Secrets escrita por Sky


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá, benzinhos!
Dedico esse capítulo a Lily e a Cria de Marte, que deixaram comentários que fizeram essa pobre autora chagar ao Nirvana ahhaha Muito obrigada, meninas. É bom saber que tem alguém lendo o que você escreve. Enfim, boa leitura!



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Rose narrando: 

Fazia uma semana desde o último final de semana. Período no qual eu decidira-me a abandonar meu plano inicial de invasão ao dormitório masculino, transformada por magia num garoto normal. Não tinha mais sentido. Agora eu entendia bem.

Não era preciso artimanhas mirabolantes para saber quando não te querem por perto. Eu tentava pensar nas partes positivas depois de ter tido uma epifania tão reveladora. Tinha bons e velhos amigos ao meu lado, e alguns novos, como Bryce O'Connor, que mostrara ser um ouvinte atento e um ombro confortável para chorar. Quando saímos do café da Madame Puddifoot, tentei ao máximo segurar-me para não constranger ainda mais o rapaz, mas acredito que só consegui assustá-lo com a careta que devo ter feito no processo.

O'Connor olhou-me solidário e caminhou comigo até um banco de tábuas de madeiras emboloradas, num beco próximo ao café e escondido de possíveis olhares curiosos ocasionais. Ali eu chorei. Não tínhamos nenhum laço até aquele dia, mas eu queria derramar minhas palavras para alguém, tentar externar toda aquela raiva, tristeza e frustração que sentia em meu peito. E ele permitiu.

Não era uma memória exatamente feliz, mas também não era de todo triste. Tem uma coisa poderosa no ato de chorar, não sei ao certo. No entanto, senti-me aliviada por ter Bryce naquele momento comigo. Entendia agora que Scorpius era boa parte do meu passado e meu presente, mas eu ainda podia ter um futuro sem ele. Mesmo que fosse a última coisa que eu quisesse.

No entanto, aquele era um novo dia, e a mágica sempre encontrava seu caminho naquele lugar.

— Ok, não aguento mais isso. – Roxanne disse tirando-me de meu mundo particular.

Estávamos Lily Luna, Dominique, Scarlet e uma amiga da Lufa-Lufa, Marjorie Arnecker, e Roxy em um dos jardins do castelo apenas sentadas na grama, conversando amenidades debaixo de um céu tremendamente nebuloso.

Algumas pessoas chamam-me de louca por acreditar nesse tipo de coisa, mas eu penso que o tempo interfere diretamente em meu humor, além das coisas que estão acontecendo na minha vida em determinado período. Tudo pode estar caminhando na mais perfeita harmonia, meus pais brigando e reconciliando-se mais rápido do que se possam dizer “almas-gêmeas”; Hugo devendo-me sete sapos de chocolate por favores prestados; tio Percy dando-me novos livros e tio George fingindo vomitar pela suas costas; Lily cantando pelo meu quarto, limpando tudo em uma de suas crises de TOC com limpeza; Albus, Scorpius e eu jogando uma amistosa partida de Snap Explosivo... Bem, um dia feliz.

Quando o céu ficava cinzento de uma hora para a outra, alertando-me de que algo ruim está prestes a acontecer. E normalmente, minhas previsões estão certas.

Com todos os cenários pouco atraentes em que eu estava fazendo o papel de protagonista naquele ano, aquele dia cinza era realmente um mau presságio. Principalmente com a minha sorte. Ou devo dizer a falta dela?

Nick suspirou jogando-se na grama como se fosse fazer um anjo de neve – O que exatamente você não aguenta, garota? - perguntou afrouxando sua gravata com o símbolo e as cores da Corvinal.

— Vocês e essas caras tristes. Simplesmente não aguento! Até parece que o mundo acabou... Francamente, estou desapontada com todas vocês. Até você, Scarlet – balançava a cabeça freneticamente. Como eu a conhecia bem, sabia que o discurso não seria para nada. Roxanne tinha um plano. Um plano decididamente perverso.

— Cale a boca, Roxy - disse Scarlet, ruborizada.

— É disso que estou falando. - continuou minha prima - Vocês não estão agindo como vocês mesmas. Parecem até que andam tendo pequenos encontros as escuras com um grupo de dementadores adolescentes.

— Alguém já disse que você é bem exagerada? - disse Lily.

— E precisa de um corte de cabelo novo. - disse Dominique, azeda.

— Eu acho que está ótimo do jeito que está. - pronunciou-se Marjorie. 

Roxanne corou com o comentário e começou a dar voltas apressadas ao nosso redor.

Ok, essa era nova. Roxanne Weasley nunca ficava vermelha. Eu poderia apostar minha coleção de cartões dos sapos de chocolate (pela qual eu tinha incrível carinho e apreço, comecei desde muito nova, e ela já tinha alcançado um tamanho respeitável), tinha alguma coisa acontecendo. Respirei fundo e contei até cinquenta, atentando acalmar meus nervos pela milésima vez no ano (e ainda nem estávamos na metade do período escolar). Ajudaria se meus amigos parassem de criar vidas secretas sobre as quais eu não possuía conhecimento algum.

Deixando de lado os segredos alheios, Roxanne tinha um ponto válido. Mas o que poderíamos fazer?

Mesmo com minha mais nova resolução de vida, não tinha sido nada agradável suportar a semana que veio depois daquele malfadado encontro, agora eu tinha de suportar Scorpius e sua nova namorada atracando-se aonde quer que eu fosse. Era no mínimo nojento. Eu já não tinha mais lágrimas para chorar, entrei num de torpor para poupar a mim mesma (não que estivesse funcionando).

Bem, Lily também não estava muito melhor. Saudades dos amigos, ou de seu ex-futuro namorado. Assim como Scarlet e Nick, mesmo eu não sabendo o motivo da angústia das meninas. Marjorie parecia ser a única que conseguia colocar um sorriso despreocupado nos lábios.

— Onde você quer chegar, prima? – perguntei.

Seus olhos faiscaram – Ah! Ainda bem que perguntou, Rose. Por eu odiar ver todas vocês tristinhas proponho uma...uma, hmm, noite de garotas. Isso! O que acham?

— Não é uma ideia ruim de todo, estamos mesmo precisando nos animar – Lily disse.

— Ah, mas é ruim sim! Você só quer se embebedar com Whisky de fogo. – disparei meio irritada.

— Eu?! – Roxanne perguntou fingindo indignação – Claro que não!

— Está bem, e mesmo que nós acreditássemos nisso e fossemos ter nossa “festinha”, onde seria isso? - Dominique perguntou.

— Não se preocupem, tenho a solução perfeita para todos os seus problemas – Sua expressão extremamente sugestiva, até mesmo para ela. Bom, era melhor ficar fora de seu caminho, Roxanne não media esforços para burlar regras. Era seu passatempo preferido.

— Ainda não acho que seja uma boa ideia, Roxy.– comecei – Mesmo que a gente consiga um lugar para isso,  tem sempre a possibilidade de sermos descobertas.

— Você se preocupa demais, sabia? Não faz bem para a sua saúde. Só vai morrer mais jovem! – disse a menina - Além do mais, faz parte da diversão, Rosie.

— Acho que Roxanne tem razão.

Espantei-me ao perceber que era Scarlet quem tinha dito aquilo. Na minha concepção, ela seria uma das primeiras a ignorar um dos planos de minha prima – Eu estou cansada, quero me divertir, fazer coisas novas. E tenho um histórico impecável, está na hora de mudá-lo um pouquinho...

Roxy pulou no pescoço de Scarlet, como num tipo de abraço, suponho – Meu histórico não está nem perto de ser limpo como o seu, Malfoy, mas eu não me importo. - As duas riram alegres.

Dominique, Marjorie e Lily entreolharam-se, deram de ombros e concordaram também. Todas elas agora davam gritinhos histéricos e riam como se aquilo fosse a solução dos nossos problemas. Idiotice. Aquilo não resolveria nada. Na melhor das hipóteses seria como colocar um daqueles band-aids trouxas sobre uma fratura exposta.

De repente, todas pararam o que faziam de maneira sincronizada, como por telepatia. Minhas amigas encaravam-se nervosamente, e então, uma a uma, viraram sua atenção toda para mim. Lily fez um sinal para Marjorie e Scarlet e logo fui imobilizada por duas garotas magricelas da Lufa-Lufa, enquanto Dominique apontava sua varinha de azevinho bem entre meus olhos.

— Por Morgana! O que diabos vocês pensam que estão fazendo?— rosnei exasperada – Me. Soltem. Agora.

— Não podemos. – Lily disse rindo envergonhada - Você poderia nos dedurar, sabe como é.

— Vocês estão de brincadeira.

— Claro que não, Rosie. - disse Dominique - Levo azarações muito a sério, você sabe.

— Rose, ou você está com a gente, o lado lindo, e glamouroso - disse Marjorie teatralmente - Ou está contra nós. O que vai ser?

Eu não acreditava que as meninas iriam realmente causar-me algum mal, mesmo assim a situação não era menos irritante. Francamente...

— Tudo bem, tudo bem! Eu vou! – cedi – Dá pra me soltar agora?

Roxanne confirmou com a cabeça e fui liberta, depois saltou para abraçar-me emocionada. Francamente!

— Ainda bem que fez a escolha certa, prima. 

O céu ainda colorido apenas de cinza indicava-me o contrário. Mas o que está feito está feito, suponho que teríamos nossa pequena "reuniãozinha".

*

Alguns dias depois daquela conversa, Patsy Winslow, a monitora da Grifinória adoeceu misteriosamente e teve de ser hospitalizada. Até aquele momento não tinham transferido-a para o St. Mungus, mas a possibilidade ainda não tinha sido descartada por completo.

 Roxanne afirmava não ter parte com o ocorrido, o que eu duvidava completamente, no entanto, a ausência de provas deixava minhas mãos atadas. Como consequência, fui nomeada a nova monitora temporária, pelo menos enquanto Patsy recuperava-se.

Sim, "assustador" seria um termo apropriado para ocasiões como essa.

Deixando minha prima psicopata de lado, os monitores tinham uma Sala Comunal separada dos outros alunos, um dos privilégios. Era uma sala modesta, não era muito grande e nem possuía tantos móveis ou decoração como a Sala Comunal propriamente dita, entretanto, era confortável e bem privativa. Albus e eu dividiríamos a mesma durante aqueles período, já que ele era o outro monitor.

Dessa forma tínhamos um lugar para fazer a bendita “reunião de garotas” sugerida por Roxanne. E conhecendo a garota como eu, não ia acabar bem. Mesmo sabendo de todos os riscos e problemas que enfrentaríamos se o plano desse errado, eu estava ansiosa por participar. Roxanne Weasley sabia realmente como dar uma festa. Mesmo que fosse apenas para um grupo tão diminuto, seria inesquecível. Talvez um pouco perigoso devido às bebidas ilícitas que com certeza ela contrabandearia com a ajuda do irmão mais velho, Fred II, que agora trabalhava temporariamente no Três Vassouras.

Por um instante senti um medo que não tinha nada a ver com o perigo que aquela "escapada" representava para meu novíssimo cargo de monitora, mas sim com as bebidas. Ou com o efeito delas sobre mim, para ser mais precisa. Meu organismo reagia muito mal, uma única e mísera dose podia revelar a Rose que escondia dentro de mim. Ela não era uma pessoa muito controlada. estremeci ao imaginar meus primos ou Scorpius como penetras...

Dane-se, pensei. A situação não poderia ficar pior mesmo. Certo?

*

— Certo, eu vou entrar na cozinha e pegar algumas coisas, ok? – Lily perguntou enquanto checava sua lista improvisada num pedaço de pergaminho amassado. – Você me espera aqui pra podermos ir até a sua Sala Comunal.

— Já sei, já sei, vá logo! Não quero ser pega andando pelos corredores no meu segundo dia como monitora.

Lily Luna prendeu o riso e entrou na cozinha balançando os cabelos lisos e ruivos como os da mãe. Deslizei na parede mais próxima até chegar ao chão frio, enquanto esperava por ela. Todas as outras meninas já estavam esperando, Lily foi a única a esquecer da sua parte para o "grande evento". A comida.

Seria difícil divertir-me numa hora dessas, mas eu precisa tentar. Afinal, a vida continua mesmo depois de uma desilusão amorosa, certo? 

No entanto, a única coisa que eu conseguia pensar era no tempo terrível que fazia lá fora. Uma chuva torrencial tinha começado a algumas horas e não dava sinal de que ia parar tão cedo. Gotas robustas e barulhentas batiam nas janelas a minha frente

Maldito tempo ruim.

Scorpios narrando:

—...e aí ela comprou um vestido hor-rí-vel na Trapo Belo e simplesmente saiu desfilando como se fosse a bruxa mais atraente em toda Londres, estava implorando por uma azaração. Você sabe, eu não consegui resistir, tive de satisfazer seu desejo, você me entende, certo Scorp?

 Cêce falava rapidamente e de maneira atropelada á meia hora e eu tentava acompanhar o que a garota dizia, mas era uma tarefa difícil. Não aguentava mais seus discursos intermináveis e superficiais, mas não queria simplesmente dispensar a garota. Seria rude. E se tinha uma coisa que Draco Malfoy ensinou-me foi a ter respeito com as mulheres. 

— Ah, claro, o que você quiser - Fazia uma semana que estávamos “namorando” e eu já estava completamente saturado. Ela era um pesadelo.

— Você nem estava prestado atenção! – ela bufou, cruzando as pernas, desgostosa. Eu já não ligava para o que ela pensava, precisa de um jeito de livrar-me dela, de preferência pelo caminho com menos efeitos colaterais. Infelizmente eu estava sem saídas miraculosas no momento.

— Hm, desculpe, estava pensando no que vou fazer depois que sair de Hogwarts. – Menti. Foi o suficiente para que ela voltasse ao seu monólogo extremamente narcisista. A Sonserina abriu um sorriso e começou a tagarelar sobre como nossos próximos meses como um casal seriam, dia a dia. Já tinha tudo planejado, até depois de terminados nossos anos em Hogwarts.

Definitivamente eu precisava terminar aquele arremedo de namoro o mais rápido possível. 

Enquanto isso, eu observava meus amigos sentados à mesa da Grifinória comendo e divertindo-se, enquanto eu mesmo sentava-me na da casa das cobras, totalmente infeliz com aquilo que eu mesmo tinha me metido. Albus ria de alguma coisa qualquer enquanto Rose bufava, fingindo irritação. Suspirei cansado. 

Era tudo minha culpa. Eu tinha a feito a besteira dessa vez. Era o único a ser culpado. Até meu melhor amigo - que não era nenhum exemplo de sensibilidade – veio tirar satisfações comigo por ter sido flagrado "aos rolos" (palavras de Albus Potter) com uma garota qualquer bem na frente de Rose.

Não tinha sido capaz de evitar. Meu único pensamento estava no  intenso ciúmes que eu sentia ao vê-la com aquele prepotente que era Bryce O'Connor. Rose Weasley rindo e mexendo despreocupada em uma de suas mexas cobreadas. Aquela fora a única maneira que me passou pela cabeça para chamar a atenção dos dois.

Mas arrependi-me no instante em que vi o olhar chocado – quase traído – de Rose.

No entanto, agora era tarde para voltar atrás. O desastre já estava feito, e o número de vira-tempos disponíveis era tão vasto quanto o círculo de amigos “sangue-ruim” de meu avô, Lucius Malfoy. Faça as contas.

Em um dos raros momentos em que Cêce tinha deixado-me em paz, esguerei-me para a mesa da minha casa, e Al dissera-me que Rose e as amigas estavam tramando alguma coisa.

De fato elas agiam estranhamente. Dando risinhos pelos cantos e olhando para os lados como se esperassem topar com um dementador nos corredores de Hogwarts. Nas atuais circunstâncias eu não duvidava de mais nada. Notei que minha irmã também fazia parte da quadrilha organizada, entretanto, duvidava que eu conseguisse tirar qualquer informação dela.

Resolvi tirar aquilo da cabeça. Precisava concentrar-me em táticas para exterminar-erros-estupidamente-estúpidos, como namorar uma garota que eu conhecia há míseros cinco dias. Por Dumbledore, eu tinha calções que eram quase duas décadas mais velhos. Ok, pensamente desnecessário, mas não deixava de ser verdade.

Scarlet narrando:

Sempre fui uma boa menina. Pelo menos sempre dei meu melhor com esse objetivo em mente. 

Há três anos, quando fui selecionada para a Lufa-Lufa, minha vida, antes leve, onde minhas maiores preocupações eram com qual vestido minha boneca usaria naquele dia, passou para momentos intermináveis de “desapontamento com Scarlet Malfoy”, principalmente por parte de meu avô paterno.

Á partir daquele ano, todas as minhas ações eram observadas cuidadosamente, como se meu corpo fosse estruturado como um castelo de cartas. Tão frágil e instável que beirava ao ridículo. Tratavam-me como se eu fosse incapaz de fazer atividades simples, fossem elas físicas ou mentais.

Penso que para Lucius Malfoy, aqueles que pertenciam á casa do texugo eram simplesmente a escória do mundo bruxo. Pessoas que nem ao menos mereciam empunhar uma varinha, simplesmente por terem “lealdade e amizade” como prioridades. Aquilo doía. Com o passar dos anos, acabei por desenvolver uma capacidade para não mais ser afetada por seus comentários mordazes a meu respeito. Tentava pensar que não eram exclusivamente direcionados a mim, o ancião praticava seu destilamento de veneno com todos a minha volta, como meu pai e minha mãe, e Scorpius, meu irmão.

No entanto, eu ainda sentia que era um de seus alvos preferidos.

Eu era um párea aos seus olhos e os de alguns outros, e nada que eu fizesse poderia mudar sua opinião a meu respeito. Mas mesmo assim eu tentava. Por algum motivo, sentia um desejo intenso de agradar-lhe, de não ser um desgosto, ou pelo menos de não causar ainda mais aversão por ser quem eu era.

Tentava ser sempre pontual. Procurava não fazer nenhum comentário impertinente ou mesmo engraçado quando ele estava por perto. Arrumava-me impecavelmente com cada fio de cabelo loiro no lugar. Mostrava-lhe meu boletim recheado de boas notas. Mas nada parecia amolecer seu coração.

Meu pai não admitia o comportamento de Lucius, já tinham discutido inúmeras vezes por esse motivo. Aquilo só fazia com que eu me sentisse pior. Mesmo sabendo que Draco Malfoy estava apenas tentando me proteger, apenas reforçava a ideia de que ele também não pensava que eu fosse capaz de lutar minhas próprias batalhas.

E agora, mesmo que eu tivesse uma chance de penetrar aquela couraça teimosa, tudo iria pelo ralo, porque eu começava a perceber que tinha me apaixonado por Albus Potter. Com certeza um envolvimento com o garoto não iria favorecer minha imagem dentro da família Malfoy. Duvidava que meu pai fosse ficar lá muito animado com a ideia.

No entanto, o rapaz alto e esguio de cabelos rebeldes e incríveis olhos verdes conseguira conquistar minha afeição depois de alguns anos de insistência.

Ele era o meu veneno e a minha cura. Meu sonho e meu maior pesadelo.

Aquele seria mais um grande feito de Scarlet Malfoy, a menina que não acertava em nada, simplesmente por ser do jeito que era.

Não. Eu não iria me permitir passar por aquilo. Não agüentaria os olhares de reprovação dele e de outros parentes, os comentários maldosos de meus poucos primos... E no final, Albus nem deveria sentir o mesmo por mim. Não valia a pena arriscar.

Por isso participar daquela loucura que Roxanne Weasley chamava de festa era uma chance para que eu relaxasse um pouco. Sentia cada músculo do meu corpo tenso, minha cabeça explodia com a quantidade de nós que eu tentava desembaraçar.

Era como se eu estivesse andando numa corda bamba sobre uma piscina cheia de crocodilos bem abaixo de mim, com diabretes puxando meus cabelos para antecipar minha queda iminente. Qualquer movimento brusco e eu despencaria.

Mas sabe o que dizem, é preciso errar algumas vezes para saber o que é o certo.


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Notas finais do capítulo

Galerinha, viram que coloquei uma capa? Achei essa Fanart maravilhosa, e como não tenho capacidade nenhuma para montagens, vou deixá-la como capa até ter uma opção melhor.
E então? Qual a opinião de vocês? O que será que vai acontecer nessa festa da Roxy? Hoje tentei mostrar um pouco mais o lado da Scarlet, o que motiva a menina a fazer as coisas do jeito que faz, com o passar dos capítulos quero mostrar um pouco mais de cada personagem.
Enfimmmmm, espero que tenham gostado da leitura. Estarei no aguardo para saber o que estão pensando, enquanto isso...

Beijos da Sky .



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