A garota imaginava quem deveria ser a aquela horas da manhã. Só não imaginava que o seu palpite estava certo. Será que ele não entendia que ela o estava evitando.

-Oi – ele disse ao vê-la parada na porta.

-Oi – disse seca.

-Posso entrar? – perguntou meio receoso.

-Tá entra – disse dando passagem para ele entrar.

-Vim te buscar pra levar pra escola. – disse se virando para Rachel.

-Não precisa – ela disse indo em direção da cozinha – Vou com meu carro hoje.

-Rachel aconteceu algo? – perguntou meio receoso, e se ela tivesse descoberto tudo, todo o trabalho teria ido em vão.

-Nada, nada... – disse a garota receosa.

-Tem certeza?

-É que tem uma garota, que disse algo que eu não gostei – confessou envergonhada.

-O que ela disse? – Perguntou o garoto

-Disse que você só está comigo por benefícios... – dizia olhando para qualquer lugar, menos Finn.

-E quem disse?

-Amber – a voz antes envergonhada mudou, ao dizer o nome da garota, saiu seca e como se tivesse nojo de algo.

-Sério? Ela disse isso – disse em um tom de voz, e soltou uma risadinha, mas logo fechou a cara ao ver que olhos da garota o fuzilavam – Olha Rachel, aquela garota é doida, eu já namorei com ela há um tempo atrás, mas já
terminei e ela ainda fica insistindo, ela é pirada. Olha – pegou a rosto de Rachel fazendo-a olhar nos olhos – eu realmente gosto de você, e você não está comigo por benefícios como a Amber falou, ok?

-Sério? – perguntou

-Seríssimo!

Rachel sorriu, Finn somente a aproximou mais e colou os seus lábios, também sorrindo.

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Kurt simplesmente não conseguia se aguentar de felicidade. Tudo bem, Finn não se declarou dizendo que a amava e tudo mais, mas disse com todas as letras que
gostava da sua amiga. De inicio nem prestava muita atenção em que Rachel dizia, mas assim que ouviu as palavras “Finn”, “gosta” e “mim”, foi só ligar os pontos e pronto fazer a festa.  Os dois estavam dentro do banheiro feminino como de costume durante o primeiro tempo, ele não estava nem aí pra escola quando se tem a noticia de que Finn Hudson gostava de alguém de um nível de popularidade mas baixa que ele.

-Rachel isso é maravilhoso! – disse de braços abertos, jogando os mesmos pelo minúsculo corpo da garota – Finalmente você ira desencalhar.

-Kurt! – soltou o gay com tudo ao ouvir aquilo, claro era brincadeira, mas mesmo assim o olhou repreendendo.

-Tá ok, desculpa – pediu Kurt.

-Tudo bem, eu sei que é brincadeira – Rachel disse sorrindo achando graça por que às vezes seu amigo era um pouco exagerado.

-Mas tipo, e agora? Vão sentar juntos? Conversar normalmente, ela vai te acompanhar essas coisas? – Simplesmente queria saber de tudo!

-Não sei tá bom? – disse já um pouco chateada pelo monte de perguntas que ela a estava jogando. No exato momento já estava tocando o sinal para a próxima aula.

-Ixi gata vamos, tenho aula chata com o professor de inglês, se chegar atrasado...

-Tiro meio décimo da sua nota – Rachel o disse completando. E saem na risada do banheiro.

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Felizmente para Finn ele teria o tempo vago. Seu professor de química havia faltado então ele e Puck, que eram da mesma sala, estavam nas arquibancadas da quadra onde era realizada a maioria dos jogos, fazendo o que faziam de melhor, nada!

-Então cara, o que está rolando entre você e a Berry? – perguntou olhando para o amigo – E nem vem dizer que é o lance da aposta que não é!

-Bro sei lá, a gente só é amigo... – disse meio inseguro de si.

-Sério que é só amigo mesmo? – perguntou – Tenho te visto com ela um monte de vezes, papinho no pé do ouvido, sorrisinho lançado, porra pareci mulher dizendo agora – disse
meio exasperado essa ultima parte, tirando uma gargalhada alta do amigo.

-Só você mesmo – disse ainda em meio aos risos tentando se recuperar – Velho não se preocupa não tá ok, só sei lá vamos dar uma chance a Rachel Berry! –

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Como de costume, levou Rachel até a porta da sua casa naquele dia.

-Você tem que parar de me buscar e levar, vou ficar mal acostumada – disse sorrindo ao perceber que já tinha chegado em sua casa.

-É até eu acho, porque eu estou gastando uma gasolina boa – disse entrando na brincadeira.

-Hey – exclamou e deu uma tapa no seu braço – Não reclama e você quem se dispõe a me dar carona.

-Ai, mulher nervosa – disse enquanto passava a mão no local onde a garota havia lhe dado um tapa – Amanhã vai ter jogo, vou ter o prazer de ter você acompanhando – disse
quase cortejando a garota, o que claro tirou mais risadas dela.

-Sim Senhor Hudson, você terá esse prazer.

-Hm... Pelo menos quem sabe o time chega à final? – Finn perguntou

-Pois é eu dou sorte! – disse vitoriosa.

-Ha Ha!Rachel Berry como você está super engraçada hoje.

-Olha como você fala viu? Eu dou um pouquinho de sorte sim! – pausou, tentando controlar a respiração – Agora deixa eu ir, papai já deve estar se perguntando porque eu ainda não entrei.

-Já? Vai tão cedo – disse fazendo bico, mesmo bico esse que Rachel deu um selinho.

-Sim, a menos que você queira que meu pai apareça aqui com uma arma, e melhor eu entrar.

-Então vai logo que eu ainda sou muito novo! – fingiu que a empurrava para fora do carro.

-Então tá! – Rachel disse.

-Ei pera aê! Esqueceu algo não? – perguntou levantando uma das sobrancelhas.

-O que? Está tudo aqui dentro da bolsa – fez-se de desentendida.

-Isso.

Puxou a garota um pouco pra mais perto e grudou os lábios já conhecido, mas nunca cansativos.

Pediu passagem que foi cedida no mesmo instante. Ficaram minutos naquele mundo só deles, num tipo de bolha que eles tinha criado. Mas como todo mortal, ar é necessário, se separaram lentamente, dando alguns selinhos ainda no processo de “acordar pro mundo real”.

Rachel foi a primeira a abrir os olhos, e viu Finn ainda de olhos fechados com um sorriso de canto bobo, o sorriso por qual babava. Também foi a primeira ter uma reação,
dizendo que realmente já estava na hora de entrar dizendo tchau que foi correspondido por um Finn ainda bobo.

É mas tinha a estranha sensação de que tudo nunca era colorido.