Aurora Vermelha escrita por Dauntless


Capítulo 12
Capítulo 11 - Nunca é tarde


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a Larissa por ter me ajudado a editar e revisar esse capítulo ♥
Eu amo esse capítulo, é tão tenso mais é tão fofinho ao mesmo tempo *w*
Música: Stop Standing There - Avril Lavigne



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/228596/chapter/12

–Deve ser engano - disse

Entrei no banheiro para que eu não pudesse dizer mais nada - apesar dele já ter certeza que sou eu, porque só eu iria para o banheiro em uma situação dessas - . Parei em frente ao espelho com as duas mãos me apoiando na bancada e com a cabeça abaixada. Como eu estava agradecida pelo meu cabelo estar ruivo. O corte dele também havia mudado, estava mais comprido (ele crescera absurdamente nos últimos seis meses) idêntico ao da Avril Lavigne, liso e a mesma posição da franja. Quando levantei a cabeça, dei um pulo ao me assustar com a pessoa que estava me observando em frente à porta.

–Tudo bem - suspirei.

Tirei os óculos e me virei para encará-lo. Ficamos em silêncio por um bom tempo. Will havia me seguido como sempre. Já devia ter passado na minha cabeça que uma placa com ''Damas'' na porta não o impediria.

–Tereza te infectou? - perguntou

Como ele fazia aquilo? Como ele agia como se não estivesse acontecendo nada? Como se ele não se lembrasse das últimas palavras que me dissera. Como se nossos momentos nunca aconteceram.

–Já que sabe que sou eu, pode me dar licença? - perguntei a ele com os braços cruzados e com um olhar de séria.

–Vai aonde? - perguntou

–Foda-se, não te interessa - disse grosseiramente - pode me dar licença?

Ele não saiu da porta, continuou parado.

–Também senti saudades - falou respondendo a algo que eu não tinha comentado nem perguntado. - por que está agindo assim?

COMO? COMO ASSIM EU TO AGINDO ASSIM?

Não o respondi, ele estava sendo sonso e idiota.

–Se não falar nada, eu não deixo você sair daqui, a porta está trancada e eu não me encomodo em fica aqui com você a madrugada inteira. Sou um agente do FBI, posso fazer qualquer coisa.

Não, não podia. Ele não podia fazer nada comigo, ele não tinha autoridade sobre mim. Por um lado, eu estava incomodada por estar trancada com ele, mas por outro lado... eu estava com saudades dele sim. Eu não sei se o perdoaria por causa disso tudo. Ótimo, eu tinha me esquecido do fato que eu não era nada dele e ele nada meu. Me sentei em cima da bancada perto da pia.

-Isso é abuso de autoriade - falei

Peguei meu celular e digitei uma  messagem para T.

'' Tereza, estou presa no banheiro com o ''Sr. estranho'', aqui no McDonalds, desculpe amiga, mas acho que eu não vou poder ir mais ai, ele não quer me deixar sair do banheiro feminino, acho que vamos resolver algumas coisinhas...

–D ''

Guardei o celular, coloquei os óculos, me encostei no espelho e comecei a balançar os pés. Will continuava parado perto da porta com os braços cruzados esperando respostas. Peguei um chiclete que estava no meu bolso, tirei o papel e comecei a mastigar. Ok, eu estava parecendo uma hippie, toda relaxada, não querendo nada da vida...

–A sua namorada deve estar te procurando - comentei - ela sabe que você está aqui, preso com outra mulher? - provoquei

–Ah... então é isso - soltou os braços e veio até a mim

–Não chega perto, não quero ser fura-olho de ninguém - levantei a palma da minha mão, comandando para que ele parasse.

–Se eu te falar, você não vai entender - fez cara de sinceridade

–Como eu vou entender se você não tenta? - Eu havia descido da bancada e estava frente a frente com ele - Olha, há seis meses atrás, nos conhecemos no meio de um beco, nos esbarramos algumas vezes e você ficou completamente doidão na boate. Eu te levei para a minha casa e você ficou de palhaçada lá, roubou a minha toalha e a minha chave. E por causa do Eric, nos encontramos de novo e foi nesse dia que começamos realmente a nossa amizade. No dia seguinte, você me chamou pra sair, fomos para um restaurante lindo com comida chique. Depois você me levou para uma casa na praia e contou a sua história, ou pelo menos uma parte, eu contei a minha, parte dela. Na manhã seguinte você preparou meu café-da-manhã e me disse que iria pra São Francisco a trabalho, mas Eric disse que você estava de licença, você mentiu pra mim! Você não ligou quando havia chegado e hoje, eu estava no Central Park até resolver vir pra cá, e no que eu me deparo? Você e a Crystal se beijando, lindos e felizes - dei uma pausa, estava sem fôlego, a raiva estava subindo até o meu rosto, que devia estar vermelho - Eu fugi de casa quando minha mãe morreu, fiquei sozinha por um tempo e passei meus últimos 4 anos sem ninguém, esses últimos anos tem sido difíceis pra mim, até que você aparece e muda ela. Você sabe o que tem sido os últimos 6 meses pra mim? NÃO! Então não venha com essa de que eu não vou entender. Se você não tentar, eu nunca vou ENTENDER! - Percebi que estava gritando com ele.

Ele ficou em silêncio

Uma milésima pessoa bateu na porta. E Will dizia que o banheiro estava em reforma.

–Tenho que ir, Crystal deve estar me procurando, como você disse. - murmurou

–Isso, vai lá correr atrás da sua namorada, pode ir, eu não ligo - O que deu em mim?

–Posso passar na sua casa mais tarde? - perguntou indo para a porta

–Mais tarde quando? Para a sua informação, você me prendeu aqui por uma hora! UMA HORA! - estava gritando com ele de novo

–Me espere, são uma da manhã, me espere até as duas, volte pra casa. - Destrancou a porta

–O que você quer comigo, hein? Tem a sua namorada pra cuidar - Alguém me dá um tiro? Sério, o que deu em mim? Eu estava pirando.

–Me espere que eu lhe contarei tudo o que quiser - e saiu

Will pegou o celular, com certeza ele estava ligando para a sua namorada.

Eu peguei o meu celular e liguei para Tereza.

Quando cheguei em casa, depois de meia hora cercada por milhares de pessoas, tomei um banho bem quente e fiz alguma coisa para comer. Ainda estava com fome. Enquanto meu cabelo não secava, liguei a TV e parei no canal de filmes, estava passando terror. Eu estava concentrada no filme, se ele não chegasse aqui ás duas em ponto, eu iria dormir e nem iria querer saber dele. Quando o filme estava em uma parte tensa, a campainha tocou. Dei um grito - que parecia mais com um berro - . Devia ser Will, depois de eu dar o - berro - grito, ele bateu na porta e tentou girar a maçaneta.

–DANNA? Você está bem? - perguntou

–Estou - corri para abrir a porta antes que ele a arrombasse

–O que houve? - se referiu ao meu -berro- grito.

Peguei o controle e mudei de canal. Ele percebeu o que eu estava fazendo.

–Comece - falei cruzando os braços e batendo os pés.

–Pelo menos, sente-se - disse sentando no sofá.

–Não, prefiro ficar em pé

–Danna... o que eu vou te dizer agora. Prometa que não vai contar a ninguém, pra ninguém entendeu? Nem para Tereza ou Eric.

–Tudo bem, prometo não contar.

–É importante. - fez uma pausa - Sim, eu menti, eu não viajei por causa do trabalho, eu fui para São Francisco por um mês por causa do meu pai.

–Um mês? - perguntei - Já se passaram seis! O que fez no resto dos cinco?

–Calma, vou chegar aí. Meu pai é dono de uma empresa secreta chamada A.A.S.S, Agência de Armamento e Segurança Secreta. Ninguém conhece-a tirando o governo e algumas pessoas de alto porte. A sede dela fica em Santa Bárbara, mas tem várias delas espalhadas pelos Estados Unidos e no mundo. E uma delas fica em São Francisco.

–Mas... o que essa empresa faz? - me sentei na mesa do centra da sala

–Ela treina pessoas a atirarem sem erro, treinam fisicamente com exercícios pesados, nos ensinam a ter respeito uns aos outros, também acontecem lutas e...

–Pra que tudo isso? - interrompi

–Segurança mundial. Ninguém sabe onde elas estão porque as bases ficam debaixo da terra, e elas são fortemente protegidas. Há passagens secretas para entrar e algumas delas eu nem conheço. Já viu a Super Máquina?

–Sim, eu adoro essa série.

–Coisa parecida, mas sem a ''super máquina'' . Muitos jornalistas e estúdios já tentaram descobrir, mas nunca conseguiram.

–Estúdios? Estúdio de cinema? - perguntei

–Sim, por isso essas especulações em filmes.

–Continue...

–Meu pai pediu para que eu fosse professor por um tempo. Antes que você faça alguma pergunta, desde pequeno, sou treinado no A.A.S.S. Meu pai está velho, cansado e por isso queria que eu tomasse o lugar dele no banco central. Mas a minha paixão por artes marciais e investigação foi mais forte. O pai de Crystal é seu sócio na agência, por isso... estamos namorando

–O que a agência tem haver com isso?

–Meu pai disse que se as duas empresas se unirem, provavelmente ela se tornará uma só e com certeza ficará mais forte - Parou de olhar pra baixo - Eu não amo ela.

–Você... você esta dizendo que está com ela por causa do seu pai? Por acaso você tem... medo dele? - perguntei e logo vi os dentes dele cerrarem.

Ele não respondeu.

–Então, isso vale como um sim. - falei

–Você não conhece o meu pai, ele é capaz de tudo, o centro das suas preocupações e o poder. Quando eu terminei com Crystal, ele me ameaçou... não quero falar sobre essa parte - sua expressão ficou triste

–Tudo bem, e a sua mãe? A sua irmã...?

–Minha mãe faz tudo o que meu pai quer, minha irmã e eu somos independentes, como eu disse, ela está se recuperando na clínica de reabilitação. Ela me disse que prefere ficar lá do que voltar pra casa, vê isso?

–Eu... entendo - me levantei para sentar ao seu lado - An... então o que esteve fazendo nesses cinco meses? Custava ligar?

–Não sei por que não te liguei... acho... acho que se eu te ligasse ou a visse, terminaria com Crystal, me arrependeria de ter entrado na do meu pai. Eu tentei de tudo para te evitar.

–Por quê? - perguntei levantando o rosto dele com meus dedos para que me encarasse.

Ele estava chorando.

–Danna... eu acho... acho... que te amo

Suas palavras me chocaram, eu nunca imaginaria que isso iria sair de sua boca. Dei um sorriso.

–Eu percebi que te amava desde o dia que você foi embora - segurei seu rosto entre minhas mãos – Will, eu te amo - falei baixo e lentamente

Ele se aproximou de mim e olhou em meus olhos. Tarde demais pra perceber que lágrimas estavam saindo dos meus olhos.

–Quando eu disse que terminaria com Crystal quando visse você, eu não menti - abriu um sorriso.

–O quê? Você terminou com ela?

–Terminei. Danna, agora será serio, enfrentarei meu pai para ficar com você. Te amo como nunca amei alguém antes.

Foram as últimas palavras ditas. Acho que nossos lábios se tocaram antes dele dizer ''antes''. Segurei seus cabelos e apertando ele contra mim. Nos levantamos do sofá e seus braços foram para as minhas pernas, me carregando. Meus braços envolveram seu pescoço e nossas línguas ainda estavam se tocando. Will me soltou quando estávamos no meu quarto.

Tirei sua blusa xadrez e ficou de regata, tirei a sua regata. Olhei por um momento para a sua barriga, apreciando. Mas logo voltei para seus lábios. Will tirou a minha regata e minhas mãos foram para seu cinto. Logo, estávamos só com roupas íntimas.

–Você confia em mim? - sussurrou entre nossos rostos

–Sim.

–Você tem certeza?

Fiz que sim com a cabeça. Ele levou seus dedos para e fecho do meu sutiã. Hoje a noite ele era meu, só meu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram??? heheh A Danna é foda né? Calou a boca do Will lá no banheiro kkkkkkk Reviews? Thanks



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aurora Vermelha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.