Te Farei Sorrir De Novo escrita por Izadora


Capítulo 14
Capítulo #14


Notas iniciais do capítulo

Voltei!



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- Demorei? - ele perguntou me guiando.

- Não. Na verdade chegou bem na hora. - disse olhando meu relógio.

- Parece que você está meio... apressada. - ele perguntou parando ao meu lado.

- O quê? Não, eu não estou... com pressa. - disse e só agora percebi que estava com a respiração alterada. - acho que fiquei com medo de acordar a Rafa, só isso.

- Acordar? Mas quando eu sai o Chaz já estava quase pronto e falou que ia passar no seu quarto pra pegar a Rafaella. - ele disse retomando os passos.

- Acho que alguém vai ficar de fora então. - disse e dei um pequeno sorriso.

- Vou avisar pro Chaz para demorar um pouco. - ele disse tirando o celular do bolso.

- Aonde vamos? - eu perguntei entusiasmada enquanto desciamos as escadas.

- Pra falar a verdade eu também não sei. - ele disse com um sorriso besta no rosto.

- Como assim você não sabe? - disse confusa e diminuindo o ritmo dos meus passos.

- Eu não conheço a cidade. Scooter veio primeiro, passou alguns dias aqui e me indicou um lugar. Ele falou que era bem reservado e me explicou onde é.

- Mas como você pretende chegar lá? - eu disse indignada. Como assim ele estava pensando sair a esmo pelas ruas de Horanópolis?

- Calma Bella. Confie em mim.

- Por acaso você não está pensando em me sequestrar, né?

- Não deveria ser eu a me preocupar com isso? - ele disse colocando o capuz e os óculos escuros.

- Está bem. Vamos ver no que vai dar. - disse colocando minha blusa de frio.

Apesar de não o conhecer direito e estando sujeita a um sequestro, eu confiei nele. Seus olhos não pareciam mentir e admito que uma pontinha de mistério deixou tudo mais emocionante. Teriamos um dia inteiro a sós em um lugar desconhecido até agora. Todos os meus princípios me diziam para voltar mas meu "eu rebelde" me incentivou a continuar. 

Chegamos ao final das escadas. Eu um pouco mais cansada que o normal mas nada que um minuto sentada não desse um jeito. Foi difícil passar pelo Hall do hotel, Justin chama muita atenção apesar de hoje estar usando roupas discretas. Finalmente chegamos ao estacionamento e ao carro do Justin.

- Seu carro é um pouco... grande! - eu disse analisando o mostro preto estacionado na minha frente.

- Não foi eu quem escolheu. Minha mãe que alugou os carros e acho que ela não pensou que ele chamaria muita atenção. - ele disse me levando para o lado do carona e abrindo a porta para que eu entrasse.

- Obrigada. - disse tentando subir o pequeno degrau do carro para que eu pudesse entrar no carro.

- Tá meio difícil? - ele perguntou começando a rir.

- Cala a boca. - eu disse meio irritada. - E me ajuda a subir nisso antes que eu desista e volte pro meu quarto.

- Tá bom, calma estressadinha. - ele disse empurrando minha cintura e se certificando que eu havia sentado no banco.

- Obrigada. De novo.

- Quer que eu coloque o cinto de segurança também?

Fechei a porta em seu rosto. Literalmente.

Ele deu a volta e se sentou no banco do motorista.

- Que bicho te mordeu? - ele disse passando a mão no rosto. - Você poderia ter quebrado meu nariz!

- Desculpa. - eu disse rendida. - É que minha noite não foi uma das melhores se você quer saber.

- Então você sai descontando a raiva no primeiro que vê?

- Não fiz por mal. - disse e ficamos em silêncio por um instante.

- O que aconteceu? - ele disse dando partida no carro.

- Você não vai querer saber.

- Eu perguntei, não perguntei? - ele disse me olhando carinhosamente.

- Meu irmão, está dando problemas de novo. Eu não quero falar sobre isso agora. - disse olhando para frente.

- Se eu puder ajudar... - ele disse se virando para o para-brisa.

- Obrigada, mas acho melhor não. - eu disse e novamente ficamos em silêncio.

- Você não está pensando em sair pelo portão da frente, está? - perguntei quando o vi indo na direção do portão que dava para o mar de beliebers alojado na frente do prédio.

- Claro que não. Vou sair pelos fundos.

- E você sabe que isso não vai adiantar em nada, né? - disse cruzando os braços.

- Bella, se você não queria ter vindo podia ter falado. - ele disse parando no meio do estacionamento. - Vem, vou te levar pro seu quarto. - ele disse em tom baixo.

- Não! - disse segurando seu braço. - Justin, não me entenda mal. É que... Ai, o Lucas viu nós dois lá na porta do meu quarto ontem e eu estou um pouco nervosa, só isso.

- Quem é Lucas? - ele disse com olhos arregalados.

- É o meu irmão. E ele ameaçou falar pro meu pai.

- Ah! Entendi. - ele disse relaxando no banco.

- Fiquei com medo de ele saber e cancelar a viagem ou tentar fazer algo pior. Meu pai é um pouco ciumento.

- Se você quiser eu falo com o Lucas.

- Não. Acho que agora está tudo bem. Me custou metade da mesada, mas acho que agora ele vai ficar de bico calado.

- Irmão é um saco né? - ele disse voltando a dirigir.

- É! Eu nunca posso fazer nada que o Lucas fala "vou contar pro papai". E eu quase sempre saio sem metade da minha mesada.

- Ele pediu metade da sua mesada?

- Por oito meses.

- Será que esse não é um sinal de que você está aprontando de mais não? - ele disse sorrindo.

- Pode ser, mas eu não sou de... Ei! Como assim? Eu não sou tão rebelde assim não tá?! - eu disse indignada.

- É sim. Sua mesada pela metade é prova.

- Para idiota. - eu disse sorrindo do comentário e dando um soco de leve em seu braço.

- Eu não vou sair pela frente. Tem um portão no subsolo que dá para os fundos do hotel. Lá tem bem menos gente.

- Hum... Agora eu posso saber para onde vamos?

- Eu já disse que nem eu sei direito.

- O Scooter deve ter falado pelo menos um pouco do lugar. - disse tentando fazê-lo falar.

- Ele falou que é tipo um parque abandonado. Ninguém mais vai lá por causa de uma história que eu realmente não fiquei nem um pouco interessado em escutar.

- Eu acho que sei que parque é esse. Não tem muitos parques aqui por perto. - disse me lembrando da vovó.

- Sabe? - ele disse interessado.

- Mais ou menos. Eu nunca fui lá, mas minha avó contava histórias dele para mim e para a Rafa. Acho que ela não queria que fossemos lá quando crianças.

- Por quê?

- Ela falava que quem entrasse nesse parque ficaria preso lá pelo resto de sua vida. - disse tentando me lembrar da história. - Confesso que me afastou de lá.

- Você não está com medo de ir lá, está? - ele disse brincalhão.

- Claro que não! Minha avó só falava isso pra tirar a gente de perto.

- Se eu fosse você não teria tanta certeza. - ele disse com uma voz sombria e um pouco assustadora.

- Cala a boca e dirige Justin. - eu disse dando um tapa em seu ombro.

- Calma. Eu só estava brincando.

- Brincadeira sem graça. - disse cruzando os braços.

- Você não tomou café-da-manhã, tomou? - ele perguntou mudando totalmente de assunto.

- Por que? - perguntei confusa.

- Falei pra minha mãe que vinha e ela me ajudou a fazer uma cesta de piquenique. Você vai ter que comer sanduíche no almoço por que ela falou que espaguete não ia dar muito certo.

- Não, não ia. - eu disse rindo.

- Não entendo o por que.

- Deve ser porque além de o molho fazer a maior lambreca dentro da cesta o espaguete ia apodrecer até a hora do almoço.

- Ah! Achei que era só preguiça da minha mãe de cozinhar de manhã. - ele disse franzindo a testa.

- Também. - disse rindo.

O parque era meio longe da cidade, não muito. Já eram nove e meia e, segundo o Justin, já haviamos percorrido mais da metade do caminho. Decidi ligar para a Rafa e ver se ela já havia acordado. Peguei meu celular e vi que estava fora de área. Levantei para ver se conseguia sinal e nada.

- O que foi? - Justin perguntou olhando meus braços para cima.

- Meu celular está sem sinal. - disse concentrada.

- Usa o meu. - ele disse tirando o celular do bolso.

Peguei e observei que também estava fora de área.

- Também está sem sinal. - disse devolvendo o telefone.

- Que estranho. O Scooter não me falou nada sobre isso. Pra quem você queria ligar? - ele perguntou sem tirar os olhos da estrada.

- Pra Rafaella. Queria saber se ela já acordou. - disse meio ansiosa.

- O Chaz avisou que nove e quarenta estaria na porta do seu quarto.

- Ah bom. - disse aliviada.

- Acho que chegamos. - ele disse conferindo no GPS.

- Não estou vendo nada. Essas árvores estam me atrapalhando. - disse esticando meu pescoço por sobre o painel.

- Só virar à esquerda... na próxima curva e... chegamos! - ele disse parando o carro.

- Uau! - foi só o que eu consegui dizer diante daquele lugar... perfeito.


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Notas finais do capítulo

e aí galeraaaa? o que será que vai acontecer nesse parque ein? Por sorte o Lucas não foi então acho que a Isabella vai poder ficar com a outra metade da mesada né? hashuashuashuashua' Ganhamos dois leitores novos essa semana. Sejam bem vindos *-*



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