I can love you more than this escrita por LovaticForLife


Capítulo 1
Último dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews com as suas opiniões, obrigada :)



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Hoje foi o último dia de aula e eu fui para a casa do Felipe – meu namorado, 15 anos, alto, loiro, olhos castanhos, e todas as minhas amigas acham ele feio - logo depois da aula, Ele mora em um apartamento bem grande, com a mãe, o pai e irmãzinha dele, que é uma fofa, pelo menos no meu ponto de vista, que na maioria das vezes é bem diferente do ponto de vista dele. Já estávamos na cozinha quando eu o ouvi dizer:

– Amor? Se ta me ouvindo?

Eu estava mesmo em outro mundo, eu estava pensando na minha viagem. Ah eu não contei ainda, eu vou viajar com as minhas quatro melhores amigas para Londres, alias, eu ainda não contei isso para ele e é nisso que estou pensando e mais uma vez ele disse:

– Lu! Você não está ouvindo uma palavra do que eu estou falando.

– Desculpa amor, eu estava pensando em outra coisa. – eu disse andando na direção dele, que me abraçou forte e me deu um beijo.- Desculpa, prometo que agora eu te escuto, pode falar.

– Você vai dormir aqui?

– Eu não sei, mas provavelmente sim. E o senhor não vai jogar bola hoje, porque você me ama e vai ficar aqui comigo né? – eu disse rindo.

– Claro né, minha preta. – ele disse me puxando pra perto dele e me beijando novamente.

– Gordo, a gente precisa conversar. – eu disse, pensando em contar sobre a viagem, mas ele começou a vir em minha direção, me pegou no colo, logo eu tranquei minha pernas ao redor dele e ele me sentou em cima do balcão da cozinha, estávamos nos beijando quando a mãe dele entrou na cozinha junto com a irmãzinha dele, Tenho certeza que nesse momento fiquei vermelha eu ia começar a falar alguma coisa, mas só pela do Fe o clima não estava bom entre ele e a mãe, o que já não era muita novidade. – Boa tarde – eu disse pra ser educada. Então me abaixei e dei um beijo e um abraço na irmã dele e fomos para o quarto.

Sentei na cadeira e ele deitou na cama, ele não estava bem, por mais que seja difícil, eu conseguia ver em seu rosto que ele não estava bem.

– Me conta, o que aconteceu dessa vez?

– Aconteceu onde? Com quem? Ta ficando louca?

– Posso ser boba as vezes, mas eu te conheço e tenho quase certeza que você discutiu mais uma vez com a sua mãe.

Ele fez que sim com a cabeça.

– O que aconteceu?

– Ela quer mandar na minha vida, aonde eu vou, o que faço, com quem eu estou, que horas eu volto. Ela me liga a todo o momento. Não me deixa em paz.

– mas é lógico ela é sua mãe e você ainda tem 15 anos, ainda mora na CSA dela, come a comida dela, você ainda vai dever satisfações a ela enquanto você fizer tudo usando o dinheiro dela. – eu disse meio que rindo.

– Você falou que nem ela agora.

– Ah, claro. É a verdade e você está errado, desta vez o pedido de desculpas tem que sair de você.

– Ok, agora para de bancar a chata e vem aqui.- Hoje estava um dia gelado, não muito frio, mas também não dia pra ficar sem blusa de manga comprida. Eu me deitei a seu lado, ele me abraçou e ficamos ali por um bom tempo. Até que ele rompeu aquele silencio dizendo bem colodo ao meu ouvido:

– Eu te amo, preta.

Eu virei de frente pra ele e o beijei, ele rolou pra cima de mim e mais uma vez fomos interrompidos, agora só pela irmã dele, que entrou no quarto sem bater e ficou parada na porta quando viu o irmão dela deitado em cima de mim e me beijando, ela ficou com uma cara de assustada, não teve jeito eu tive que rir. Felipe levantou de cima de mim rapidamente e perguntou:

– Que foi?

– A mãe ta te chamando.

Ele me olhou, confuso. Eu disse:

– Vai lá e pede desculpas.

Fiquei ali esperando e pensando em como eu iria contar pra ele, que é um menino muito ciumento, que eu iria viajar só com as minhas amigas. Será que hoje a gente brigaria feio pela primeira vez? Não era isso que eu queria. Será que ele ia querer tentar me impedir ou me proibir? É bom que não, porque a gente brigaria, ele não manda em mim. Eu comecei a chorar de nervoso, todas as alternativas terminavam em briga e isso é umas das coisas que eu não quero, brigar com ele. Eu o amo, não quero que um buraco se abra entre nós.

Logo que as lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos ele voltou para o quarto. Quando ele ia começar a falar, percebeu que eu estava chorando e se sentou ao meu lado, mesmo confuso, me abraçou.

– O que aconteceu?

– Eu tenho medo de te contar.

– Eu prometo que vou te ouvir, sem dar a minha opinião, pode falar, prometo que vai ficar tudo bem. – ele disse tentando me passar confiança.

Então, mesmo aos soluços, eu desencadeei a falar.

–eu vou fazer uma viagem. – ele me olhou com cara de confuso, mas continuou sem dizer nada – só com as minhas amigas – ele ia falar alguma coisa, mas se lembrou do que disse e se fechou novamente – para Londres por dois meses. – a última parte eu falei tão rápido que nem eu me entendi.

Felipe me olhou tão apavorado que continuou em silencio, isso estava me deixando desesperada e eu meio que gritei;

– Fala alguma coisa, pelo amor de Deus, você ta me deixando apavorada. – eu estava chacoalhando ele.

– O que você quer que fale? – ele estava quase chorando – você vai viajar – ele fez uma pausa - para Londres com as suas amigas e não me disse nada. O que você quer que eu fale? – ele começou a aumentar o tom da voz. – Hein? O que você quer que eu fale? Que eu não quero que você vá? Pois é, eu não quero mesmo. Quer que eu fale que mesmo que for 2 meses eu estou super irritado que você vai viajar sem mim, e que pode encontrar qualquer um e me esquecer? Sim, isso é outra verdade.

Isso me irritou muito, então eu também comecei a gritar:

– Então é isso? È isso que você pensa de mim? Você acha que eu vou viajar eu vou encontrar alguém e te esquecer assim, de uma hora pra outra? Nossa, muito obrigada por pensar que eu não te amo o suficiente pra viajar sem você e não ficar com ninguém. Muito obrigada pela consideração. – ele sentou na cama com a cara de choro e eu continuei mas agora falando baixo – eu vou viajar assim mesmo, não importa o que você pense, esse é o meu sonho e não vou desistir dele. – eu peguei minha mala e sai andando rapidamente do apartamento, entrei no elevador e comecei a pensar que foi incrível, em alguns minutos nós dois conseguimos virar uma fera um com o outro. Quando cheguei no Térreo, Felipe estava ali, ofegante e cansado, parecendo fraco. Mas ele teve força pra segurar o meu braço quando eu estava saindo do prédio, e dizer:

– Não viaja, por mim, por favor.

Eu olhei pra ele, eu queria ficar por ele, mas eu não desistiria da viagem dos meus sonhos pra ficar aqui, por insegurança dele, por medo de que eu fique com outra pessoa.

– Não, não me pede pra escolher entre você e minhas amigas, porque é isso que você está fazendo.- eu me soltei da mão dele e sai dali o mais rápido que pude, sem nem olhar para trás, de todas as minhas amigas, a que morava mais perto dali era a Hele, eu fui direto pra casa dela.

****

Chegando no prédio da Hele, o porteiro já me conhece e me deixou entrar, subi direto quando toquei a campainha Hele abriu e eu a abracei e comecei a chorar.

– Hele, a gente viaja amanhã e eu contei pro Felipe hoje que a gente ia viajar, acho que nem data eu disse. A gente brigou. Ele não quer me deixar viajar, ele pediu pra eu não ir viajar. – fui falando enquanto entrava e ia direto pro quarto dela.

– E você disse que não né? Você disse que ia viajar com a gente né?

–Claro, eu disse pra ele não pedir pra eu escolher entre ele e vocês. E deixei ele falando sozinho. Hele, ele acha que se eu for pra lá, eu vou esquecer ele e trocar ele por outro, ele não acredita que eu o amo de verdade, sabe? Isso me irritou muito.

– Lu, você ta certa.ele não manda em você e outra esse é o sonho ele devia torcer por você e não ficar contra isso. Ele fez papel de criança birrenta agora. Mas enfim, se você quiser ficar mais um pouco aqui, não tem problema, depois minha te leva pra casa, né mãe? – ela gritou.

– Sim! – a mãe dela gritou de volta.

Fiquei lá por mais ou menos uma hora e depois a mãe da Hele me levou pra casa. Logo que eu cheguei, eu subi pro me quarto e fui verificar minha mala. Estava tudo lá dentro. Minha mãe também já tinha olhado. Me deitei na cama e os pensamentos começara fluir em minha cabeça e agora eu estava me sentindo mal por ir viajar. Eu vou embarcar amanhã à noite, eu tenho uma tarde inteira pra voltar até a casa do Felipe e falar com ele, tentar conversar. Mas eu estou com tanto medo, por enquanto foi só um briga e se isso piorar. Ah melhor eu esquecer isso. Fechei os olhos e comecei a sonhar com Londres e Felipe ao mesmo tempo, até que adormeci.


Eu acordei à noite e minha mãe estava dormindo, abri a internet do meu celular e fui procurar alguém para conversar, ao entrar no MSN todas as minhas amigas vieram falar comigo, eu abri primeiro a conversa da Hele:

Se ta melhor?

Eu ia fingir que não estava ali, mas eu tinha acabado de entrar e pelo celular, não dava pra fingir que eu não estava ali.

Já estou bem melhor, mas amanhã eu vou até lá falar com ele pela última vez e perguntar se ele vai pelo menos no aeroporto se despedir.

Enquanto Hele digitava eu fui abrindo as outras conversas:

Oi, tudo bem?

Era o que todas as outras conversas diziam. Mas eu fechei todas, amanhã eu falo com elas, Hele respondeu:

Ok, você vai querer companhia ou vai conseguir ir sozinha?

Eu acho que consigo ir sozinha, afinal o pior que pode acontecer é eu sair de lá solteira. Comecei a rir bem baixinho com dos meus pensamentos e respondi para Hele exatamente o que eu pensei, nós rimos e eu disse que iria dormir. Logo que desliguei o celular e fechei os olhos, eu dormi novamente.



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