Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 96
Capítulo 92 - Grand Chase


Notas iniciais do capítulo

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 – Sieghart, olhe para mim!



Era apenas a cabeça aquele pedaço. Ele foi realmente mutilado em muitos pedaços!



– Estou olhando, Elesis. Você... Você carrega agora sozinha o nome de Sieghart. Sei que vai perseverar! – E o sorriso desapareceu com todo o resto do corpo, que como todo imortal, some ao se sacrificar.



“Um imortal só morre quando quer, então. Sacríficio... Este é o jeito de um deles morrer”, Ronan pensou no significado daquilo lamentando.



– Sieghart se sacrificou para que Bardinar pudesse morrer. Não podemos deixar que ele tenha se sacrificado em vão. Ele e Lupus... Terão suas últimas vontades realizadas! – Elesis encorajou, ainda chorosa. Era forte, devia apenas tentar apagar aquelas lágrimas, enquanto olhasse profundamente nos olhos daquele que matou a única pessoa que podia dizer que era de sua família.



Lin apareceu dizendo que esteve pesquisando a magia da bíblia da revelação, e sabia como acabar com ela.



Com essa ótima informação, Elesis se virou para atacar Bardinar. Ele estava dentro de uma barreira mágica circular. A mais estável que Elesis já viu.



“Arme é a única que podia desativá-la. E mesmo enquanto ele está lá dentro, ele continua contribuindo para que sua magia seja ativada”, matutou, sem ideias.



Arme chegou. Os amigos fizeram ela apressar uma resposta.



– Eu não faço ideia de como desativá-la. Por favor, tentem todos atacar a barreira ao mesmo tempo.



E apenas Arme não atacou. Arme ficou para trás, preparando uma magia.



Enquanto todos atacavam inutilmente a barreira, Arme atingiu alguém.



– Arme... Por quê? – Lin indagou.



De longe, a forma humana de Cazeaje apareceu.



– Esta não é Arme, é Cazeaje. Nós trocamos de corpo! – Adiantou. Os amigos gostariam de acreditar, pois o corpo de Arme atacou Lin. Contudo, havia incertezas. E se Cazeaje controlasse o corpo de Arme, e quisesse que eles matassem Arme imaginando ser Cazeaje em seu corpo?



Isso significava que Arme teria que passar um código. Algo que só os amigos soubessem sobre ela.



Todos tentavam se defender de Arme, mas não contra-atacavam por conta da possibilidade de ser a verdadeira Arme, controlada. De certa forma, era bom para a mente de Arme presa no corpo de Cazeaje. Assim teria certeza de que alguma vez, futuramente, poderia retornar ao seu verdadeiro corpo.



Holy foi para longe curar Lin, cujo estômago foi aberto. Seria um procedimento de risco, e sua cura estaria vinte porcento mais fraco por falta de seu martelo, que costumava carregar uma quantidade de energia.



Ryan protegia Holy, para que curasse Lin sem interrupções.



Lire, Ronan, Lass e Amy cuidavam do problema de Arme e ficavam de olho no corpo de Cazeaje que estava ali.



Elesis, Zero, Rey e Dio atacavam a barreira de proteção, quebrando uma parte tão pequena que se restaurou em um segundo. Neste segundo, Elesis já tinha pulado para dentro.



– Mais um minuto. – Bardinar riu, mostrando que Elesis ter entrado ali não seria suficiente.



Elesis quebrou o martelo de Ernas em um único chute. Estava com raiva e pronta para acabar com toda a situação. Bardinar sacou sua espada. Como faltava pouco, mesmo uma espada era capaz de completar o ritual. Mas antes, deveria derrotar outro verme da família Sieghart que o perseguia.



Ataque-meteoro! – Pressionou Bardinar para que recuasse. Agora, ele estava encostado à barreira, prestes a levar vários ataques corporais. Ele não deixaria barato.



Arme tomou parte na batalha atacando Cazeaje com uma magia de baixíssimo alcance. Tentava trazer sua mente ao seu corpo original da mesma maneira que o contrário aconteceu. Infelizmente, os colegas a viam como um estorvo, pela dúvida de ser a verdadeira Arme no corpo de Cazeaje.



– Opa! – Jin coçou a cabeça por ter sido tão escandaloso em sua entrada, acima do dragão celeste. O dragão, que Jin nem imaginava que era quem dava nome ao seu poder que seu antigo mestre lhe ensinou, sumiu. Como havia dito, uma criatura mística não sobreviveria tanto tempo em Ernas, com consciência livre (sem ser controlado).



– Jin, Azin! – Amy estava alegre com a presença deles. Agora Grand Chase estava completa (ignorando os colegas mortos).



Reformaram os grupos. Agora com a quebra da barreira, os grupos estavam numa nova divisão entre cura e proteção de Lin, cuidar de Cazeaje e derrotar Bardinar.



Arme notou que Cazeaje fazia uma magia de alto nível, o qual deveria repetir palavras sem calar a boca por um único segundo. Era a chance! Arme pulou até Bardinar fingindo atacá-lo, quando na verdade focava a visão em Cazeaje. Desprotegida, Cazeaje foi atingida por uma magia de Arme que trocou seus corpos.



Ainda falando a magia sem cessar movimentos com os lábios, Cazeaje trocou de corpo acertando de cara Bardinar, e sendo acertada pela espada dele ao mesmo tempo.



– Ela travou Bardinar, que a matou. Vamos aproveitar ele travado e atacar!



Grand Chase pediu que suas mascotes dessem conta de Bardinar, enquanto acumulavam energia para gastarem nos poderes mais fortes que tinham.



Lire correu para o outro lado.



PePe de Elesis jogou Bardinar longe, mas muito próximo de Lire. Antes que Bardinar fosse parar ainda mais longe, Sirioth de Dio travou seus movimentos com cortes por todos os lados, e soltou um rugido para que ficasse ainda mais travado.



“Realmente, o jeito é não deixar ele se mover”, Lin reparou, ignorando o resto de seu ferimento e se erguendo para igualmente atacar o inimigo.



Gizmo de Azin parou o tempo na área de Bardinar, e Kungji fofo de Lire, Ninko de Lass, Texugo de Ryan e a Gosma de Zero soltaram ataques de curta distância neste meio-tempo.



Agora eram Seamus de Amy e Gon de Jin que travavam movimentos. Amon Negro Jr., de Ronan, começou o novo combo de ofensiva, passando o inimigo nos ares para Nix atacá-lo, Chester, de Rey; Sid, de Lin e Ariel, de Holy, acabavam com o combo.



Antes que Bardinar se levantasse, Rey acabava seu poder dizendo:



Essência da morte. – e aquele poder viria a atacar constantemente, duas vezes por segundo, Bardinar.



Cérbero, de Lupus (que agora acompanhava Lass) e Rexion, de Sieghart (que acompanhava Elesis) foram se vingar, fornecendo os últimos ataques que por fim fizeram os ataques da Grand Chase serem completados.



Lire começou, enquanto o poder de Rey ainda o atingia:



Tiro de Eryuell! – e sua flecha saiu arrastando o inimigo. Uma “flecha-de-luz” mais potente, cortante e que arrastava por mais tempo, desferindo mais.



Assim que Bardinar foi arrastado até onde esteve antes, para junto de PePe, ele deu de cara com Dio que usava uma magia asmodiana drenadora de sangue, “Império Sombrio”.



Atingido constantemente por Dio e Rey, Bardinar deu mais uma chance para Zero atingir por segundos seu “olho maligno” passando para o próximo atacar.



Arme, calma por estar no seu corpo agora, usou uma das magias do destruído livro de Cazeaje.



Tempestade de Fogo!



Atingindo em cheio, Bardinar foi logo alvo de Azin:



Ataque secreto do gelo!



E em seguida de Jin:



Garra do tigre!



Amy fechou os ataques de curta distância por enquanto:



Espetáculo Final!



Lin completou sua obra-prima criando a habilidade “Luz da eternidade”, que multiplicou-se tantas vezes quanto o necessário para que Holy completasse sua magia de drenagem de vida, que curou a si mesma: “Redenção”.



Ronan atacou de longe com sua “explosão estrondosa”, Ryan intercalou o ataque com o “ataque destruidor”. Lass descarregou o ódio da morte de seu irmão acertando em cheio “as correntes das trevas”, que prenderam dando todo o dano possível. Por fim, Elesis explodiu cada miolinho deixando-o mutilado:



Impacto espiral!



E assim, Bardinar foi detido.



Um trovão atingiu em cheio o chão.



– Obrigado Ronan, sua magia defensiva nos salvou. – Amy agradeceu antes de Arme. Arme queria ter sido mais rápida, ou ela nunca teria para ele uma imagem boa o suficiente para que namorassem, como Lire e Ryan.



– Não me agradeça. Os trovões estão só começando! – apontou.



Ronan estava certo. Uma nova chuva de espadas tomou o céu. Era certo que o ódio liberado por Bardinar, quase completo e agora estagnado, se direcionava a eles que impediram a conclusão.



Enquanto Elesis pensava na morte de seu antepassado, foi até a gaiola de Mari e a libertou de lá, junto de sua mascote, Murin.



Murin curou Mari imediatamente, sacrificando a própria vida.



O sacrifício era notável, mas de pouco impacto na presente situação.



***



– Entendo, Mari. – Sieghart voltou a colocar suas roupas. – Sabe, você é minha companheira. Devia demonstrar algum sentimento de vez em quando, como os outros demonstram por você.



A provocação de Sieghart não surtiu efeito em Mari. Ela era realmente indiferente.



– Suas palavras são um vazio para meu sistema de dados. Eu filtro toda a razão, e nenhuma emoção tem sentido na razão. Por isso não sou capaz de filtrá-la.



***



Mari lembrou daquelas palavras agora que viu se sacrificar em sua frente. De fato, era apenas sentindo que se descobriam os sentimentos, como a própria palavra deixava claro. Este tempo todo Sieghart o amou, e apenas agora ela se deu conta do que representava. De agora em diante, Mari não seria mais indiferente. Ela iria amar aos outros, mas seu coração... Seu coração, prometia a tecnomaga, seria para sempre apenas de um homem. Jamais amaria outro alguém, depois que ele a salvou da pior tortura existente no mundo. Jamais amaria outro alguém, depois que o mundo inteiro foi salvo por ele! Vendia-se de todo àquele, a quem devia ter se vendido antes.



– Se Lin sabe como acabar com isso, vamos fazer jus à memória de Sieg, vamos dar nosso poder a ela!



Mari tocou a mão de Elesis, que segurou na mão suada, quente e segura de Zero. Zero tocou em Dio, que tocou em Rey, que tocou em Lass, que segurou a mão de Lire, e assim foi, passando na ordem por Ryan, Ronan, Arme, Azin, Amy, Holy e Jin, que fechou um círculo tocando novamente em Mari.



Aquele era o círculo que representava a amizade formada pela Grand Chase. Se havia um destino na Grand Chase, era aquele. Superar o fim do mundo com a amizade. Mas mais uma vez, tudo deixava claro, que o destino era pequeno perto do significado que construíram juntos.



Lin, no meio do círculo e ao lado da soluna de Sieghart – que representava que morreu ali, também no meio do atual círculo, e provavelmente sua alma ainda estava ali perto – começou a cancelar o ritual de Bardinar.



Bardinar não pôs o mundo a acabar agora que não completou seu ritual, mas quase. Tudo por uma possibilidade remota de governar simultaneamente Ernas e Elyos. Era um absurdo, uma ambição vazia.



Mas para aqueles dezessete guerreiros, agora quinze, mesmo ambições tinham significados.



Lin liberou uma aura enorme. Um grande círculo muito claro que quase cegava a equipe. Seu círculo de energia era muito maior que o pequeno raio que jogava o ódio para cobrir o céu antes. Era muito maior que a luz da fada que Arme encontrou na Terra de Prata.



Aquilo era uma luz genuína. A verdadeira obra de uma Deusa.



Com as mãos dadas, um ao outro, foram engrandecendo a obra daquela Deusa. Lin liberou seu poder máximo.



Era tanto poder, que enfim todos caíram. O céu estava limpo. Lin, voava muito alto.



“Esta era minha tarefa. Lembrei-me da Torre das Ilusões agora, mas pareço ser a única a lembrar dela. O que Caxias me disse é verdade. Eu sou a reencarnação de Agnécia, a Deusa das existências e da pureza. E este é o motivo da minha existência. Propagar a existência aos outros, neste caso impedindo que o mundo acabasse. Como Lin, meu papel acaba aqui”, atingiu o céu, sumindo entre as nuvens de começo de dia que se formaram.



Caídos pela falta de energia e cansaço acumulado, todos da Grand Chase dormiram um bocado como almejavam há muito tempo! Mas Lin tinha certeza de que acordariam completamente vivos! Ela era a única que devia se sacrificar, pois seus amigos tinham muito chão pela frente.



Todos se descobriram aquele dia, quando o sol voltou a nascer.



Lass esperava que outros retribuíssem as boas coisas que faria de agora em diante. Esta era a forma de construir um bom mundo, ou nas palavras de Lupus “destruir este mundo amaldiçoado”.



Lire confirmou que a simplicidade era tudo. Só gostaria de viver sua vida ao lado de Ryan, agora, e o que acontecesse, aconteceria. Sem grandes expectativas de carreira, ou qualquer outra bobagem. O amor de seu companheiro era tudo o que precisava!



Os outros amigos seguiriam filosofias parecidas, agora que aprenderam muito uns com os outros.



Zero foi o primeiro a se levantar, e já se locomovia em direção à soluna, a espada que o faltava.



Alguém o cutucou. Ele virou e caiu por conta de um puxão.



Caído em cima de quem o puxou, olhou fundo nos olhos de Elesis:



– Seus cabelos são tão lindos e esvoaçantes, que nunca me esqueci deles. Contudo, é esta sensação de cair que me confirmaria. Aquele dia, realmente era você!



Zero nunca imaginou já ter caído em Elesis anteriormente, mas agora se recordava. Pouco depois de conhecer Grandark, a perdeu por poucos dias. Assim que ele soube que a perdeu, ficou nervoso e correu sem olhar para a frente.



“Cadê ela?”, Zero havia perguntado por confusão, gostaria de saber onde Grandark estava daquela vez. Sequer notou como era a garota em quem caiu.



Elesis puxou, muito mais atrevida do que Lire costumava fazer, Zero para si. Este era um dos pontos que Elesis não era envergonhada, pelo jeito. Seu beijo foi longo, brincava com os lábios do meio-humano. Sabia que ele era dela e ela era dele. Foi sua primeira experiência com alguém, e mesmo assim foi tão prazerosa. Ela se soltou mais fácil do que imaginava.



Rey, uma das quatro pessoas que estavam acordadas, colocou o braço à frente da foice de Dio, o último dos quatro acordados.



– Era isso que eu queria te falar mais cedo. – cochichou. – Eu estava pensativa, e agora confirmei. Não precisamos derrotar os humanos para contornar a situação. Quando os vejo assim, reparo que não é a humanidade a culpada pelos problemas, mas sim uma minoria que se impõe... Se Grand Chase sobreviver, eu confio que eles mudarão a realidade para uma “melhor”.



Dio e Rey também desistiram de matar seus companheiros. Uma nova e inacreditável realidade estava prestes a se formar. Até lá, Grand Chase acabava como equipe, mas continuava como espírito. Não importa quanta distância tenham, o ensinamento fica.



***





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