21.12.12 - A Invasão escrita por Padalecki


Capítulo 16
De volta para casa


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora! A capa só ficou pronta hoje :p
O que acharam dela? Eu gostei!
Bom, esse capítulo vai para as lindas da RáhDiAngelo e Lu Carvalho.
Puxa Lû! Que recomendação foi aquela? Sério, muito perfeita *-*
E Ráh, minha linda, quando seu livro foi publicado e fazer muito sucesso, não se esqueça das suas autoras favoritas viu? ~le EU entre outras
Adorei sua recomendação também!
Gente, era pra esse capítulo ter ficado maior, mas eu queria postar ele logo, então o próximo fica maiorzinho :p
Boa leitura!



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Imagem da capa:


– A garota esta bem? – Perguntou Obama se sentando no banco a minha frente.

Eu me sentara entre Clark e Genevra, que estava ao lado de Dallas. Kovu se encontrava ao lado de Josh, e ele tinha o semblante mais tedioso de todos, como se a guerra que se aproximava cada vez mais não fosse nada muito importante.

Era estranho estar ali, sabe? Com o presidente dos Estados Unidos. Num mini avião, fugindo de alemães que queriam me dessecar e fazer estudos sobre minha espécie alienígena rara.

Certo, estou falando besteira.

– Estou sim, obrigada. – Respondi, sorrindo fracamente.

De repente, o avião começou a tremer, como uma turbulência infinita, que tinha como único objetivo nos lançar na área 51 novamente.

– Fiquem calmos! – Exclamou o piloto. – É só uma leve... – O avião tremeu tanto que suas palavras se dispersaram no ar ao nosso redor.

Entretanto, todos ficaram quietos. Afinal, nós estávamos tão cansados que só tínhamos forças para respirar e nada mais.

Ouviram-se mais três estrondos depois desse último, o que começou a nos deixar um pouco inquietos. Até o próprio presidente tinha um terror sinistro nos olhos escuros...

Não que constatar isso houvesse me acalmado, é claro.

Alguns minutos depois, o piloto soltou um palavrão e então o avião contornou para a direita. Eu me sentia como numas das guerras da segunda Guerra Mundial. O avião em que estávamos parecia estar fugindo de outra coisa, e por um momento em que quase desmaiei, pensei que fossem dos Grays, ou dos Reptilianos. Porém, minha insegurança mudou de rumo quando avistei um daqueles blindados aéreos da FAA vindo em nossa direção, e se preparando para lançar um de seus mísseis.

– Cuidado! – Minha frase foi abafada pelo barulho do avião sendo destroçado.

Nós começávamos a cair.

– Quando chegarmos a Casa Branca, vou mandar um mandado de prisão para cada um deles! – Reclamava o presidente. – Onde é que já se viu tamanha ousadia! Eles estão no meu país, não podem me atacar!

– Não quero ser desrespeitoso, presidente, - Kovu começou a dizer. – Mas acho que não temos muita chance de voltar para lugar algum.

Genevra lançou a Kovu um olhar macabro quando percebemos que Obama gemia em desespero.

– Bom trabalho, garoto-galinha.

– É! – Concordou Dallas. – Por que não arranja trabalho como psicólogo? Você aumentaria as taxas de suicídio nesse país rapidamente!

A fumaça negra que vinha de uma das hélices encobria toda a janela, e eu já não conseguia ver mais nada. A única sensação que tínhamos agora era a de que estávamos caindo para uma morte terrível lá em baixo.

– Se formos atingidos novamente, não sei se vou conseguir alguma coisa, senhor presidente! – Gritou o piloto. E ele não parecia nem um pouco calmo.

O presidente olhou-nos por um instante e fechou os olhos com força. Então começou a rezar.

Eu não aguentava mais aquilo, eu precisava fazer alguma coisa! Foi então que me lembrei de quando Kovu havia conseguido me suspender no ar apenas com a força de seu pensamento.

– Kovu! – Berrei.

Ele simplesmente me olhou, o tédio ainda estampado em seu rosto.

– Acha que consegue manter o avião no ar? Só preciso de alguns segundos!

Ele deu de ombros e se levantou.

– Eu posso tentar.

Sorri, meio desesperada.

– Ótimo! – Olhei com desleixo para Josh. – Josh, quero que você venha para cá.

Genevra, Clark e Dallas me olharam como se eu estivesse pirando. Porém, quando Josh se aproximou, eu tive a decência de me manter entre ele e meus amigos.

– Certo. – Eu dizia em meio os balanços do avião. – Quando eu der o sinal, Kovu vai levantar essa coisa.

– E quanto a nós? – Perguntou Josh.

Não consegui olhar para ele, então me mantive com o olhar fixo na porta.

– Nós vamos atingir esses alemães idiotas.

Depois, nos entreolhamos – porém não olhei para Josh nem por um segundo – e assentimos.

– Clark, preciso que saia de perto.

– Mas...

– Clark.

Ele assentiu, um pouco chateado, e se sentou ao lado de Obama e Orson, que assistiam a tudo com extremo interesse.

– Dallas, Josh, abram aquela porta. – Apontei para a porta de entrada do avião, que estava lacrada. Então olhei para Kovu. – Assim que eles a abrirem, você começa.

Kovu concordou com um movimento rápido de cabeça.

Lancei um risinho majestoso para Genevra.

– Vamos ver quem é que manda no pedaço.

Ela riu, mas ficou séria logo depois, assim como eu.

Os garotos olharam para mim e, no momento em que inclinei de leve a cabeça para baixo, eles abriram a porta.

Não pense que foi fácil, pois não foi. Tinha todo aquele problema da pressão, mas penso que Kovu os ajudou, e Josh derreteu uma boa parte da trava... e da porta.

Se não fosse por Kovu e seus poderes sobre o ar, nós provavelmente já teríamos virado panqueca de alienígena, mas ele conseguiu segurar os ventos de um modo que mesmo que ainda nos atingissem, não tinham força nem para mover nossos cabelos.

Quando o primeiro blindado apareceu, nós esperamos que ele se aproximasse. E quando ele o fez, Dallas jogou terra em seu visor enquanto Josh queimava seus motores e suas asas.

Quando o avião caiu, um olhou para a cara do outro. Dallas parecia um tanto confuso.

Bom, Josh estava nos ajudando agora, não é mesmo? Mais ele ainda havia nos traído, não podíamos confiar nem um pouco nele.

– Tem outro! – Exclamei ao mesmo tempo em que a FAA blindada lançava outro míssil em direção a nós e... Josh o segurava com um das mãos como se fosse um aviãozinho de papel.

Nós o olhamos boquiabertos.

Ele urrou quando devolveu o míssil para seu dono. Quando o blindado começou a pegar fogo e a perder altitude cada vez mais, Josh olhou em minha direção.

– Como você fez isso? – Perguntei.

Ele tinha os olhos arregalados. Entretanto, antes que pudesse responder, Dallas berrou:

– Bom, seja lá o que foi, ou como foi, faça de novo!

Josh deu de ombros.

– Eu não sei fazer isso!

– Mas fez! Faça de novo! – Dallas estava vermelho e seus olhos ganhavam cada vez mais um brilho amarelo sinistro que me fazia ter medo de toda sua linhagem DAL. – Ai está sua chance!

Ao meu lado, Genevra assumira sua forma real de metade golfinho, metade humanoide, e havia uma coisa nova nela: tentáculos.

Ela me lembrava muito a Medusa do jeito em que estava. Os tentáculos saiam pela fenda respiratória de sua cabeça e se contorciam, espirrando um líquido leitoso e esverdeado por todos os lados.

Eu sabia que, usando esses tentáculos, ela não conseguia respirar. O que me levava a crer que teria de usá-los rápido, ou então morreria.

– Josh, Dallas, acho melhor saírem daí. E rápido. – Murmurei.

Ao mesmo tempo em que ambos se postavam ao meu lado, Genevra saia dele e seguia sozinha para a porta derretida. Quando o outro avião apareceu para atacá-la, seus tentáculos se contorceram feito loucos e explodiram, lançado todo aquele líquido nojento no avião, que começou a derreter.

A Vórtex da água assumiu a forma terráquea novamente e sorriu.

– Eles não vão conseguir mandar mais nada. O ácido que eu mandei naquele blindado vai se alastrar para os outros, até consumir cada pedaço daquela área.

Nos a olhávamos totalmente bobos. Dallas parecia ter se apaixonado por sua valentia, destreza e esperteza. Josh ainda tinha o cenho franzido, como se ainda pensasse em sua força momentânea. Kovu, que já estava branco de tanto cansaço, usou o restante de suas forças para recolocar os pedaços da porta e trancá-la novamente. O vento ainda entrava e diminuía o equilíbrio do avião, porém estávamos conseguindo voar.

– Kovu! – Berrou Genevra, pela primeira vez ela não o chamava de “garoto-galinha”, quando ele desmaiou no chão de metal frio.

Quando nos aproximamos dele, o doutor Orson começou a examiná-lo com a ajuda do kit de primeiros socorros do avião.

– Eu preciso de ajuda com a hélice atingida. – Falou o piloto, dessa vez com a voz muito mais tranquila e passiva. – Ela esta pegando fogo.

Olhei para Genevra e ela assentiu, olhando uma última vez para o Vórtex do ar e indo até a cabine do mini-avião, de onde abriu uma das janelas e começou a encharcar a hélice.

– Suor... febre... – Diagnosticava Orson enquanto o examinava com o estetoscópio e com as mãos. – Coração num ritmo extremamente acelerado, mas com possíveis perdas cardíacas se não o deixarmos descansar durante um bom tempo.

Josh pegou cuidadosamente na cabeça de Kovu.

– Vamos, me ajudem a colocá-lo no banco.

Enquanto eu pegava os braços, Dallas pegava as pernas. Colocamos Kovu no banco e o ajeitamos. Orson retirou a blusa de camurça e a usou para cobrir as pernas de Kovu, enquanto Josh retirava sua camisa – vou pular a parte em que tive de olhar para o outro lado quando ele fez isso, coisa que exigiu 100% da minha concentração. – e a fazia de travesseiro, colocando-a sobre a nuca de Kovu.

Quando Genevra voltou, ela se postou ao lado dele, observando-o.

– Nós precisamos voltar para a minha casa. – Exclamei de repente.

Clark franziu a testa daquele jeitinho graçinha que me fazia sorrir abobalhadamente para o nada.

– Mas, Gwe, Shawus já foi para o acampamento.

Assenti.

– Eu sei. – Então suspirei. – Olhem, isso que está prestes a acontecer é só uma batalha. A guerra ainda esta por vir, e não vai ser nada bonita.

Percebi pelos olhos d’água de Clark que ele começava a processar o que de fato eu estava falando.

– Quer contar a verdade para os seus pais. – Disse ele simplesmente depois de algum tempo.

Sorri para ele.

– Minha mãe esta grávida, e Carson vai precisar saber de absolutamente tudo para conseguir protegê-los.

– É uma causa realmente muito nobre, senhorita Parker. – Disse Obama sorrindo.

Retribui o sorriso.

– Se quiserem me deixar lá e esperarem...

– Nada disso. – Disse Orson. – Além do fato de que teremos que usar sua cama para acomodar Kovu até ele melhorar, precisamos descansar também... e Clark precisa contar sobre sua pesquisa.

Clark assentiu.

– Preciso de um banho primeiro. E de comida.

Genevra pousou sua mão em cima da minha e me olhou nos olhos.

– E, caso esse Orson não acredite no que você esta dizendo... – Ela deu de ombros. – Acho que somos prova o bastante da verdade.

Sorri para todos eles.

– E quanto ao senhor, presidente?

Obama deu de ombros.

– Precisarei do seu telefone para ligar para minha família e avisá-los sobre o que esta acontecendo.

– Eles sabem? – Perguntou Dallas.

Obama sorriu.

– Não iria conseguir esconder um segredo desse da minha própria família.

O resto da viagem foi tranquila e sem nenhum ataque surpresa. O avião ameaçava cair algumas vezes, mas por sorte o piloto era extremamente bom no que fazia, e tinha força o bastante para controlá-lo agora que o fogo havia sido apaziguado.

***

O mini-avião pousou na rua de frente para a minha casa, causando desespero e confusão na maioria dos moradores do bairro. O presidente colocou um pano em seu rosto e retirou o botão com o símbolo da Casa Branca do seu terno. Josh recolocou a camiseta e trouxe um molenga Kovu nas costas.

Quando o piloto desligou os motores e a poeira abaixou, pude avistar minha mãe com um semblante aterrorizado e Carson ao seu lado, com o uniforme da policia da cidade, olhando para tudo com um misto de medo e admiração estampado no rosto.

Quando sai, seguida por todos os outros que estavam no avião, minha mãe soltou um grito e veio correndo ao meu encontro. Primeiro ela me abraçou, depois me deu um tapa realmente muito dolorido no braço.

– Mãe! – Reclamei.

– Gwen, o que é que você está fazend...?! – Gritava ela. – O quê?

– Senhora Parker, acho melhor entrarmos. – Disse Orson. – Lhe explicamos tudo lá dentro.

O quê?

– Mãe, por favor. – Pedi.

Minha mãe pareceu um pouco desconfiada e desconfortável, mas assentiu e permitiu que todo aquele pessoal que me acompanhava entrasse em nossa casa.

La dentro, nos acomodamos na mesa de jantar – Josh colocou Kovu num dos sofás da sala –, e minha mãe se sentou ao meu lado, examinando todos os meus arranhões.

– Mãe! – Reclamei novamente.

– Que você faz aqui?! Eu lhe mandei para um acampamento! – Gritou ela.

Todos estavam quietos, provavelmente esperando que o surto materno de minha mãe passasse.

– Não, você não pode ficar aqui Gwen! – Ela parecia extremamente nervosa. – Eles estão vindo! Eles vão pegar você!

Todos nós nos entreolhamos, confusos. Segurei firme as mãos geladas e trêmulas de minha mãe e olhei em seus olhos. Carson estava ao seu lado, segurando seus ombros, e parecia tão confuso quanto eu.

– Do que esta falando meu amor?

Minha mãe lançou um olhar nervoso em direção aos presentes e então voltou a olhar para mim e meu futuro padrasto.

– No dia em que você nasceu... eu... eu tive um sonho. – Ela engoliu em seco. – Seu pai estava nele, e disse que você estava em perigo. Ele disse que os cinzentos viriam pegar você, disse-me que você colocaria em risco a vida de dois mundos. – Seus olhos estavam chorosos. – Ele queria que você fosse com ele, disse-me que viria buscá-la e que lá, longe de mim, você estaria segura.

Havia um silêncio mortal no recinto. Não podia se ouvir um barulho de respiração se quer.

Mamãe apertou minhas mãos com força.

– Mais eu não queria que você fosse embora. Eu queria você comigo! Então seu pai disse que assim que o momento chegasse, eu deveria te mandar para longe disso tudo, para um lugar onde você não conseguisse fugir. Ele disse que a verdade viria buscar você, e que ele treinaria você quando chegasse o momento certo. – Ela respirou fundo. – Mesmo assim, com você estando treinada como ele me disse que estaria, eu te mandei para o acampamento. Eu não queria ver você correndo risco de vida! – Ela já estava ofegante. – Então me diga o que diabos você está fazendo aqui com essa escolta atrás de você!

Eu estava boquiaberta. Mas nada superava Oliver, que estava um pouco amarelado e parecia estar prestes a vomitar tudo que havia comido no café da manhã.

– Então quer dizer... quer dizer que você sabia de tudo? Sabia de tudo e nunca me contou?!

As lágrimas percorriam o rosto de minha mãe.

– Era só um sonho! No começo eu pensei que estava delirando, mas quando me mudei para a casa de Oliver, seu pai invadiu meu quarto em uma das noites e me disse a mesma coisa. Perdoe-me por não ter contado, mas eu tive medo. Medo de que isso acontecesse! Medo de que você fosse encontrar seu destino!

Agora eram meus olhos que lacrimavam enquanto eu fazia força para não começar a chorar.

– É meu destino, mamãe! Papai sabia disso! Ele me abduziu e me ensinou tudo que sei! Acha mesmo que eu fugiria de meu destino? Que fugiria e deixaria a vida de sete bilhões de pessoas em risco? É claro que não!

– Desculpe, desculpe, querida, desculpe!

Era a pior coisa do mundo ver minha mãe daquele jeito, então apenas me levantei e a abracei. Carson nos abraçou logo depois.

– Isso é tudo verdade? – Perguntou ele. – Você tem algo haver com esse negócio de alienígena?

Sorri e beijei uma de suas bochechas.

– Querido, eu sou totalmente isso.











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Notas finais do capítulo

Desculpem possíveis erros ortográficos!
Gente, eu mudei a música tema da fic! Agora é a This Is War, do 30 Seconds To Mars. Haha eu achei o nome da banda muito coerente pra minha estória de alienígenas... Recomendo que a escute, é realmente uma música incrível!
Até a próxima!



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