All My Heart escrita por LeeSeulri16


Capítulo 4
Bring Me To Life


Notas iniciais do capítulo

Cap 4 *OO*
ah, obrigada muitoo mesmo Sasu pelo primeiro review que All My Heart recebeu ♥333 minha primeira leitora *O*
Enjoy ^-^



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Donghae abriu a porta e Hyukjae entrou, Donghae entrando em seguida e fechando a porta atrás de si. Sem que tivesse qualquer tempo de reação, o mais velho o abraçou com urgencia, seus braços firmes ao redor do menor e o puxando para si, assim como fizeram no aeroporto. Apesar de estarem juntos novamente, Hyukjae sentira muito a falta de Donghae. Ainda precisava sentí-lo um pouco mais para enfim acreditar que estavam juntos, finalmente, após aqueles dois longos meses separados.

Donghae sentiu seus olhos lacrimejarem enquanto retribuia o abraço do mais velho com tanto intensidade quanto. Hyukjae parecia ter sentido muito a sua falta, assim como ele sentira a dele. Naquele quarto frio pela janela entreaberta, nenhum dos dois sentia frio, envolvidos por aquele abraço tão quente. A sensação de se tocarem novamente, de se encontrarem um nos braços do outro após tanto tempo separados, era algo indescritível. Ambos desejavam continuar naquele abraço para sempre, porém havia algo a mais que também sentiram muita falta; e Eunhyuk não acreditava ser capaz de esperar nem mais um segundo.

Afastou, então, o corpo de Donghae, mas apenas poucos milímetros; apenas o bastante para que pudesse mover seu rosto em direção ao do mais novo. Seus lábios subiam acariciando a pele dele desde o pescoço, passando por sua bochecha depositando beijos, até finalmente chegar aos seus lábios. O simples toque de seus lábios fizera surgir em cada um um desejo incontrolável, sempre existente, que permanecera quase imperceptivel durante a abstinencia. Não foram pacientes e logo estavam envolvidos por um beijo desesperado e profundo, suas linguas movendo-se incontrolavelmente, aos poucos recuperando a sincronia que sempre possuíram, e seus lábios sendo espremidos pelo toque forte e apertado.

Quando finalmente foram capazes de se separar, ambos estavam sem fólego, respirando pesado, e com os lábios vermelhos. Donghae foi então até a sua janela e a fechou por completo, por mais que não sentissem o frio. Era apenas um simples precaução. Logo que voltou a Hyukjae, este o esperava ainda necessitando de seu toque como um esfomeado necessitaria de comida após meses sem alimento, e Donghae sentia-se da mesma forma. O beijo aprofundava-se cada vez mais, porém, aos poucos normalizando-se. Os movimentos desesperados e urgentes tornando-se movimentos calmos, delicados e gentis. Os apertos fortes tornando-se toques carinhosos. Os lábios vermelhos e inchados voltando, gradativamente, ao estado normal e as linguas, antes em desespero, acalmando-se enfim.

Quando se separaram novamente, não tinha mas toda a urgencia de quando começaram. Abraçaram-se novamente, porém dessa vez sem desespero, apenas um abraço gentil e carinhoso. Tinham todo o tempo necessário agora. E enfim seus corpos compreenderam isso.

Separaram-se após algum tempo, apenas trocando carícias, até que Eunhyuk parou e olhou lentamente ao redor. Parecia fazer séculos que não havia estado alí. Começou a caminhar vagarosamente pelo quarto, observando cada detalhe como se os visse pela primeira vez, mesmo já tendo estado lá incontáveis vezes. Tocou a escrivaninha de Donghae com delicadeza, deslizando a ponta do dedo por ela. Nenhuma poeira. “Como sempre”, pensou. A mãe de Donghae era uma ótima dona de casa.

Lembrou-se então de algo que queria muito ver, algo que só ele tinha permissão de ver. Como conhecia o quarto de Donghae melhor até mesmo que o próprio sem sequer pensar duas vezes foi em direção a terceira gaveta da escrivaninha. A abriu e retirou um caderno em formato de livro que Donghae usava como um diário, onde escrevia seus pensamentos, desejos, frustrações, e as vezes até letras de músicas que vinham a sua cabeça.

Donghae, percebendo o que o mais velho queria, ruburizou. Tentou tirar o livro de suas mãos e impedir que ele visse, porém Hyukjae o segurou com firmeza e virou-se de costas para o mais novo, de modo que os esforços de Donghae foram inúteis. Hyukjae sorria com a determinação de Donghae em tentar impedí-lo de ver o que havia dentro do livro.

– Por que não posso ver? – perguntou Hyukjae, divertido, virando-se de volta para Donghae, então fingiu estar chateado – Teria algo aqui tão confidencial que você não contaria nem para mim?

Donghae, que já havia desistido de pegar o livro de volta, fez que não com a cabeça. Sempre como uma criança, fazendo o mais velho sorrir.

– É só que... Senti muito a sua falta – disse Donghae baixinho, envergonhado, olhando para baixo para esconder a tonalidade vermelha que seu rosto assumira.

Hyukjae sorriu novamente e estendeu uma mão para acariciar o rosto de seu fishy, descendo-a até seu queixo e levantando seu rosto. Donghae ruborizou ainda mais ao ver o sorriso do mais velho e Hyukjae riu.

– Você realmente sabe usar seu aegyo... – disse ele e Donghae riu, não estava tentando mesmo. Na realidade, Donghae raramente usava seu aegyo proposionalmente, era sempre seu aegyo natural por seus gestos e expressões infantis.

– Eu quero ler Hae... – falou Hyukjae em seu tom persuasivo e sabia que Donghae acabaria por concordar, como o fez. Os dois então sentaram-se na cama e Hyukjae começou a ler.

“ 29 de novembro. O Hyuk foi há dois dias e já sinto como se minha vida estivesse vazia. Sequer nos falamos direito desde o aeroporto. Sei que o vôo dele foi longo e ele deve estar cansado, mas apenas a mensagem que mandou não era o bastante. Nada jamais será o bastante até que ele volte para mim. Mas pelo menos a mensagem dele me fez sorrir durante horas e continua pondo um sorriso em meu rosto sempre que a re-leio:

Já estou com saudade Hae. Amo você. Muito. Nos falamos assim que possível, mas lembre que estou sempre pensando em você. Ah, estou usando a sua camisa ^^”

“10 dias. Finalmente o tempo está passando um pouco mais rápido. Nesse tempo conversamos com uma certa frequencia, mas já sinto que estou a ponto de morrer de saudades. Ah Hyukkie, por que você tinha que viajar?

Ele me mandou uma mensagem hoje dizendo que liga à noite. Disse que está com saudade da minha voz. Eu, por outro lado, não tenho saudade só da sua voz; tenho saudade do seu sorriso, seus olhos, seu nariz, seu cabelo, seus braços (me abraçando, principalmente), seu corpo magro, porém maravilhoso, sua pele alvina, seu cheiro (mesmo que este não seja nem de longe algo a se orgulhar)... enfim, tudo. Não há nada nele que eu não sinta saudade. Sua voz, as palavras que pronunciava, sua risada, suas expressões... Como alguem pode amar absolutamente tudo em outra pessoa? Não entendo como, apenas amo.

사랑해 혁기, 너무 너무 사랑해 (Saranghae Hyukkie, neomu neomu saranghae).”

Esses eram apenas alguns dos primeiros, com o passar do tempo a saudade aumentava, junto com um enorme sofrimento e desespero; planos sem qualquer nexo para que pudesse ver Hyuk; pedidos e clemencias para que Hyuk voltasse; letras de músicas deprssivas sobre como a saudade o estava despedaçando. O vazio que Donghae dizia preencher seu ser tornava-se cada vez maior, o afundando em um profundo poço depressivo. Hyukjae teve que admitir que ficou surpreso ao ler. Não sabia que fizera tanta falta assim. Claro que sabia que o mais novo sentira sua falta, e bastante, mas não esperava isso. Sentira uma culpa profunda por causar tanta dor ao seu fishy, porém, também não pôde ignorar a felicidade que sentira por ser tão importante na vida de Donghae. Prometeu a si mesmo jamais fazer o mais novo sofrer assim novamente.

Donghae o observou fechar o livro após algum tempo e colocá-lo de volta na gaveta sem dizer uma palavra. Nervoso e preocupado quanto a como o que escrevera poderia afetar Hyukjae. Estaria o mais velho pensando que ele era desesperado demais? Que era alguma espécie de obssecado sofrendo por uma crise de abstinencia? Estaria ele cogitando afastar-se do obsecado que mal sobrevivera 2 meses sem ele por perto? Não. Não podia continuar pensando desse modo. Precisava recobrar sua consciencia. Hyukjae o amava e sabia disso. E ele também sabia que Donghae era muito apegado a ele. E sabia, principalmente, que quando Donghae ama alguém, essa pessoa se torna tudo para ele; ele se envolve por completo. A primeira mostra disso fora quando tinham em torno de 9 anos e o cachorro de Donghae faleceu. Mesmo que tivesse sido por causas naturais – não é todo cachorro que aguenta mais de 8 anos –, o mais novo chorou por vários dias a morte de seu fiel cãozinho. Hyukjae, inclusive, fora quem o ajudara a superar, por mais que isso tivesse demorado algum tempo.

Donghae, já de volta a si, tendo esquecido suas ridículas e desnecessárias preocupações, foi surpreendido quando o mais velho o abraçou forte assim como fizera já duas vezes hoje, no aeroporto e quando chegaram ao quarto. Teria Hyukjae sentido tanto assim a sua falta?

Hyukjae continuara o abraçara forte sem seuqer pensar duas vezes. Apenas por ler como Donghae se sentira quando estava longe, sentira a necessidade de fazê-lo compreender que estava aqui agora e jamais o deixaria novamente. Pensou, por segundos, que Donghae ainda estava naquele estado infeliz longe dele e não podia aguentar deixá-lo sofrer nem por mais um segundo. Percebeu que Donghae se surpreendera com seu abraço e então lembrou-se que toda aquela infelicidade já havia, dimuindo a intensidade do aperto, porém ainda o mantendo perto de si.

– Me desculpe Hae – sussurrou Hyukjae ainda abraçando o mais novo, o enorme arrependimento e culpa evidentes em sua voz.

Donghae sorriu de leve ao ouvir as palavras do mais velho, tão carregadas de remorso. Separou-se dele para que pudesse ver seu rosto e o acariciou com carinho, um sorriso leve formado em seus lábios. O mais velho apenas observava seus gestos com atenção.

– Hyukkie... você não precisa se desculpar. Você voltou. É tudo que importa agora. – disse o mais novo, gentil, e o mais velho apenas o observava.

– Nunca mais deixarei isso acontecer. Nunca mais te farei sofrer. Eu prometo Hae. – falou ele, ainda sério e Donghae sorriu.

– Eu sei que não foi proposital. E não se preocupe. Estou bem agora. Muito bem. – falou com um sorriso, ainda tocando carinhosamente as feições do mais velho e este finalmente esboçou um sorriso leve.

– Você sabe que não há nada nem ninguém mais importante para mim que você, certo? – perguntou o mais velho e o mais novo sorriu mais.

Trocaram sorrisos por milésimos de segundo até se aproximarem novamente e se beijarem lentamente. Dessa vez ambos sentiram apenas o amor interminável que sentiam um pelo outro, bem além do simples desejo carnal. Fora um dos beijos mais romanicos que já tiveram. Ainda envolvidos por essa atmosfera tão maravilhosa, levaram um susto ao ouvirem batidas na porta, seguidas pela voz da mãe de Donghae os chamando para almoçar. Trocaram outro sorriso e saíram do quarto de mãos dadas.



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Notas finais do capítulo

primeiramente gostaria de falar que, já que tenho alguns planos para o decorrer da fic e realmente gosto de escrevê-la, frequentemente devo estar atualizando-a ♥3
E pf, se leram e gostaram, reviews ;;; vocês podem não saber o quanto, mas reviews realmente deixam qualquer escritora altamente feliz e motivada a continuar escrevendo. Não precisa ser um review grande, apenas diga se está gostando, ou qualquer outra coisa que queira dizer. Realmente amo recebê-los e lê-los, respondendo-os sempre, mesmo q n na mesma hora.
de todo modo, bjoos
ps: ainda n revisei o cap pq queria postar logo, então perdoem qualquer erro, os corrigirei (caso existam) assim que possivel.