Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 87
Capítulo 83 - Uma antiga inimiga




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/224183/chapter/87

 – Você está escondida porque não gostaria de nos enfrentar, mas sim fornecer suporte ao Bardinar, diferentemente dos outros subordinados. Estou certa? – Arme indagou, com resposta afirmativa. – Eu nunca imaginei que diria isso a alguém como você, Cazeaje, mas você decaiu!

– Ache o que achar, eu na verdade desde o começ... – Sua frase foi interrompida por uma magia de Arme, que havia aparecido repentinamente em cima da cabeça de Cazeaje, penetrando a mão lá dentro dela.

***

Agora Arme lia sua mente, dez mil vezes mais rápida do que de fato cada acontecimento levou para ocorrer. O passado de Cazeaje foi normal. Estudou na escola de magia violeta em seu princípio, tanto que fora uma das primeiras alunas.

Maior, foi dominada pelo ódio e usou uma magia que fazia dela a forma humana no ódio. Então, sempre que houvesse ódio no mundo, ela retornaria por causa da magia. Era como uma praga.

Com tamanho poder, Cazeaje foi procurada por Bardinar, que já naquela época usava o codinome de Astaroth.

Ele era parcialmente verdadeiro com ela e apenas ela. Cazeaje parecia ser alguém que Bardinar confiou de cara. Apenas não contou tudo o que sabia, mas falou que já tentou ser o soberano de Ernas e falhou.

Bardinar apresentou os continentes que Cazeaje não conhecia e realmente não estavam nos mapas e livros de geografia que as pessoas de Vermécia costumavam ler.

Cazeaje ficou de agir em Vermécia e Ellia, começando por Ellia a ocupação e mirando enfim na tarefa mais difícil, que era o continente em que nasceu.

Bardinar, já com seu posto de primeiro ministro tomado pelos poucos sobreviventes de Calnat que sobreviveram ao incidente e se fragmentaram, vivia na sombra de Cazeaje e dependia dela para tudo. Até que, certo dia, teve poder suficiente para dominar Thanatos. Thanatos, por sua vez, teria poder para dominar a Terra de Prata, e apenas Arquimídia seria um empecilho então. Mas tanto fazia. Em Arquimídia a maior parte das pessoas era burra e não se ligava nos motivos das guerras, tanto é que Bardinar começou uma usando apenas Daliah e a rainha dos elfos como intermédio, cada uma à sua maneira. A rainha, por exemplo, foi apenas manipulada, enquanto Daliah foi a serva que possibilitou que tudo ocorresse.

– Pouco a pouco temos criado todas as guerras possíveis. Por mais que isso tenha motivado a recriação da Grand Chase, eu sei que a quantidade de subordinados que você criou dará conta daquelas três. Contudo, todo o resto do planeta está fechado em sua própria guerra. No momento que você dominar Vermécia, todos acreditarão que sua magia está cobrindo o céu, e temendo seu poder irão apenas concordar com isso. Eu, por outro lado, dominarei o mundo de verdade quando, pelos sete continentes, o céu estiver coberto. E então, terá seus privilégios concedidos assim que o mundo inteiro seu curvar diante de mim. – Bardinar repassou o plano.

– Você é a pessoa mais forte que eu conheço, incluindo Bardinar. Por que você se deixa usar por ele? – Elena esperou que ele sumisse para perguntar aquilo à sua melhor amiga.

– Eu tenho a força e o ódio ao meu lado. Ele tem uma terceira coisa que eu não sei dizer qual é... – Cazeaje começou a explicar. – Mesmo tendo muito menos poder e ódio, eu não me garanto lutando com ele. Então, vou esperar o momento certo para usá-lo tanto quanto ele me usou até hoje. Cazeaje, a pessoa mais odiada até hoje, espalhará mais caos tomando posse do que é dela e de Bardinar! Tendo o que é meu e o que ele quer para ele, eu enfim serei odiada por todos, temida para todo o sempre e por todos... Enquanto isso, deixe-o me usar!

Elena sentia que aquilo parecia ser um desperdício. O caos que Cazeaje por si só geraria, sem alguém para agir às escondidas mandando nela, seria maior do que um pedaço de caos criado por um político sujo que não dominou o mundo.

***

– Chega, não é? – A voz de Arme falou. Mas o que houve? Arme enxergava a si mesma.

Olhando para suas mãos e sua arma, Arme notou: trocara de corpo com Cazeaje enquanto lia a sua mente.

O corpo de Arme controlado pela verdadeira Cazeaje usou uma magia desconhecida que pela primeira vez atingiu algo aparentemente intangível como o livro de magias negras de Cazeaje. Agora, estava destruído.

– Depois de todo este tempo, eu o decorei. Ninguém mais precisa de meus livros.

E o corpo de Arme se mandou, correndo demais.

A verdadeira Arme, contudo, não conseguia correr atrás. Aquele corpo era muito pesado.

“Enquanto houver ódio, haverá Cazeaje”, lembrou-se. Era isso. Arme ajudou a ressurreição de Cazeaje aquela vez que usara o livro dela, impregnado de ódio. Mas o mais provável era que a espessa camada de ódio gasoso liberado por Lorde Bardinar era o que a trouxe de vez à vida. Afinal, o que ele liberava e cobria o céu? Parecia uma forma gasosa do ódio, que aos poucos ganharia estabilidade e ficaria sólido, até o ponto que assumisse a forma daquilo que traria o fim do mundo. O fim do mundo que Bardinar interpretava como o começo de sua própria soberania.

Se Cazeaje estava tão envolvida nisso, algo ainda pior poderia acontecer.

“Vamos Arme. Libere o mesmo ódio liberado contra Juriore. Se Cazeaje é somente ódio materializado, sentir ódio deve possibilitar locomoção!”, reparou, tentando correr atrás da inimiga que usava seu corpo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Grand Chase Heroes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.