qual estava numa videoconferência), mas quando o assunto era Simon Cowell e o mesmo tinha sido convidado pelos próprios Styles... Não parecia educado colocá-los nessa situação. Alice não queria causar constrangimento. 

   - Voltei! - Meg berrou, dando um susto na atriz.

   - Ai, Megan! - Alice exclamou, rindo da amiga, que agora havia finalmente achado o Iphone que jurava ter perdido há um segundo (motivo para estarem numa videoconferência e não conversando por mensagens ou ligação). 

   Alice já tinha contado para Megan sobre como estava se sentindo aflita só de pensar em seu pai, ali, na casa dos Styles e, ainda mais, passando o natal com ela. 

    - Continuando, Meg... - Allie mordeu o lábio. - Não sei nem como devo agir. Já passei alguns natais com ele, mas era diferente. Éramos só eu, minha madrasta e Beckie além de Simon, o que significava que eu não teria que fingir simpatia ou qualquer outra coisa assim - explicou. 

   Megan pensou um pouco antes de retrucar:

   - Hum... Acho que você deve ser simpática e distante. Sabe, tipo a personagem que você mais ama imitar: Alice Cowell - zombou de Allie, que por sua vez fez uma careta. - Ei, é sério! Assim os outros parentes de Harry não ficarão chocados com a relação familiar dos Cowell e você se manterá em uma distância segura. 

   Alice suspirou e balançou a cabeça positivamente. Sim, era o melhor a se fazer. Ela não estragaria o natal dos Styles criando um clima chato. 

   - Então, tudo bem, está feito. Ser simpática e distante com Simon. E o resto das pessoas? São parentes do Harry! - Ela perguntou com um tom de desespero na voz.

   Meg riu daquilo. Uma pessoa pública, que já havia cantado para mais de cinquenta mil pessoas em um estádio, com medo dos parentes do melhor amigo? 

   - Com o resto das pessoas você age normalmente, Allie! - Ela disse, depois lembrando-se de algo que precisa perguntar para a amiga. - E como vai aquela dúvida que estava assombrando sua mente pura e angelical? 

   Alice congelou. Depois, com um suspiro, contou para Megan tudo o que havia acontecido no dia em que conseguira se soltar com um desconhecido.

   Megan bufou e repetiu umas mil vezes algo sobre "você deveria cobrar a Harry um belo preço por essa idiotice que ele fez. Podia ser algo relacionado a cama, beijos e...", que Allie fez questão de ignorar. 

   Depois de um tempo, começaram a conversar sobre outras coisas e contar novidades para matar a saudade. Nunca haviam passado tanto tempo longe uma da outra. 

    Foi Meg quem tocou no assunto "natal" de novo. Mas com outra intenção. Digamos que uma... Com a cara dela.

   - Eu estava pensando, Allie... - Fez uma careta misteriosa. - Se Harry acabou com seu lance com o desconhecido, nada mais justo do que você caçar uns priminhos dele hoje - sorriu maliciosamente. 

   Alice levou a mão à cabeça, sem saber se xingava a amiga ou ria. 

   - Bom ouvir isso de você, Megan. - Alice escutou a voz masculina soar e um barulho de porta sendo batida com força.

   Não precisou olhar para saber que era Harry quem estava ali, caminhando até ela. 

   Meg, sem se abater pela invasão de privacidade, deu um sorrisinho safado.

ALICE POV


   - Ou... Você pode pagar o preço, Harry - sugeriu, piscando para nós dois.

   Abri a boca e a fechei.

   - Megan... - Bufei alto.

   Harry gargalhou.

   - Continue, Meg, estou voltando a gostar de você - disse.

   Bufei mais uma vez, fuzilando os dois com o olhar.

   - Sabe, Allie está toda nervosinha com a ceia de natal, e eu realmente acho que você, como melhor amigo, poderia dar uma ajudinha - prolongou a última palavra. Escutamos um grito e Meggie revirou os olhos. - Bom, essa é a minha deixa. Feliz natal! E... - Sorriu perversamente. - Usem camisinha!

   Eu ia xingá-la, mas a idiota desligou a videoconferência no mesmo instante.

   - Odeio a Megan! - Exclamei, fula da vida.

   Harry não me respondeu e, estranhando isso, fechei o notebook sem desligá-lo e saltei da cadeira em que estava sentada. 

   Styles havia se jogado em minha cama - temporária.

   - Folgado! - Reclamei, tentando puxar seu braço para tirá-lo dali.

   Meu melhor amigo nem ao menos se mexeu. Estranhando, subi na cama e o encarei. 

   Oh, Deus! Harry havia desmaiado!

   - Harry? Tá tudo bem? - Indaguei desesperada, tentando o abanar com as duas mãos. - Fala comigo! 

   Nenhum movimento. Nada.

   - Harry, é sério, se você não se levantar em três segundos vou jogar água em você! - Ameacei.

   Mais uma vez não obtive respostas. Aquilo estava me deixando mais nervosa do que antes e eu mal sabia o que fazer.

   - Ai meu Deus... O que faço? - Murmurei, tentando lembrar de qualquer coisa que me ajudasse naquele momento.

   Decidi encarar Harry mais de perto, para verificar como estava sua situação.

   Quando o fiz, senti um par de braços me agarrar com força e ouvi a risada de Styles ecoar pelo quarto.

   - Você é um homem morto - sibilei, morrendo de raiva e alívio ao mesmo tempo.

   Harry gargalhou e virou-se em minha direção. Seus braços ainda me seguravam com firmeza, de modo que eu não poderia sair dali. Tão perigosamente perto... De levar um tapa para aprender a não tentar me matar com aqueles sustos!

   - Eu achava que você não iria querer ser viúva tão cedo - ele disse, provocando-me.

   Revirei os olhos e bufei, fazendo Harry rir mais ainda. Permaneci calada depois disso, esperando ele me soltar.

   Mas Harold não o fez. Apenas ficou ali, fitando-me. Acabei fazendo o mesmo. 

   Harry me encarava com intensidade. O par de olhos verdes brilhavam de uma maneira especial e eu intuitivamente comparei com o estado dos mesmos no dia que brigamos. Estavam tão mais bonitos agora! 

   - Allie, eu... - Ele fez uma pausa. - Tenho algo pra te dar mais tarde. Prometa que não vai rir - pediu, um pouco nervoso.

   Foi minha vez de gargalhar.

   - Ei! Eu nem te dei o presente e já está descumprindo o acordo? - Reclamou.

   Balancei a cabeça, como se ele fosse de outro mundo. E, bem, talvez fosse. Harold tinha olhos bonitos demais para pertencerem a um ser humano qualquer. 

   Retiro o que disse. Harry nunca seria um qualquer. Não para mim.

   - Ei, tudo bem, só ri do seu nervosismo. - Expliquei, sorrindo para ele. - Eu prometo que não vou rir!

   Harry retribuíu meu sorriso com um maior e mais bonito. 

   - Ótimo. Agora... Preciso ir. Sabe, me arrumar, e acho que você deveria fazer o mesmo. Daqui a um tempo meus parentes já deverão estar chegando e não quero apresentar minha noiva de pijama - olhou-me ironicamente.

   Revirei os olhos. Era legal ficar de pijama, principalmente porque são muito confortáveis! 

   E... Espera aí.

   - EU NÃO SOU O LOUIS! NÃO ME ENCHE O SACO! - Retorqui, já irritada com aquilo, repetindo mentalmente "não quero relacionamento sério, não quero relacionamento sério...". 

   Comecei a expulsar Harry com tapas do quarto e estava dando certo até o mesmo virar-se de repente e me envolver com seus braços novamente.

   - Eu quero fazer uma coisa antes de ir embora - pediu.

   Revirei os olhos, pronta para fechar a porta em sua cara.

   - Anda, Harold, não tenho todo tempo do mun- fui interrompida.

   Harry aproximou seu rosto do meu, encostando nossos narizes. Parei de respirar, chocada com seu ato. Então, ele desceu lentamente até meu pescoço, causando uma onda de arrepios no local. Ficou um tempo lá, até que, do nada, aspirou meu cheiro e voltou a me encarar, dessa vez com um sorriso nos lábios. 

   - Pronto, assim posso pelo menos fingir estar em casa enquanto você não está comigo - disse, deixando-me atônita e começou a caminhar em direção ao seu quarto. - E... Allie. - Chamou.

   Continuei o encarando.

   - Eu também me sinto em casa quando me abraça e... Seu cheiro é o melhor de todos - sorriu. - Doce com algum toque de primavera. - Terminou, abrindo a porta de seu quarto e o adentrando.

   Suspirei, atônita e surpresa com tudo o que acabara de ocorrer. Mas era uma sensação boa. 

   Surpresa, adrenalina e um estômago agitado demais para quem estava bem alimentada.

   Deus, Harry era maluco! E eu, por estar tão atingida assim, também.

   
         



                     
   
      



   




   



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Notas finais do capítulo

Hey girls! Pra quem não leu as notas iniciais: LEIA AGORA. Segundo: quero os reviews das leitoras mais lindas do mundo contando o que acharam do cap! Terceiro: também to aceitando recomendação heheheheheheheh
QUARTO: ME CONTEM OQ ACHARAM!
Sério, porque esse capítulo não foi tão "omg, omg!" quanto os dois últimos, então to meio que... Estranhando ele. Mas não se preocupem, logo a história volta a pegar fogo!
LEMBREM: ESTOU DE FÉRIAS E CABEÇA VAZIA É... ESQUECI. MAS BORA LÁ!



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