-Hey pequena! –Disse Zayn me abraçando. – Andou chorando?

-Não... –Eu abaixei a cabeça.

-Sei que sim, Em.

Ele havia trazido lanches para que jantássemos juntos.

-Obrigada por estar aqui. –Eu disse.

-É sempre um prazer. –Ele deu um leve soco no meu braço.

Comemos, rimos e o tempo passou rápido demais.

-Agora eu tenho que ir, volto amanhã.

Eu fiz careta.

-Você não pode ficar aqui? Comigo? –Eu fiz bico.

-Desculpe... –Ele parecia envergonhado. –Niall é como meu irmão e eu não quero que ele pense nada assim de nós dois.

Apesar de saber que teria de passar uma noite solitária, aquilo era muito fofo da parte dele.

-Sem problemas... Eu entendo...

Ele beijou minha testa, acenou e saiu.

Eu me joguei no sofá e fiquei lá até adormecer.

Eu acordei durante a noite.

Caminhei sonolenta até a cama.

Depois disso eu rolava na cama, sem resultado positivo. Eu não conseguia dormir.

Decidi tomar um pouco de café de máquina na lanchonete do hotel.

Peguei meu café e sentei sozinha numa mesa.

Eu decidi que andar pelas redondezas era o melhor que eu podia fazer.

A neblina e o vento frio me incomodavam, mas ainda era melhor do que a claustrofobia que aquele quarto de hotel transmitia.

Eu resolvi pensar.

Fugir dos problemas certamente não era a coisa certa a fazer.

Decidi pensar nas coisas boas e ruins desta situação.

As coisas ruins primeiramente:

-Eu teria muitas preocupações;

Além de uma pessoa á mais na minha vida bagunçada.

-Eu me entregaria totalmente, rapidamente, á certa pessoa e teria a enorme possibilidade de me iludir e de me machucar.

Eu ainda preferia pensar que aquilo iria ser demais para mim.

Os pontos bons:

-Eu teria alguém para finalmente entregar meu amor;

-Eu teria uma pessoa que se importasse comigo, sendo essa pessoa um dos meus maiores ídolos.

-Eu poderia realizar o sonho, que toda fã tem, de olhar todos os dias naqueles lindos olhos azuis e me sentir flutuando.

Eu teria a chance de ser feliz por mim mesma.

Mas eu ainda não me sentia bem com a situação. Eu era insegura.

Eu não sabia se o faria feliz. E a felicidade daquele menino de alma boa, aquele que tinha o brilho nos olhos, aquele de voz angelical.

Aquele garoto de espírito livre que merecia toda a felicidade, que merecia uma pessoa que colocasse um sorriso no seu rosto todos os dias, todos os momentos.

E eu não era essa pessoa.

Nós nem tínhamos nada e eu já o havia abandonado.

Eu não merecia estar do lado dele.

Eu me levantei quando percebi o Sol nascendo.

Não pude deixar de pensar que Niall poderia estar vendo aquele pôr-do-sol ao meu lado, se eu não fosse de fato uma idiota.

Mas talvez fosse melhor assim, talvez...

A semana passou num estalar de dedos, todos os dias na mesma rotina: Acordar, escola, voltar, pensar, Zayn, choro e sono.

Na sexta feira á tarde Zayn foi me visitar.