Titanomaquia, A Queda Dos Titãs escrita por Gusnicols


Capítulo 14
A Batalha de 7 Dias


Notas iniciais do capítulo

Apolo



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O Monte Olimpio estava sendo seguido pelo Monte Otris.

Essas palavras podem parecer estranhas hoje em dia, mas não havia melhor maneira de descrever o acontecimento, quando perceberam que estavam começando a perder, os deuses recuaram e começaram a recuar a sua fortaleza.

Agora eles tentavam atingir os titãs a longa distância, Ele e sua irmã Ártemis estavam atirando inumeras flechas no grande castelo de pedras negras, mais não parecia muito efetivo.

Hefesto atirava seu martelo, Héstia ficava atacando por dentro das lareiras que haviam dentro da Fortaleza (Até que ela anunciou:As lareiras haviam sido apagadas) Hera e Afrodite haviam fugido bem antes do toque da corneta soar, e agora descansavam ao lado de uma fonte.

Hermes saia voando a todo momento, jogava algum objeto explosivo feito pelo deus ferreiro, o fogo explodia e se apagava com extrema rapidez.

Démeter passeava entre o exercito, fazendo algumas plantas curativas para ajudar os deuses, Ártemis parou de atirar flechas.

Seu rosto assumiu uma expressão confusa e olhou para trás, com os olhos passeando sobre todos, então ela encarou o irmão e falou:

-Onde estão Ares e Atena?

-Eles não estão aqui? - Perguntou Apolo, tambem abaixando o arco e observando ao seu redor.

A irmã tinha razão, não havia sinal dos dois deuses da guerra, Apolo ja esperava que Ares ficasse até o fim lutando, mas Atena?

-Oque aconteceu? - Perguntou Héstia se aproximando, sua armadura fora terrivelmente danificada na batalha e agora usava apenas uma túnica vermelha e amarela.

-Atena e Ares - Disse Ártemis, encarando a tia, elas pareciam ser até amigas.

-Eles não estão... - Começou Héstia, então a deusa olhou para trás e esperou se deparar com alguma figura de armadura, encontrou o vazio.

Então ela se voltou para os dois deuses arqueiros, com uma expressão séria falou:

-Eu cuidarei disso, Ártemis continue atirando a procura de um ponto fraco, Apolo, temos feridos dentro do senado, cuide deles.

Sem trocar mais nenhuma palavra, Apolo baixou o arco e se dirigiu ao Senado, Héstia com um olhar preocupado foi para a casa mais proxima entrar na lareira.Sua irmã continou a atirar suas flechas, agora que o sol se punha no horizonte as suas flechas pareciam mais magnificas e poderosas, eram como mini raios prateados.

O Olimpio, pelo que disseram a ele, ja fora apenas um castelo com varios pilares o cercando, mas agora tudo mudou, deuses olimpianos e menores e até alguns primordiais se mudaram pra la.

Agora os pilares foram cobertos por paredes e andares, tetos e enfeites, e agora tambem havia praças, jardins, estatuas e até alguns templos.

O Olimpio se tornou uma grande cidade, de dia, o deus tinha uma ampla visão da cidade pelo sol, mais agora que o sol sumia ele mal conseguia distinguir as casas.

É claro, o Senado era a unica coisa facil de ver em qualquer ponto da cidade, ele se erguia sobre a montanha com pilares brancos e dourados que brilhavam sobre lua ou sol.

Apolo passou pela praça das musas, que estava vazia, elas foram tentar convencer a mãe a se unir aos deuses.Em alguns minutos ele ja subia por uma longa escada de marmore branco e em mais alguns instantes se deparava com um grande salão.

A primeira coisa que viu foi uma fileira de semi-mortos, e as pessoas la o suprenderam.

Éter era o primeiro da fila, o deus do ceu superior estava com uma lança cravada bem no centro de sua barriga, por alguma razão o primordial continuava vivo, icor dourado escorria sem parar de sua barriga mas ele não emitia um som.

Hemera estava sobre o corpo dele, chorando grandes lagrimas douradas, ela insistia para tirar a lança, mais Éter acenava a cabeça.

-Apolo - Berrou a primordial em desespero.Então o deus tomou coragem para encarar os outros feridos e se deparou com a maior carnificina ja vista.

Hélio estava com icor dourado cobrindo seu corpo inteiro, o seu braço fora arrancado e varios cortes profundos estavam em seu rosto e peito.Ao lado do deus, Selene e uma mulher com cabelos ruivos e cinzas tambem chorava,reconheceu ser Eos.

Além dele, Apolo viu o sátiro Pã deitado com algumas flechas espetadas no seu braço e barriga, Apolo não tinha tempo a perder.

Se dirigiu a Éter, pois Hemera não parava de gritar, Apolo se debruçou sobre o primordial e ele sorriu.

-Olá, Apolo - Disse Éter com a voz rouca.

-Éter - Falou o deus com a respiração presa - Oque aconteceu?

-Céos - Replicou o deus, a memoria parecia estar se esvaindo da mente dele - Eu acho...Acho que ele me atirou uma lança enquanto eu combatia alguns invasores.

-Ele esta perdendo a memoria? - Perguntou Apolo para Hemera, que chorava mais fracamente agora.

-Nos primordiais somos muito velhos para morrer em um segundo - Respondeu a deusa, lagrimas escorrerão pelo seu lindo rosto - Nossa essência é destruida lentamente, não são so as memorias dele sumindo, é sua vida.

-Eu posso tentar cura-lo - Disse Apolo relutante, Hemera apenas balançou a cabeça e disse:

-Acabou para ele, pode tentar, mais agora é tarde, ele vai durar até Zeus chegar aqui.

-Como assim? - Perguntou Apolo.

-Essa é uma batalha de poder, quando você mata alguem esse poder é transferido para você - Respondeu Hemera paciente - Mas ele ainda não esta morto por completo, ele não quer que seu poder vá para Céos, ele quer Zeus como herdeiro.

-Faz sentido - Falou Apolo, não havia entendido nada na verdade, mas pra que encomodar uma mulher de luto? O deus foi até Hélio que o encarou como se o estivesse o avaliando.

-Fui o único olimpiano a cair? - Sussurou ele com a voz rouca, encarando Apolo.

-Talvez... - Falou o deus, des do momento que fora para o olimpio desprezou Hélio, mas agora so pode sentir pena - Atena e Ares sumiram e não a sinal dos três filhos de Cronos.

-Que droga - Sussurou o quase morto deus do sol - O sol não pode morrer

-Ele não irá morrer - Disse Apolo piscando confuso - Irá?

-Hélio é a personificação do sol - Disse Selene triste.

-A menos que - Disse Eos, levantando seus olhos para Apolo - Ele deixe um herdeiro.

-Ela tem razão - Suspirou Hélio com a voz rouca - Você aceita?

-Eu? - Disse Apolo percebendo que o deus o encarava.

-É - Sussurou o deus - Garoto idiota.

-Eu aceito - Disse este, não querendo insultar o outro.

-Ótimo, agora eu posso descansar - Disse Hélio, forçando um sorriso - Eu deixo em suas mãos Apolo, o controle sobre o sol e o dia, além de meu trono no olimpio, parabens, garoto idiota.


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