Depois que Finn saiu, Rachel ficou ali com Kurt e Mercedes conversando qualquer assunto que só interessasse a eles. Finn já tinha avisado que provavelmente iria passar mais tempo que o esperado.

Depois de um tempo que nem foi contado por ela, seu celular vibra, anunciando uma nova mensagem, era de Finn.

“Daqui a cinco minutos saio, você poderia já vir para cá. F.”

-Hmmmm... Que sorrisinho é esse hein senhorita Berry? – perguntou Kurt, ao ver que um sorriso se nascia no rosto da garota.

-É o Finn. Eu já vou – disse se levantando e arrumando a roupa – Vocês podem ir.

-Tá vai – Mercedes não fez caso – Já vai nos abandonar pra ficar com o branquelo azedo – disse, fingindo um pouco de raiva na voz. O que fez Rachel gargalhar enquanto descia as arquibancadas.

Enquanto ia em direção ao vestiário, ficou imaginando como sua vida deu uma reviravolta há praticamente duas semanas, era simplesmente uma simples perdedora, e agora vivia um “sei-lá-o-quê” com Finn Hudson. Sim, nem ela mesmo acreditava.

Chegou perto da porta e escutou uma conversa, sabia que era errado escutar a conversa de alguém, mas simplesmente não aguentou.

-Sei lá, algum dia aí. E parece que é com a Rachel Berry. Cara você se rebaixou ein!

-Que nada, é só uma aposta, não tenho nada com ela mesmo.

Sentiu a garganta fechar e os olhos lacrimarem, mas não conseguia, tinha que tirar a história a limpo.

-O QUÊ? EU SOU UMA APOSTA SUA?

Finn, que até então estava distraído, deu um pulo ao ouvir a voz de Rachel. Não queria acreditar naquilo, tudo bem que estava na aposta só por implicância de Sam e Puck, que diziam que ele não era tão “gostosão”. Mas tinha criado um carinho pela pequena, mas iria a dispensar assim, sem mais nem menos, depois dos dez dias.

-Rachel, não espera. Não é isso... – tentou se explicar enquanto se vestia.

-Não é isso o quê? – disse com a voz entre cortada – Me diz, não é o quê?

-Rachel, olha é isso sim é uma aposta sim, mas...

-Ah, então você assume! Não me venha com mais Finn – disse já não segurando mais as lágrimas.

Finn não aguentou ver a garota daquela maneira, se aproximou dela e segurou em seus ombros, era agora. Tinha que dizer que gostava dela. Ninguém reparou, mas Karofsky já tinha saído.

-Olha, eu sei que não deveria fazer uma coisa dessas com você, mas eu gosto de você, de verdade. – declarou tentando olhar nos olhos dela, pra ver a sinceridade daquelas palavras.

-Não me venha com essa história – disse tirando as dele dos ombros dela – Olha, não me procura mais tá ok! Não fala nem comigo, me esquece o que, aliás, não vai ser tão difícil.

Disse isso, e saiu dali correndo, agradecendo que não havia mas ninguém na escola.

-RACHEL, ESPERA! – disse saindo do vestiário tentando acompanhar, mas a garota tinha rapidez e não viu nada além de um corredor vazio.

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Chegou em casa e agradeceu a Deus que seus pais não estavam, tinham viajado para uma reunião que apareceu de última hora, para a cidade um pouco próxima, e decidiram ficar por lá mesmo, pois não queriam voltar de noite.

Decidiu mandar uma mensagem pra Kurt e Mercedes, não aguentaria ficar ali sozinha.

“Eu preciso de vocês. R”

Mandou e se jogou no sofá, ali chorando, e nem percebeu quando cochilou.

Depois de uns vinte minutos, acordou com a campainha tocando sem parar, levantou sabendo quem seria. E ficou feliz ao saber quem era mesmo.

-Desculpa a demora, tive que convencer o meu pai, e passei pra buscar a Cedes – Kurt disse.

-Não tem problema – respondeu, e puxou os dois amigos pra dentro.

-Agora diva, conte tudo o que aconteceu – Mercedes falou.

Sentaram-se no sofá, e Rachel contou tudo o que sabia. De quando ouviu a conversa, e quando ele assumiu a verdade.

-Eu sabia! – Mercedes disse – Eu sabia que aquele branquelo azedo iria machucar minha Rachel!

-Mercedes! – Kurt a repreendeu – Já sabemos, não precisa ficar jogando na cara.

-Tudo bem, desculpa Rachel? – disse se aproximando de novo da amiga.

-Tudo bem, o que eu quero é vocês aqui.

-Então vamos fazer o seguinte. Você sobe, toma um banho, enquanto eu e a Cedes arrumamos aqui em baixo, fazemos alguma coisa doce, e assistimos uma daquelas comédias românticas.

-Eu apoio! – Mercedes disse, levantando o braço, fazendo Rachel sorrir um pouco desde que chegaram.

-Tá bom! Eu vou lá, só não baguncem a minha cozinha.

-Sobe logo Rachel! – Kurt mandou. Fazendo os três rirem.