I can love you more than this escrita por LovaticForLife


Capítulo 2
Brasil - Londres


Notas iniciais do capítulo

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Eu não consegui dormir direito, meus sonhos me atormentavam. Hoje eu vou à casa do Felipe e ele vai me escutar, quer queira, quer não. Quero só ver no que isso vai acabar.

Me levantei, ainda meio mole. Fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei meu rosto e tomei um banho. Quando olhei para o relógio, tomei um susto. Ele marcava 6:30 da manhã. Eu acordei seis e meia da manhã em pleno sábado. Não acredito.

Nossa, minha cabeça ta doendo. Eu preciso de um remédio. Fui até a cozinha e procurei por um. Minha cabeça está latejando, acho que chorei mais do que devia. Também acho que o amo mais do que devia. Ah achei o remédio, peguei um copo e o enchi com água e tomei aquele comprimido. Não tinha ninguém acordado em casa então me deitei no sofá mesmo e fiquei ali pensando na vida, eu estava com muito sono, mas eu não conseguia dormir. O que eu falaria pra ele? Eu não vou pedir desculpas, mas eu preciso ver como ele está. Será que ele está mal? Meu deus, eu só vou viajar, não vou me mudar, nem morrer. O que será que está passando na cabeça desse menino?

Esse silêncio só está piorando, fui até a gaveta da estante escolher um filme, liguei a TV, coloquei “Casa Comigo?” e fui até cozinha de novo, mas agora peguei um Doritos. Me deitei novamente no sofá e comecei a assistir o filme. Chorei no final claro, pois acabava com um casamento. Olhei no relógio que marcara nove horas. Coloquei outro filme dessa vez foi “Quando em Roma” eu ri bastante, mas chorei novamente no final, porque também acabava em casamento. Olhei novamente para o relógio que agora marcava onze e meia, até que enfim. Subi as escadas e fui tomar banho, já no chuveiro comecei a pensar, começamos a namorar em maio, no dia das Olimpíadas do colégio, e logo em julho eu fui viajar, passei o mês inteiro fora. Agora ele está ai todo preocupado, não sei porque, não vai ser tão diferente, são só dois meses, eu não vou me mudar nem morrer.

Sai do banho, coloquei uma roupa e fui pra casa dele.


Quando cheguei, fiquei parada na frente da porta e perdi totalmente a coragem de apertar a campainha, e quando de repende minha coragem voltou e fui apertar a porta abriu e mão dele tomou um susto comigo, assim como eu tomei susto com ela.

– Ah, oi, desculpa. O Felipe está?

– Sim, ele está no quarto, pode entrar.

– Brigada.

Entrei no apartamento e fui direto pro quarto dele. Quando bati na porta eu ouvi ele dizendo.

Pode entrar.

Quando entrei no quarto ele estava deitado na cama vendo “Casa comigo?” isso foi muito estranho porque ele estava chorando.

– Meu deus, isso é brincadeira né?

–O que foi agora?

–Ei, não precisa ser grosso. Eu só vim até aqui pra ver se você ta bem.

– Você já está aqui, já viu que não estou bem, agora já pode ir embora.

– Você consegue parar de ser grosso e falar pelo menos metade do que eu vim aqui pra te dizer?

– Já pode falar.

– Será que você pode ser menos infantil e parar com essa insegurança idiota, eu só vou viajar com as minhas amigas que você conhece, e são só dois meses, eu não vou morar lá, meu deus, que medo todo é esse?

–Eu tenho medo de você me trocar.

–Você não confia em mim?

–Não sei, quando a gente tinha uns 12 anos você ficou com um menino em uma festa. E se você viajar e ficar com alguém? – ele disse com um jeito de criança

– Eu não acredito que você disse isso, você sabe muito bem que a sua ex melhor amiga colocou isso na sua cabeça porque ela nunca gostou de mim e sempre te amou. Mas tudo bem, você vai ficar ai, pensando o que você quiser de mim, mas fique sonhando que quando eu voltar de Londres eu vou vir aqui te ver, porque eu não vou. E só pra que você fique sabendo, agora sim está doendo demais saber que você não confia em mim. Chega, pra mim essa sua criancice para por aqui, porque é isso que está acontecendo, você está sendo uma criança e não é isso que eu quero pra mim. – eu disse tudo isso gritando e me virei para ir embora, mas dessa vez não foi como no dia anterior. Ele não veio atrás de mim.

Novamente eu fui pra casa da Hele e disse tudo o que aconteceu, ela me ouvi me deu uma abraço e falou:

– Meu, você estava mais do que certa. Mas agora já chega, você é oficialmente uma menina solteira que vai para Londres com as suas quatro melhores amigas conhecer seus ídolos, certo?

Eu enxuguei minhas lágrimas, abri um sorriso e disse:

–Você está certíssima Hele.

Dei um abraço nela e fui pra casa ficar um pouco com a minha família antes de ir pro aeroporto. Quando cheguei em casa meu irmão já estava acordado.

–Lu, onde se tava?

– Na casa da Hele, quer assistir filme, ou quer fazer o que?

– Vamos brincar de amarelinha?

– Pode ser, vai lá buscar.

Ele foi subindo as escadas pra procurar o tapete de amarelinha e eu fui até a cozinha ver as minhas avós que estavam conversando. Elas estavam chorando.

– Se isso é por mim, não adianta ficar assim gente, eu não vou me mudar são só dois meses. – eu disse rindo

– Mas vai fazer muita falta, mocinha.

–Eu sei que sou demais – eu disse ainda rindo. Dei um abraço em cada uma delas e voltei pra sala.

Meu irmão estendeu o tapete de amarelinha e começamos a brincar. Eu deixei ele ganhar de mim e quando percebi estávamos jogados um cima do outro. Eu amo implicar com ele mas eu o amo com certeza.

Olhei pra escada e vi minha mãe sentada ali tirando fotos. Eu fui até ela e dei-lhe um abraço bem apertado, vai se trocar que eu tenho que ir pro aeroporto, já eram quatro horas da tarde, eu tinha que estar no aeroporto cinco horas para embarcar as sete.


Quando cheguei no aeroporto encontrei com as meninas – Fernanda, Natalia, Catarina e Helena – então começou o a sessão choradeira, todas as mães começaram a chorar meu irmão me deu um urso pra eu lembrar dele.

– Não precisa né banana, eu vou lembrar de você de qualquer jeito.

Ele sorriu e me deu um abraço super apertado e uma lágrima escorreu dos meus olhos.


Eu entrei na sala de embarque com as meninas e quando sentamos começamos a conversar, eu fui a primeira a dar noticias.

– Pera gente, eu tenho uma coisa pra contar. – todas ficaram em silencio – Eu sou uma menina solteira que vai para Londres com as minhas quatro melhores amigas. – Elas começaram a gritar dentro da sala de embarque que fazia muito eco, o que fez todo mundo olhar pra gente. – E tem mais, eu não estou me sentindo mal por isso. – Todas levantaram me puxaram de cadeira e me deram um abraço em grupo. Isso foi muito bom.

Quando deu a hora de embarcar no avião, todas levantaram e pegaram as malas. Indo pra fila, eu até tentei segurá-la, mas não deu, Catarina tropeçou na minha mala e caiu no chão. Eu ajudei ela a se levantar e todas estavam rindo muito. Dentro do avião foi uma confusão, porque eram de três em três pessoas, e estávamos em cinco. Mas tudo acabou bem, estavam Hele, Catarina e Natalia, eu estava logo atrás com Fernanda e uma moça que eu não fazia de quem era.

Estávamos todas conversando alegres, mas de repente bateu um sono em todas, e fomos dormir.

Só sei de uma coisa, dormir no Brasil e acordamos em Londres.



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