I can love you more than this escrita por LovaticForLife


Capítulo 12
Só um pouco de coragem


Notas iniciais do capítulo

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Luana POV

– Lu, que tal uma festa? – Harry perguntou.

– Não, brigada, não estou no clima. Podem ir, eu fico aqui. – eu disse incluindo Niall.

– Eu vou ficar aqui com ela, podem ir. – Niall disse para os meninos.

– Não Niall, pode ir com eles. Eu sei que você adora uma festa e eu estou com muita dor de cabeça, vou dormir um pouco.

– Tem certeza? – ele perguntou preocupado.

– Sim, eu tenho certeza, pode ir.

– Eu vou, mas qualquer coisa me liga. – ele disse me deu um beijo e foi se levantando para sair do quarto com os meninos. – Qualquer coisa mesmo.

– Eu ligo, pode deixar. – eu disse e todos saíram do quarto. Eu ouvi a porta da sala fechando, peguei meu celular e fui para a sala. Me deitei no sofá, minha cabeça latejava, eu fechei os olhos e peguei no sono.


Acordei com o toque do meu celular, tinha uma mensagem. Era Felipe. Meu coração acelerou como sempre acontecia quando ele me ligava ou me mandava uma mensagem, mas dessa vez o sentimento não era bom.

Eu acabei de chegar, não sai do hotel, libera a minha entrada ou eu vou atrás do seu adorável namorado e não me subestime, eu sei onde ele está.

Isso estava parecendo filme de terror e eu nunca sei o que acontece em filmes de terror porque eu não gosto de assistir. Participar então. Eu estava com medo de deixar Felipe entrar, mas se eu não deixasse ele encontraria Niall. Eu estava indecisa.

Liguei para recepção.

– Um amigo meu, Felipe, vai chegar, pode deixar ele subir. – eu disse e me sentei no sofá, meu coração batia muito rápido, minhas mãos estavam suando, minha cabeça estava doendo mais do que antes. Aquele silêncio estava me deixando com medo. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para todos, Fernanda, Catarina, Helena, Natalia, Niall, Harry, Zayn, Liam e Louis.

Eu te amo.

Podia até ser drama demais, ou não. Eu não sabia o que Felipe era capaz de fazer. O silêncio era tanto que eu ouvi o barulho do elevador. A porta abriu e eu vi o rosto do meu ex-namorado. Eu estava mais do que apavorada.

– Boa noite anjo. – Felipe disse sendo mais do que irônico. Eu não disse nada. – Sabia que é falta de educação não responder as pessoas quando elas te cumprimentam?

– Sabia. – eu disse ríspida por fora, mas morrendo de medo por dentro.

– Você continua a mesma boba de sempre, sabia? – ele disse e eu fiquei confusa. – Eu nunca acharia o seu namorado. Você simplesmente esqueceu de contar pra sua família que tinha terminado comigo. E quando eu fui até o seu irmãozinho, que me adora, e disse que faria uma surpresa pra você, ele perguntou pra sua mãe o nome do hotel que você estava, ela contou pra ele, ele me contou. Eu fui até o seu hotel, dei uma certa quantia ao recepcionista e ele me disse que você estava aqui.- ele fez questão de me contar todos os seus passos até aqui. – Pode me aplaudir, eu sei que foi muito inteligente.

– Eu não vou te aplaudir e nem mexer uma palha por você. O que eu sinto por você ultimamente é nojo. Tenho repulsa de saber que uma vez na vida eu te beijei, ou que uma vez na vida falei que você era meu namorado. – eu disse muito rígida, mas por dentro eu estava com medo. Felipe levantou a mão e me bateu. Eu nunca achei que ele fosse capaz de fazer isso, ele me deu um tapa que me fez cair no sofá, meu rosto estava ardendo, mas eu disse pra mim mesma que não iria soltar uma lágrima. Eu me levantei.

– Não adianta tentar se fazer de durona, eu sei que você não é. – ele disse e andou na minha direção, segurou minhas bochechas com muita força. – Você não entende o que é se sentir traída não é? Você não sabe o que é se sentir mal por perder alguém. Alguém que te deixe por livre e espontânea vontade. Mas é claro que não, você sempre foi a menininha desejada, sempre foi a que dá o fora e não a que leva, não é. – a cada frase ele apertava mais a minha bochecha e por ser mais alto estava me olhando de cima.

– Me solta. – eu disse e virei meu rosto me livrando da mão dele. – Você diz tudo isso como se só você tivesse se machucado. Você não se lembra de quando VOCÊ me deu um fora, você me mandou andar e me fez correr atrás de você como uma idiota, me fez implorar e pisou em mim até o último. Até que eu parei de ser idiota e simplesmente deixei de correr atrás de você. Ai, você resolveu sentir minha falta e veio correndo que nem um cachorrinho atrás de mim. E como uma bela idiota, que é isso que eu sempre fui e continuo sendo, te aceitei. – ele levantou a mão de novo e quando foi me bater eu continuei. – Bate, concretiza aqui, que você é um covarde. – ele parou. – Vamos, bate, olha bem pra minha cara. A cara daquela menininha que você fez correr atrás de você, aquela que você rejeitou e depois quem acabou correndo atrás do prejuízo foi você. Não adianta nada você vir até aqui e me bater, você pode fazer o que quiser comigo aqui. Ter um beijo meu, pode até me levar pra cama, ou sei lá o que você veio fazer aqui, mas uma coisa que você NUNCA MAIS vai ter é o meu coração, o meu amor. Eu NUNCA MAIS vou ser sua. Esquece que eu existo, é a melhor coisa que você faz. Porque dessa vez eu garanto, eu não vou voltar pra você, você nunca mais vai poder me chamar de sua. – eu percebi que ele ainda sentia alguma coisa por mim quando os olhos dele se encheram de lágrimas. – Felipe vai embora. É o melhor que você vai fazer.

– Eu não vou embora, eu sei que você sente alguma coisa por mim. É impossível que você tenha me esquecido tão rápido, o que esse menino tem que eu não tenho? – ele perguntou falando baixo. – Hein? O que ele tem que eu não tenho? – ele gritou.

– Agora, a principal coisa que ele tem que você não tem, é o meu amor. – eu falei baixo.

– Eu não acredito. – ele disse e repetiu mais três vezes.

– Então pode tirar a prova. Me beija, você não vai sentir aquele amor que te passava, você vai ver que eu não sinto nada por você. – ele nem me deixou terminar de falar, partiu pra cima de mim e me beijou, e quem acabou tirando a prova fui eu. Eu estava com medo de ainda sentir alguma coisa, mas eu não senti nada, foi como beijar qualquer um na balada, Felipe tinha virado qualquer um. Quando tirou os lábios dos meus, eu pude falar o que faltava para ele ir embora. – Foi exatamente como eu disse. Tchau Felipe.

Ao dizer isso, a porta se abriu novamente e por ela passaram Fernanda, Helena, Catarina e Natalia. Felipe olhou para elas.

– O que eu tinha pra fazer aqui eu fiz. Eu já escutei tudo o que eu tinha pra poder ir embora. Não se preocupem, a amiga de vocês já conseguiu se livrar de mim sozinha. Umas das piores escolhas da minha vida foi vir até aqui só pra ouvir o que eu ouvi. – ele disse olhando para as meninas e depois se voltou pra mim. – Pode continuar a sua vida, eu não vou te atrapalhar mais. – Felipe virou as costas e as meninas deram passagem pra ele, que passou pela porta, entrou no elevador e foi embora. Eu sentei no sofá e as lágrimas rolaram. Eu estava feliz por ter tido tanta coragem de falar tudo o que eu sentia na cara dele, por ter apanhado e não ter chorado. Meu rosto estava quente, ele tinha me batido com muita vontade.

– Lu, ele te bateu? – Helena perguntou se sentando ao meu lado. Enquanto Fernanda pegava gelo.

– Sim, mas não preocupem, eu estou feliz. – eu disse.

– Feliz por ter apanhado? Você ficou louca menina? – Catarina disse com aquele jeito estranho de ser.

– Não, eu estou feliz por ter apanhado sem chorar, e por ser tão corajosa ao ponto de dizer tudo o que eu pensava dele, assim, na lata, na cara dele. – eu disse sem perceber que a porta estava aberta e todos os meninos estavam ali fora, Niall ouviu tudo o que eu falei.

– Não acredito que você o deixou entrar. Você é louca Luana? – Niall disse preocupado. – O que ele disse de tão importante que te fez liberar a entrada dele na recepção.

– Ele disse que iria atrás de você se eu não o deixasse subir. – eu disse agora chorando por lembrar do medo que eu senti enquanto esperava ele subir. Eu enfiei minha cara no peito de Niall e ele me abraçou forte.

– Você não devia ter feito isso. – ele sussurrou perto de mim.

– Devia sim. – eu disse levantando e olhando para Niall. – E se ele descobrisse onde você estava? E se ele fizesse algo contra você? Eu me sentiria culpada.

– Mas e se ele tivesse feito algo com você aqui dentro? Eu iria me sentir culpado por ter deixado você aqui sozinha. – ele disse, colocou as duas mãos na minha nuca e me puxou pra perto dele, me dando um beijo que nunca tinha me dado antes.

– Nossa, preciso fazer mais besteiras pra ganhar mais beijos como esses? – eu disse rindo e beijando-o de novo. – Mas calma ai, por que vocês voltaram tão cedo?

– Porque achamos estranho você mandar uma mensagem pra todo mundo falando que amava a gente. – Louis disse e nós começamos a rir.



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