A Preferida De Lord Voldemort escrita por Satine


Capítulo 17
Meu felizes para sempre dura pouco


Notas iniciais do capítulo

Oláá leitoras lindaaas... Bom, primeiro eu tenho que falar sobre os comentários de Lay Silva e Erica Milena, meninaaas seus reviews foram perfeitoooos *o* sério, me deram um incentivo e tanto, obgd lindaas
Eu espero que gostem do capitulo :D



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Era quase como se eu tivesse uma vida normal. Como se ele não fosse Lord Voldemort e eu não fosse uma “garota do futuro”. Era a melhor época de minha vida, Tom e eu dividíamos um quarto no Caldeirão Furado, fomos a vários casamentos de nossos amigos, como o de Druella e Cygnus, Ângela e Abraxas, Orion e Walburga. Eu vi Bellatrix Black nascer, vontade de deixar minha afilhada cair na primeira vez que a colocaram em meus braços não faltou, mas eu não sou desumana, Bellatrix é apenas uma recém-nascida e eu não faria nenhum mal a ela.

Tom e eu dividimos muitas coisas, muitos momentos bons juntos, eu estudava para curandeira e ele trabalhava na Borgin & Burkes e quase não tínhamos tempo, mas as noites eram nossas, tomávamos sorvete e contávamos sobre o nosso dia. Ou bebíamos vinho ou whisky de fogo, o que sempre me fazia rir de qualquer coisa e o deixava mais malicioso, atrevido e atraente do que já era sóbrio.

Eu gostaria de dizer que Tom e eu nos formamos em Hogwarts e tivemos o nosso “e viveram felizes para sempre”, que ele desistiu de seus planos assombrosos por amor. Ah! E como eu gostaria, mas não foi bem assim. Isto só durou um ano, um pouco mais ou um pouco menos.

Era inverno, começo de janeiro quando Tom pediu que eu o encontrasse no Cabeça de Javali depois de meu expediente. Não fazia muito tempo que ele tinha completado 18 anos, a maior idade para os trouxas. Aparatei para Hogsmeade e nevava um pouco, mas os flocos apenas se misturavam com minha roupa branca do hospital, eu ainda não era uma curandeira, apenas a balconista, mas já precisava me vestir de branco. As vestes claras contrastavam com os fios negros que herdei de meu pai.

Encontrei Tom sentado na parte mais escondida do estabelecimento, usava as vestes negras de sempre e usava o capuz para esconder o rosto, estranhei, mas sentei-me na cadeira vaga à sua frente.

– Posso perguntar, por que o Cabeça de Javali? Por que não o Três Vassouras ou o café da madame Puddifoot? Você nunca me levou lá. - digo com um sorriso doce e ar descontraído.

– Aquele lugar é patético, por que eu te levaria lá? - eu acabo rindo e balançando a cabeça a cabeça negativamente.

– Você é tão romântico quanto os bodes de Aberforth Dumbledore, sabia? - digo e o meu ar divertido o faz sorrir, mesmo que seja por breves segundos. Os fios negros de Tom estavam mais compridos, comparado a quando saímos de Hogwarts, mas continuava tão bonito quanto antes, se não mais. Debrucei-me sobre a mesa e o cumprimentei com um beijo rápido.

Enfim, ele conjurou dois copos e pediu que nos servissem cerveja amanteigada e abaixou o capuz, seu ar era sério e frio, o que me deixou curiosa e desconfiada, havia um motivo para ele ter me levado até aquele lugar e uma sensação ruim, um pressentimento, começou a me assolar.

– Lhe chamei aqui porque quero lhe mostrar duas coisas. - ele diz tirando do bolso da capa uma taça de ouro bastante intrigante.

– Onde conseguiu isto? - pergunto segurando a taça de ouro puro, fascinada, porém desconfiada.

– Isto não importa, basta saber que isto pertenceu à própria Helga Rufflepuff. - ele sorri, não um sorriso bonito, mas um sorriso repleto de ambição e não era a primeira vez que via um brilho avermelhado em seus olhos.

– A segunda coisa e mais importante, um objeto que pertenceu ao próprio Salazar Slytherin. - ele diz entregando-me um medalhão com a insígnia de Slytherin, o medalhão era pesado e muito belo, tão valioso quanto à taça, mas onde Tom teria conseguido aquilo? Eu lhe devolvi os dois objetos, tentava mostrar que estava tão fascinada quanto ele, mas não conseguia, estava séria.

– Tom, eu vou repetir, onde conseguiu isto? - ele aborreceu-se por alguns segundos, mas respirou fundo, decidido a me explicar, já que eu não desistiria, ele sabia disso.

– Lembra-se daquela senhora Eptizibah Smith? Então, ela tinha alguma valia afinal, não era uma completa inútil, era muito rica e comprou o medalhão de Burke, quanto à taça, ela era herdeira de Helga.

– Ah! Era? - pergunto arqueando uma sobrancelha.

– Está morta. - sorriu de canto, mais um de seus sorrisos perversos. - A própria elfo doméstico dela a envenenou, quanta crueldade para uma criatura tão pequena, não? - ele fez aquele olhar inocente.

– Ou você fez a elfo doméstico acreditar nisto. - digo séria, abaixando os olhos para a cerveja amanteigada que estava na metade, enquanto ele já tinha terminado a dele.

– Esperta como sempre, querida. - ele diz acariciando meu rosto com as mãos frias, segura meu pescoço com firmeza antes de beijar-me rapidamente.

Querendo deixar de lado aquele assunto, conto como foi meu dia, mas ele mal parece me ouvir e falo também de outras coisas sem importância.

– Quero visitar Druella, é bom ver minha amiga e Bellatrix, ela não é ameaçadora com um ano de idade, é até fofa, me faz ter vontade de ter meu próprio filho. - digo hesitante, ele me olha com um ar divertido ou de puro deboche, ainda não decifrei, uma sobrancelha arqueada e um sorriso no canto dos lábios.

– Mesmo? O que vai ser agora? Vai querer um casamento deslumbrante e ter pirralhos, pequenos Tomzinhos e pequenas Elizabethzinhas? - ele soltou uma risada pelo nariz, mas eu apenas revirei os olhos.

– Não enche. - digo fechando a cara.

– Ah Elizabeth você era menos sentimental antes. - eu apenas o encaro, séria. - Qual é o seu problema? Se é pelo medalhão e pela taça, bem... O medalhão já era meu por direito.

Eu reviro os olhos.

– Não é pela taça ou pelo medalhão, não me esqueci de quem você é, ou melhor, você acabou de me lembrar. Acho que não é só isto que tem a me dizer, o que mais? - ele me olha com aqueles olhos azuis intensos me entorpecendo, debruça-se sobre a mesa e segura minha mão.

– Terei de me ausentar por algum tempo. Viajarei pelo mundo em busca de poder. - senti um grande aperto em meu coração, mas tentei não demonstrar, pois seria uma demonstração de fraqueza.

– Quando nós iremos? - pergunto mantendo minha expressão vazia.

– Não haverá nós Elizabeth, apenas eu irei e será esta noite. - ele diz, ainda segurava minha mão e entrelaçou nossos dedos. - Isto é uma despedida.

– Está terminando comigo. - dessa vez solto uma risada, mesmo que não haja graça nenhuma.

– Não estou rompendo com você tolinha, eu voltarei, mas tenho uma missão para você. - ele diz soltando minha mão, ele estava sério. - Fique próxima de nossos amigos, pois quando eu voltar pretendo reuni-los.

Eu assenti. E ele levantou-se, percebi que ele partiria naquele exato momento, mais uma dor no coração, um mau pressentimento, meus olhos estavam marejados, mas eu estava decidida a não deixá-lo notar isto. Levanto-me também. Ele olha para mim como se quisesse gravar meu rosto, como se ainda estivesse indeciso entre ir e deixar-me ou não.

– Vai sentir minha falta? - pergunto, apenas para falar alguma coisa, ele sorri de canto, quase imperceptível, mas não responde, me abraça com força. Eu o abraço também, com todas as minhas forças, sinto seu perfume me acalmar e quase não o solto, pois sei que quando ele voltar, não será mais a mesma coisa.

– Eu te... - comecei, mas minha garganta se fechou e não consegui continuar, ele olhou em meus olhos.

– O que disse? - ele perguntou, parecendo surpreso, como se soubesse que eu ia falar que o amo, mas não consegui terminar.

– Nada. - digo rapidamente e mordo o lábio inferior olhando para baixo, ele segura meu rosto fazendo com que eu olhe em seus olhos.

– Quero que esteja segura, faça uma horcrux, Elizabeth. - ele sussurra em meu ouvido. - Você é poderosa, é capaz de fazê-lo.

– Sei que sou capaz, mas não quero. - digo decidida. - Não faria algo assim tão terrível.

– Sim, é terrível, a dor é quase insuportável, cuide-se então. - ele diz e beija minha testa.

Vejo-o partir e aquele mau pressentimento ainda me assola. Sozinha, sento-me novamente na cadeira onde eu estava sentada antes e deixo as lágrimas rolarem.

– Menina... Você está bem? - ouço Aberforth Dumbledore perguntar.

– Sim. - eu balanço a cabeça positivamente e termino sussurrando para mim mesma. - Aposto que ele vai partir sendo Tom Riddle e voltar como Lord Voldemort. E lá se vai a minha vida normal.

Pago a conta e ando por Hogsmeade à noite, as lágrimas já pararam de cair, mas eu tenho que começar a pensar em como seguirei minha vida daqui por diante. Como que em um impulso, eu aparato e me encontro em uma rua deserta do vilarejo de Little Hangleton. Vejo o agora abandonado casarão dos Riddle, como que por instinto eu caminho em sua direção.

Sei que foi ali que Tom matou seu pai e seus avós, ele mesmo contou-me isto. Só não esperava que ainda houvesse alguém naquela casa. O velho trouxa recebeu-me com uma arma apontada para mim. Apenas ergui minha varinha.

– A partir de hoje você servirá a mim velho trouxa e eu ainda estou sendo misericordiosa, meu lorde não teria tanta clemência, você terá muito trabalho neste jardim. Imperio. - o velho abaixa a arma, se curva para mim e deixa-me passar.

Observo a casa abandonada, empoeirada, apenas um vislumbre do que tinha sido o grande casarão dos Riddle. Com um aceno de varinha, eu o faço voltar a ser como era, uma grande mansão, belíssima, com objetos de valor e um jardim imenso. Lanço um feitiço para que os trouxas veja a casa exatamente como estava antes, abandonada. Apenas bruxos poderiam ver a reforma que eu tinha feito. A casa pertencia a Tom por direito e eu ficaria com ela até que ele retornasse. Ela se tornaria no futuro a grande mansão do Lorde das Trevas e sua Lady Elizabeth.


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Notas finais do capítulo

então gostaram? mereço reviews?
Liz nessa capitulo >>>> http://www.evan-atrium.com/sites/default/files/ImagensConteudo/Amy%20Lee%20entrevista.jpg

Até o próximo capitulo
beijoos