I Just Love You escrita por GiMile


Capítulo 4
Desespero


Notas iniciais do capítulo

Bom esses eu estou postando rápido, eles já estavam prontos, mas do próximo em diante pode demorar um pouco mais.



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Saímos da sala e fomos em direção à secretaria onde tinham algumas pessoas esperando e outras trabalhando. Eu nunca tinha ido para a diretoria na minha vida, Ichigo chegou lá falando com todo mundo, ele ia lá a muito. Hinamori também nunca tinha ido lá.

Nos sentamos em um banco que fica ao lado da porta, a sala foi esvaziando aos poucos, até que a diretora nos chamou.

Ela chamou primeiro Ichigo. Eu e Hinamori ficamos na sala de espera.

-Estou com medo Shiro-chan.

-Se acalme. O Maximo que ela pode fazer é nos expulsar.

Ela arregalou os olhos.

-Relaxa. Você não fez nada, só me defendeu provavelmente vai sair sem nada. Eu vou ser pior, posso ser suspenso. Esta nas regras que é proibido falar nas aulas.

-Mas... Se você for suspenso você não vai poder ir ao baile.

-Sim eu vou poder ir ao baile, dependendo quanto tempo eu pegar é claro.

-Tomara que você não pegue nada.

-Por que?

-É que você nunca fez nada de errado, e você quer entrar numa boa faculdade então não pode ter uma suspensão no seu histórico permanente. E eu não teria com que falar antes da professora entrar na sala.

-É difícil ela não me dar uma suspensão, ela me odeia.

-Por que diz isso?

-Ela não gosta de mim porque eu sou um dos melhores alunos.

-Isso não tem sentido Shiro-chan.

-Eu sei. Ela não gosta de garotos inteligentes, ela acha que garotos são todos burros e aqueles que tiram boas notas provavelmente colam de garotas ou do livro.

-Então tá.

O corredor estava silencioso, a não ser pelo barulho do relógio que ecoava pelo local. Olhei para a porta da diretoria que ficava a minha esquerda. Ichigo saiu da sala sorrido.

-A diretora ta chamando os dois.

-E ai, pegou suspensão?

-Não. Mas vou ficar no castigo hoje no final da aula. Só porque eu ia sair com a Rukia.

Eu e Hinamori entramos na sala e a diretora. Era uma sala cheia de livros, a mesa de carvalho ficava no meio da sala, atrás dela tinha uma janela com cortinas.

-Sentem.  – Fala ela apontando as duas cadeiras perto da mesa.

Me sentei na cadeira da direita e Hinamori na da esquerda. Não eram muito distantes.

A mesa da diretora tina uma pequena luminária, alguns papeis, um porta lápis, e uma plaquinha escrito “Sra. Mirako”.

-O que aconteceu?

Abri a boca para falar e ela já me interrompeu.

-Eu sei o que aconteceu.

-Então sabe que o Toushirou não fez nada. – Falou Hinamori.

-Bem, o garoto disse que não foi culpa sua. Mas mesmo assim você respondia. Não tenho escolha a não ser te dar uma suspensão. Apenas amanhã.

-Mas por que? Você disse que sabe que ele não fez nada. – Fala Hinamori.

-Na verdade a suspensão é para os dois.

Arregalamos os olhos.

-O que? – Perguntei – Para os dois?

-Isso mesmo. Sinto muito.

-Mas por que?

-Depois falo com vocês. Vão para casa. Só voltem depois de amanha ok?

-Sim Sra. Mirako.

Nos levantamos e saímos da sala. Fomos até nossos armários, eles eram um do lado do outro. Peguei meu livro e coloquei na mochila. Hinamori pegou apenas um caderno e fechou o armário. Vi uma lagrima caindo em seu rosto.

-O que foi?

-Meus pais... Eles vão me matar. – Fala ela chorando mais ainda.

Abracei-a, eu sabia que seus pais eram bem rígidos quanto aos estudos. Ela soluçava, eu a apertava bem forte.

-Se acalme. Suspensões de um dia não vão para o histórico. Posso falar com eles, explicar que não é culpa sua.

-Talvez. Meus pais gostam de você.

Olhei para ela, ainda estávamos abraçados, mas um pouco distantes.

-Então pare de chorar.

Ela sorriu.

-Obrigado Shiro-chan.

Enxuguei uma lagrima que estava em seu rosto com o polegar. Nos afastamos.

-Vamos? – Apontei para o fim do corredor.

Começamos a andar em direção a saída.

-A propósito, agente ainda vai no parque?

-Claro.

Saímos da escola e fomos em direção a nossa rua. Lembrei que tinha que fazer uma coisa.

-Acho bom agente descansar, então umas duas horas agente vai.

-Tudo bem.

Andamos mais alguns metros em silencio. Meu celular tocou. Era minha mãe.

-Alô?

-Oi filho.

-Oi mãe.

-Me ligaram da sua escola falando que você foi suspenso. Isso é verdade?

-É mãe. É que...

-Eu já sei Toushirou. Não foi culpa sua. Mas da próxima vez, vê se não fica falando na aula tá bom?

-Claro.

-Tchau filho.

-Tchau.

Desliguei o telefone e guardei-o no bolso. Chegamos em casa e Hinamori gritou para mim da porta da casa dela.

-Até logo Shiro-chan.

Acenei para ela. Assim que entrei em casa minha expressão se tornou séria. Larguei a mochila e corri para meu quarto. Liguei o computador e tranquei a porta.

Abri um arquivo antigo, ele tinha sido criado pelo meu pai. Nele continham fotos de marcas de gangues. Uma delas tinha o nome negritado “Danaux”. A imagem era a mesma daquele homem que tentou me matar. O nome tinha sido negritado por mim mesmo a uns cinco anos, quando eu tinha 11. Eles estavam atrás de mim.

Fui na internet ver mais informações. No total eles eram mais de 50, e sempre entravam novas pessoas. Não sei se posso chama-los de “gangue”. Eram muitos. Se novas pessoas não entrassem só faltariam 39 para serem presos. “Ou mortos” pensei. Balancei a cabeça afastando esse pensamento. Desliguei o computador e olhei no relógio, ainda eram 11:43. Me sentei na minha cama, suspirei. Olhei para o meu pé enfaixado e comecei a tirar as bandagens. Movimentei-o e tentei andar, não estava doendo. Desci a escada e fui para a sala e liguei a televisão.

Ouvi meu celular tocar, fui até a mesa e olhei o numero, desconhecido. Atendi.

-Alô?

Não houve resposta.

-Alô?

A pessoa desligou. Deixei o celular na mesa novamente. Sentei-me no sofá e fechei os olhos. Olhei para a TV, estava passando uma reportagem sobre um assassinato que tinha acontecido nessa manhã, uma adolescente tinha sido esquartejada, acharam os pedaços em volta de um lago perto da minha casa. Alguns moradores estavam assustados. Provavelmente nosso bairro inteiro seria suspeito.
Balancei a cabeça e me levantei, fui até a janela e olhei para a rua. Tinha um homem parado na calçada olhando para minha casa, ele usava um sobretudo preto e um chapéu, em sua mão esquerda podia-se ver uma faca e uma marca, a mesma dos outros. Me afastei da janela correndo peguei meu celular e corri para meu quarto. Disquei o numero de Hinamori.

-Alô?

-Hinamori não saia de casa por nada me ouviu?

-Por que Shiro-chan?

-Só faça isso ok?

-Você esta me preocupando Shiro-chan – Fala ela com uma voz mais alta.

-Depois eu explico. Mas por favor, não saia de casa.

-Tá.

Desliguei o celular e fui para a varanda do meu quarto, o homem não estava mais lá.


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Notas finais do capítulo

Bom, por enquanto é isso. E ai do que mais gostaram?
Espero que tenham gostado. Até o próximo capitulo.



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