Never Forget About Us (AsianFanfics) escrita por yumishi, PrinceKimsshi


Capítulo 6
I can't bear anymore


Notas iniciais do capítulo

Gostei bastante de escrever esse capítulo e acho que a gorda da Kim também! Um dos meus preferidos até agora, sofri. E sim... Eu tenho capítulos preferidos kekeke.
Acho que o próximo capítulo vou dar um pouco mais de atenção a Yulsic, sinto que estou deixando elas de lado, sei lá.
Muito obrigada pelos comentários, como sempre~! Vocês são uns amores e sabem que nos deixam muito felizes com cada um deles. E eu prometo que vou tentar parar de fazer um final que deixe vocês curiosos.
Até.



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Tiffany’s PDV


– Como assim eu vou ter que ficar aqui, Yuri? – Perguntei a puxando pela barra da blusa, fazendo um bico fofo.
Yuri sorriu docemente e passou a mão em minha cabeça.
– Você realmente acha que eu vou deixar Jessica cuidando de Taeyeon sozinha? – Ela cochichou – Você sabe que Jessica não cuida nem dela mesma.
– Mas TaeYeon está dormindo - Eu insisti - eu não posso ficar aqui.
– Por que não?

Fiquei sem responder e ela sorriu.

– Obrigada – Yuri me abraçou e saiu andando, puxando HyoYeon junto de si – Voltamos em vinte minutos.
Ela fechou a porta atrás de si. Bufei em frustração.

Olhei ao meu redor e vi Jessica jogada no sofá, no décimo terceiro sono. ""Ótimo” Pensei ironicamente e fui até o quarto de Yuri, onde estava Taeyeon. Parei na porta e me apoiei na parede, olhando para a pequena deitada ali, adormecida.

Tem horas que eu sinto raiva e outras, saudade. Tem horas que eu acho que fiz o certo, mas em outras, penso que fui muito rude.
Pensar cansa.

Andei em passos vergonhosos até a cama e me sentei, ao lado dos pés de TaeYeon. Continuei olhando para seu rosto inocente. Ela não mudou nada. Ainda tem aquela carinha de criança sapeca que sempre teve.

Eu me lembro de uma vez que…

Flashback

– TaeTae~! – Tiffany gritava, tentando chamar a atenção da pequena que corria alegremente pelo quintal, sentindo as gotas geladas de chuva tocarem seu corpo. Aquilo lhe dava um prazer enorme. – Aish danshin! Vem para dentro! – E contrariar sua amiga também. Mais ainda do que correr na chuva.

– Eu não quero, Fany-ah! – Taeyeon gritou, sorrindo brilhantemente para a outra, que permanecia plantada na porta da frente, apenas observando em desaprovação. – Vem pra cá! Depois a velha sou eu, huh?
– Você é uma velha que vai ficar doente! – Tiffany cruzou os braços – E eu não vou cuidar de você depois.

TaeYeon parou diante da última frase da mais nova, a olhando por longos segundos.
– Você não vai precisar, porque eu não vou ficar doente – Dito isso, TaeYeon estendeu sua língua e continuou a correr, feliz da vida.

No outro dia.

Tiffany entrou no quarto de Taeyeon, silenciosamente.

– Hey~ - Ela chamou a atenção da pequena, assim que chegou mais perto da cama.
– Viu? Eu não estou doente – TaeYeon deu um olhar de vitoriosa para sua amiga, fazendo Tiffany rir.
– Não? – A mais alta sentou na beirada da cama – Então por que 2 cobertores em um dia de calor, um spray de garganta e – Tiffany puxou a coberta, sorrindo – esse termômetro ai?

TaeYeon abriu e fechou a boca várias vezes, tentando dizer algo. Depois de algumas tentativas e risadas da outra, TaeYeon consegue arranjar uma resposta.
– É só por precaução. Eu estou realmente bem, Fany-ah – Ela tentou se levantar, sem sucesso.
– Você vai ficar quieta aí, mocinha – Tiffany ajeitou o cobertor em cima de TaeYeon e pegou em sua mão, dando seu eyesmile. TaeYeon sorriu com a cena.
– Fico feliz por você não ser uma ‘mulher de palavra’, Fany-ah

Tiffany deitou um pouco a cabeça, a olhando sem entender – Como? – Ela perguntou.
– Eu sei que você vai cuidar de mim.


Fim do Flashback

Dei um sorriso triste com essa lembrança. Antes que eu pudesse me levantar da cama por inteiro, senti a mão quente de Taeyeon segurar em meu pulso.
Passei a olhar em seus olhos, assustada pelo toque repentino de nossas peles. Taeyeon manteve seu olhar no lençol da cama, apertando firmemente meu pulso.
– Fique aqui comigo.

Um calor trêmulo me percorreu. Senti-me presa ao olhar de Taeyeon, que nem ao menos estava direcionado para mim. Não ousei dizer alguma coisa e acabar com aquele clima que estava nos deixando conectadas de alguma forma. Eu me sentia conectada a Taeyeon nesse instante, sem ao menos entender o porquê.
Voltei ao meu lugar anterior. Ela deslizou sua mão sobre a minha e sem deixa-la romper o contato, segurei em sua mão tranquila, sem sentir tristeza ou ódio. Eu nem ao menos sentia alguma coisa. Não pensava. Só queria ficar mais tempo ali, com ela.

Ela elevou seus olhos até os meus, e eu não fui capaz de sorrir. Sempre que ela me olhava eu percebia a melancolia expressa neles e isso me fazia sentir culpada. Foram raras as vezes em que vi TaeYeon chorando, ou até mesmo triste. Realmente raras. Ela sempre conseguia esconder esse lado dela de mim, pois sabia que eu iria me preocupar. Eu descobria quando ela não estava bem, pois nos conhecíamos mais do que a nós mesmas, mas TaeYeon dava seu máximo para não transparecer isso.

Provavelmente ficamos um pouco mais de cinco minutos naquela posição, apenas nos olhando, mas me pareceram ser horas, pois minha mente estava imersa em pensamentos entorpecidos. Pensamentos que não podiam ser chamados de pensamentos. Eu não sei explicar…

– Ahem! – Jessica limpou a garganta, nos chamando a atenção.
Levantei-me imediatamente, soltando da mão de TaeYeon.
– Vo-você acordou, Jessie…

Dei um sorriso estranho e sai empurrando Jessica para fora do quarto. Me joguei no sofá de Yuri, deitando minha cabeça pra trás e dando um longo suspiro. Jessica permaneceu me olhando, em pé em minha frente.
Olhei-a sem entender e ela suspirou, vindo se sentar o meu lado.

– O que estava fazendo? – Ela me perguntou, olhando para a parede bege na sala de Yuri, como eu.
– Nada…
Jessica se sentou direito e se virou para mim, me dando um forte tapa no braço.
– Ei! Por que fez isso? Doeu – Usei novamente minha cara fofa de tristeza e ela apenas revirou os olhos.
– Esse seu biquinho não dá certo comigo.
– Claro que dá certo! – Eu comecei uma risada – Você sempre faz as coi-
Fui cortada pelo olhar gelado e medonho de Jessica em cima de mim. Fiquei em silêncio, rindo por dentro.
– Me responde uma coisa…

Gemi, esperando ela continuar.

TaeYeon's PDV


Eu não sei de onde eu tirei coragem para fazer aquilo. Eu tenho medo de não tê-la mais por perto. Agora que tenho a chance, eu quero ficar junto dela o maior tempo possível, mesmo tendo medo de que Tiffany tenha me esquecido. Suspirei fundo, fechando meus olhos levemente e me levantando da cama. Sentia minha garganta seca e não queria mais dar trabalho a ninguém. Caminhei até a porta do quarto, com a intenção de ir pegar um copo d’agua, mas a voz de Jessica ecoando pelo apartamento me fez parar.

– Me responde uma coisa… - Ela disse.

Eu não parei por curiosidade… Acho. Foi mais por impulso de não querer atrapalhar a conversa?
Não ouvi uma resposta de Tiffany, mas Jessica continuou.
– Você ainda a ama?

Meu corpo todo ficou paralisado. Ainda ama quem? Fiquei confusa e passei a pensar em Tiffany com outras pessoas e não fiquei nada bem. Meu peito se apertou contra mim.
Ou por acaso Jessica sabe sobre nosso passado? Uma vontade de ir lá perguntar tomou conta de mim, mas é óbvio que não ousei dar um passo se quer.

– Por que está me perguntando isso? – Ouvi a voz de Tiffany pela primeira vez.
– Você ainda a ama? – Jessica insistiu.
– Não… - Ela respondeu em um tom baixo, quase não pude escutar – TaeYeon é apenas passado para mim.

Encostei-me a parede para me manter em equilíbrio e deixei meus olhos pousados em algum lugar qualquer. Fui andando até a cama e me deitei outra vez, como se nunca tivesse levantado dali. Como eu queria que eu não tivesse sede.

Deitei na cama de bruços. Respirei fundo, mordendo meu lábio e tentando segurar um choro que foi inevitável. Uma lágrima escorreu. Fechei meus olhos e me forcei a dormir, sem êxito.
Então Tiffany não sentia mais nada por mim e eu fiz um papel de ridícula. Não vou aguentar ficar aqui. Esse é o primeiro dia e eu já estou desistindo, sim. Não vou passar por isso tudo outra vez, eu não posso.

Limpei meu rosto agora molhado pelas várias lágrimas que desceram ao pensar nas palavras de Tiffany. Eu não irei mais chorar, não mesmo.
Vou esquecer Tiffany, como ela fez comigo. Eu consigo, eu sei.

Levantei confiante, respirei o mais fundo que consegui. Peguei minha mochila que estava em uma poltrona no quarto e saí do apartamento, passando pela sala em passos largos, sem olhar para os outros duas. Eu ouvi Jessica chamar meu nome, mas não me virei.
Estou tão cansada de só sofrer e chorar. Passei esses anos imaginando que Tiffany pudesse ter me perdoado, mas isso não aconteceu. Cultivei falsas esperanças que só me machucaram ao longo desse tempo. Foram anos perdidos de minha adolescência. Agora vou fazer o que eu devia ter feito há muito tempo atrás. Vou seguir em frente. Se eu tenho que continuar aqui, eu posso viver sozinha, focada em meus estudos, pois foi por isso que vim.

Caminhei pelas ruas não prestando atenção onde eu estava indo. Na verdade, eu não sabia onde eu estava, não conhecia nada por aqui e estava perdida. Mesmo assim continuei andando, pois precisava pensar.
As palavras de Tiffany vinham em minha cabeça repetidas vezes e era incontrolável. Ecoavam, fazendo minha cabeça doer. Meu pulmão se apertou me fazendo desejar por um ar que estava em falta. Tentei puxar oxigênio, mas não me satisfez. Falta de ar.
Diminui meu passo, ajeitando a mochila nas minhas costas. As pessoas passavam ao lado das outras, parecendo estar com pressa para algo inexistente. Correndo pelo simples fato de não poderem perder um segundo de seu precioso tempo.

Bufei.

O que tem de precioso em um tempo gasto apenas para coisas fúteis e sem importância? Um tempo controlado e planejado para no fim não ter sido aproveitado corretamente.
O tempo nunca foi bom comigo. Sempre foi um castigo para mim, passar horas dos meus dias chorando ou desejando estar ao lado de alguém que nem se recorda de mim.

Apenas passado. Memórias que são lembranças de anos felizes de minha miserável vida. Memórias que deveriam me deixar feliz, mas que só me fazem chorar e querer obter uma máquina do tempo. É clichê, eu sei, mas ninguém entende o quanto eu quero me sentir feliz outra vez.
O tempo sempre foi injusto comigo.

Senti meu telefone vibrar e o tirei do bolso de meu casaco. Era um sms de Sunny.
Como foi seu primeiro dia na faculdade, Tae? ^^”.

Suspirei ao lembrar a minha manhã. Foi agoniante, assim foi meu primeiro dia. Agoniante.
Respondi Sunny dizendo que havia sido divertido e continuei meu caminho para um lugar desconhecido.

Como posso me concentrar em algo se ela não sai de minha cabeça. Eu sofri todos esses anos. Eu fui covarde, fui idiota.
Meus olhos queimaram de leve e senti uma lágrima deslizar meu rosto, logo o secando. Perdi meu tempo pseudo-precioso por algo que no final percebi não ter valor relevante algum em minha vida. Eu não posso parar de amá-la. Não importa quanto deste ordinário tempo passe, meu amor é tão grande que tenho certeza de que nunca vai se esvair de mim. Lembranças podem ser esquecidas, mas meu amor…
Me dói tanto saber disso. Sou incapaz de conviver com a inoportuna saudade dentro de mim. Preciso ser forte, preciso entender que acabou.
Senti minha cabeça girar mais uma vez naquele dia e me apoiei na parede de uma loja, com uma estranha tontura me deixando nauseada. Aish… Outra vez não.

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Notas finais do capítulo

E aí? ^^