A Preferida De Lord Voldemort escrita por Satine


Capítulo 4
Eu acredito em minha própria mentira


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;D



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A lareira na sala comum da sonserina crepitava alto nos aquecendo, Avery, Malfoy, Lestrange, Black, Druella e eu estávamos sentados no sofá de frente para a lareira, um dos lugares mais disputados da sala comum, mas não importava quem estivesse ali, assim que nos viam, deixava o lugar vago para nós, talvez por medo ou pelos garotos serem filhos de bruxos importantes e ricos, sim todos aqueles nomes eram conhecidos por todo o mundo bruxo, de grandes famílias de puro sangue, alguns até em cargos elevados no ministério da magia.

Estranhei como a questão do puro sangue e sangues ruins era muito mais séria naquele tempo, o preconceito muito mais vivo e menos punido, até mesmo nos corredores de Hogwarts, a punição para aqueles que discriminavam os sangues ruins só era severa quando o próprio Dumbledore presenciava.

– Você precisa visitar Hogsmeade conosco, Liz. – comentava Avery enquanto eu ajudava Malfoy em seu dever de poções, dois pergaminhos sobre a poção Felix Felicis, que Riddle ganhara na aula anterior graças a seu ótimo desempenho com a poção do Morto vivo. – Vamos passar nas Zonko’s, sempre compramos coisas lá para nos divertir um pouco com os sangues ruins.

Eu ri da cara que o Malfoy fez quando acabou seu dever, ele beijou meu rosto e suspirou aliviado.

– Essa menina é um anjo. – exclamou para todos. – Eu nunca conseguiria fazer isto.

– Digamos que tenho facilidade com poções. – digo pensando em meu pai. – Avery, vocês não tem medo de se encrencar com essas coisas?

Eles riram e se entreolharam, Druella me deu uma cotovelada de leve no braço e piscou o olho.

– O monitor é nosso amigo. – disse divertida.

Era engraçado ter amigos, por vezes eu até me esquecia de minha missão, mas ainda tinha a estranha sensação de ser observada o tempo todo por eles, talvez Riddle tivesse ordenado que ficassem de olho em mim, o que não era tão ruim, eles eram divertidos.

– Vocês não estão esquecendo nada? – disse o Black se levantando. – Quadribol. Temos que derrotar a corvinal hoje.

– Isso vai ser moleza. – disse Malfoy animado se levantou fingindo estar com um bastão na mão e acertando um balaço em um corvinal e imitando o corvinal caindo da vassoura, todos riram com sua imitação patética.

– Você vai torcer por mim, não vai, meu doce? – perguntou Black beijando o dorso da mão de Druella, os outros riram.

– Vê se me erra, Black. – resmungou a garota.

– Vamos logo Cygnus. – disse Malfoy puxando o Black para fora da sala comum. – Não cansa de ser rejeitado, não?

– Ela gosta. – riu o Black e pelo olhar de Druella, ele estava certo.

Os garotos saíram da sala comum me deixando sozinha com Druella, eu olhei desconfiada para a Rosier e ela revirou os olhos se levantando.

– Tá. – disse a contragosto, mas em um tom divertido. – No fundo eu até gosto.

Eu acabei rindo, ela me estendeu a mão me ajudando a levantar.

– Vamos, vamos assistir a esse jogo.

– Sabe que... Eu não estou muito ansiosa para assistir, vá você. – digo tendo ideias bastante arriscadas, mas que era o momento certo para fazê-lo.

Ela deu de ombros, pareceu não desconfiar.

– Até mais tarde então. – disse saindo da sala comum e quando eu dei por mim, eu estava sozinha na sala comum, todos foram para o campo de quadribol assistir o jogo, era o momento certo de tentar descobrir algo sobre o Riddle, algo que não fosse sua irritante semelhança à Sabe-tudo Granger em ser o melhor em todas as matérias. Eu poderia encontrar algo em seu quarto, algo que me ajudasse. Antes de destruir, você deve conhecer seu inimigo.

Segui cautelosamente até o dormitório dos garotos e arfei ao encontrar o quarto todo revirado, era uma bagunça, camas por arrumar, materiais jogados para todos os lados, roupas, cartas, um gato preto e uma coruja se perdiam ali dentro, a coruja dentro da gaiola soltou um pio alto olhando com seus olhos arregalados em minha direção.

– Quieta! – sussurrei aborrecida para a coruja parda e ela pareceu ter me ouvido, ou foi esperta, se ela não se calasse, eu daria um jeito de silenciá-la de um jeito ou de outro.

De certo modo, a bagunça no quarto bem que me ajudou, pois havia uma única cama no canto do quarto que estava arrumada, completamente organizada e ela só podia pertencer a uma pessoa.

Caminhei em passos silenciosos até a cama arrumada e peguei a varinha erguendo-a para a cama.

Finite Encatatem. – se Riddle tinha algo a esconder, certamente colocaria feitiços para proteger o quer que seja, nenhum resultado. – Você podia facilitar as coisas pra mim, não é Riddle?

Digo num sussurro me ajoelhando e abrindo seu malão, pareço uma garota obcecada, que horror Elizabeth, eu me repreendo em pensamentos, encontro, então, no fundo do malão dois cadernos negros idênticos, com letras douradas, escrito seu nome: Tom Marvolo Riddle. Pego um em minhas mãos e o folheio, mas não há sequer um rabisco, pego, então, o outro e encontro varias anotações. Que fofo, ele tem um diário. Penso e rio do meu próprio pensamento.

Folheio o diário e vejo nas folhas mais recentes, que a palavra horcrux é escrita repetidamente e me pergunto o que é isto, não me lembro desta magia. Leio também sobre seus pais, vejo que estão mortos, sua mãe morreu ao lhe dar a luz e seu pai, trouxa, ele mesmo fez questão de matar, ele criou uma horcrux, embora eu não saiba o que isso significa e vejo também que ele abriu a câmara secreta em seu 5º Ano, ele já fez tudo isto e nem completou 16 ainda. Pela primeira vez eu me sinto assustada e guardo o diário onde encontrei, fechando o malão, me esforçando para deixar tudo da maneira que encontrei. Pensando seriamente em esquecer esta missão, viver no passado, aqui tenho amigos, tenho a chance de uma vida nova e não preciso me meter na vida de Lord Voldemort, ele que faça o que quiser.

Seu pai confiou em você. – minha mente gritava.

Você precisa sair daqui. – outra parte de minha mente me alertava.

O Potter pode conseguir detê-lo e eu não quero ser um plano B caso ele falhe, não quero.

Você tem que fazer a coisa certa.

Levo as mãos ao cabelo sem saber o que eu faço, as costas voltadas para a porta, descuidada.

– Srta. Tyler. – ouço aquela voz de veludo e não quero me virar para encará-lo, mordo o lábio inferior, já começando a pensar em uma mentira convincente. – O que faz aqui?

Eu me viro e o encaro, trato logo de fechar a mente usando oclumencia, mas não consigo ver Lord Voldemort em Tom Riddle, aqueles olhos negros inexpressivos gélidos como um lago negro que me atrai. Seria tão mais fácil se ele tivesse os olhos rubros e perversos que um dia chegará a ter, seria tão mais fácil se de certa forma, eu não me sentisse atraída por ele. Por um momento, eu penso no que eu li no seu diário e mesmo assim, ao fitá-lo, não sinto mais medo, o que sinto na verdade é pena, ele é só um garoto, a mãe morreu no parto, o pai o abandonou, ele estava sozinho.

– Eu estava te procurando. – eu me surpreendo com a voz firme e certa, acreditando eu mesma em minhas palavras, tornando a mentira em verdade.

– E em que posso ajudar?

– Eu estive perguntando a alguns alunos da escola, a leitura me fez ter grande interesse sobre isto, é mesmo verdade que a câmara secreta foi aberta ano passado e você encontrou o culpado? O herdeiro de Slytherin?

– Pois bem, sim é verdade, mas isto é passado Srta. Tyler, eu acredito que...

– E quem era? – interroguei com uma falsa excitação na voz, tentando parecer convincente.

– Rubeo Hagrid, um meio gigante que estudou aqui no terceiro ano.

– Um meio gigante? – coloquei em meu tom de voz toda a decepção que era capaz de fingir. - Provavelmente um desastrado e bobalhão, sabe eu não acredito nisto, eu acredito que o verdadeiro herdeiro de Slytherin se safou facilmente desta e deve ser um bruxo extraordinário, sei que ele realizará terríveis, mas grandes feitos no futuro.

Percebo seu olhar desconfiado, interessado, eu consegui chamar sua atenção, agora não podia mais voltar atrás, tinha de ganhar sua confiança, fazer parte deles, ser uma comensal da morte.


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Notas finais do capítulo

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Ja ne