Aurora Vermelha escrita por Dauntless


Capítulo 14
Capítulo 13 - Enfrentando o dragão


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo, é dedicado a uma Swiftie que morreu. No dia que eu postei ele na minha antiga conta, ela foi atropelada de manhã e ñ resistiu. Ela era das Filipinas e antes de estar na rua, Joyce estava no twitter toda feliz, fiquei horrível nesse dia, eu ñ a conhecia, mas ela só tinha 15 anos e o motorista estava bêbado. Sinto ñ só por ela mas por todos os inocentes que já morreram vítimas de atropelamento, como ainda existe isso em pleno século XXI?
Eu mesma já fui atropelada, tinha 4 anos, uma moto passou pela minha cabeça e fui jogada para debaixo do ônibus, e eu consegui sobreviver.
Por coincidência, esse é o capítulo '13' um número muito especial para as Swifties e o nome também tem uma relação.
She's Safe&Sound



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Foi tão estranho. George me encarou com um olhar ferozmente assustador, como se eu fosse uma pessoa que nunca esperava ver. Óbvio que ele nunca esperava me ver, mas foi... diferente. Por que diabos Crystal estava chorando? Quando eu, Will e Zoey entramos na sala, todos digiriam o olhar especificamente para ''mim''. Claro que eles nunca me esperariam.

–Zoey, filha! - Levantou a bela mulher de meia idade para abraçar Zoey

–Oi mãe - falou sem emoção

–Eu senti tanto a sua falta - disse a mãe dela

Will tossiu e entrelaçou nossos dedos. George continuava a me encarar.

–Mãe? Pai? Essa aqui é Danna Walker, minha namorada

De novo ele usou essa palavra. Eu não sabia se sorria ou o quê.

–Esses são Brittany e George.

–Olá Danna, prazer em te conhecer, pode me chamar de Britt - ela sorriu e apertou a minha mão.

–Também estou feliz em conhecê-la senhora Palmer

–Por favor, apenas Britt

Ela tinha carisma.

Eu estava começando a me sentir culpada. Eu não gostava de ver pessoas chorando, principalmente se eu sou um pouco culpada. Crystal estava com os olhos vermelhos olhando para mim. Ela não merecia isso, sempre fora simpática comigo, eu estava realmente me sentindo mal.

Por que esse homem estava olhando pra mim? George talvez ja me vira em algum lugar? Como no meu trabalho? Acho que um homem como ele nunca apareceria em um local daqueles. Ele era bem vestido, usava terno de marca e sapatos chiques, ele era alto e magro. Típico perfil de um mafioso, só faltava ele enfiar um charuto na boca.

–Will, você deixou Crystal por ela? - ele apontou para mim e confesso que fiquei meio ofendida.

–Ela tem nome, é Danna e qual é o problema? - Ele envolveu seus braços na minha cintura

–Crystal te ama, como pode fazer isso com ela? Você a ama também - aumentou o tom de voz

–Por favor George, agora não, resolvemos isso em uma outra hora...

–Você não pode dizer quem eu amo. Crystal, me desculpe, mas você sabe que nossa relação era só negocios, nunca foi de verdade, então... parte para outra, desiste de mim, por favor. - Os olhos dela se encheram de lágrimas novamente

–Eu acho melhor eu ir embora - falei

–Não, por favor - disse Will me encarando

–William, não me desafie - ameaçou George - você sabe do que eu sou capaz de fazer! - seu tom foi aumentando cada vez mais.

–Vá em frente, faça o que você tem de fazer, eu não ligo. Cansei das suas ameaças. - Will serrou os punhos.

–Seus irracionais, podem parar com essa palhaçada agora, cansei sabia? - Zoey, não contive um pequeno sorriso.

–Escute a Zoey querido, vamos deixar isso para uma outra hora, ela está voltando para casa e.... - Britt foi interrompida

–Como você pode amar uma pessoa que não tem nem pais? - Ele a ignorou e arregalei os olhos

–Desculpe, mas... - me afastei do Will - Como sabe sobre os meus pais?

COMO ELE SABE DOS MEUS PAIS? COMO?

George ficou sem fala. A pergunta ficou no ar fazendo todo mundo ficar em dúvida

–George, como você sabe dos pais da Danna?- Perguntou Zoey

–Primeiro, eu sou seu pai, segundo, eu... adivinhei. E ta na cara que eu adivinhei certo. Minhas intuições sempre fazem a adivinhação certa.

Ele me encarou

–Eu a amo - declarou Will

Essas palavras fizeram meu coracao palpitar mais rápido.

–Você não ama ela, você ama a Crystal

–EU VOU FICAR MALUCA! DA PARA VOCÊS PARAREM? - Gritou Zoey - Mãe, agora você sabe do por que eu não aguento essa casa, eu não aguento mais esse cara que é o meu pai, estou cheia! CHEIA! Podem me mandar para qualquer lugar, hospital, hospício, EU-NÃO-LIGO! Quanto mais longe eu estiver daqui, melhor. Nunca mais volto aqui, NUNCA!

Zoey pegou as malas que estavam no chão e saiu da casa. Britt foi atráz dela.

–Escuta William, não terminamos. Mais tarde a gente conversa sobre isso. A sós! - Me encarou

–Não tem mais tarde, estou me mandando daqui também, FUI! - disse

–Você não pode fazer isso. - falei

–Ahh eu posso sim - falou Will voltando o olhar para mim - Espere um minuto que eu vou pegar as minhas chaves. - e subiu correndo

George ficou me encarando com um olhar de temor. Crystal tinha parado de chorar e estava sentada no sofá cor de pele olhando para o teto.

–Eu... vou indo - andei até fora da sala.

Eu não acredito que isso está acontecendo. Estou sendo rejeitada pela familia do Will, bom... pelo pai. Eu acredito agora que ele é um monstro. Zoey estava parada no centro do jardim perto do portão discutindo com a mãe. Tudo o que eu queria agora era voltar para casa e enfiar minha cabeça no meu travesseiro e esquecer que tudo isso aconteceu.

Andei até o portão sem que elas me notassem e sai. Nem que eu precise andar até em casa, não queria ficar naquele lugar com aquele clima. Andei somente até a rua principal e parei um táxi.

Passei a viajem inteira pensando no pai do Will, do jeito como ele me olhava e me encarava... O que seria da minha relação com o Will agora? Ele dissera que iria sair de casa e a Zoey também. Eles não iam fazer isso iam? Bom, como os dois são irmaos, ambos tinham loucura suficiente para isso.

Quando cheguei em casa, lar doce lar, tranquei a porta, joguei meus sapatos pela sala e me joguei na cama. Era a única coisa que me relaxava. Mas havia outra coisa... um belo banho quente. Não pensei duas vezes e me atirei para debaixo daquela corrente de água que me fazia bem. Eu não queria contato com o Will tão cedo, sério. Precisava de um tempo para pensar. No mesmo instante que sai, peguei o telefone e liguei para minha velha e melhor amiga.

–Dannaa como foi? me conte tudo - empolgou Tereza

–Não quero falar sobre isso ainda, posso ir ai?

–Claro que pode, bom, vi que coisa boa que não aconteceu e você precisa de uma amiga agora.

–Eu vou me arrumar, hum... te vejo mais tarde

Desliguei.

De toalha, abri a geladeira e tirei uma cerveja. Abri ela e bebi como se fosse um gole. Precisava disso.

Me vesti rapidamente com um estilo básico, um short jeans que mais se parecia uma saia por causa das minhas pernas finas, vesti uma regata branca e por cima uma camisa xadrez vermelha com mangas curtas. A qualquer hora Will iria aparecer e eu nao queria me deparar com ele. Como eu não estava indo para uma ''night'', coloquei uma rasteira.

Tereza morava com sua mãe em uma pequena casa próximo ao Brooklyn. Toquei a campainha e quem abriu a porta foi a senhora Brown. Ela parecia muito melhor do que antes, estava mais viva e não tinha mais aquelas olheiras.

–Danna minha filha, como você está? - perguntou me abraçando

–Eu vou bem senhora Brown - respondi correspondendo o abraço

Ela era tão pequena.

–Por favor, me chame de Jane, vamos deixar a formalidade de lado não é? - se afastou para me avaliar

–Tudo bem, Jane

–Por favor, entre - Jane saiu da porta e abriu caminho para que eu entrasse – Como você esta bela! Tereza já vem, ela esta tomando banho

–Obrigada, a senhora também parece ótima

Sentamos no sofá da sala. Eram seis da tarde

–Danna minha querida, como vai o seu sonho? já está começando com sua carreira de escritora?

Jane só estava tentando me animar, minha cara não estava aparentando muito bem

–Eu na verdade não comecei ainda, estou juntando dinheiro para pode entrar na faculdade - sorri

Eu sempre gostei de escrever, e sempre quis ser escritora. Um dos meus primeiros começos foi juntar as folhas dos finais dos meus cadernos com varios rascunhos de diversas histórias.

–Eu tenho orgulho de você, ao contrário de Tereza que acha que pode trabalhar naquela lanchonete para sempre.

Sorri.

–Ouvi meu nome? - Tereza surgiu das escadas com os cabelos molhados nos encarando - Sabia que é feio falar de uma pessoa por tráz?

–Bom, vou para a cozinha fazer o jantar, me diga filha, você já comeu? - Jane me perguntou

–Não, estou faminta - afirmei

–Que tal jantar aqui? Vou fazer a minha típica macarronada com queijo

–Eu adoraria, obrigada - sorri

–Fique a vontade. E Tereza, não encha Danna com as suas bobagens

Tereza revirou os olhos e me chamou para subir com ela. Chegamos no quarto dela e ela trancou as portas, como sempre.

–Agora desenbucha, o que aconteceu? O que aquele idiota fez de novo? - me guiou para sentar na cama.

Eu não respondi, eu tinha que pensar antes de falar coisas erradas.

–Will não fez nada - parei por um momento - Foi o pai dele

–O que o pai dele fez? Te bateu? te agrediu? Se ele fez algo, eu mesmo vou lá e arranco os dentes daquele velhote

–Calma, ele não fez nada disso, e só que... - fiz uma pausa - Quando chegamos na casa, Crystal estava lá, a mãe dele estava consolando-a e o pai dele estava andando pra lá e pra cá e... ele e o Will discutiram por causa de mim. Eu achei muito estranho que... ele saiba sobre os meus pais, não entendi como ele sabia sobre eles, que os dois morreram, que eu não os tenho mais. E o mais estranho de tudo isso é que eu sinto que o conheço, tenho essa sensação estranha dentro de mim que ele é um inimigo meu de muito tempo e que é melhor eu tomar cuidado com ele. É muito, muito estranho. O jeito como ele me encarou assustado, como se nunca esperasse me ver - Meus olhos se encheram de lágrimas - Depois de hoje eu não me sinto mais segura, nem que fosse pra eu sair do país, eu acho que nunca mais vou estar segura.

–Ah Danna vem cá - Tereza me acolheu em seus braços - Talvez você já tenho o visto em algum lugar, talvez na rua ou mesmo na lanchonete

–Não, eu não sinto que vi ele, eu sinto que eu sabia da existência dele, como se fosse um amigo ou um inimigo, sei lá, estou muito confusa

–O que o Will fez? Ele não te defendeu? - perguntou beijando o topo da minha cabeça

–Ele me defendeu. Zoey e ele disseram que iriam sair de casa por causa de George, essa cena foi horrível e o pior é que eu sou a culpada disso tudo, se eu não tivesse aparecido lá, nada disso estaria acontecendo.

Tereza me segurou pelos ombros e me encarou.

–Vamos fazer uma coisa, você está... muito abalada e isso não é bom para a sua saúde, que tal você parar de pensar nisso pelo resto do dia? Vamos fazer alguma coisa engraçada, uma festa do pijama talvez, para descontrair, aliás, amanhã temos trabalho e você não pode aparecer assim toda chorona.

–Tem razão, vou tentar não pensar nisso essa noite - enxuguei as lágrimas com as costas das minhas mãos e abri um sorriso pra ela

–É isso mesmo que você tem que fazer, ser forte! Não deixe aquele velhote te colocar pra baixo, ele não tem esse direito. Agora vá ao banheiro, lave o rosto, se quiser passar maquiagem, meu kit está dentro do armário, porque daqui a exatos 30 segundos, minha mãe vai chamar para o jantar.

Abracei-a com toda a minha força, eu estava tão agradecida por ela, tão agradecida por ter uma amiga verdadeira e fiel ao meu lado.

–Obrigada Tereza, sério. Você é demais - falei

–Danna, para de ser idiota, já não disse que nos momentos difíceis, uma ajuda a outra? Você é como uma minha irmã caçula chata para mim.

Me levantei e fui ao banheiro, só lavei o rosto, não passei maquiagem, como eu disse, não vou para uma ''night'' . Tereza havia acertado, Jane havia chamado para o jantar meio segundo depois. Eu amava a macarronada dela, lembrava muito o da minha mãe.

–Jane, você está se superando todos os dias - comentei

–Que bom que você está gostando

–Ela é a minha mãe tá? Não a roube de mim - brincou Tereza

Tivemos um longo papo sobre diversos assuntos. Era tão bom vir aqui, Jane também era uma mãe para mim, ela tivera me dado todo o apoio sobre a questão da minha mãe. Se elas se conhecessem, concerteza seriam ótimas amigas.

Tereza e eu subimos para o quarto depois do nosso segundo prato de macarronada, ela ligou o notebook e entrou no facebook.

–Posso? - perguntei me referindo se podia entrar na minha conta depois de séculos.

Entrei.

Só uns 7 pedidos de amizades hum... nada de mais. Eu estava pensando em fazer uma coisa mas não sei se devia, cliquei na barra de pesquisa, prestes a digitar o nome.

–Vá em frente, também tenho curiosidade de saber, mas sempre esqueço. - falou

Suspirei e digitei as duas palavras

'' Will Palmer ''



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Notas finais do capítulo

Enfimmmmm, esse capítulo é só um complemento para os fatos que ainda irão acontecer. Vou demorar (uma semana) para postar o próximo pq estou em época de provas. Mandem comentários? pf? thanks



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