Last Goodbye escrita por AneNunes


Capítulo 3
3- The day that everything changed


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal agora as coisas vão começar a melhorar, espero que gostem.



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3º Capítulo – O dia em que tudo mudou

ZACK’S POV


Faz um ano que os garotos e eu formamos a banda, estamos felizes afinal estamos fazendo sucesso cada vez mais, mas eu sinto que falta algo, eu sinto falta de me apaixonar, de amar, depois que ficamos famosos não dá para saber se a pessoa realmente te ama ou só está ficando com você por causa da beleza e da fama, com o tempo fiquei mais confiante e me acostumei a ver algumas fotos minhas embaraçosas na internet.


– Zack você está pronto? – Nick apareceu no meu quarto, de todos os garotos eu sou o mais vaidoso, eu sinto um enorme vazio em meu peito, eu me lembro da garota que eu vi um ano atrás, ela tinha cabelos cacheados castanhos e olhos verdes, estava acompanhada de um rapaz, devia ser o namorado dela, não sei por que, mas nunca consegui tirá-la da minha mente, sempre que fazemos um show eu a procuro secretamente, mas nunca mais a vi, me pergunto se ela é nossa fã, se ela nos conhece, mas acho que nunca obterei essas respostas.


– Já estou indo – era sempre a mesma rotina, mas hoje era diferente, hoje fazia um ano que formamos a banda e nós havíamos planejado comemorar fora, iríamos a um restaurante pouco conhecido, não queríamos correr o risco de sermos vistos, me levantei e saí do quarto, eu tenho que ficar feliz, hoje é um dia especial eu tenho certeza disso, novamente aquela garota invadiu a minha mente, nunca me esquecerei de seu olhar triste, me pergunto o que terá acontecido, se eu estivesse ao seu lado a faria sorrir.


ANNE’S POV


Já faz dois dias que saí do Brasil, vim sozinha, eu precisava disso, um tempo sozinha, já faz um ano que perdi o Adam, ainda não consigo lidar com a dor, mas aos poucos vou superando, a saudade é enorme, mas não tanta como no começo, estou voltando para Londres, voltando para o lugar onde perdi meu amado, não sei como o Mark descobriu que tínhamos vindo para cá, tínhamos tomado tanto cuidado para que ninguém descobrisse nosso paradeiro e ele aparece e o atropela.


– Sinto sua falta – lágrimas escorreram de meus olhos, estava apoiada ao peitoril da janela do apartamento ao qual fiquei; Adam era muito cavalheiro, preferiu ficar em outro apartamento, mas às vezes dormia aqui, é muito difícil lidar com uma perda, mas eu estou conseguindo e sei que um dia terei que cumprir a minha promessa, eu tenho que ser feliz, seguir a minha vida, mas não sei como, parece que fiquei sem chão, será que um dia encontrarei alguém ao qual amarei tanto quando o Adam? Eu não sei.


Não avisei ninguém que viria aqui, eu sei que isso é loucura, mas não quero ver ninguém, não quero falar com ninguém, quero apesar ficar sozinha nesse dia, mais tarde vou até o cemitério em que o Adam foi enterrado e vou visitá-lo, comprei um buquê de rosas vermelhas, como moro longe não dá para ficar vindo aqui sempre, mas venho sempre que posso, estava distraída até que ouvi a campainha, me levantei meio hesitante e fui ver quem era, levei um susto ao ver a pessoa do outro lado.


LEON’S POV


Será que era só eu ou mais alguém tinha percebido o quanto o Zack estava diferente, sei lá ele simplesmente não parecia o mesmo, o encarei por um momento, me pergunto se ele ainda pensa naquela garota, sim eu sei sobre ela, sou o único, afinal eu estava ao lado dele quando tudo aconteceu.


– Eu estou pronto, podemos ir agora? – ouvi o Luther e o Hélio rindo, os dois tinham suas próprias piadas internas, então saímos de casa, o motorista já estava nos esperando, depois de meia hora chegamos ao restaurante, estava completamente vazio, nós tínhamos feito reservadas para hoje.


Nós jantamos e ficamos um bom tempo conversando, é muito difícil comer apenas com o garfo ainda mais quando te servem sopa, o que eu não consigo tomar, o Hélio e o Luther beberam um pouco além da conta, o Nick bebeu, mas foi só um pouco, os únicos sóbrios aqui eram o Zack e eu, ficamos rindo das mancadas do Hélio, ele tinha saído na rua e achou que a árvore era uma antiga namorada, foi muito engraçado, o Nick até filmou.


– Acho que ele não vai gostar nem um pouco disso – Nick comentava enquanto filmava, Luther estava bêbado, mas ficava rindo do Hélio, afinal era muito hilário, o Hélio era o que mais pagava mico quando estava bêbado, tudo estava indo bem até que começou a ficar tarde, decidi que era melhor voltarmos para casa.


– Vamos garotos, a diversão acaba aqui – Nick me ajudou a colocar o Hélio no carro e Zack cuidou do Luther – Zack você não vai entrar no carro? – perguntei achando estranho o fato dele não ter entrado, ele apenas pegou um boné e um óculos escuro.


– Eu vou dar uma volta, encontro vocês depois – e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele foi embora, acho duvidoso que alguém não repare em um garoto de boné, óculos escuros e jaqueta preta andando sozinho há essa hora, mas tudo bem acho que as ruas devem estar desertas agora, ele sabe se virar fui dirigindo até nossa casa.


ANNE’S POV


Quando abri a porta me deparei com a última pessoa da face da Terra ao qual eu queria ver, exatamente era nada mais, nada menos que o Mark, o assassino do meu noivo, o fugitivo da polícia.


– O que você está fazendo aqui seu cretino? – estava furiosa, depois de tudo que ele fez ainda teve a cara de pau de aparecer na minha frente, ele foi mais rápido que eu, segurou meus pulsos e me beijou, com força eu mordi seu lábio fazendo-o sangrar, ele perdeu tempo levando a mão a boca e eu aproveitei para fugir, tinha que encontrar algum policial.


Parecia que não adiantava o quanto eu corria, ele era rápido e logo me alcançaria, estava assustada e desesperada, afinal se ele matou o Adam o que poderia fazer comigo? O Mark era um psicopata ele precisava urgentemente de tratamento, não pode ficar solto, corri o mais rápido que pude, mas ele me alcançou e me prensou contra uma árvore, as ruas estavam vazias, então que ajuda eu teria? Tinha que pensar em algo rápido, antes que fosse tarde demais.


ZACK’S POV


A noite foi boa, me diverti bastante, mas tive um pressentimento de que algo iria acontecer, resolvi dar uma volta pela cidade, ocupar a minha mente com alguma coisa, estava andando tranquilamente até que ouvi uma voz doce e suave e quando observei melhor percebi que era a garota que eu tinha visto um ano atrás.


– Me solta Mark, o que pensa que está fazendo? – parecia que ela estava assustada, não vou deixar aquele garoto machucá-la, tratei de ir o mais rápido possível até ela, coloquei a minha mão no ombro do garoto, o afastando dela.


– Não ouviu a garota? Se afaste dela! – mas eu acabei levando um soco no meu rosto.


– Saía daqui seu intrometido, o assunto não é com você! – passei a mão em minha boca, percebi que tinha sangue e eu não vou deixar isso assim, bati nele e começamos a brigar, na briga o boné e os óculos caíram, quando eu tinha conseguido enfim derrubá-lo, um policial apareceu para nos deter.


– O que está acontecendo aqui afinal? – sentei no chão enquanto a garota explicava para o policial o que tinha acontecido.


ANNE’S POV


Eu tinha ficado realmente preocupada, achei que o Mark ia me machucar até que um garoto gentil me salvou, não o conhecia, mas sabia que era uma boa pessoa, quando o policial chegou expliquei a situação, não queria que ele tivesse problemas por minha causa, quando o policial foi embora com o Mark me senti aliviada e percebi que o garoto estava sentado no chão e sua boca estava sangrando.


– Ah meu Deus, você está machucado? - como tinha saído na pressa não tinha pegado bolsa nem nada do tipo, rasguei um pedaço de minha blusa e limpei um pouco do sangue – Venha até meu apartamento, lá eu poderei cuidar melhor de você! – ele me olhou um pouco confuso – Não se preocupe eu não mordo, aliás, qual é o seu nome? – perguntei ansiosa, afinal tinha que saber o nome daquele que salvou a minha vida e retribuí-lo de alguma forma.


ZACK’S POV


Quando ela terminou de falar com o policial olhou para mim, acho que foi só nesse momento que ela percebeu que eu tinha me machucado, não sei como, mas ela rasgou um pedaço de sua blusa para limpar o sangue de minha boca, até que ela me chamou para ir ao seu apartamento, confesso que milhares de coisas passaram em minha mente, fiquei com vontade de ri quando ela falou que não mordia, mas o que me surpreendeu mesmo foi que ela perguntou o meu nome.


– Zack, meu nome é Zack Miller – será que ela nunca ouviu a banda? Estou realmente chocado, nunca pensei que encontraria alguém que não me conhecesse, mas isso de alguma forma é bom, se ela se apaixonar por mim saberei que é por quem eu sou e não pela minha fama – Qual é o seu nome?


ANNE’S POV


Quando ele disse que seu nome era Zack Miller tive a sensação de que já tinha ouvido esse nome antes, mas agora não consigo me lembrar de onde, ele era um garoto lindo e se vestia bem, sua jaqueta preta estava um pouco manchada com o sangue, mas nada que uma boa lavagem não resolvesse, quando ele perguntou meu nome fiquei super sem graça, nem tinha me apresentado e muito menos agradecido.


– Anne, eu me chamo Anne Hassan – fiquei um pouco sem graça, ele estava me encarando e isso me constrangia – Aliás, obrigado por me ajudar, nem sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido – ele sorriu o sorriso dele de alguma forma me deixou calma e feliz – Vem, vou te levar ao meu apartamento, é melhor cuidar logo desse ferimento – ele concordou e eu o ajudei a se levantar.


Percebi que ele estava mancando e fiz com que ele se apoiasse em mim, depois de andarmos bastante chegamos ao meu apartamento, a porta ainda estava aberta, entrei e acendi as luzes, o ajudei a sentar no sofá e fui até a cozinha e voltei com a maleta de primeiros socorros.


ZACK’S POV


Ela é linda e fica mais linda ainda sem graça, quando ela me agradeceu me senti bem e não consegui conter um sorriso, tentei não demonstrar que meu pé estava machucado, mas não deu certo ela notou então me apoiei nela e fomos até seu apartamento, ela me ajudou a me sentar no sofá e foi até a cozinha.


– Isso pode doer um pouco, mas te garanto que é para o seu próprio bem – ela tinha pegado um algodão e o molhou com alguma coisa.


– Ai – acabei dizendo quando ela passou o algodão em minha boca, ela apenas sorriu para mim.


– Eu sei que doe, mas você logo ficará bem – era tão bom vê-la sorrindo, diferente da garota com olhar triste no ano passado e de quando a encontrei com o olhar assustado, agora ela parecia calma e isso me deixava bem porque foi graças a mim que ela está sorrindo agora.


Ela cuidava de mim com carinho e cuidado, tentava ao máximo não me machucar mais, até que acabou tropeçando e nossos lábios ficaram muito próximos um do outro, pude sentir sua respiração em meu rosto e o meu único pensamento foi “Eu tenho que beijá-la”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentar não faz mal nenhum e deixa uma autora feliz!