Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 111
Capítulo 23




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– Sr Malfoy - sorriu Dumbledore

Draco continuou inexpressivo, com a varinha fixa em Dumbledore.

– Fui alertado de suas tentativas de tentar me matar. - continuou o diretor - Porém nunca as julguei verdadeiras.

– Deveria ter acreditado em Potter, professor.

Suspirei e vi os olhos de Harry me observarem, alarmados.

– Você está sozinho? - perguntou Dumbledore

– Não. - disse Draco - Há Comensais da Morte na escola nesse exato momento.

– Você encontrou um meio de trazê-los, afinal! - disse Dumbledore verdadeiramente impressionado

– Sim! - exclamou Draco - Bem debaixo do seu nariz!

– E onde estão eles? - perguntou o diretor

– Encontramos algumas dificuldades no caminho. - disse Draco - Logo chegarão

– Assumo que as dificuldades sejam professores… - disse Dumbledore

– Não, são seus malditos admiradores. - disse Draco - A turma de Potter.

Arregalei os olhos para Harry.

– Eu vim primeiro, pois preciso fazer uma coisa. - disse Draco

– Bom, faça-a, rapaz. - disse Dumbledore

E vi Draco perder a pose arrogante que tinha até aquele momento. Sem os dois falando, eu consegui ouvir ruídos de feitiços ricocheteando nas paredes.

– Draco, você não é um assassino. - disse Dumbledore - Talvez eu devesse ter acreditado em Harry, quando ele me advertiu sobre as tentativas de me matar, mas eu sempre preferi acreditar na Senhorita Alice, que sempre acreditou que há mais que isso dentro de você.

Draco suspirou.

– Você não sabe do que eu sou capaz. - Draco disse - E nem ela, ou Potter.

– Eu sei sim. Assim como tenho certeza de que eles sabem. - disse Dumbledore - Eu vi dois alunos quase morrerem esse ano, com suas tentativas, Draco, que foram, se me permite dizer, tão ineficazes se me pergunto se você de fato gostaria de me matar.

– É por isso que estou aqui, não é? - perguntou Draco

– Não sei. - disse Dumbledore - Não consigo interpretar esse seu receio.

Ouvi um grande estrondo vindo lá debaixo e Draco estremeceu.

– Essa deve ser a Ordem da Fenix. - disse Dumbledore - Draco, meu rapaz, o que está te impedindo agora?

Draco não respondeu.

– Bom, façamos alguma coisa para passar o nosso tempo, enquanto você se decide… - disse Dumbledore - Como conseguiu infiltrar seus companheiros aqui na escola?

– Um Armário Sumidouro. - respondeu Draco - Tive que consertá-lo.

Era isso que ele fazia quando sumia. Ele estava consertando um maldito armário.

– Admito que é inteligente. - suspirou Dumbledore

– É um par. - Draco disse desanimado - O outro fica na Borgin&Burkes.

Dumbledore assentiu, compreendendo.

– Bem debaixo do meu nariz… - se divertiu Dumbledore- E você nem desconfiou. - disse Draco

– Como eu já disse, Draco, você não passou despercebido. - disse Dumbledore - O Professor Snape vem seguindo você, vigiando-o, como eu pedi.

Draco riu.

– Você é um velho doido. - disse ele - Ele é um agente duplo…Ele estava fazendo o que minha mãe pediu.

– Naturalmente, isso é o que ele te falaria. - disse Dumbledore - Mas eu confio minha vida a Snape.

Harry revirou os olhos.

– É por isso que ela não durará muito tempo. - disse Draco - Ele vem me atrapalhando desde o início, mas amanhã, quando ele acordar, Snape já não será o favorito do Lorde das Trevas.

– Você está fazendo tudo isso para obter esse reconhecimento? - perguntou Dumbledore, incrédulo

– Cansei de ser segunda opção. - disse Draco

Harry e eu nos entreolhamos. Seria possível que uma parte da culpa, mesmo que mínima, fosse minha?

– Você precisou de um cúmplice, quem teria te ajudado… - indagou Dumbledore - Ah, claro! Rosmerta.

Draco sorriu, ironicamente.

– Maldição Imperius. - disse ele - E com o método de moedas que a Sangue Ruim da Granger utilizou ano passado, pudemos nos comunicar sem sermos detectados.

– Não use essas palavras, Draco. - disse Dumbledore

– Eu estou prestes a te matar e você fica ofendido com o uso de tais palavras? - riu Draco

– Fico. - respondeu Dumbledore calmamente - Eu achei que você tivesse perdido tais preconceitos, depois de me parecer gostar tanto de Alice.

– Não fale dela. - disse Draco friamente

– Entendo. - disse Dumbledore - A simples menção da senhoria faz com que você se sinta envergonhado.

– Não é como se ela fosse descobrir o que se passou aqui. - disse Draco - Eu não vou contar e você estará morto.

– Duvido muito. - disse Dumbledore - Afinal, querido, estamos aqui há muito tempo e tudo o que você fez foi estender sua varinha.

Draco soltou um suspiro amargo.

– Bom, o que você acha de discutirmos suas opções? - perguntou o diretor

Draco soltou uma risada.

– Minhas?

– Sim. - assentiu Dumbledore

– Eu não tenho nenhuma. - disse Draco, mais uma vez, perdendo o ar arrogante. - Eu nunca tive alguma! Ele vai me matar, matar a todos que eu já me importei na vida.

Suspirei.

– Esse é um dos motivos pelos quais eu não demonstrei nenhum conhecimento sobre o seu plano, Draco. - disse Dumbledore - Eu sabia que Voldemort não hesitaria em matá-lo, caso soubesse que eu desconfiava de você.

Draco o encarou.

– Deixe-me ajudá-lo. - disse Dumbledore

– Ninguém pode. - disse Draco

– Eu posso proteger sua família. - disse Draco - Posso enviar membros da Ordem para sua casa. Seu pai estará seguro em Azkaban. A Srta. Alice ficará segura também.

Draco continuou imóvel, mas eu percebi que a mão que segurava a varinha estava tremendo.

Antes que ele respondesse alguma coisa, quatro pessoas, com vestes negras, adentraram a torre.

– Boa tarde, senhores. - disse Dumbledore, gentilmente

– Draco! - disse um dos comensais - Acabe logo com isso.

– Vamos Draquinho… - disse Bellatrix - Faça o que o Lorde das Trevas ordenou.

Draco hesitou e outra figura entrou no recinto.

Snape.

Suspirei aliviada, mas Harry manteve a expressão alarmada.

– Severo… por favor… - disse Dumbledore

Snape suspirou e deu alguns passos na direção de Dumbledore.

– Severo…

Dumbledore estava suplicando. Naquele momento, eu vi o quanto ele estava frágil. Ele parecia um boneco esquecido, jogado na parede. Sua mão negra não ajudava muito, me parecia que o ferimento havia apenas crescido desde o início do ano letivo.

Snape ergueu a varinha e apontou para Dumbledore.

– Avada Kedavra…

O corpo, agora sem vida de Dumbledore, que outrora estava apoiado na parede, agora desaparecia de vista, enquanto caía da torre.

O tempo me pareceu passar em câmera lenta. No momento em que a maldição foi lançada, Harry e eu fomos liberados do encantamento de petrificação. Os comensais presentes, com exceção de Draco e Snape, correram escada abaixo, para escaparem.

Era como se eu também estivesse caindo da torre e, me parecia, que Harry estava tendo a mesma sensação.

Harry recolheu a capa e meus olhos encontraram os de Draco.

– Você… - ele sussurrou

Snape lançou um feitiço em mim, que foi rebatido por Harry.

– VOCÊ PODE PEGAR SUA VARINHA, ALICE? - gritou Harry

Rapidamente, tirei a varinha das vestes e me pus a correr atrás de Snape, Draco e Harry.

Havia muito mais gente na batalha térrea do que eu havia imaginado. Não consegui ver nenhum dos meus amigos, mas também não vi corpos no chão.

Os comensais correram para os jardins, em direção à floresta, ao lado da casa de Hagrid. Harry gritava com Snape, e tentava acertá-los com todos os feitiços que conhecia.

Eu estava sendo absolutamente inútil, mas era impressionante fato de estar conseguindo correr na mesma velocidade que todos.

Senti uma dor insuportável e caí no chão. Minha boa e velha amiga, Bellatrix Lestrange, ria com a varinha apontada para mim.

– Tia, para… - disse Draco

– Só mais um pouquinho… - disse ela

Eu não conseguia me concentrar em nada além da dor física e emocional que estava sentindo. Honestamente, não sabia qual era pior.

– AGORA - gritou Draco

Ela o encarou, com raiva, mas retirou a maldição. Draco, hesitante, veio até onde eu estava ofegante, deitada no chão.

– Você está bem? - ele perguntou

– Não - solucei

– Eu sinto muito. - ele disse honestamente - Por tudo.

Ele se levantou e correu para onde os outros o esperavam. Olhei para o lado e Harry estava deitado no chão e parecia machucado.

Me arrastei até ele e deitei em seu peito.

– Snape é o maldito príncipe mestiço. - disse Harry - O livro era dele esse tempo todo.

Ele suspirou e me aninhou em um abraço. Senti suas lágrimas molharem meu couro cabeludo enquanto as minhas molhavam sua blusa.

– A gente deve ir. - ele disse - Temos que vê-lo.

Assenti.

Nos levantamos com dificuldade e fomos, mancando, de volta para o castelo. Demos a volta nas estufas e chegamos na base da Torre de Astronomia, onde todos os alunos estavam reunidos.

Ao nos ver chegando, a multidão abriu passagem para o corpo estendido de Dumbledore. Imóvel e sem vida.


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Notas finais do capítulo

GENTE EU TO SENDO MARAVILHOSA, CONVENHAMOS.... 3 CAPÍTULOS NA MESMA SEMANA...DEIXEM REVIEWS ENORMES EM AGRADECIMENTO