A Filha Do Chefe escrita por conselheira


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: AnnaBiahCullen sua linda, diva, maravilhosa,OBRIGADÃO PELA RECOMENDAÇÃO (que rima tosca, rsrsrs, é porque to feliz!)
Sério, acho que pareci uma retardada quando vi que tinha uma recomendação nova, sai pulando pelo quarto UHUUUUL KKKKKKKKKKKKKK
Agora, gostaria de agradecer a:
We are all going 1 direction
Carol C
vivilam16
NocasLuisa (LEIAM A FANFIC DELA: YOU ONLY LIVE ONCE!!!!!! JÁ, AGORA, NOW, VAI!)
Larissa dos Anjos
Cris
AnnaBiahCullen (de novo! Hihihi)
Doritons Lover
MarinaBecker22
Lilian Luna Tomlinson
Lost in Stereo
belaliz
Tatachan
Um beijo no coração de todas, obrigada por estarem do meu lado, mandando esses reviews maravilhosos que eu AMO. Por causa de VOCêS, to aqui bem melhor, recuperada E FELIZ.
Vocês são um bando de anjos que Deus trouxe pra mim.
Aproveitem a leitura e nos encontramos lá em baixo!



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CAPÍTULO DEZ


   ALICE POV

Ao acordar, abri os olhos e instantaneamente me arrependi de ter feito isso. Harold me encarava, em pé, ao lado da cama.    

Suspirei, cansada. Havia demorado séculos para conseguir dormir durante a noite passada - por sua causa - e agora ele simplesmente aparecia ali, invadindo o quarto de hóspedes e me obrigando a fitá-lo.    

- Bom dia - ele me cumprimentou, sorrindo. Mas havia algo de errado com seus olhos. Parecia cansado e abatido.   

Não o respondi. Apenas fechei os olhos novamente e cobri meu rosto com o lençol. Não era hora para ter "peninha" de Harold.   

- Tudo bem, eu acho que mereço isso - murmurou.    

Mais uma vez, não me mexi. Ainda estava muito magoada com ele.    

- Alice... Eu realmente quero te pedir desculpas, mas pra isso você tem que parar de me ignorar - comentou.   

Bufei, ainda com o rosto coberto pelo lençol de algodão.   

- Eu quero dormir, Harold - falei secamente.    

Escutei um suspiro e quase comemorei mentalmente a saída de Styles. Quase. Infelizmente, Harold não havia desistido, apenas mudado de tática.   

Ele sentou-se na cama, perto de mim.    

- Por favor, eu sei que está magoada comigo - ele murmurou baixo. - Mas... Olha pra mim. Pelo menos isso - suplicou.    

Não o fiz. Eu sabia que ele estava triste, estava claro pelo seu tom de voz, mas se Harold havia demonstrado ser um panaca egoísta na noite anterior e agora tentava me confundir com a versão fofa, a culpa era totalmente dele. Eu não queria conversar.   

- Tudo bem, eu desisto - tornou, em um tom decepcionado. - E me desculpe - repetiu.   

Logo escutei passos saindo do quarto de hóspedes e respirei aliviada, tirando o lençol que antes cobria minha face.   

Aquela merda me deixava sem ar!   

Troquei de lado algumas vezes, tentando - inutilmente - voltar a dormir, mas não consegui. Bufando, decidi fazer minha higiene matinal.   

Confesso não ter ficado surpresa ao notar o par de olheiras que ganhei com toda a bagunça que a noite anterior havia sido.   

Obrigada, Harold.

(...)

Depois de fazer minha higiene matinal e esconder minhas olheiras com corretivo, decidi vestir algo e comer qualquer coisa. Eu não ia ganhar nada me comportando como uma bebê e fazendo greve de fome ou outra coisa do tipo.    

Optei por um vestido florido, sapatilhas e um casaco branco de lã, que ficaria aberto. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Não estava com humor para deixá-lo solto.    

Ao abrir a porta do quarto, senti uma sensação estranha.    

"Alguém está me vigiando", pensei instintivamente, "ah, deixa pra lá! Acho que devo estar ficando louca", completei.   

Vi que ainda estava parada segurando a maçaneta da porta e, após balançar a cabeça no intuito de afastar meus pensamentos, fechei a mesma e respirei fundo.   

Styles estava acordado e em qualquer cômodo daquela casa. Uma hora ou outra nossos caminhos iam se chocar. Só me restava torcer para que isso não acontecesse logo.    

Infelizmente, talvez eu não seja muito digna de sorte.    

Bastou dar mais alguns passos: o idiota não só apareceu, como não me deixou falar nada e me colocou em seu colo, arrastando-me para fora da casa dos Styles.    

Ele ignorou meus inúmeros protestos. E isso inclui meus tapas e chutes, que estavam ficando vermelhos nele. Ok, de alguma forma ele não estava reclamando sobre aquilo, mas eu tinha certeza de que tinha doído.    

- ME SOLTA, QUE SACO! POR QUE VOCÊ SEMPRE FAZ ISSO? - Berrei, não vendo para onde estava sendo levada.   

- Dessa vez, é para o nosso bem. Você vai entender daqui a pouco - murmurou misteriosamente.    

Permaneci calada. Não para me comportar bem, mas só pelo fato de não querer falar absolutamente nada com aquele cara que me carregava.    

Eu odiava aquela mania que Harry tinha de me arrastar para os lugares em seu colo. E ele parecia adorar, se divertindo com minha raiva - geralmente.   

Hoje, o semblante de Harold não era o mesmo. Ele estava decidido a fazer alguma coisa e ao mesmo tempo cansado e triste. Sua face possuía olheiras maiores que as minhas e seus olhos não tinham brilho algum.   

Dane-se! Eu sempre me rendia a ele para deixá-lo feliz. Mas hoje não seria assim. Ele não estava merecendo!    

- Vou te colocar no chão, mas se você sequer pensar em sair correndo... - O par de olhos verde-azulados me encararam com intensidade pela primeira vez desde que tinhamos brigado. - Saiba desde já que eu alcanço você em segundos e depois a trancarei no primeiro quarto que vir. Não tente dar uma de espertinha - completou, quebrando nosso contato visual em seguida.   

Bufei. Harold me colocou no chão com gentileza e em seguida entrelaçou seus dedos nos meus.    

O encarei, chocada. Por que ele estava fazendo aquilo?   

- Estou te segurando - disse, apertando um pouco minha mão.   

Aquilo fez meu estômago embrulhar. Como Harry conseguia responder coisas que eu não falava em voz alta?   

Caminhamos por mais alguns minutos, em silêncio. Eu continuava sem querer falar com ele e Harold não se atrevia a tentar conversar comigo.   

Entretanto, eu podia sentir seu polegar fazer movimentos circulares na minha mão. E era bom. Eu não queria me render a ele, mas, droga! Os dedos dele se encaixavam de uma forma sinistramente particular e confortável entre os meus. Era como se fossem moldados para estar assim.    

"Mas não são", tentei me convencer repetindo isso mil vezes mentalmente, como se fosse um mantra.    

Não deu certo.   

- Ah, estamos perto - ele comentou.   

Olhei ao redor e me perguntei por quanto tempo estive distraída. Harry e eu agora estávamos em um grande parque coberto pela natureza, cheio de banquinhos e brinquedos de criança. Havia uma boa quantidade de pessoas ali.    

- Por que estamos aqui? - Finalmente falei. - E, Styles, tem muitas pessoas! Qualquer um pode nos reconhecer - alertei com nervosismo.   

Harold me encarou por um tempo, como se estivesse surpreso pelo fato de que eu finalmente havia falado com ele. Revirei os olhos, encarando qualquer coisa que não fosse o mesmo. Só havia perguntado algo a ele por pura curiosidade.    

- Só confie em mim - pediu, ainda me fitando.    

Não o encarei de volta. Eu não era forte o bastante para fazer aquilo sem começar a chorar como uma criancinha e fazer ele me pedir desculpas por pressão.    

Então, bem, fiquei calada. E ele tomou minha resposta como um sim, por mais que eu não soubesse o que era.   

Harold me arrastou rumo a parte mais vegetal do parque, onde árvores cintilantes e gigantes ficavam. Uma grama verde e alguns indivíduos fazendo piquinique também estavam por lá, mas os últimos pareciam alheios a qualquer coisa em volta. Isso era bom.   

Continuamos a caminhar. Como eu sempre estava atrás de Styles, amaldiçoei a mim mesma mil vezes por só ter notado depois de um século a mochila que ele carregava. Eu esperava que ele não estivesse pensando que me levar para um piquinique e me entupir de comida fosse fazer qualquer efeito sobre minha raiva.    

Harold parou de repente e virou-se no mesmo instante para me encarar. Como eu estava muito retardada e lerda - talvez pelo sono interrompido -, não o vi parado até me chocar de encontro com o mesmo e quase levar uma bela queda. Não doeria tanto assim, porque a grama parecia bem fofa, toda grande e verde daquele jeito.    

Então, voltando ao assunto, eu não cai: porque Styles me segurou. E agora estávamos frente a frente, suas mãos em minha cintura e seus olhos nos meus.    

Por um segundo, eu esqueci que estava com raiva dele. Harold parecia tão absorto - e retardado - quanto eu, então acho que mal notamos quando nossos rostos se aproximaram, fazendo nossos narizes quase encostarem.    

Quando voltei a pensar, rapidamente fiz um movimento para tentar me soltar de Styles, mas ele não ajudou. Segurou-me com firmeza e, dessa vez, abraçou-me com força.   

Ah, merda, eu estava com saudade dele e louca para retribuir ao abraço. Ele era meu melhor amigo, não é? Eu sentira falta!   

Senti Harold tremer um pouco e algo molhar meu casaco.   

Empurrei-o abismada e o fiz me encarar imediatamente. Ainda escorriam algumas lágrimas e seus olhos ameaçavam se tornar completamente vermelhos à qualquer instante.   

- Harry, você está... - Arfei.   

- Cala a boca, Cowell - me interrompeu, secando as lágrimas em seu próprio casaco (que também era de lã, olá destino!) vinho.    

Bufei, chateada. Por um instante eu me preocupara com ele e como recompensa havia recebido um fora. Ótimo.    

Obrigada de novo, Styles.   

Senti sua mão tocar a minha e seus dedos entrelaçados com os meus mais uma vez. Eu ia protestar, mas Harry e sua mediunidade louca foram mais rápidos e previram meu ato:   

- Desculpe. Só preciso que fique um pouquinho quieta, quero te mostrar algo - murmurou, com a voz ainda alterada pelo choro recente.   

- Seja rápido, Styles - falei secamente.   

Sim, a raiva havia voltado.    

- Está vendo a terceira árvore à esquerda? - Indagou-me.   

Visualizei um trio de árvores medianas e saudáveis. Eram bonitas. Balancei a cabeça positivamente.   

- Dê uma olhada nela e me diga o que tem lá - pediu.   

Dei de ombros. Queria me livrar logo daquilo e Harold não me deixaria ir embora sem fazer seus gostos.   

Marchei até o trio de árvores e minha atenção foi capturada por um nome - quase apagado - cortado no caule da primeira.    

Harry's tree (Árvore do Harry).   

Não resisti: toquei o nome do meu melhor amigo e virei-me para encará-lo.   

- O que seu nome faz aqui? - Indaguei, curiosa.   

Harold fez uma careta.   

- Você errou a árvore - comentou, caminhando até mim. - Mas tudo bem. Quando morava aqui, era nesse local que passava minhas tardes.    

Sorri, ainda tocando as palavras cortadas no caule da árvore.   

- Então um dos hobbies do Harry de Cheshire era cortar pobres árvores inocentes - alfinetei, brincando.   

Styles deu de ombros.   

- Na verdade, esse era meu local favorito. Então resolvi deixar alguma marca, para nunca me esquecer. Fiz essa quando tinha uns... Dez anos. É, dez. - Seu semblante era pensativo. - Mas depois cortei novamente aos catorze, já que estava desaparecendo com o tempo.   

Girei meus calcanhares para encará-lo, por vontade própria, pela primeira vez desde nossa briga.   

Harold estava compartilhando comigo seu passado e eu não podia deixar isso passar, por mais ódio que estivesse sentindo.   

E, honestamente, a raiva parecia ter se dissapado só pelo fato de ele estar ali, comigo, e compartilhando seu história de vida.    

Conclusão: Harry confiava em mim.   

Encontrei imediatamente o olhar do mesmo e ele pareceu ficar tímido com isso.    

Harry Styles? Tímido?   

- Eu mandei você ver a terceira árvore, por que não tenta agora? - Sugeriu, quebrando nosso contato visual.   

Ele parecia nervoso.   

- Hum, tudo bem - respondi.   

Caminhei lentamente até alcançar a terceira árvore - cerca de quatro ou cinco passos - e logo avistei a fileira de várias outras que enfeitavam o local.   

Certo, Harold tinha um bom gosto. A parte vegetal do parque era realmente deslumbrante!   

Alcancei a terceira árvore e instantaneamente procurei pelos cortes no caule. Meus olhos arregalaram-se ao perceber o que havia sido escrito ali:

Harry S2 Alice   

E não parecia algo recente. Estava desgastado.    

- Harry... - Murmurei, sem saber o que falar.   

Escutei alguém suspirar atrás de mim.   

- Bem, e é por isso que a trouxe aqui - disse.   

Mais uma vez, virei-me para encará-lo.   

- Quando? - Questionei.   

Ele deu um pequeno sorriso, vendo-me interessada.   

- Quando tinha doze anos. Foi a época que "conheci" você. E, certo... Você pode notar que essa está menos desgastado que o da primeira árvore. - Comentou, corando.   

Eu não estava o reconhecendo. Era muito raro ver Harold com vergonha.    

- Cortava o caule em todos os meus aniversários. E nos seus também - admitiu, ficando mais vermelho ainda. - Quem diria que a própria Alice veria isso algum dia, não é mesmo? - Sorriu.   

E eu retribuí. Sem ter o que falar, apenas abracei-o com força. Porque mesmo que fosse um panaca egoísta, Harry era sincero. Ele se dedicava a mim bem antes de me conhecer.    

- Me desculpe por ontem - ele murmurou. - Eu a trouxe aqui para fazê-la entender que mesmo sendo um babaca e fazendo coisas idiotas, sempre estive com você. Mesmo quando Alice Cowell não sabia da minha existência - disse, me fitando. - Está me entendendo? Essa coisa escrita aqui, Allie - apontou para o caule -, é a mais importante do mundo. Eu estou com você desde os doze anos e você nunca soube. Então, por favor, agora que sabe... Não vá embora. Porque eu não suportaria - completou, dessa vez em um tom mais baixo. - Tê-la deixado sozinha ontem foi um erro.  

Seus olhos nos meus. Era a única coisa que eu notava. Aquele brilho especial tinha voltado aos olhos verde-azulados e eu sorri ao perceber isso.    

Harold me fitava com desespero. Toquei sua face com minha mão direita e ele fechou os olhos, deixando escorrer uma lágrima. A sequei com a esquerda.   

- Você é um idiota - afirmei. - Mas como eu poderia ir embora da sua vida, Harry? Conheço você há menos de um ano e isso já é o suficiente para que se infiltrasse em cada fibra que possuo. - Comentei e em seguida peguei sua mãos. Dessa vez a opção de entrelaçar nossos dedos foi minha. - Está vendo isso? - Apontei para o que havia acabado de fazer. - Se encaixa.    

Ele sorriu, encarando nossas mãos de um jeito bobo.   

- Joe me perguntou uma coisa ontem - murmurei, prendendo a respiração.   

Harold me encarou rapidamente e vi seu semblante escurecer.    

Sem me deixar abalar, continuei:   

- A música que tocava falava alguma coisa sobre voltar pra casa. Ele acabou me perguntando quando eu me sentia em casa, já que sempre tive que estar em vários locais - expliquei, fazendo Harry relaxar um pouco. - Eu respondi: quando estou com meus amigos. Mas você quer realmente saber quando me sinto em casa?    

Harry ergueu as sobrancelhas, curioso, e balançou a cabeça positivamente.   

- Assim - murmurei e o abracei novamente.    F

echei os olhos e senti seu perfume invadir minhas narinas. Eu já havia percebido antes o quanto era bom, mas mesmo assim, de alguma forma, agora parecia melhor.   

(...)


HARRY POV

Eu mal podia falar alguma coisa. Alice estava em meus braços e havia me dito uma das melhores coisas que eu poderia ouvir: ela se sentia em casa quando me abraçava.    

Não sei quanto tempo passamos daquele jeito, mas cedo demais ela se desvencilhou dos meus braços e começou a caminhar.   

Sem entender onde ela queria chegar com aqulo, apenas a segui. Acabei lembrando de um pequeno detalhe ao vê-la congelando diante da fileira de árvores seguintes.   

- É... Eu posso explicar - afirmei rápido demais, fazendo com que ela me encarasse.   

Allie riu, surpreendendo-me.   

- Honestamente, Harold, essa é a coisa mais idiota e fofa que alguém já fez pra mim. - Disse, apontando para as frases cortadas nos caules das árvores.   

Era a mesma, na realidade:   

Harry S2 Alice   

Mordi o lábio, sem querer demonstrar que estava com vergonha. Eu precisava terminar de explicar para ela, mas a droga das palavras custavam a sair.   

Suspirei. Vamos lá, Harry, não seja o idiota da história uma vez na vida.   

- Allie, eu... - Comecei.   

Ela virou-se rapidamente, interrompendo-me:   

- Você tem um canivete? - Perguntou, estacando ao lado de uma árvore.   

Arqueei as sobrancelhas, sem entender mais nada.   

- O que você vai fazer com um canivete? - Perguntei, abismado.   

Alice gargalhou.   

- Você verá - murmurou, fazendo suspense.   

Cruzei os braços.    

- Não, mas posso conseguir um se você me prometer uma coisa - a provoquei.   

Ela sorriu e algo em meu peito pareceu afundar em chocolate quente.    

- Eu prometerei, seja lá o que for, porque confio em você - disse, fitando meus olhos.   

Ah, Alice...   

- Já volto - sussurrei e corri.   

Para casa. Sorrindo. Porque eu lembrara instantaneamente do momento em que Alice falou que se sentia em casa quando estava em meus braços.

(...) 

- Pronto - arfei e apoiei minhas mãos em meus joelhos.   

Estava muito cansado e Alice pagaria cedo ou tarde pelo trajeto que fiz correndo. Ela sorriu, se aproximando de mim e tirando o canivete das minhas mãos.   

Notei que carregava minha mochila.    

Droga, que distraído! Havia jogado a mesma antes de ter que mostrar os caules das árvores a Alice e nem ao menos lembrei disso!   

Peguei a mochila de volta e resolvi montar o piquinique enquanto Alice resolvia sua história com o canivete.    

- Se você se machucar com esse troço, eu juro que te mato - ameacei, fazendo-a rir.   

Sorri, sem encará-la. Eu estava tão feliz por tê-la de volta!   

Joguei a toalha sobre a grama e comecei a depositar toda comida que havia trazido ali. À essa altura, Alice já devia ter notado que estávamos prestes a fazer um piquinique no meu lugar favorito.    

- Ei, Harry, acho que me cortei - ela falou com voz chorosa.   

Instantaneamente parei de distribuir os alimentos sobre a toalha e fui até ela, nervoso.   

- Está doendo? Onde você se cortou? Eu não devia ter trazido esse canivete! - Bufei, com raiva de mim mesmo.   

Ela deu um sorrisinho malicioso e apontou para a árvore:   

- Aqui - disse.   

Pisquei os olhos e me belisquei para ver se não estava sonhando. Eu podia acordar em minha cama, morrendo por dentro porque Alice estava com raiva de mim e não ali, sorrindo e me deixando ver o que havia acabado de escrever com o canivete no caule de uma árvore:   

Harry and Alice. Forever and ever.  

Rapidamente raptei o canivete de suas mãos e cortei um coração logo abaixo. Ela sorriu para mim.   

Peguei sua mão, entrelaçando nossos dedos e vendo que realmente se encaixavam.   

Sorri e a fiz dar uns dois passos até a toalha onde eu havia começado a distribuir a comida.    

- Agora, Cowell, precisamos comer e eu vou guardar essa belezinha aqui - apontei para o canivete. - Era pra estar muito fulo da vida com você pelo susto, mas... - Não terminei.   

Era isso. Eu não conseguia ficar com raiva dela.   

- Cala a boca, Styles, vamos comer - ela disse, pegando um pão e enfiando em minha boca.   

Rimos juntos. Era quase uma piada interna, já que ela havia feito a mesma coisa na manhã anterior. 

(...)

Havíamos acabado o piquinique e guardado as coisas de volta em minha mochila. Agora, estávamos deitados sobre a toalha, pensando em qualquer coisa.   

Lembrei de algo.   

- Quando me pediu o canivete, você disse que prometeria qualquer coisa que eu quisesse - falei, com um sorriso nos lábios.   

Eu sabia o que queria.    

Queria que Alice parasse de pensar que eu a abandonaria e também queria que ela parasse de sair com outros caras.   

Mas eu nunca pediria isso. Poderia irritá-la e... Não sei. É, não sei.    

- O que você quer que eu prometa? - Pediu, virando-se para me encarar.   

Fiz o mesmo e suspirei. O sol estava batendo em seu cabelo e em seus olhos. Ela estava mais linda ainda.    

Ponderei. O que eu queria de Alice? O que eu mais queria?    Soube no mesmo instante.   

- Prometa que, independentemente de qualquer coisa, será sempre assim: eu e você. - Pedi, sorrindo. - Prometa que nunca deixará de ser a minha Allie.   

Ela sorriu.   

- Eu prometo.    

Respirei e deixei uma felicidade que nunca havia sentido antes me inundar.   

- Alice... - Comecei, de repente me dando conta de que se ela havia me prometido algo tão sério quanto nunca me abandonar, eu deveria fazer algo por ela também. - Esqueça o "Plano A". Nunca mais faremos isso.    

- Harry, você não precisa...   

Bufei.   

- Cala a boca, Cowell - disse, puxando-a para mais perto.   

Ela se calou. E eu me perguntei se aquilo não era mesmo um sonho, porque Alice nunca ficaria em silêncio no momento certo. Bem, aquilo era parte do charme.   

Rindo de minha piada sem graça, acomodei melhor Allie e pude sentir seu cheiro. Era uma mistura de primavera e algo doce.   

Senti algo dentro de mim afundar em chocolate quente novamente.   

Pisquei, notando que talvez fosse meu coração.   

Oh, droga, eu não podia estar apaixonado por minha melhor amiga.                      
   
      



   




   


    


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Notas finais do capítulo

Oi gente! Comente, digam o que gostaram!
Pra mim, esse cap ficou mt fofo, e só consegui o escrever hoje, porque melhorei muito. Culpa de vcs! Sério, eu estava mal, deprê, dai comecei a ler os reviews de vcs!
BOM, E FANTASMINHAS, APAREÇAM!!!!!!
A HISTÓRIA É MOVIDA COM REVIEWS!