Todos agora se encontravam atentos apenas às portas, quando Donghae viu um tênis familiar. Sentiu seu coração parar por dois segundos, mas não deixou que isso o impedisse de subir a vista pelo certo indivíduo com um tênis igual a um que Hyuk tinha. A calça também pertencia a Hyuk e as pernas, ele reconheceria em qualquer lugar, porém ainda precisava ver seu rosto. A camisa também deixou mais do que evidente que era seu Hyukkie, mas ainda tinha medo que fossa uma peça do destino, por mais que as possiblidades de encontrar um outro garoto com a estatura de Hyuk, calças iguais a uma que ele tem, tênis igual a um que ele tem e ainda a camisa que Hyukjae lhe dera em seu aniversário que, porém, Donghae insistiu para que ele levasse em sua viagem para que se lembrasse sempre de seu fishy, fossem quase inexistentes.

Donghae já sorria largamente até que finalmente chegou ao seu rosto. Lágrimas encheram seus olhos e no momento seguindo seus olhos se encontraram. Hyukjae abriu um sorriso tão largo quanto o de Donghae e sentiu uma umidade se acumular em seus olhos. Sem pensar duas vezes correu para o encontro de seu amado e abraçando o mais forte que pôde. Donghae sequer sentira a força do abraço, já que o abraçava de volta com tanta força quanto. Donghae tinha sua cabeça enterrada no ombro do mais velho e Hyukjae se focava em tocar cada parte das costas do mais novo para sentí-lo de verdade. Sentira tanta saudade de seu fishy...

Nenhum dos dois sabia quanto tempo o abraço tinha durado, mas quando se separaram foi realmente difícil conter o desejo de selar o reencontro com um envolvente beijo.

– Hyukkie... – sussurrou Donghae, a voz rouca devido às lágrimas. Hyukjae segurava o rosto de Donghae como se fosse a coisa mais preciosa naquele planeta, e para ele, de fato, era. Enxugava carinhosamente as lágrimas do mais novo enquanto sussurrava “shh” para acalmá-lo.

Donghae tinha suas mãos pousadas no abdomem do mais velho, segurando sua camisa, e sentia um desejo cada vez maior de retirá-la e tocar todo o seu dorso nu, porém não podia fazê-lo aqui. Tudo que mais queria agora era ir para um lugar onde pudessem ficar a sós e matar toda a saudade que haviam sentido um do outro.

Sorriam apaixonadamente um para o outro, sem necessidade de verbalizar o que sentia no momento, apenas aproveitando a proximidade da qual sentiram tanta falta.

– Hyukkie, eu senti tanta a sua falta... – sussurrou Donghae a ponto de voltar a chorar e Hyukjae sorriu ainda mais.

– Eu também Hae, você não sabe o quanto – disse o mais velho.

– Foram as férias mais longas da minha vida – falou o mais novo e Hyukjae assentiu, em condordânica.

– Nunca mais podemos fazer isso novamente, passar tanto tempo longe um do outro. – falou o mais velho como se estivesse lendo os pesamentos do mais novo e Donghae sorriu largamente, seus olhos brilhando novamente, e assentiu.

– Hyukkie... – sussurrou Donghae novamente e Hyukjae sorria cada vez mais. Amava quando Donghae lhe chamava assim, com essa voz tão manhosa.

– Eu amo muito você, Hae – falou Hyukjae, acariciando a face do mais novo.

– Também amo muito você, Hyukkie. – falou o mais novo – Por favor, nunca mais me abandone... – sussurrou identico a uma criança pedindo a sua mãe que jamais a deixe, e Hyukjae o abraçou novamente.

– Nunca Hae, eu prometo. – falou no ouvido do mais novo, que sorriu timensamente aliviado ao ouvir as palavras do mais velho.

Continuaram se abraçando por mais alguns minutos até que, quando finalmente foram capazes de manter uma distancia razoável entre si, voltaram-se para os demais, de mãos dadas. Os pais de Donghae conversavam com os pais de Hyukjae, Sora, irmã mais velha de Hyuk, com Leeteuk, Heechul e Sungmin.

Todos viraram-se para eles com sorrisos quando os dois se aproximaram. Sungmin abraçou o amigo, e em seguida Leeteuk e Heechul. Sora sorriu para Donghae e apertou-lhe as bochechas, o via também como seu irmãozinho, seu lindo dongsaeng. A mãe de Hyuk então o abraçou e mãe de Hae o mesmo com Hyuk. Após todos se cumprimentarem e dialogarem por alguns minutos, Hyukjae e Donghae ainda sempre ficando o mais próximo possível e trocando tocas e carícias discretas, a mãe de Donghae anunciou que almoço seria lá, como um presente de “Bem vindos de volta”, para a família de Hyuk. Sungmin, Leeteuk e Heechul também foram convidados, porém já tinham compromissos, assim os dois mais velhos foram na frente e Sungmin foi de carona com os pais de Donghae.

– Tem certeza que não pode vim Min? – perguntou Hyuk uma última vez ao pararem em frente à casa de Sungmin e ele fez um gest negativo com a cabeça.

– Infelizmente não, meu pai vai ligar em alguns minutos para falar conosco, e prometi almoçar com minha mãe e Sungjin. Nos falamos mais tarde. – falou Sungmin – Obrigado pela carona sr. Lee. – e então deu tchau a todos e entrou em casa.

Ainda no carro, Donghae e Hyukjae trocavam sorrisos e mantiam suas mãos dadas, os dedos entrelaçados, enquanto os pais de Donghae conversavam, na frente. Os pais de Hyuk e Sora iam atrás, em um táxi; não cabiam todos no mesmo carro, além de que ainda passariam em casa para deixar as malas.

Ao chegarem à casa de Donghae, sua mãe foi direto para a cozinha, terminar o almoço, e seu pai foi ajudá-la. Hyukjae e Donghae então trocaram sorrisos e foram direto para seu quarto, dispostos a aproveitar esses poucos minutos de privacidade que teriam antes do almoço da melhor forma possível.