I Just Love You escrita por GiMile
Notas iniciais do capítulo
Demorei um pouco para postar, não tinha tempo. Mas antes tarde do que nunca.
A casa da minha avó não era muito longe, apenas alguns quarteirões. Cheguei lá suando, arregacei as mangas da blusa e toquei a campainha. Meu avô abriu a porta, cumprimentei-o com um gesto de cabeça e corri para o quarto da minha avó. Ela estava deitada e tentou se levantar quando me viu entrando.
Me ajoelhei ao lado da cama dela. Ela deu um sorriso fraco;
-Toushirou... Sabia que você viria.
-Vó... – Abaixei minha cabeça.
-Você esta crescendo Toushirou. Quero lhe dar uma coisa antes que eu... – Ela não terminou a frase, mas mesmo assim eu sabia o que ela iria falar.
Ela tirou uma coisa do bolso, era um colar com um pingente azul com um arroz dentro. E junto com ele um envelope, nele estava escrito “Abrir após minha morte”. Eu não falei nada. Minha mãe colocou a mão no meu ombro.
-Vamos, ela tem que descansar.
-Tchau vó. E obrigado.
Nós saímos da casa dela e fui para casa, minha mãe voltou para o trabalho. Quando cheguei abri a porta e fui direto para a varanda. Me encostei no parapeito de madeira e olhei para o horizonte, o sol estava se pondo por trás das montanhas, a visão era linda. Olhei para o colar, suspirei.
-Droga... – Falei.
-O que foi?
Olhei para o lado, Hinamori estava na rua olhando para cima para me ver.
-Minha vó esta doente.
-Sinto muito...
-Tudo bem. Quer entrar? - Perguntei apontando com o polegar para trás.
-Pode ser.
Corri para o andar de baixo e abri a porta. Ela olhou para mim e sorriu. Deixei-a passar. Nos sentamos no sofá e nos olhamos por um tempo sem saber o que falar. Então resolvi quebrar o silencio.
-Quer assistir algum filme?
-Tá pode ser. – Ela sorriu.
Agente sempre assistia filmes, tanto quando éramos menores e agora também, mas com menos frequência.
Falei para ela escolher algum filme enquanto eu fazia pipoca. A cozinha estava bagunçada, uma das cadeiras estava caída e a outra bem afastada da mesa, “Meus pais brigaram de novo” pensei. Hinamori entrou na cozinha com o filme na mão e passou os olhos pela bagunça.
-Nossa o que aconteceu aqui?
-Meus pais brigaram de novo.
-Parece que a coisa foi feia...
-É... Às vezes acho que é minha culpa, sabe?
-Shiro-chan... A culpa não é sua. – Fala ela colocando a mão no meu ombro.
-Mas parece.
A pipoca ficou pronta e não tocamos no assunto outra vez. Nos sentamos no sofá e eu liguei o filme. Sentamos próximos um do outra para dividirmos a pipoca. O filme estava realmente bom, eu nunca tinha assistido. Ainda tinha um pouco de pipoca então desligamos a TV e continuamos a comer, não prestei atenção quando fui pegar um pouco nossas mãos se tocaram, nos olhamos e ela deu um sorriso e eu corei um pouco.
A porta de casa abriu e meu pai entrou e nos olhou como se estivesse tentando entender o que aconteceu. Fazia tempo que nós não assistíamos filmes, e quando assistíamos os meus pais estavam em casa. Ele deu ombros.
-Olá Hinamori – Falou ele passando por trás do sofá – Filho.
Eu e Hinamori resolvemos ir para fora, e sentamos no meio-fio. Já era noite e estava bem frio. Hinamori estava tremendo, ela só usava uma camiseta, tirei minha blusa e coloquei-a sobre os ombros dela. Ela sorriu.
-Obrigada.
-De nada.
Os pais de Hinamori chegaram e ela se levantou.
-Tenho que ir. Até amanha.
-Até amanha.
Ela me beijou na bochecha e saiu correndo. Eu fiquei parado na calçada com cara de idiota, sorrindo e viajando nos meus pensamentos. Voltei para minha casa e fui direto para meu quarto. Liguei o computador. Ichigo estava on-line.
-Hey Toushirou.
-Oi Ichigo.
-E ai convidou ela?
-Sim.
-E ai? Ela aceitou?
-Aceitou.
-Eu falei que você ia conseguir.
-Tá.
-Cara o que você fez o dia inteiro?
-Fui à casa da minha vó, assisti um filme com a Hinamori e...
-Pera ai você assistiu um filme com a Hinamori? Rolou alguma coisa?
-Não, só um beijo no rosto.
-Já é alguma coisa.
-É...
-Tenho que ir, vou jantar.
-Tchau.
Fiquei mais uns tempos ouvindo musica e depois fui ler um pouco do meu livro. Decido ir tomar banho e ir dormir. Demorei um pouco para dormir.
Acordei no meio da noite com um barulho vindo da cozinha. Olhei no relógio eram 2:30 da manha. Me levantei abri a porta vagarosamente e desci as escadas com cuidado para não fazer barulho. Olhei para a cozinha ainda no meio da escada, a luz estava apagada, vi um vulto passando enfrente a porta parecia ter algo na mão, ele vinha em minha direção. Recuei. Ele correu em minha direção corri também. Abri a porta que estava arrombada e aberta. Fui para a rua. Quando me virei deparei-me com um homem vestido de preto com uma faca na mão. Ele era alto. Ele começou a me rodear com a faca apontada para meu pescoço. Ouço passos apressados e vejo Hinamori na varanda com uma das mãos sobre a boca. Ela estava assustada. O bandido tirou uma arma de baixo da camisa e atirou nela. No começo ela parecia bem, mas logo vejo que ela cai de joelhos e começou a chorar de dor. A raiva foi aparecendo dentro de mim, raiva não, e sim um ódio puro e mortal. Avancei em direção a ele. Meus pais e os pais de Hinamori saíram na porta, meu pai estava ligando para a policia. Acertei um chute na mão dele fazendo-o largar a arma, em seguida soquei seu nariz.
Olhei com o canto do olho e vi que a mãe de Hinamori estava junto a ela. Ela já não chorava mais. O homem pegou minha perna e virou-a com toda a sua força. Uma dor terrível veio do meu tornozelo. Quebrado. Olhei para o braço dele tinha uma marca de um dragão vermelho com armas em volta.
-Mais um deles... – Falei em voz baixa.
Ouvi sirenes. A policia chegou rápido. Junto a ela uma ambulância.
-Mãos na cabeça agora!
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Espero que tenham gostado. Logo postarei o próximo.