Dream. escrita por Mika G n Manda B


Capítulo 30
Lingse


Notas iniciais do capítulo

Demorei eu sei e peço desculpas por isso :( se alguem ainda le essa fic, fique sabendo que nao postei por estar muito atarefada esses dias e sem tempo pra nda! O CAPITULO NÃO ESTA BETADO ENTAO QUALQUER ERRO IGNOREM PF ! Espero que gostem e comentem :(



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Acordei com uma pontada gigantesca na minha cabeça, parecia que ela pesava toneladas. E até pensar doía. Aos poucos fui abrindo os olhos vagarosamente, o ambiente estava escuro e pensei que ainda fosse noite. Mas os poucos raios que saiam da persiana do quarto denunciavam com o sol que já era dia.

Espere.

Não tenho persianas em meu quarto. Levantei meu corpo de súbito e me praguejei por isso, pois foi como se alguém tivesse passado por cima de mim e as dores em minha cabeça triplicaram e se tornaram mais intensas. Ao erguer meu corpo e deixa-lo em posição vertical na cama, percebi que eu só trajava roupas intimas e meu desespero aumentou.

Mas não foi nada comparado a quando eu vi alguém sentado em um sofá um pouco distante da cama. A pessoa estava com os cotovelos apoiados nos joelhos e com a cabeça nas mãos. Seu tronco estava desnudo e ele só usava uma calca. A iluminação era pouca, mas eu o reconheceria em qualquer lugar.

– Justin? - perguntei.


Eu não conseguia entender o porque de eu estar ali, mas essa questão foi terrivelmente respondida com um esforço muito grande que meu cérebro fez e ligou tudo aquilo.

Ele levantou o rosto e tive a constatação de que era realmente ele. Ele me olhava meio baixo e com uma expressão vazia.

– O que aconteceu aqui? Nós não... Não dormimos juntos, não é? - perguntei rindo nervoso.

– O que você acha? - perguntou debochado.

Eu havia dormido com Justin Bieber. Alguém por favor, me dê um tiro?

– Eu sabia que aceitar aquela sua ideia idiota não acabaria bem, meu deus como eu sou idiota, não acredito nisso! Eca! - disse gritando enquanto levantei da cama em um pulo com o lençol fino da cama me cobrindo. Recolhia as minhas roupas do chão e a cada abaixada e levantada minha cabeça gritava de dor, mas a raiva era maior do que aquela dor de cabeça resultado de uma ressaca.

– Da pra você calar a boca? - gritou rude comigo se levantando do sofá de súbito e vindo à minha direção.

– Não me manda calar a boca! - gritei rebatendo apertando mais o lençol sobre meu corpo. - Seu nojento! Ridículo. Como teve coragem de fazer isso comigo? - perguntei exaltada.

– Haha, garota eu não te amarrei naquela cama, nem te forcei a nada! Você transou comigo por livre e espontânea vontade, então não venha com esse seu teatrinho de menina pura porque não cola! - disse ele prepotente perto de mim, talvez perto demais, pois seu peitoral malhado estava começando a encosta no meu peito e ual, ele estava com um físico muito bom... E eu realmente pensei nisso? Acho que ainda devo estar sob efeito de bebidas.

Quando levantei meu olhar para não encarar mais seu físico, encontrei seus olhos e sua boca que me parecia mais rosada e sexy do que de costume. Sua cara amassada só o deixava mais perfeitamente lindo e seu cabelo bagunçado era a cereja do bolo dali.

Nossos olhares se encontraram e um ficou preso no outro. E droga, eu odiava ficar presa naquele olhar. Era como se eu fosse me perder naquele mar castanho, mas eu queria aquilo, queria me perder ali e nunca mais encontrar o caminho de volta.

Justin mordeu o lábio inferior e soltou o ar pela boca e incrivelmente ele não estava com mau hálito matinal, o que mais naquele homem seria perfeito meu deus?

Poucos segundos depois Justin estava colando nossos corpos e me prendendo entre seus braços, seu braço estava em minha cintura me apertando ali.

Eu queria muito querer sair dali, mas eu não conseguia, seus braços me prendiam com forca, mas não era aquilo que me prendia ali, era o desejo, o calor do momento. Seus lábios começaram a se aproximar dos meus lentamente, e eu ia quebrar aquele mínimo espaço colando meus lábios aos dele logo e matar aquela cede que estava começando a ficar insuportável, mas ainda havia um vestígio de sanidade em meu ser, era pequeno e estava se esvaindo rapidamente.


– Me larga! – disse fraco com os olhos fechados, mas meu tom que teria de ser autoritário saiu mais como um manhoso. Eu não queria sair dali.

Ele nada disse e quando eu percebi que já haviam se passado alguns segundos e ele não tinha quebrado aquela infeliz distancia. Eu abri os olhos e vi que ele me olhava nos olhos, mas o desejo de antes se transformou em logo que eu não soube identificar. Ele simplesmente me soltou e virou de costas pra mim me deixando totalmente confusa.

Indignação. Era isso que eu sentia.

Não só por ele ter desistido de me beijar, mas por mim mesma ter deixado aquela situação acontecer.

– Idiota. - o xinguei baixo.

Fui ate o banheiro do quarto com as minhas roupas para me trocar e me tranquei ali.

Encarei minha figura no espelho, eu estava terrível. Cabelo bagunçado, maquiagem borrada... Meu deus, o que eu tinha feito. Abri a torneira e peguei um pouco de água para lavar meu rosto. Eu não conseguia entender o porquê de tudo isso. Mais o que mais me intrigava era eu não saber o porquê disso tudo. Eu não conseguia, mas me reconhecer, eu estava ali, só de roupas intimas no mesmo quarto de Justin Bieber. Algo de muito errado estava acontecendo comigo e eu não conseguia mais me reconhecer, eu estava me tornando fraca novamente, ele estava me destruindo, eu estava fazendo coisas que não me imaginaria fazendo nem em mil anos. Ir para cama bêbada com ele? Isso foi inadimicivel.


Mas porque eu não conseguia me sentir culpada? Por que as imagens daquela noite vinham a minha mente e eu sorria? Por que eu não conseguia me sentir suja, mas ao contrario, me sentia inteira novamente? Por que?



Eu já estava começando a ficar louca e antes que eu tivesse um colapso nervoso, escutei vozes vindas do quarto e me aproximei mais da porta com calma, ninguém podia saber que eu estava ali e rezava para que Justin não abrisse o bico.

– Justin você teve notícias da Miley? - perguntou, eu na tinha certeza, mas provavelmente aquela voz era de Scooter.

– A Miley? - perguntou Justin e eu podia sentir a tensão em seu timbre de voz.

– Sim, a Cyrus,Paul me ligou agora e disse que ela não dormiu em casa. Aquela garota é problema! - disse Scooter e xinguei-o baixinho.

Ele disse que Paul estava atrás de mim. Droga, droga, droga! A lei de Murphy realmente existia. Pois tudo estava conspirando contra mim naquele momento.

– Não, eu não sei onde ela esta. E por que saberia? Você sabe muito bem que aquela garota não gosta de mim! - disse Justin e rolei os olhos.


– É verdade. – disse conclusivo. – Eu só espero que ela apareça logo porque amanha vamos embarcar para Los Angeles pra começar os ensaios pro show.


– É... Tanto faz. – Justin disse.


– Você quer que eu peça pra que mandem o café pra cá? Não esquece que a imprensa chega aqui por volta das cinco pra coletiva. – avisou Scooter e nesse momento parei de prestar atenção na conversa deles e comecei a me vestir.


Terminei de me vestir e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo. Quando percebi que Scooter não estava mais no quarto, abri a porta e sai. Justin estava em um canto do quarto encostado a parede e com a casca baixa, não se importou com a minha presença e permaneceu do mesmo jeito que estava.

Peguei minha bolsa e meus sapatos, iria descalça mesmo. Não olhei nem fiz menção de falar com Justin. Simplesmente fui em direção a porta pronta para sair daquele lugar, mas ele me impediu pegando meu braço. Virei-me para encara-lo esperano que ele dissesse algo.


– O que foi? – perguntei brava.


– Eu te levo em casa. – disse e sabia que ele não estava fazendo aquilo por livre e espontânea vontade.


– Tenho meus próprios pés, não preciso de você. – disse e puxei meu braço de sua mão me soltando e saindo do quarto.

Peguei o elevador que estava vazio, em poucos minutos eu já estava no saguão do hotel. Sai do mesmo e comecei a andar em direção a saída, as pessoas me olhavam, mas eu não estava nem ai. Na rua a fileira de taxis estava ali como de praxe, entrei em um e disse o endereço para o motorista que me olhava estranho pelo retrovisor.


– O que foi? Perdeu alguma coisa? – perguntei com toda a minha simpatia costumeira.


Ele não respondeu, só focou a pista e ficou quieto pelo resto da viagem que me pareceu mais curta do que o normal. Eu não queria chegar em casa tão cedo. Ainda não estava preparada psicologicamente para mais uma briga com Paul, sem contar no sermão que Billy me daria.



(...)


Como eu já sabia que iria acontecer, Pau e Billy brigaram comigo, me chamaram de irresponsável e um monte de coisas que eu não me lembro pois parei de escutar depois do “Você é irresponsável Miley Ray Cyrus” . Depois disso as únicas coisas que me lembro foram um Bla bla bla contínuo.


Estava arrumando as minhas malas – infelizmente – para a viagem que faria para fingir para todos que eu aturo Justin Bieber e Selena Gomez sem que nos matemos. Eu não queria nem imaginar o que aconteceria quando eu olhasse novamente naquela casa nojenta da Gomez, ou naquela cara insuportavelmente linda de Justin.


– Miley? – chamou Tish entrando no meu quarto.


– Oi mãe, veio me dar lição de moral também? – já adiantei o assunto pois eu não aguentaria mais nem um segundo com alguém dizendo que eu era irresponsável e um monte de baboseiras.


– Não querida, acho que Paul e seu pai já encheram bastante o seu saco por um dia. – disse ela se sentando na cama.


Voltei para o closet para pegar mais uma muda de roupas e colocar na mala.


– E então... – disse deixando para que ela completasse.


– Só queria ter uma conversa com voce... Sabe de mãe pra filha... – começou e ela e seu tom de voz estava estranho.


– Mãe ir direto ao assunto é um bom começo. – avisei.


– Tudo bem... Eu sei que já tivemos essa conversa quando voce tinha 13 anos, mas acho que é bom relembrar. – começou e encarei ela confusa. – Você já é uma mulher e já tem idade suficiente para ter intimidade com homens. – começou e só ai percebi a real intenção dela.


– Mãe, voce quer falar sobre sexo? – perguntei contendo minha risada e ela corou imediatamente, devido sua pela claríssima, seu rosto ficou em um intenso vermelho tomate.

– Sim... Quer dizer... Você já deve ter uma vida sexual ativa e bem... Oh meu deus eu estou totalmente sem graça. – confessou e não aguentei e comecei a rir, sim, ri escandalosamente.


– Mãe, já tivemos essa conversa e eu já sei tudo que tenho que saber ok? Você não precisa me dizer mais nada, eu sei me cuidar. – disse quando consegui respirar novamente,


– Ok... Você anda se cuidando não é? Quer dizer, usa preservativo? – perguntou e naquele segundo quando ainda haviam vestígios de uma gargalhada dentro de mim, eu fiquei séria.


Eu não me lembrava de Justin ter se previnido e eu já não tomava pílulas há alguns meses devido a minha totalmente parada vida sexual. Engoli o seco e fiquei seria, percebi que Tish esperava uma resposta e resolvi mentir pois ela não gostaria nada nada de saber que sua filha estava saindo por ai e transando sem proteção.


– Claro que sim, mãe. – disse sorrindo falsa e totalmente convincente. No mesmo momento corri para o banheiro e me tranquei ali procurando nas gavetas uma caixinha de pílulas.


– Miley? – mamãe me chamou do quarto.


– Oi! – gritei jogando as coisas das gavetas pelo chão ate que encontrei a embalagem com os comprimidos.


– Tudo bem? Que barulhos são esses? – perguntou.


– Tá tudo bem sim! Eu só... Só estou procurando algumas coisas! – disse e joguei o comprimido dentro da boca engolindo no seco mesmo.


Ufa, foi por pouco.


(...)

( roupa da Miles: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=63494312&.locale=pt-br )

Já estava no aeroporto com a equipe Bieber e com Todd que seria meu mais novo e indesejado segurança. Depois de tudo que eu havia feito, Paul e Billy decidiram que eu teria um segurança me vigiando 25 horas por dia e eu não preciso dizer o quanto fiquei feliz com aquilo não é?


Claire também iria comigo nessa viagem, pelo menos isso.


Carin estava com os nossos cartões de embarque e já estávamos quase prontos para embarcar. O estranho era que Justin estava quieto no canto dele, nem sequer olhou para mim e aquilo me incomodou, admito.


Ele estava com seus fones de ouvido da Beat e parecia não se importar com o mundo a sua volta.


– Vamos, já vamos embarcar. – disse Scooter e todos seguiram ele ate a plataforma de embarque, eu e Claire conversávamos abertamente sobre o meu figurino nos shows com Bieber.


Entramos e nos acomodamos no jatinho. Claire se sentou ao lado de Fredo, fui trocada facilmente, e daí que ele era mais engraçado do que eu? Eu era a chefe dela! Relevei isso e procurei um assento vago, encontrei um ao fundo da fileira de poltronas e fui ate lá. Justin estava sentado na cadeira da janela e ele não parecia perceber ou se importar com a minha presença.


Bem... Aquele era o único lugar vago agora então tive que me sentar ao seu lado, ele não disse nada, nem me olhou, nem mudou se posição ou expressão. Simplesmente permaneceu da mesma maneira que se encontrava. Eu não iria puxar assunto pois ainda estava brava com ele, eu esperaria ate que ele falasse comigo.


Mas ele não falou, hora ou outra murmurava algo, mas era sobre a musica que estava escutando. Decidi falar com ele, tudo bem era fácil na teoria, mas na pratica não seria. Primeiro, o que eu falaria, fiquei pensando alguns minutos ate que achei um assunto normal ali.


– Onde esta sua namoradinha? – perguntei fingindo desdém.


– O que? – disse confuso tirando os fones de ouvido ao perceber que eu havia falado com ele.


– Eu perguntei onde esta sua namoradinha. Por que ela não vai com a gente ? – repeti.


– Selena? Ela não vai mais se apresentar com a gente. E não que seja da sua conta, mas eu não estou mais namorando ela. – disse simples.



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Notas finais do capítulo

e ai, gostaram? Eu espero que sim, e espero que nao tenham muitos erros ! Pois minha beta esta doente e nao pode corrigir o caps! COMENTEM POR FAVOOOOOOOOR!