Quando entro em um dos cômodos do trem vejo que Clove já estava lá junto com Purpire, estavam conversando sobre a capital, na verdade Purpire estava falando com Clove parecendo uma louca de tão animada e a baixinha fuzilava ela apenas respondendo “aham” “hum...” “legal”, eu percebi que por dentro ela estava sonhando para que a nossa treinadora fosse para os jogos para ela ter o prazer de mata-la. O que é uma coisa impossível porque ninguém da capital é selecionado para os jogos. Ela percebeu que eu a olhava com raiva e por algum motivo me achou sedutor, não a culpo, não estou me gabando mais... Ah! Quem eu vou enganar, estou me gabando SIM, mais como eu ia dizendo é impossível uma garota não se sentir atraída por mim, sou forte, musculoso, tenho olhos claros, cabelos lisos e digamos assim, um rosto PERFEITO, na verdade eu sou perfeito, todas me querem. [N/A nem se acha esse Cato hein? Kkkk]

-Uauu! Ai está nosso campeão! – Ela falou sorrindo apontando para uma poltrona ao lado de Clove, para eu sentar.

Clove pigarreou fazendo Purpire acordar do transe, ela ainda estava olhando pra mim sorriso, só que Clove atrapalhou sua concentração, então finalmente falou.

- Bom, eu não vou servir de nada para vocês nos jogos, quem vai ajudar vocês são os treinadores, é claro que vocês já sabem disso, então vou lá no outro vagão chamar eles, ah! Mais é claro que eu vou sempre vou estar presente – Ela falou piscando pra mim, fala serio eu mereço isso?

- Enquanto isso aproveitem e se conheçam melhor –Ela saiu, parecendo um canguru, pulava de felicidade,  o povo da capital é tão idiota.

- Eu mereço! – Clove disse ficando toda destronchada na poltrona, uma maneira bem mais confortável de se sentar.

- Por que não é você que fica recebendo cantadas de uma maluca da capital.  – Eu disse

- Nem um pouco convencido você né? – Ela disse me dando um sorriso sarcástico, cara, ela tem que parar de fazer isso. Assim ela mata o papai aqui.

- Ei, acorda meu filho. – Ela disse estalando os dedos, mais continuei mirando aquele sorriso que eu adorava, percebi que ela começou a ficar vermelha. – Você quer parar de me olhar com essa cara. – Foi ai que eu percebi que estava sorrindo feito um idiota olhando pra ela, do mesmo jeito que Purpire fica olhando pra mim

- Qual o problema não posso de olhar mais não? – Perguntei tentando ficar por cima – E você ficou toda coradinha, quer saber acho que você não é tão diferente da Purpire.

- Primeiro: não, você não pode me olhar, porque eu fico agoniada, não gosto de ninguém me olhando, segundo: eu não fiquei corada e terceiro: como assim eu parecida com a Purpire? Ta pirando garoto? – Ela disse vermelha de raiva.

- As 2 não resistem ao gostosão aqui – Eu disse e Clove não ficou vermelha de raiva ou vergonha dessa vez, ela estava rindo histericamente, estava da cor de um tomate, não estava nem conseguindo repirar direito  ao mesmo tempo tossia e ainda apareceu um soluço no meio disso tudo , estava muito estranho tudo isso, eu nunca vira ela rir de verdade, mais apesar de tudo estava linda, ela era maravilhosa qualquer hora, mais sem sua parte sombria ela era perfeita, EPA, Cato Finnigan que pensamento é esse, Clove é sua inimiga mortal não uma das patricinhas que você pegava no distrito 2. Ela se levantou foi pegar uma água ainda vermelha, foi bebendo gole em gole e respirava profundamente para recuperar o fôlego, ainda soltando leves risos.

- Eu sinceramente nunca imaginei que esse lado seu existia, você me surpreendeu pequena.

- Pequena?- Ela se sentou na poltrona novamente, ainda com o copo na mão. – Desde quando eu te dei autorização pra me chamar assim? – Ela disse franzindo as sobrancelhas.

- Desde quando eu preciso de sua permissão pra fazer alguma coisa. – Eu disse em um tom sarcástico.

Ela simplesmente deu língua e virou, me ignorando, voltando a ser a mesma Clove de antes.