Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 44
Capítulo 41 - Periett




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“Periett construiu seu lar, o altar da construção e um povoado local para celebrar sua maior conquista, a vida. Seu segundo território era conhecido como a floresta da vida. Anos se passaram e Periett foi dominado como os outros Deuses, passando a ser o Deus da destruição. E seu altar modificado virou o altar da destruição. Aquele Deus que construiu o que mais nenhum Deus conseguiu (a vida), era dominado por outra existência. A história, então, deveria ser passada a limpo. O que fizeram a Periett?”.

Amy, natural de Xênia, contou isso aos amigos que ainda estavam ali. Assim que entraram no altar da destruição se separaram em dois grupos. Amy e Jin prosseguiram ao encontro de Periett enquanto Lass e Ronan procuravam por outra coisa...

– Por que Sieghart quer tanto que achemos Gaia? – Ronan estava curioso.

– Ela é uma garota que sabe algumas coisas sobre os Deuses... coisas que devemos perguntar. Ao menos, é o que Sieghart e Amy esperam. Afinal, somente eles conhecem esse continente!

– Ei, aquilo é? – Ronan indagou. Mal chegaram ao começo da floresta da vida e já encontraram algo.

– Aparentemente, uma árvore. Mas suas ramificações parecem... Cabeças! – Lass falou.

– Tem alguém preso no núcleo da árvore, veja! – apontou. Ronan estava certo, havia alguém sim.

Se eles já encontraram um inimigo, Jin e Amy também deveriam ter encontrado algum.

– Aquilo é... Uma garota? – Jin indagou antes de começarem a atacar o primeiro inimigo que acharam: um gigante!

– Desculpem o transtorno. Eu estive desativando todos esse robôs que protegiam o gigante. – e escapou do ataque do gigante. – Estou pesquisando este lugar.

Além do garoto que já passou por eles, havia agora esta garota. Xênia tinha muitas pessoas a mais do que Lenacien alertara!

– Quem é você?

A garota com uma incrível heterocromia – uma de suas íris era azul, a outra vermelha – e de cabelos azul-claros olhou a própria mão.

– Qual é meu nome? – Respondeu com uma pergunta.

Os dois não poderiam perder mais tempo com ela. O gigante não parava de atacar! A questão era: como alcançar a cabeça do gigante? Ele parecia ser um pouco maior que o Deus da Luz... E em nenhum de seus ataques ele usava a parte superior de seu corpo lá em baixo.

Já tiveram que desviar de pedras que caíram do topo, magia que petrificava e de chutes. O que viria a seguir? Sequer encostavam nele.

A nova garota ganhou uma propulsão incrível. Chegou tão alto, quanto nenhum humano chegara antes.

Raio Laser! – ativou, fazendo suas luzes arrastarem o rosto do gigante para longe.

Ela havia decaptado um gigante? Quem era ela afinal? Parecia... Poderosa.

– Espere! – Os dois pediram ao mesmo tempo.

– Tem humanos aqui. – a garota com heterocromia falou, tentando sair de cena. – a pesquisa do lugar perdeu a graça.

– Se você gosta de pesquisar, que tal pesquisar a imortalidade? Um amigo nosso é imortal e está se dirigindo a este lugar em breve. – Jin inventou o que falar, na falta de ideias.

– Imortal? – indagou, ficando junto de Jin e Amy.

– Sim, mas antes nós precisamos derrotar Periett. – Amy explicou.

Ela concordou e acompanhou os dois.

Periett estava à espera. Algo os dizia que ele era forte!

Os cumprimentos poderiam ser deixados para depois. Periett já avançava. Uma investida em gancho com sua mão era o que esperava os três.

Jin deu um chute com a já esperada explosão:

Chute das tempestades!

Periett estava bravo. Parou, se concentrou e mostrou que algo grande viria. Nesse caso, deviam correr para o mais longe possível.

O mais longe não foi suficiente, os projéteis esféricos encostou em todos.

– Ele parece estar mais forte? – Amy palpitou.

– Ele absorveu vitalidade. – A companheira de cabelos azuis explicou. – Já que ele vai absorveu algo, eu sugiro que ataquem as próximas esferas, pois ele absorverá o dano.

“Ela parece tão esperta”, Jin julgou enquanto corria para realizar novo ataque.

Periett interceptou o novo ataque, e Jin sabia que só teria mais uma tentativa para usar um ataque tão forte como aquele. Enquanto isso a garota já terminava de invocar sua nova arma – até ali só atacara com um estranho livro.

Com várias facas de metal que pareciam ter vida própria, avançou. Nem mesmo as tocava, elas flutuavam à sua volta. Direcionou todas as facas à Periett. O tempo que Periett perdia com ela seria suficiente para Jin refazer o ataque, provavelmente.

Fúria da Lótus! – e as flores, “lótus”, atingiram todos que consideravam inimigo. As novas esferas conjuradas por Periett estavam na contagem, somando mais e mais dano.

– Garoto... Você é incrível. – Periett comentou isso, meio acabado. Retomava sua memória pouco a pouco. – Aqui está minha essência, sei que precisará dela. Agora, deixe-me contar uma história.

Periett falou que o Deus da Luz fingiu não saber que havia alguém por trás de Thanatos controlando todos, mas estava errado. Como ZIG já havia dito a Sieghart, era Astaroth quem estava por trás deles. Mas havia algo mais suspeito no fundo, então contaria seu passado.

***

Periett conheceu a garotinha com a qual conversava há poucos minutos. Se perguntava o que ela era.

– Uma existência presa a este mundo, um Deus igual a você. Me chamo Gaia. – e todas as palavras ecoavam no vácuo. Periett teve uma sensação que nunca sentiu antes. – Todos os Deuses estão se reunindo... Só falta você.

– Então há outros como nós? – e Gaia assentiu, explicando que eles criariam novas existências.

***

Os Deuses já estavam reunidos.

– Você será o Deus da construção. Sua vontade por criar tudo lhe confere este nome e sua função será a de dar apoio às existências que criaremos a partir de agora. Quanto à Gaia, sua magia será suficiente para criar a própria existência. Chamaremos de “Deusa da Vida”.

E assim foi. Só precisariam então criar um local para começar o trabalho antes.

– Xênia? Se os humanos não podem nos ver, acima das nuvens, estou de acordo. Por favor. Colabore com Gaia. – Thanatos instruiu.

Gaia lhe pediu enquanto estavam sozinhos que tivesse o crédito pela construção suprema: a construção da vida.

– Mas é você quem vai criar a vida, não é? – indagou.

– Dentre todos os Deuses, você é aquele que mais me entende. Periett, o dia que os humanos souberem de nós, eles irão se espelhar na gente, afinal nós os criaremos. Nesse caso, eu não quero fama. Sinto uma estranha necessidade... de viver no anonimato, apenas criando a vida, sem inspirar ações de outros.

Nesse momento Periett decidiu ficar como autor da criação da vida. Ele protegeria a pequena Gaia em qualquer situação que acontecesse em seguida. Foi a partir daí que o Deus da Construção criou os continentes.

***

– Os humanos que criamos continuam a guerrear. Nem minha luz foi suficiente para lhes mostrar o caminho certo. Imagino o quão arrependida está de propagar a existência a criaturas como esta, Gaia. – o Deus da Luz iniciou a reunião. Esta, em especial, aconteceu muito depois de criarem o mundo: aconteceu há pouco tempo, na mesma semana que Amy ficou sabendo que algo estava errado com Xênia, e foi pedir ajuda à Jin na Terra de Prata.

– A culpa não é de Gaia. A ela coube somente a vida e nada mais. As intenções que passaram... vieram por causa deste maldito! Ele nem deveria ser mesmo um Deus. – Periett apontou ao Deus da Penumbra.

– Mais uma vez fui eu quem os reuniu aqui para debate, mas como sempre vocês chegaram às conclusões erradas. – o Deus da Penumbra, apenas parcialmente visível, falou. – Eu tentei sim fazer a cabeça de todos vocês para que criássemos um mundo diferente, uma utopia que nunca será vista. Mas me rendi a vocês. Se não tenho poder para isso, eu gostaria de no mínimo pegar suas essências e ficar protegendo o “esquema”.

O esquema não tinha nada a ver com o Deus da Penumbra, Periett sabia. Afinal, o Deus da Penumbra era o único da qual a imortalidade, bem como a origem, era duvidosa.

– E por que Thanatos não veio à reunião dessa vez, mesmo sendo você quem nos chamou? – questionou diretamente ao Deus da Penumbra.

– Ele acaba de ser envolvido no motivo desta reunião. Alguém está manipulando-o.

– Besteira, de todos nós ele é o único que não pode ser manipulado nem por uma magia de outros Deuses. – Juriore tinha plena certeza. – Assim como Periett disse, minha convicção é a de que você está tentando nos levar ao mal caminho de novo. Nesse caso, não podemos ficar parados.

Ninguém deu bola para o Deus da Penumbra, mesmo ele lhes explicando que não era uma magia que controlava Thanatos, era algo mais forte: as palavras.

– Um humano sempre é dotado de imortalidade na tentativa de introduzir uma certa relação entre os mortais e os Deuses, mas você abusou de sua divindade, Deus da Penumbra.

– De fato, fui eu quem criei a guerra, fui eu quem virei um Deus mesmo não sendo desde a minha origem, contudo... Sou eu quem está conspirando contra os Deuses? Não, tem alguém... Ele se chama...

Foi interrompido por alguém de fora.

– Astaroth! – gritou o intruso. Era o verdadeiro astaroth. Usando a magia concedida por Thanatos, Astaroth liberou algo que aparentemente manipulou Gaia. Agora ela estava sendo controlada!


Periett não poderia ficar parado. Decidiu lutar enquanto os outros Deuses teleportavam para suas respectivas áreas. Periett perdeu, não conseguia se mover.

– Todos os Deuses serão controlados por Thanatos, tenha a certeza. – Astaroth falou. – agora eu tenho que resolver assuntos pendentes em Arquimídia, mas quando voltar... Não só controlarei os Deuses como roubarei a imortalidade do Deus da Penumbra.

E Periett julgou impossível, mas de fato um tempo depois – aproximadamente alguns dias antes de Grand Chase pisar em Xênia – o Deus da Penumbra simplesmente sumiu.

Como o Deus da Penumbra tinha sua imortalidade limitada e não tinha sua essência, não era de todo um cenário péssimo para os Deuses, mas já era muito mais preocupante do que o cenário pacífico da Xênia de antes.

Periett foi controlado, e agora tudo que restava era confiar que Astaroth não pegaria as essências, mas o que viria a seguir? Afinal, naquele continente que flutuava era impossível humanos intervirem, desde que Xênia passou por uma pequena mudança e pouquíssimos humanos passaram a viver ali.

***

– E essa é toda a história. – Periett concluiu.

Amy e Jin não poderiam ficar de braços cruzados para a situação. Continuariam e ajudariam Lass e Ronan na área a seguir.


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