Veneren A El Nuevo Líder! Yo! escrita por Casty Maat


Capítulo 6
Act 5 - O Clã




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A sede do clã ficava um pouco afastada do centro urbano, cerca de 1h de viagem. Jacob estava ansioso e irritado pelo tédio. Um mistura não muito animadora. Friederick estava lendo um livro grosso, mas de confecção moderna, possivelmente um livro de faculdade. Era o próprio José quem dirigia, algo raro, pois ele gostava de andar a pé.

O carro era alugado mesmo, de cor cinza, modelo mais barato do que os carros que a familia costumava ter. Mas era bem confortável e novo. Jacob sugava lentamente o refrigerante que compraram no aeroporto, o que tinha sobrado do lanche no McDonalds, enquanto José ia retirar o carro já previamente alugado.

O fato é que, apesar do tédio a paisagem era linda. E não demorou muito para avistarem um castelo medieval, perdido na paisagem. Do lado de fora uma caixa metálica.

-Gerador? - murmurou Jacob, analisando a estrutura ao longe.

-É o meio de ter energia elétrica no clã. - disse José, um tom de voz mais seco e sério. Não era preciso dizer muito, ali era a sede dos Pierdut Lumina.

Mesmo com o castelo em vista, José ainda teve que dirigir mais alguns bons minutos até o carro ficar de frente ao portão. Ele deu alguns toques na buzina e desceu do carro. Um vigia a principio ficou pronto a atirar ao sentir a energia de vampiros, mas abaixou a arma quando José liberou a Gaé Bolg e entendeu que ali se encontrava o ainda líder, parecendo embasbascado ao vê-lo como um vampiro agora.

-O que está esperando? Mande abrir esse portão, incompetente! - berrou José, parecendo muito mal-humorado. - Ou não viu a lança na minha mão? É um ordem!

José guardou a lança na forma de guarda-chuva mais uma vez e entrou no carro, engatando a marcha, apenas esperando que abrissem o portão. Helena o olhou, era muito dificil ver José tenso, sério e até mal-humorado. Aliás, todos ali estranharam o jeito do ex-caçador. Logo o portão se abriu e o carro entrou suavemente para dentro das dependencias.

O local era enorme, uma verdadeira vila ou cidade dentro da fortaleza. Parecia que pessoas do clã todo ao redor do mundo vieram prestigiar o novo líder, mesmo no fundo, estando a odiar que o mesmo fosse um vampiro.

-Os Pierdut são bem mais preconceituosos do que possa imaginar, Jay... - José avisou o filho, nada que ele não imaginasse. Sid era um caso a parte.

O chileno estacionou o carro num lugar mais tranquilo, e logo um dos anciões vieram receber a família. Ancião era modo de dizer, pois o homem aparentava estar na casa dos 40 anos. Logo atrás, Sid, com um sorriso sincero e amável. O homem pegou a mão de José e beijou respeitosamente.

Jacob observava seu pai frio e distante, algo que jamais imaginara nele. Tentava decifrar se era para impor respeito ou seu desgosto em estar ali.

-Seja bem vindo, sir José... - disse o homem, em um tom rouco. O ainda líder apenas olhou com altivez, o rosto tranco numa indiferença que Jacob só vira em Helena. Era estranho demais ver isso. Nada respondeu. Sid começou a guia-los, mostrando a sede em detalhes, enquanto o ancião ordenou alguns caçadores cuidarem das malas.

Quem visse de fora, pensaria que poderia se tratar de uma familia de vampiros visitantes. Jacob parecia ainda um pouco relaxado, mas buscava imitar a atitude dos pais. Bem, olhar belas moças ali parecia algo muito divertido. Será que ainda ocultavam noivas? Ele deixou escapar um sorriso bobo, recebendo de Fried um tapa atrás da cabeça.



 

-Como assim? Então é isso?! - François resmungava com Ginko, ambos no terraço da escola. - Ele é líder do clã Pierdut Lumina, aquele mulherengo, burro e imbecil?

-Acho lindo a forma dos homens dizerem que amam seus melhores amigos... - suspirou a vampira, de braços cruzados. - E Jacob ainda não é o líder, irá se tornar dentro dessas horas. O senhor José ainda é o líder.

-Por isso o Jay usava armas.... - sussurrou num pensamento alto o vampiro tecnopata. - Por que ele não chamou a gente pra ver isso? Véi, que traíra!

François se levantou. Ele tinha sentado pra escutar Ginko falar. Seu rosto estava sério e duro e os olhos ganhando uma tonalidade prateada.

-Se ele acha que só aquele metidinho do Friederich Gustav Dimedenko pode ver o nosso Jay subir ao trono de um clã... - suas mãos se ergueram, os olhos se fecharam, ele parecia se concentrar em algo. Um carro, com o mais potente motor que estive na sua área de alcance.

-Fran, o que você tá fazendo?!

Ele sorriu, triunfante. Achou um carro de corrida ali parado e com tecnologia de ponta:

-Preparando um meio de transporte muito bom pra irmos à Romênia.

Logo Ginko viu as peças de uma Ferrari flutuando na cabeça deles, se encaixando de forma que o carro ganhou ares de jato. Ela estava apavorada, François usando seus poderes de forma errada.

François ainda tinha o brilho prateado nos olhos, estava controlando ainda a sustentação até ele baixar no terraço.

-Quando chegarmos no território romeno, você vai controlar por alguns segundos, só o tempo de eu localizar o celular do Jacob. - ele abriu uma das portas para Ginko entrar. - A gente sabe que no fundo você também quer ir ver a posse do nosso imbecil.

Ginko não disse nada, era verdade aquilo, ela queria ver. Seu rosto corou de leve e ela entrou no veículo modificado e logo François se pôs no lugar do motorista.

-Rumo ao clã Pierdut!


 

A família não foi tão logo para o quarto. Haviam algumas solenidades e festas antes. Era quase como um circo medieval, os 4 sentados em confortáveis cadeiras num palco e logo atrás, os anciões sentados.

Helena parecia, de fato, uma rainha, as longas madeixas douradas descrevendo o contorno da cadeira, e seu vestido de rendas e flores. Fried seguia a fina educação de um sangue-puro, mesmo que no fundo estivesse entediado. José, observava tudo com uma arrogância anormal a ele, fora que já estava acostumado em ver aquilo sempre que tinha de ir a sede quando jovem, o queixo apoiado na mão, e o cotovelo do braço correspondente estava apoiado na madeira escura do apoio.

Jacob estava largado, o único não fingindo o tédio que sentia. Queria estar desenhando e não ouvindo a música de ares meio célticos. Talvez o único bônus daquilo tudo era ver lindas garotas saltando e girando, se bem que o foco do olhar dele nelas era outro balançar vistoso, na altura do coração.

-Isso ainda vai durar quanto tempo? - ele resmungou para José, que no fundo queria puxar a orelha do filho por agir daquela forma tão..... displicente.

-Acredito que umas 2 horas. Certamente as crianças vão representar o nascimento de Gaé Bolg e histórias de Van Hellsing. - ele suspirou, o tom de voz linear. Ele aprendera a fechar os ouvidos para as apresentações e ouvir os sussurros dos anciões. E agora que era um vampiro, tudo ficava ainda mais fácil de ouvir.

Logo algo chamou a atenção de Jacob: alguns caçadores começaram a falar algo entre si, seus rostos sérios denunciavam algo grave e começaram a correr para o lado do grande portão, por onde entraram. Suas sombrancelhas desenharam um ar sério, inclinando-se para baixo. E um cheiro... na verdade dois muito conhecidos.

-Mas... que diabos...?

Jacob se lançou para frente, para a surpresa de Helena e José. Este último quebrou sua máscara de arrogância e frieza, dando lugar a surpresa e uma vontade de puxar o rebento de volta ao lugar, mas era tarde.

Enquanto Jacob interrompia a festa com seu estranho rompante, a José sobrou apenas berrar com o filho, que se recusava a ouvir o chamado do pai e suas ordens.

Ele corria frenéticamente para o fundo, enquanto a multidão o olhava correr, sem entender ou saber o que fazer.


 

François tinha sido descuidado, ou não. Ele tentara rastrear armadilhas, mas armadilhas mágicas não eram pertinentes ao tecnologia. E agora estava ele e Ginko tendo suas energias drenadas por um campo composto por 5 estacas, que surgiram no momento em que eles pisaram ao solo da fortaleza.

Os caçadores estava ali, parecendo esperar a oportunidade de atacá-los, Ginko não durara muito tempo, e desmaiara, mas François utilizou o próprio carro modificado, criando armas, prontas para atacar, mas sentia que logo não seria capaz de se segurar.

-Merda... - resmungou, sentindo o suor escorrer.

Os caçadores do clã pareciam sorrir, se deleitando sádicamente com a cena. Mas pararam de sorrir, quando viram algo invisivel atingir uma das estacas, fazendo-a voar longe. Logo atrás um Jacob respirando de forma apressada, o braço direito fechado como um soco e o anel que costumava usar parecer brilhando. François só tinha visto o amigo com o anel brilhar uma vez, sabia que era o garoto usando seu elemento, o mesmo herdado de Helena, criando armas com os espíritos do lugar.

Ele não era capaz de ver, mas sabia que era uma espécie de pistola. Jacob estava furioso com os caçadores, que logo desfizeram o ar de prazer para apreensão.

-Jovem senhor, esses vampiros invadiram. Apenas cumpriamos com nosso dever.

-Vocês... Saem matando a torto e direito...? - ele resmungou, a voz rasgada de raiva. - Se matassem eles... Eu arrancaria a cabeça de cada um de vocês!

-Senhor...! São vampiros invasores...

-São meus amigos! Trate de ajudar eles a caminharem, nem que vocês tenham de dar seus sangues para recuperarem a saúde deles! Anda!

Jacob por si próprio desfizera a técnica e se abaixou, tomando Ginko nos braços. Tomava todo o cuidado do mundo, seu olhar carinhoso denunciando o grande apreço que tinha pela menina. Os caçadores apoiaram François no momento que ele perdeu as forças ao desabilitar seus poderes, fazendo as peças do automóvel cairem no chão.

Jay prendeu Ginko a si com mais força, sua bochecha roçando na testa da menina desmaiada e logo alcançou a área onde estava a multidão, que parecia olhar com asco Jacob carregando a vampira. Então José e Helena entenderam o por que do garoto ter saído correndo daquele jeito. Fried começou a rir, baixo.

Logo Jacob subiu ao palco com um salto.

-Estão vendo essa garota? E aquele rapaz sendo apoiado por aqueles caras? - ele berrou, para se fazer ouvir. - Estão proibidos de levantar a mão contra eles. Se alguém do nosso clã fizer mais algum mal, eu pessoalmente irei punir quem fez isso!


José soltou um sorriso discreto. Via em Jacob que apesar do ar mais desorganizado que demonstrava, era capaz de se impor mais do que ele. Ele ficou quieto apenas ouvindos os burburinhos dos membros e dos anciões. Seu filho era definitivamente o líder ideal, mais qualificado que ele fora.


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