Tudo isso por que a Catarina pensou que estava me prejudicando. Ela me magoou, se auto destruiu só por que achou certo esconder de mim que também me amava. E agora eu teria que provar a ela que tudo o que aconteceu foi por causa do meu ciúme exagerado e falta de bom senso. Eu não sabia o que fazer muito menos dizer. Só sabia que a amava e que ela era tudo para mim. Foi ai que tive a idéia, foi como se perdesse o controle sobre meu corpo e deixasse que o Harry humano, com sentimentos resolvesse. Sai rumo ao pátio e subi em cima de uma mesa em frente ao banheiro feminino e gritei:
-Eu magoei muitas pessoas dessa escola, algumas com brincadeiras sem graça e outras com falsas promessas, mas há somente uma pessoa que consegue inverter isso. E ela está aqui, trancada dentro do banheiro, chorando. Porque eu fui um idiota que a magoei, porque ela me magoou. -Olhei em direção a porta do banheiro e ela estava lá, com os olhos cheios de lágrimas e os pulsos sangrando. Desci da mesa e peguei suas mãos e continuei. – Por favor, Catarina, me perdoe por ter sido um imbecil, me perdoe por ter te feito chorar. Eu quis magoá-la, mas percebi que não posso te atingir sem me destruir. – as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto enquanto eu continuava – Ver você chorar me fez perceber o quanto dói em mim te ver magoada, esses cortes estão doendo mais em mim do que em você. Por que eu não consigo te ver sentir dor, ou sangrar, por que é como se meu coração sangrasse junto. Por favor, volte comigo. Se eu não te tiver será como morrer, pois eu não posso viver sem você.
Ao dizer isso, olhei em nossa vota e vi que a escola inteira nos observava, voltei meus olhos para o dela de novo vi  toda a dor que ela sentia e quis me matar por ser tão imbecil. Quando Catarina tentou falar, seus olhos se fecharam ela apertou minhas mãos e só pronunciou:

-Adeus. Nunca esqueça o quanto eu te amo.
Seu corpo caiu em meus braços e ela desmaiou, foi então que percebi que ela estava com os cortes abertos ainda e sangrando há muito tempo.
Apertei seu corpo junto ao meu e sai correndo no meio da multidão que nos observava, eu não iria perder Catarina, não agora. Zain, Bia, Anna, Leca, e Liam vieram atrás de mim, enquanto Isabela ligava para uma ambulância. Eu não iria esperar a ambulância, não iria deixá-la morrer, não agora que eu estava junto a ela.
Corri rumo ao hospital e acabei chegando antes da ambulância, Isa já havia ligado para minha mãe para Dona Noemia como todos éramos de menor, ficamos esperando na recepção e por mais que eu quisesse ficar junto dela, essa não era a melhor hora para uma briga.