Diário Do Semideus Romano escrita por cayoprieto


Capítulo 5
Capítulo 5 - Casa, ou quase.


Notas iniciais do capítulo

omg vi que várias pessoas gostaram do Luca, fico feliz por isso... Esse cap vai ser pra vocês o conhecerem melhor.



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Luca foi me puxando colina abaixo, atravessamos um rio que assim que toquei em suas aguas, senti uma onda de poder enorme, como se algum poder fosse tirado ali, um poder familiar.
- Vou te levar até Reyna, ela precisa te conhecer - O vento batia em seu rosto, deixando seus cabelos verde agua serem levados para tras, a franja que antes tampava seus olhos, agora estava completamente para cima, em seu rosto eu sentia uma alegria, como alguem gosta da gente assim ? tão rapido ? O mais legal de tudo é que sentia que esse garoto era especial. Aquela coisa de alma sabe ?
Chegando num templo que parecia mais uma casa, avistei uma garota com expressão séria, manto roxo, detalhes em ouro, cabelo preso numa trança que caia em seu ombro direito.
- Reyna ... - Luca suspirava - Chegou o semideus que estavamos esperando.
A garota que chamava Reyna, me olhou da cabeça aos pés, com certo desprezo nos olhos.
- Oi, me chamo Reyna. - Ela estendeu sua mão para me comprimentar.
- Percebi, me chamo Cayo - Apertando de volta sua mão, que era aspera e cheia de calos.
- Espero que continue vivo até saber quem é seu pai. - Reyna deu as costas, foi andando para dentro do templo, provavelmente iria embora.
- Eu ja sei.
Tanto Luca quando Reyna olharam para mim com uma expressão de surpresa.
- Cayo, isso é impossivel, ninguem vem sabendo quem é o pai, as vezes demora dias, meses, ou em raros casos, nunca. - Luca me disse.
- Meu pai é Netuno, deus dos mares.
Reyna riu.
- Um estranho chega no acampamento, fala que ja tem pai, e ele é Netuno ? Só temos um filho de Netuno no acampamento, e cremos que ele é o unico, agora saia daqui mentiroso, tenho obrigações a comprir.
- Meu pai é Netuno, posso provar.
- Como, atirando agua em mim ? - Reyna se aproximou, olhando profundamente em meus olhos - Por favor, não vou perder meu tempo ouvindo bobeira.
- Vamos... Cayo, vou te levar para conhecer o resto do acampamento. - Luca disse, me levando até a porta com o braço em meu ombro. - Você vai gostar.
Caminhando pela grama, percebi varios fantasmas, a inicio fiquei com receio, mas logo fui me acostumando, Luca percebeu minha curiosidade e logo explicou.
- São Lares, espiritos protetores.
- A sim - Continuamos a andar, passamos por uma ponte e vi meu reflexo na agua que descia o leito. - Você acredita em mim ? Em eu ser filho de Netuno ?
- Não sei Cayo, muitos semideuses chegam aqui falando que ja tem pai ou mãe, e na verdade, não tem.
- Vem, vou te provar.
Contornamos a ponte, varios Lares e campistas ficaram me encarando com certo desprezo, sentei na beirada do rio, Luca sentou ao meu lado.
- Preste atenção. - Nunca tinha controlado agua antes, não para mostrar a alguem.
Me concentrei, fechei meus olhos, estiquei meus braços, logo uma bolha de agua estava a altura de meus olhos, Luca olhava para aquilo com um sorriso.
- Cayo... isso... é... lindo.
- Toque.
- Mas vou estourar.
- Não vai, eu não deixo.

Luca foi aproximando sua mão da bolha, quando seus dedos a tocaram, ele recuou um pouco, mas logo estava com a mão por completo dentro dela.
- É gelado - Ele disse, rindo. - Mas é muito legal, sempre quis atravessar uma bolha.
- Isso é só uma amostra do que sei fazer,
- Sabe Cayo, desde que soube que viria um novo semideus pro acampamento, senti um frio na barriga, e quando te vi, uma felicidade me invadiu por completo, como se eu ja te conhecesse de algum lugar, mas não sei de onde.
- Senti a mesma coisa, pelo menos agora ja tenho um amigo.
Rimos.
- Venha, vou te mostrar seu irmão.
- Tenho irmão ?
- Claro que tem, ele é famosinho aqui no acampamento, Percy Jackson.
Chegamos num chalé velho, quase caindo aos pedaços, feito de madeira, pequeno, mas muito agradavel.
- Tenho dó desse chalé - Luca disse apontando pra casinha de Netuno - Nunca tivemos filhos de Netuno, quando Percy chegou, ele começou a reformar, isso que você ta vendo agora é uma mansão perto do que ja foi.
- Surpreendente.
- Percy ! - Luca exclamou - Tenho visita.
De dentro do chalé, saiu um menino um pouco mais alto que eu, cabelos pretos, olhos verdes.
- Cayo, esse é Percy, Percy esse é Cayo, seu irmão.
- Eu sei - Disse Percy - Senti a presença dele assim que cruzou o limite do mundo mortal. Estou feliz de ter um irmãozinho caçula.
- Eu... tambem, por ter um maior. - Disse olhando para baixo, com vergonha. Percy riu.
- Hoje a noite, teremos os jogos de guerra, quer entrar pro meu time ? - Percy disse, tirando uma teia de aranha que estava no telhado do seu, ou nosso, chalé.
- Percy, sabe que ele precisa entrar pra uma coorte ainda né ? - Luca questionou. - Se Reyna souber...
- Ele é meu irmão, tem direito de ficar na mesma coorte que eu, a mesma que a sua Luca.
- O que é coorte ? - perguntei.
- São divisões, aqui temos cinco coortes, cada coorte tem um numero de semideuses. - Percy explicou. - Venha, vou te mostrar meu chalé.
- Cayo, estou indo - Luca piscou para mim - Tenho que arrumar minhas armas pros jogos dessa noite, tchau, te vejo mais tarde.
- Até. - disse, e fui entrando na minha nova casa, ou barraco.

O chalé por dentro era agradavel, havia frutas na mesa, as paredes eram pintadas de um azul bebe, um tapete com desenho de tridente estendia-se pelo chão, roupas laranjas no chão, onde ficaria o quarto, me perguntava da onde era aquela camiseta, de algum time de beisebol ?
- Você poderá dormir aqui - Percy apontou para a parte debaixo de uma beliche. - Eu fico com a de cima.
- Ok... - Deixei minha mala, que ja estava me encomodando, em cima da cama. - Como é esses jogos ?
- É bem complicado, ou você apanha ou pega o estandarte que ta na base inimiga, geralmente a quinta coorte perde, ganhamos apenas uma vez, que no caso, foi no ultimo jogos que teve.
- Deve ser assustador.
- Só parece, assustador mesmo é você ter sua mente apagada. - Seu tom de voz foi abaixando, como se tivesse arrependido de ter começado a frase.
- Como assim ? - Olhei para ele, com um tom de duvida.
- Esquece, coisa boba, venha, vou te mostrar as armas, você sabe usar alguma ?
- Lupa me ensinou a mexer com espada, arco e flecha, mas nada aprofundado, ainda sou pessimo em tudo.
Percy riu.
- Não tem problema, nos jogos de guerra o mais importante é seu cerebro, e não a arma, ela é só detalhe.
A tarde estava quase no fim, quando peguei meu skechtbook e comecei a rabiscar estrategias de guerra para a noite, pela primeira vez me senti realmente em casa, Percy, meu irmão, Luca, meu amigo, eles eram minha familia agora, eles eram meu tudo.


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