POV Niall

O ano letivo começou ontem, e como todo ano, eu e Mel prometemos um ao outro que iríamos fazer novas amizades, o que aconteceu, diferente dos outros anos que só conhecíamos gente insuportável. Conheci hoje 4 garotos que vieram de outro bairro e vieram morar para cá, um se chama Liam, o outro Louis, o outro Harry e o outro Ziac. Espera, não é Ziac... é Zu... Zoan... Zei.. Zuin,,, Zayne. É, Zayne. Espera, Zayn, isso, até que enfim! Parecem ser bem legais, acho que nos daremos bem. Melissa disse que só conheceu Amanda, uma brasileira que ela diz ser muito legal, admito até que espiei ela, e ela é bem bonita. Mas sabe, eu e Melissa somos amigos há bastante temos, sempre tivemos só uma ao outro, mas eu sempre, sempre amei ela mais além do que a amizade. Eu nunca tive coragem de contar para ela sobre meus sentimentos com medo da resposta, eu errei desde o começo, deixei tudo ir longe demais, só que isso não significa que eu ame a amizade de Mel! Hoje ela saiu para almoçar em algum lugar porque o pai dela não iria almoçar em casa e sua mãe... bem, morreu. Eu vou almoçar em casa mesmo, com minha mãe Maura e meu irmão mais velho, Greg.Ouço meu celular tocar Help - Beatles. Retiro ele do bolso e checo o visor, é minha mãe.

– Oi mãe.

– Oi Niall, só liguei para avisar que hoje não vai dar para almoçar em casa e você sabe que Greg não faz comida. Então dá um jeito aí, tá?

– Ok mãe.

– Tchau filho.

– Tchau.

Desliguei. Eu ia mesmo almoçar no restaurante do lado da escola, muita gente da escola almoça lá. Era mais prático para mim ter que depois voltar para a escola, trabalho de biblioteca. Sim, no segundo dia de aula tenho que ir fazer trabalho na biblioteca, e sozinho.

Cheguei no restaurante, peguei minha comida no buffet e sentei. Mal encosto em meu garfo e vem uma loira de cabelos longos até na cintura ao meu lado.

– Posso sentar aqui? -ela deu um sorrisinho.

– Ah, pode. -era Cameron, estuda faz um tempo aqui na escola e fica se oferecendo para qualquer um, mas também não odeio ela como se fosse a assassina de minha família.

– Então, me conta as novidades! -ela disse animada enquanto sentava.

– Vou fazer trabalho na biblioteca, isso é o mais animador e único por enquanto. -ri.

– Ah, mas então, o que achou da Melissa com Max?

– Que? Como assim? Max e Melissa?

– É, você não tá sabendo? Ela não te contou? -ela fez uma cara espantada.

– Contou o que? Conta logo Cameron! -falei um pouco rude demais.

– Eles tão se pegando já faz alguns dias. -abandonei minha comida e Cameron sem dar uma palavra, deixei o dinheiro suficiente no caixa e saí correndo. Como ela teve coragem? Ela sabe que eu odeio Max, ela sabe tudo o que ele me fez passar, aquele otário! Eu vou matar ela, não acredito nisso.

Saí correndo pela rua sem nem saber para onde ir. Apanhei meu celular e digitei uma mensagem para Melissa perguntando onde ela estava. Logo veio a resposta "praça de alimentação do shopping stars. xx". Logo quando recebi o SMS peguei um táxi correndo e fui para o shopping.

Cheguei na praça de alimentação e Melissa estava lá andando pelo corredor. Fiquei paralisado, eu não sabia porque ela tinha feito isso. Max arruinou boa parte da minha vida, ele é um pegador barato e Melissa sabia disso, ele só queria diversão a custa do sofrimento dos outros. O que aquela garota tinha na cabeça? Ela veio até mim e falou comigo como se eu estivesse bravo de brincadeira, como se ela não soubesse o que estava se passando. Acabei não segurando minhas palavras.

– Dissimulada! Cameron que contou tudo, você ficou com o demente do Max! -falei explodindo.

– Não Niall! É mentira! Você não vê? -vejo, vejo que ela é uma mentirosa!

– Ver o que Mel, ver o que? Você nem pra me contar, você nem para falar nada, eu pensei que você era minha amiga! Você sabe que eu odeio mortalmente o Max, por que fez isso? Eu te odeio, sua vadia! –virei as costas e saí correndo do shopping.

Acho que peguei um pouco pesado nas palavras. Eu te odeio, sua vadia!, foi demais, eu não deveria ter falado isso, eu deveria ter pedido uma explicação. Meu Deus, e agora? Se a Cameron estava mentindo? Mel nunca iria me perdoar. Quando me dei conta, meu rosto estava cheio de lágrimas amargas e eu já estava no meu quarto chorando. Fiquei lá chorando tanto tempo que acabei pegando em um sono. Acordei e espiei no meu celular, eram 7 horas da noite, eu dormi um monte. Eu fui para cozinha procurar algo para comer mas acabei não conseguindo, minha consiência estava mais pesada que nunca. Voltei para o quarto e liguei para Mel, mas seu celular estava desligado. Que droga! O trabalho da biblioteca eu nem fiz, mas que se dane, ninguém liga para história.

POV Louis

Resolvi almoçar no shopping depois da aula. Eu e os outros dudes chegamos na escola hoje, mas as aulas começaram ontem, espero que esse ano seja melhor que o anterior. A escola parecia legal e uma parte dos alunos também, conhecemos Niall, um garoto loiro de olhos azuis e Judith uma menina morena de óculos e olhos azuis que é meio irritante e tem cara de não ser boa companhia. Terminei de almoçar e fui para casa, mas ainda na praça de alimentação, avistei uma menina chorando. Eu não sabia porque eu fiz isso, mas fui abraçá-la. É como se eu soubesse que era disso que ela precisasse, um abraço.

Depois de algum tempinho, ela levantou os olhos até mim. Seus olhos eram castanhos esverdiados, infelizmente estavam vermelhos e inchados de chorar. Eu disse oi sorrindo, tentando dar pelo menos um poco de alegria, mas ela não pareceu contagiar, me deu um oi fraco e sem sorrisos. Fiquei observando sua face, ela era linda, linda mesmo.

– Então, por que me abraçou? –alô Louis Tomlinson, terra!

– Ah sim, é que quando vejo alguém triste não consigo ficar parado sem fazer nada, eu gosto de confortar as pessoas. –menti.

– Ah, bacana de sua parte!

– Mas não pense que sou um tarado! –sério mesmo que eu disse isso?

– Ah ok! Mas espera, eu acho que te conheço. Aonde estuda?

– Martine’s High School, comecei lá hoje, mas as aulas começaram ontem.

– Ah, não acredito! Eu também! –nós dois rimos, e admito que ela tinha um sorriso pra lá de brilhante. Ela usa pasta de dente ou verniz transparente? Que luminoso!

Convidei ela por impulso para ir no parque tomar sorvete comigo e com os outros dudes, mas não que eu queira que ela fosse, mas sim porque eu sabia que ela não iria querer. Por que alguém iria comigo tomar um sorvete?

– Sim claro, só me diga seu nome. –ela sorriu

– Louis, Louis Tomlinson. E o seu?

– Melissa, Melissa Parker. -ela sorriu de novo.

– Prazer em conhece-la. –estendi minha mão –Só me diz mais uma coisa, por que choras? -eu não devia ter perguntado, mas acho que é bom que ela desabafe com alguém.

– No caminho te conto, vamos para o parque distrair.

Ela foi me contando sobre o que havia acontecido com seu melhor amigo e a briga, confesso que fiquei bem chocado. Chegamos lá e compramos um sundae. Percebi que amanda travava e recuava a cada passo, eu só ria e puxava ela para frente. Quando chegamos até os garotos, apresentei cada um a ela. Apresentei Zayn e em seguida Harry, mas digamos que acabei me atrapalhando na hora de dizer seu nome e no fim acabei corado. Ficamos lá brincando e conversando, quase jogo Liam na fonte, mas ele é forte demais pra mim. Melissa é uma garota legal, aposto que vamos nos dar bem, já que iremos estudar juntos. Achei isso bom para ela se distrair do tal melhor amigo dela.

O sol começou a ir embora e junto com ele, Melissa. Imploramos para ela ficar mais um pouco na nossa companhia, mas o pai dela a esperava em casa.

– Mas, você vai como? Sua casa não é longe? –falou Liam, mas eu iria fazer essa pergunta, ele que foi mais rápido!

– Não sei, acho que vou pegar um metrô mesmo, tem uma estação ali perto.

– Não mesmo, eu te levo. Vamos. –eu disse já puxando ela para meu carro.

– Não precisa...-até parece.

– Vamos Melissa. –dei um sorriso sem notar.

Ela foi me passando o endereço até sua casa, confesso que gravei direitinho. Chegamos na frente de uma casa branca com um lindo jardim, que por sinal era a que ela morava. Saímos do carro.

– Tchau Louis, boa noite! –ela se despediu.

– Tchau, boa noite! –sorri sem perceber de novo. Por que tá acontecendo isso?

– Quer entrar?

– Não não, vou indo. -eu mal conheço ela, não ia ser nem um pouco gentil e educado entrar na casa dela.

– Ah, então tá bom. Tchau! –fui em direção ao carro e voltei.

– Ah, Melissa. –eu não sei porque eu tinha voltado, era como se eu tivesse esquecido algo, não faço ideia no que deu em mim.

– O que foi?

– Ah, esquece. Tchau, te vejo amanhã. –dei um beijo em sua bochecha rosada e fui para casa.

Quando cheguei lá, os 3 estavam no sofá jogando video game. Logo quando me viram entrando pausaram o jogo e vieram para cima de mim como se eu estivesse distribuindo comida grátis.

– Eaí Lou! Conta tudo! -disse Liam.

– Tudo mesmo! -falou, que dizer, berrou Zayn quase ao mesmo tempo que Liam. Harry fazia cara de maníaco safado.

– Tudo o que? -falei rindo e desviando deles, me jogando no sofá, mas todos vieram em volta de mim de novo.

– Tipo como foi quando você entrou no quarto dela e começaram a se beijar loucamente e como dois selvagens e depois...

– Hazza cala boca! -falei interrompendo ele. Eu não sabia se ria ou se dava um tapa nele. - Não deu nada gente, só deixei ela na porta, dei um beijo na bochecha e fui embora.

– Ah BooBear, não nos decepcione! -disse Liam se jogando no sofá com cara de triste.

– Gente, conheci ela hoje! Calma! -falei.

– E você acha que nenhum de nós vimos vocês se olharem o tempo todo e darem sorrisos bobinhos? -disse Zayn e logo depois soltou uma risada de deboche.

– Parem de inventar coisas. -falei e fui para a cozinhar comer amendoim. Me escapei logo deles fazendo mais interrogatórios, porque só agora me toquei que o que Zayn disse foi um pouco verdade. Um pouco só.

POV Melissa

Foi bem legal com os garotos hoje a tarde, mas eu ainda estava magoada com o Niall. Cheguei em casa e ataquei o pote de balas de goma, eu adoro balas de goma! Subi para o quarto, coloquei o iPod no máximo, peguei no meu armário um sobretudo marrom que era de minha mãe. Eu gostava de usá-lo, ele ainda tem o cheiro dela e me faz sentir como se eu estivesse abraçada a ela, me traz a sensação de que ela está ali comigo. Agora estava só eu, as memórias de minha mãe, meu iPod e minhas balas. No começo não dei tanta bola, mas agora eu me perguntava o que Louis queria quando fomos nos despedir. Fiquei pensando em quanto odeio a Cameron e acabei dormindo.