Meu coração não aguentava mais. Ele havia esquecido de mim.
- Besteira a minha pensar que ele viria mesmo.
- Bella, ainda são seis e quarenta e cinco. - ela disse impaciente.
- Essas horas não passam logo!
- Vai fazer outra coisa pra esquecer um pouco.

Liguei a Tv. Como sempre não havia nada de bom no ar. Passei por todos os canais até que encontrei um bem interessante, um reality show de confeiteiros de bolo.  Conseguiu prender minha atenção até que ouvi batidas na porta. Nem percebi que ao começo do segundo toque eu já estava parada em frente a porta pronta para abri-la.

- Oi. - ele disse com as mãos no bolso.
- Oi. Tudo bem? - eu e minha ótima maneira de puxar assunto.
- Tudo. E você?
- Estou ótima. - não consegui conter minha animação.
- Vocês já estão prontas? - ele disse sorrindo da minha resposta.
- Claro.
- Podemos ir?
- Rafa?
- Estou aqui. - ela disse me empurrando para fora. - Vamos antes que seu pai mude de ideia. - ela disse trancando a porta.
- É impressão minha ou vocês sempre usam roupas iguais? ele perguntou enquanto andávamos. Lado a lado.
- É, sempre estamos parecidas.
- Legal. Parecem até o Chaz, o Ryan e eu.
- Vocês são muito grudados né?
- Eramos. Agora a gente se vê pouco, você sabe...
- Entendo.
- E vocês? moram juntas?
- Sim. Desde sempre eu tenho que aturar a Rafinha aqui. - disse olhando pra ela - Até que é bem interessante porque a gente se dá super bem.
- Bom, chegamos.

A gente havia chegado. Não sei aonde, mas nós havíamos chegado em algum lugar.

- Er... Eu posso estar doida, mas não vejo nada aqui.
- É por que a entrada é secreta. Não sei por que, mas o Scooter se preocupa muito com a minha segurança. Ele acha que as beliebers são feito uma bomba atômica perto de mim.
- É bem provável que ele esteja correto.
- Não sei. Vocês mudaram meus conceitos. São as beliebers mais comportadas que eu já conheci.
- Isso é porque você não vi... - interrompi a fala da Rafaella com uma cotovelada em sua costela. - deixa pra lá. - ela disse gemendo.

Olhei para Justin e ele havia encontrado uma porta. Como era possível esconder uma coisa daquelas? Scooter era muito eficiente.
Justin fez um sinal para que passássemos. Hesitei um pouco. Estava escuro de mais.

- O que foi?
- Nada.
- É claro que foi alguma coisa. Você não quer vir?
- Não é isso. É que... É que...
- Que...? - ele disse me fazendo cotinuar.
- Não ria.
- Vou tentar. - ele disse já reprimindo um sorriso.
- Você já está rindo. - disse cruzando os braços.
- Você não devia ter dito para eu não rir.

Sua risada, apesar de perfeita, me fazia ficar envergonhada. Pois agora, eu sabia que o motivo era eu. Pensei em voltar. Minhas pernas não obedeceram meu cérebro.

- Eu tenho medo do escuro, tá legal. Pode continuar a rir. - disse meio irritada.

Pude ver um sorriso tentando não escapulir de sua linda boca. Logo ele estava dando gargalhadas. Rafaella entrou na brincadeira e os dois ficaram rindo juntos. De mim.

- Não tem graça.
- Pra você provavelmente não.

Que menino irritante.

- Argh! - arfei e me virei para voltar pro quarto.
- Não, espera. Eu paro.- ele disse. - Entrem aqui, vamos.