Acordei e ninguém havia me achado ainda, comecei a ver umas borboletas em minha frente por conta da droga. Me dei um tapa para poder acordar, o que não adiantou muito.

Eu: MAS QUE PORRA! –Disse para mim mesma.

Passaram alguns minutos e eu já estava rindo que nem uma idiota novamente.

!: Luciana? –Alguém me gritou de longe.

Eu: HAHAHAHHAHA CARALHO NÃO ACREDITO, A PEDRA TA FALANDO?!

!: Ham? Pedra? Luciana você esta drogada?

Eu: MEU DEUUUUUUUUUS, VOU FICAR RICA! TEM UMA PEDRA FALANDO COMIGO!

!: Caralho, o quê que fizeram contigo?! –Vi um rosto, mas não reconheci.

Eu: Você viu?

!: Vi o que?

Eu: A pedra falando!

!: Luciana, é o Harry...

Eu: Harry? Quem é Harry?

Harry: Bom... Não sei mais também.

Eu: Eu que me droguei e você nem sabe quem você é? Kkkkkkkk q foda! –Disse me apoiando nele.

Literalmente estava maluca, nunca havia experimentando alguma droga além de maconha. Via luzes me rodeando e as vezes elas me irritavam, mas eram bem bonitas.

Harry: Você que se drogou?

Eu: Não posso te falar! –Disse colocando meu dedo na boca dele como se fosse um segredo que ele devia ter falado.

Harry: Luciana vem comigo... Por favor. –Ele disse se levantando.

Não conseguia nem ficar assentada e o menino me mandando levantar... Estava tão mal que acho que fiquei parada uns 5 minutos olhando para as luzes que saiam de todas as partes da rua.

Harry: LUCIANA PORRA!

Eu: O QUÊ?

Ele me pegou em seu colo.

Eu: Cachorrinho mais fofo é esse na sua cabeça! –Disse passando a mãe nos cachos do Harry.

Harry: Quem te drogou? Sei que não foi você...

Eu: A Clara e o Travis não me drogaram, eles me deixaram melhor do que eu estava!

Harry: Não acredito. –Ele ficou em silêncio enquanto eu estava no colo dele.

Harry foi andando e eu ainda continuava doidona com as drogas que estavam em mim. Falava algumas coisas nada a ver, mas também ficava calada, dava risada e via aquelas coisas de drogados. Incrível.

Adormeci por mais ou menos uns 30 minutos em seu colo, abri os olhos e ele ainda estava andando comigo, mas nem fazia ideia para onde estávamos indo.

Eu: Que quê aconteceu?

Harry: Te drogaram e eu fui roubado.

Eu: CALMA, O QUE EU TO FAZENDO COM VOCÊ?

Harry: Lu...

Eu: SEU CANALHA, GAY, VAGABUNDO, ME SOLTA! –Disse me debatendo em seu colo e logo coloquei meus pés no chão.

Harry: Luciana... –Nem deixava ele terminar uma frase e logo eu o xingava de novo.

Eu: Você acha que eu não vi nada? POR SUA CAUSA INJETARAM ASL EM MIM! –Eu disse chorando.

Harry: Vem aqui agora porra! -Ele me pegou em seu colo, já que eu ainda estava mole.

Eu: Como você pode fazer tudo isso?

Harry: DÁ PARA VOCÊ ESPERAR CHEGAR NA PORRA DO HOTEL PARA EU TE EXPLICAR!

Eu: Ta.

Não queria ficar gritando no meio da rua também, ainda não estava em estado “normal”, apenas sentia meu rosto doendo e as vezes viajava nos postes de luz que separavam cada espaço daquela rua escura.

Eu: Tem certeza que você quer chegar nesse estado comigo pela porta da frente do hotel?

Harry: Tenho.

Eu: E a Clara?

Harry: O que quê tem?

Eu: Bom, fui drogada, estou semi nua no colo de um cantor famoso que me traiu hoje e que acabou de ser roubado e esta apenas de cueca.

Ele nem me respondeu só foi andando em direção a porta e passando pelos paparazis sem ligar muito. Ele apenas protegia meu rosto para ninguém me reconhecer. Até que ta fofo, mas seria melhor se nada disso tivesse acontecido.

Entramos pelo hotel e ele me colocou no chão, porque sabia que eu não estava me aguentando em pé. Uns tumultos de empregados vieram para cima de mim e dele com vários cobertores, me cobriram e eu fiquei assentada no chão encostada no balcão, enquanto milhões de pessoas estavam em cima do Harry.

  Eu: CARALHO! –Disse logo em que percebi que meu nariz estava sangrando.

Acho que para uma menina com 18 anos, acontece muita coisa comigo, e normalmente é só coisa fodida. Por isso NUNCA coloquem o nome na filha de vocês de Luciana... Triste esse nome meu.

Harry: Cadê a Luciana?!

Eu: To parecendo um mendigo! –Comecei a rir de novo, estava noiada ainda.

De repente uma voz estrondeante entrou pela porta do hotel e...

Joyce: LUCIAAAAAAAAAAANA! PUTA QUE PARIU!

Eu: JOOOOOOOYCE, CARALHO!

Ela se sentou do meu lado no balcão e logo saiu merda da boca dela.

Joyce: Que rosto é esse? Porque seu olho ta roxo? Que cheiro nojeto! Você foi estuprada? Quem fez isso? Socorro, seu nariz tem meleca vermelha!

Eu: Valeu, por se passar por um espelho e me contar como eu estou!

Joyce: Eu até ia te abraçar, mas ta nojento! E essa roupa ridícula?

Eu: Não sei, me vestiram nisso... To só de sutiã.

Joyce: Vamos pensar pelo lado bom, sua calcinha continua!

Eu: Realmente essa parte é boa!

Eu e a Joyce começamos a rir uma da outra, até que ela me pegou em seus ombros e me levou para o quarto.

 Joyce: Ta pode me contar.

Eu: Não me lembro de nada...

Joyce: Anda logo.

Eu: Apenas sai para respirar e nisso a Clara e o Travis me pegaram lá foro e injetaram ASL em mim... Nisso tinham umas 10 meninas que começaram a me bater e me deixaram nua, não consegui me mover de dor e por conta da droga, fiquei deitada no chão e foi apenas isso.

Joyce: E o Harry? O que ela estava fazendo com você?

Eu: Não sei, mas eu o amo pra caramba Joyce e pelo visto não é isso que ele sente por mim.

Harry: To aqui...

Ouve um silêncio total, a Joyce que é preta ficou branca e eu mais vermelha que o possível. Ele veio andando, até assentar na minha frente na cama. Minha vontade era apenas abraça-lo ou beija-lo, mas não queria ao mesmo tempo. A caralho sou indecisa, por isso apenas fiquei olhando para ele.

Joyce: Tchau. –Ela saiu correndo o mais rápido que pôde, até me deu vontade de rir, mas estava muito assustada.

Harry: Me escuta?

Eu: Para quê?!

Harry: Olha isso foi tudo culpa da gravadora... você sabe como são as coisas!

Eu: A quanto tempo você já sabia que ia ficar com ela?

Harry: Olha...

Eu: Fala logo!

Harry: Desde quando eu estou com você... –Ele abaixou a cabeça com vergonha de si próprio.

Eu apenas me deitei na cama e fiquei olhando para o teto, ficou o pior silêncio do mundo naquele quarto, nenhum conseguia olha para a cara do outro.

Uma voz de mulher quebrou o silêncio, era só o que me faltava.

Clara: Amor! Cadê você? –Ela foi abrindo a porta do quarto, porque aquele era o quarto do Harry.

Sem pensar muito, corri para de baixo da cama de casal para não apanhar mais, só não sei como que ela tem essa cara de pau de fazer isso tudo, o pior de todos é o Harry.

Vi o salto dela andando em direção aos sapatos de couro italiano do Harry que estavam no chão e eu tinha ajudado a escolher um dia. Calei a boca.

Clara: Já estava me esperando? –Ela disse olhando para o corpo do Harry, porque ele estava apenas de cueca.

Harry: Hm. –Ele saiu de perto dela.

Ótimo, só falta eles resolverem fazer sexo, essa Clara é psicopata, a mulher canta tem uma vida inteira pela frente e quer derrotar uma menina como eu que faz gastronomia em uma faculdade.