Te Farei Sorrir De Novo escrita por Izadora


Capítulo 2
Capítulo #2


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo!



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Fechei os olhos e tentei respirar em um ritmo normal.

Mas foi impossível.

Quando aqueles olhos caramelados com os quais eu sempre sonhei encontraram os meus, o chão sumiu. Meu coração parou e voltou a bater de novo. Dessa vez mais rápido, acho que para compensar o tempo em que esteve de repouso. Com muito custo, consegui gaguejar algumas palavras.

 - Qual... qual... qual será o... o...
 - Pedido? - ele tentou me ajudar com sua incrivelmente linda voz. Mas não deu muito certo.
 - É... é isso! O Pedido. - disse tentando me lembrar de respirar.
 - Traz um prato feito para cada um por favor, ouvi dizer que é muito gostoso. - ele disse com um sorriso torto irresistível.
 - Cla... claro. Já... já vou trazer.

Cambaleei sem fôlego para fora do hall. Meus pés e minha visão embaçada me fizeram ter que parar ao encontrar a parede da cozinha para me sentar.

 - O que foi filha? - pergunta minha mãe.
 - Andréia, deixe ela respirar. Acho que ela teve um infarto. - meu pai disse segurando o riso.
 - Você está bem Bella?
 - Tô sim mãe, só preciso de um pouco de água.
 - O que aconteceu lá no hall? - minha mãe pergunta para o meu pai.
 - Olha quem está lá. - ele diz apontando para o restaurante.
 - Oh, minha nossa! - minha mãe disse tampando a boca de surpresa. - Vou pegar uma água com açúcar pra você. - ela diz e entra incrédula na cozinha.
 - Como eles chegaram aqui? - perguntei me levantando ainda meio tonta.
 - Eles tem um produtor brasileiro que recomendou meu restaurante. Qual foi o pedido.
 - Prato feito. Um pra cada.
 - Vou pedir a Rafa pra levar. Acho que você não vai conseguir levar.
 - Não! Eu estou melhor. Pode deixar que eu consigo. - eu disse desesperada.
 - Tem certeza?
 - Sim, tenho.

Na verdade eu ainda não estava totalmente recuperada. Acho que eu nunca mais ficaria depois daquele dia. Ele é perfeito, pensei comigo mesma, bem melhor do que nas fotos. Meu pai chega com os pratos e eu vou em direção ao hall, tentar entregar o almoço sem deixar cair nada.
Chegando lá, tentei me posicionar distante dele para eu não perder o foco. Me deixei dar umas olhadelas de vez em quando. Mas nada muito demorado, eu corria um sério risco de ir parar num hospital cardiológico. Entreguei os pratos com sucesso, estava indo tudo muito bem até uma rouca e delicada voz me chamar.

 - Garçonete! - a voz disse. Por sorte o homem que eu servia segurou o prato.
 - Estou indo.
 - Me desculpe, eu nem perguntei o seu nome.
 - Isabella. Ou Bella, se preferir.
 - Bella! Bonito nome.
 - Obrigada. - senti minhas bochechas avermelharem.
 - Você é a filha do dono do restaurante, não é?
 - Sim. - eu não conseguia pronunciar frases grandes, ele estava olhando nos meus olhos.
Ele sorriu com a minha resposta.
 - O que o senhor vai querer?
 - Pode me chamar de você, ou se preferir pode me chamar de...
 - O que você vai querer? - eu já estava gastando todas as minhas energias para olha-lo. Não podia deixar ele pronunciar seu nome, seria desmaio na certa.
 - Eu queria um suco. Tem de maracujá?
 - É... tem sim. Já vou trazer. - disse e fui para a cozinha.

 - Mãe, um suco de maracujá.
 - Com gelo?
 - Acho que não. - disse em dúvida. Acho que o gelo afetaria negativamente a sonoridade perfeita da sua voz.
 - Cadê o papai?
 - Está lá, conversando com eles.

Nem havia percebido meu pai entrando no hall.

 - Você quer a água com açúcar agora? - minha mãe perguntou. Só agora percebi que minhas mãos tremiam.
 - Quero.

O tempo que levei para tomar a água do copo foi o tempo que minha mãe levou para terminar o suco.

 - Aqui está o seu suco. - disse ainda com receio de olha-lo profundamente.
 - Obrigado. - ele deu um gole. - está bom. Muito bom. - Agradeça que o fez por mim. - ele disse se levantando, todos os outros já estavam de pé.
 - Infelizmente eu já tenho que ir. Você foi muito gentil, obrigado. Gostei de você. - ele veio e me deu um beijo no rosto e se virou. Antes de sair pela porta ele disse. - Espero te ver de novo.
 - Eu também. - pensei, embora soubesse que seria impossível.
Acho que ele ouviu, pois deu um sorriso tímido quando passou pela porta. Me puni em pensamento por ter deixado essa passar.

Seu sorriso foi o suficiente para bambear minhas pernas outra vez. Sentei-me na cadeira em que ele havia se sentado para repor minhas energias. Eu mal podia acreditar: eu havia falado com Justin Bieber.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? *-*



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