A Vida de Uma Garota Nada Popular escrita por Lu Carvalho


Capítulo 1
Como Tudo Começou


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! :3



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Era uma vez, em uma escola dos Estados Unidos, Nova York, uma garota chamada Mariana. Mariana Sward. A garota, desde o pré sofria bullying de uma malvada, patética, mentirosa e sozinha na vida (sim, eu usei um verso de Mean, da Taylor Swift) porém loira, bonita e muito, mas muito popular.

Eu era apenas uma menina normal, por que raios não podia ser compreendida pelos outros?! Tinha que ser a menina estranha que ninguem chegava perto. Eu queria ser normal (bom, na verdade, até onde eu sabia eu era normal.Tinha duas orelhas, dois olhos, uma boca, um nariz...) sabe, ir a escola e fazer farra igual as outras pessoas, ter amigos...

Mas pelo jeito isso estava bem longe de minha realidade.

Eu nunca havia tentado mudar de escola por conta da minha irmã mais nova, que adora a High School Saint Morritz, nossa escola, já que estava entrando para o clube das... ai, que nojo de falar isso... ''mortas vivas''. (Não me pergunte daonde esse nome surgiu, só surgiu e pronto.) Elas são as meninas mais "legais" e bonitas da escola. Típico, não? Ficam com todo mundo, e quando eu digo todo mundo, é todo mundo mesmo...

Bom, não queria isso de jeito nenhum para minha irmãzinha mais nova, mas, sinceramente, o que uma garota invísivel e mal-compreendida pode fazer?! Acho que, se ela quisesse mesmo pertencer as... argh, de novo... "mortas vivas", quem era eu pra impedi-lá? Ninguém se importava comigo mesmo...

Já não bastando essa minha situação meio desconfortável, tinha um garoto... mas não um garoto. Era, tipo, o garoto. Mas, vamos dizer que ele era um dos que me ignorava, mas não era meio que ignorar no mal sentido, é que ele nem devia saber que eu estava na mesma escola que ele, ou melhor, nem no mesmo país que ele. O menino mais comissado da escola, Liam. Liam Pettyfer. Um loiro de olhos carinhosos e gentis, que tem tudo para ser minha alma gêmea, mas tinha apens um detalhe: ele namora uma das... argh... "mortas vivas", Anne Whatson. Isso mesmo. A mesma loira de olhos castanhos (cujo nariz arrebitado me irritava profundamente) que me perseguia na High School Saint Morritz.

É doloroso quando a sua pior inimiga da galáxia namora com o maior gato perfeitamente perfeito pra você.

Pois é.

Mas, sobre meu dia; Sempre chego na escola mais cedo do que todo mundo. E sabe como faço isso? Acordo as 5 da manha. É. Uma tarefa díficil para quem dorme mais da meia noite, mas eu consigo. (Acho que sou tipo uma mutante...)

Sempre era a mesma e irritante coisa; passava a catraca, dava bom-dia para o porteiro gordo e suado da minha escola, Elvis (sim, era esse mesmo seu nome. Assim me faz ficar até com pena do próprio Elvis) e seguia até minha classe. Percorra o corredor todo e a segunda à direita era minha classe. Mas se isso for muito confuso para você é bem fácil de identifica-lá, siga um cheiro suspeito de gases tóxicos (mais conhecido como pum) e ovo podre.

Além de não gostar nem um titico de nada da escola ainda tinha que aguentar ficar na classe mais fedida do estabelecimento.

Odeio minha vida.

Meu lugar era lá no fundão, mas eu não conversava muito com as pessoas. Sei, um desperdício de lugar. Mas são as pessoas que não gostam de mim, então não sou eu a culpada. Estava logo atrás do Thiago, meu melhor amigo também excluído da sociedade. E antes que você tente me perguntar, nunca gostei de Thiago. E, ele não era bonito. Quer dizer... ele tinha cabelos curtos pretos, olhos cinzentos (assim, bem atraentes, mas... isso não vem ao caso!) e sua cara não era feia. Era só que nunca quis pensar dele de um jeito que ele fosse bonito, entende? Meu único amigo, e... Meu Deus, é melhor eu parar de falar.

Totalmente me tirando de meus desvaneios, vem Thiago:

–Oi, tudo bem?

–Não, como sempre - respondi.

–Ah... eu tambem não estou bem. - disse tentando puxar assunto. O unico problema do Thiago (além dele ser feio) era que ele falava muito. - Ontem minha mãe me proibiu de mexer no celular.

–Ah. Meus pêsames.- eu disse

Assim que acabei de dizer isso as... (você consegue, Mari)... "mortas vivas" entraram na classe. Parecia até que havia um ventilador potente na frente delas, porque seus cabelos balançavam "sedutoramente".

Anne olhou para mim, com sua carinha maléfica e irônica, fez um sinal de "Oi pessoa excluída que nínguem gosta, só seu amiguinho aí" com a mão e se virou à sua gangue do mal.

–Será que ela não se acha rídicula o bastante? - cochichou bem alto e olhando à mim para, obviamente, eu ouvir e ficar com cara de trapo.

Acontece que sou superior, e não choraria ou qualquer coisa do tipo na frente delas. Isso quem tinha de aguentar era meu ursinho Ted...

Estava realmente cheia de suas atitudes infantis comigo todo santo dia. É tão díficil assim vir até mim e dizer o que pensa, ou o que deixa de pensar?

Bom, no caso dela, o que deixa de pensar, por causa da falta de cérebro.

–Senhorita Whatson, pare de conversar agora. - disse Nancy, nossa querida (e velha) professora de geografia. - Entrei na sala, portanto, SILÊNCIO!

Anne, relutante, olhou para a professora com cara de quem fala "Vou te obedecer só porque não quero desarrumar meu cabelo, porque, do contrário, não deixaria barato." e sentou-se

Como sempre; todas as aulas eram intediantes. Não só pelo motivo da professora ser uma velha que cuspia nas pessoas quando falava, e a sala cheirar a peido de porteiro de escola cujo nome é Elvis, mas, por todos ficarem jogando papéis em mim com dizeres malvados durante.

Sempre que a aula estava de mais de chata (ou seja, toda a aula) e ficava já de paciencia esgotada das pessoas jogando papéis nas minhas costas eu ia ao banheiro, ficar por mais ou menos uns 15 minutos, e, como uma idiota, ficava contando o tempo passar.

Porém esse dia foi diferente.

Coloquei a música Who's Laughing Now?, da Jessie J, e, mexendo no papel higiênico, fiquei dançando.

Essa música sempre me deixava feliz, por causa da letra. Sério. Ela diz sobre o que ela passava antes na escola, e como agora ela ri dos bullies. É uma música para levantar o astral.

Depois de tocar a faixa umas 5 vezes saí do banheiro, e esbarrei com o menino com quem todas as meninas queriam esbarrar. Aquele que era minha alma gemêa, mas não sabia. Liam.

Meus fones de ouvidos cairam, e fiquei com cara de besta olhando para ele (uma cara que sempre fazia quando a professora explicava matematica).

–Desculpa - disse Liam, com seu jeito fofo e constrangido.

Ele se abaixou, pegou meu IPod e disse:

–Espero que não esteja quebrado...

– Tudo bem, não vai estar. - O QUE?! Eu não tinha nada de melhor para dizer? Resposta: Sim. Podia ter feito uma piada de volta, ou sei la, pensado em algo melhor do que "Tudo bem, não vai estar"

Ele sorriu para mim e voltou para a sala de aula.

Constrangida, voltei para a classe. Obviamente, fiquei vermelha, afinal, dei um grande passo na nossa relação... pelo menos, agora, ele sabe que estou na mesma escola que ele... acho...

***

Notícia boa: Graças ao todo poderoso, o sinal do lanche tocou. Notícia ruim: "Mortas vivas" rodavam pelo pátio inteiro. Então, como havia trazido lanche de casa, ficaria no banheiro o lanche inteiro.

Eba.

Tranquei-me no banheiro e lá comi meu lanche. Estava tudo correndo ás mil maravilhas; eu, sozinha com minha música, comendo sanduíche de pasta de amendoim com geleia e bebendo Coca Cola Zero. O que mais eu poderia querer?

Ah, já sei; Amigos.

Voltando, tudo corria bem. Até que, para não perder a mania, Anne e sua tropa de elite chegaram.

Ahhhhhhhh! É nessas horas que desejo ter o poder de teletransporte para me mudar do vaso sanitário até... não sei... Dubai? Concerteza seria bem melhor lá.

–Não aguento mais ela. Muito... ela! - Anne não podia ser mais... ela.

–O que ela fez agora? - perguntou Danielle, uma das... mortas vivas...

–Simplesmente, está sendo estúpida, uma falsa - olha quem diz. - e está dando para todos!

–Ok... Mas quem é?

–Humpf... - cochichou no ouvido de Danielle, mas não tão baixo a ponto de eu não ouvir claramente.

Não podia acreditar. Falando mal da própria amiga?


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